Hello amoras! Antes de tudo, saibam que esse é um capítulo bônus muito especial. Em comemoração aos 264 Favoritos no Spirit Fanfics e aos 1,65k de votos no Wattpad, eu fiz um capítulo na visão de um personagem muito amado, e eu tenho certeza que vocês já estavam loucas para saber como ele está lidando com tudo isso, então nesse capítulo vamos entender melhor os sentimentos dele ♡

 Mas antes, preciso dar algumas informações:

• Nesse capítulo, terão muitas lembranças e flashbacks. 

• Quando um trecho aparecer em itálico, quer dizer que é uma lembrança/flaskback. 

• Pode assustar a quantidade de palavras, mas a maioria das lembranças são coisas que já foram escritas aqui na fanfic, por isso que parece ter muita coisa, mas não, em poucos minutos vcs conseguem ler😂

• As memórias que vem com negrito escrito "XX anos atrás" quer dizer que foi antes do acidente.

• No final do capítulo temos a continuação do P.O.V da Eun Bi, só que na visão do nosso personagem.

 Prontos para os flashbacks? Não temos isso desde os "sonhos" que nossas gêmeas tiveram, então aproveitem 😂😂

 Boa leitura e espero que gostem!

♥ ♥ ♥

MIN YOONGI

  Quando eu era criança, constantemente eu me sentia sozinho. Mas um dia, eu conheci quatro garotos, uma garota e os dois irmãos dela. Logo, me vi rodeado de pessoas que gostavam de mim, e o sentimento de solidão desapareceu, sendo substituído pela sensação boa de ter amigos ao meu lado.

Go Eun Byul sempre foi a mais próxima de mim, por mais incrível que pareça. Por ser a única menina em meio á tantos meninos, talvez passe pela sua cabeça a ideia de que ela é a mais excluída, mas isso é mentira. Por esse mesmo motivo, ela é a mais querida. O centro das atenções.

Para mim, a razão para isso é que a Go Eun Byul é diferente das outras garotas. Não generalizando, mas cara, quantas meninas preferem ficar jogando basquete, futebol e outros jogos no meio de vários garotos, ao invés de ficar conversando entre amigas, ouvindo música da banda favorita, passando esmalte na unha ou fazendo todas as demais coisas que as garotas fazem? Pois é, agora você entende o que estou falando.

De alguma forma, isso sempre me atraiu. O fato é que eu acho ela parecida comigo, e não há nada melhor do que encontrarmos alguém da qual a gente entende, não é mesmo?! Acho que era por isso que não nos desgrudávamos.

Somos amigos há muitos, muitos anos. Por isso, temos capacidade de entender o que o outro está pensando só de observar a expressão facial, sabemos de cor e salteado todas as manias, pontos fracos, defeitos e ainda assim, não se importamos com nada disso.

6 anos atrás 

— VAMOS CAVALINHO — Eun Byul pulou nas minhas costas e bateu na minha bunda, me pedindo para carrega-la.

— Epaaa! Não sou seu cavalo, o HoSeok que é! 

— Dei férias para o Hobi, agora meu cavalinho é você! — Ela enlaçou seus braços em volta do meu pescoço e eu segurei suas pernas.

— O que ganharei com isso? — Olhei para ela.

— Meu sorriso, neném! — Ela sorriu e eu fiquei todo derretido.

— Okay, mas me chame de motorista particular, é mais swag. — Dei risada e ela riu junto.

— Motorista particular, me leve até a sorveteria! — Ela pediu.

— Sim madame. — Rimos novamente, ela encostou sua cabeça perto da minha e me abraçou por trás. Raramente tínhamos esse contato porque ela não gosta de muito grude, mas quando tínhamos eu simplesmente me animava e mil coisas se passavam em minha mente.

Eu comecei a sentir isso lá no começo, quando nem sabia direito o que estava acontecendo dentro de mim, mas comecei a perceber que meu coração só faltava saltar para fora toda vez que eu via ela. E isso ainda acontecia, há um mês atrás. Not today.

Olho para o canto do meu quarto e vejo um par de patins. Foi-se o tempo que eu gostava de andar nisso, mas foi bom enquanto durou.

E mais uma vez, me lembro de Go Eun Byul. Ela ficou muito feliz quando ganhou um par de patins dos seus pais, e ao descobrir que eu também tinha um, me fez sair da vida sedentária e ir patinar com ela todos os finais de tarde da semana.

          4 anos atrás

— Ai Yoongi, tá doendo demais. — Byul gemia de dor, seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas ela não deixava nenhuma cair.

— Relaxa, vai passar. — Digo calmo, enquanto ainda fazia os curativos em seus joelhos e cotovelos que estavam machucados pela queda que ela levou.

— Não vai não, isso arde. — Ela aperta minha mão.

— Antes não tivesse ido patinar sem usar cotoveleiras e joelheiras. — Reviro os olhos e termino o curativo — Pronto, já acabou!

— Ótimo, vou voltar a patinar. — Ela tenta se levantar.

— Você não aprende mesmo hein, sua bestona? — Ri e olho para ela com meu jeito todo apaixonado — E o agradecimento?

— Obrigado Yoon. — Ela olha para mim da mesma forma e bagunça meus cabelos — Isso, você fica lindo assim!

Nessa época eu já sabia o que sentia por ela, mas me sentia inseguro em relação a isso. Será que ela retribuía aos meus sentimentos, ou era apenas coisa da minha cabeça? Se eu me declarar para ela, vou levar um fora e acabar com nossa amizade? Essas perguntas martelavam minha mente, mas num belo dia eu tomei coragem e comecei a investir.

Um ano atrás

 Nós havíamos apostado que se eu ganhasse a partida de basquete, Eun Byul deveria me beijar, e ela disse que só dessa vez iria me deixar ganhar. 

E ela deixou mesmo.

— Eu ganhei. — Sorri bobo.

— Parabéns. — Ela diz seca.

— Acho que mereço uma recompensa. — Umedeci os lábios.

— Aqui não. — Ela me puxa para o vestuário.

Ela encosta na parede e eu me aproximo dela. Assim que ficamos a poucos cm de distância, eu seguro em seu rosto com minhas mãos e vou aproximando minha boca da dela. Enquanto meu coração batia descontroladamente, ela nem se movia, mas seus olhos continuavam fixos no meu. 

— Pessoal, e... — Jimin entra no vestuário e para de falar ao nós ver. — O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?

— AH, VAI TOMAR NO CÚ JIMIN! — Me irrito e saio de perto da Eun Byul. Ela desencosta da parede e cruza os braços.

— Também não sei o que estávamos fazendo. — Ela dá de ombros.

— Safadinhos! Enfim, vamos para o pátio, o professor tá chamando. — Jimin diz e sai do vestiário.

— Não sabe o que estamos fazendo? — Olho sem acreditar para ela. — Eu estava querendo o meu beijo que você me prometeu caso eu ganhasse!

— Aish, foi só para despista-lo. Aqui está seu beijo. — Ela se aproxima de mim e me dá um beijo na bochecha. Confesso ter ficado decepcionado, mas me conformei por sentir seus lábios macios em minha pele.

A essas alturas, eu já estava caído de amores. Quem diria, hein? Min Yoongi todo derretido como uma manteiga num pão quentinho, e ainda pela sua melhor amiga. Maravilhoso, não? Ah, como eu amo a ironia da vida.

Nove meses atrás

Eu estava de saco cheio da vida, nem conseguia pensar direito, a raiva me consumia. Entrei numa sala de aula vazia, sai chutando tudo pela frente e me sentei no chão. Suspirei fundo tentando me acalmar, quando vejo Byul entrar na sala e me encarar. Ela se senta ao meu lado sem dizer nada.

— Você está feio hoje. — Ela diz depois de um tempo.

— Nossa, esse elogio melhorou muito meu humor, obrigado. — Falo irônico.

— Yoongi, estou querendo dizer que você está feio porque fica com essa cara emburrada. O que foi? — Byul me olha.

— Discuti com meus pais, fui mal na prova de matemática, meu time perdeu o jogo de futsal... Aish, tá tudo dando errado hoje. — Encosto minha cabeça na parede e olho para o teto.

— Todo mundo tem dias maus, Yoon. Você só precisa levantar a cabeça e superar todos eles. — Ela segura em minha mão. — E se precisar de uma amiga, eu estou aqui.

— Obrigado. — Olho para ela e sorri fraco.

— Anda, vai, faça o que sabe fazer de melhor para esquecer isso. — Ela me encoraja.

— Ah, nem estou com pique de jogar basquete agora...

— Yaa, bobão! O que você mais sabe fazer é rap, esqueceu? — Ela ri.

— Aaah, esqueci. — Ri e me preparo.

 Começo a falar tudo que estava vindo em minha mente e logo se tornou uma boa música improvisada. Comecei a canta-la em forma de rap e Byul ficava ao meu lado quietinha, só me ouvindo enquanto passava o calor de sua mão para a minha. No final, senti que eu estava bem mais leve.

— Arrasou! — Ela sorri e aperta mais minha mão — Que orgulho, meu melhor amigo é um k-idol que arrasa no hip hop.

— Para sua bestona. — Dou risada — Me sinto melhor. Posso te abraçar? Você me melhorou.

— Abraço? — Ela faz careta e solta minha mão. — Tá bom. Só por alguns segundinhos vou deixar você me abraçar.

 Eu ri e a puxo para um abraço. Ela me abraça de volta e ficamos assim por um bom tempo... Muito mais que apenas segundinhos. Para mim foram minutos longos que pareciam horas. É muito bom estar abraçado com quem amamos...

 E aconteceu que eu já não estava conseguindo disfarçar meu amor por ela. Eu queria me declarar, contar que estava apaixonado dos pés à cabeça e que queria que a Byul fosse minha namorada. Eu queria contar isso ao mundo, mesmo sabendo que se o sentimento não fosse recíproco, eu iria me ferrar muito. Mas mesmo assim eu queria arriscar, achava que tudo valia por ela.

 Porém, eu comecei a ficar inseguro com tudo aquilo. Novamente.

Não sei ao certo se é saudável amigos terem ciúmes uns dos outros, mas eu tenho muito ciúmes dela com os garotos.
Principalmente quando ela preferia ficar com o Namjoon do que comigo, ou quando ela passava a tarde toda na casa do Jimin, ou quando ela me ignorava completamente quando estava brincando só com o Tae e com o HoSeok.

Ela sempre me tratou diferente de todos eles, e até hoje não sei se devo achar isso bom ou ruim. Ela tem uma consideração a mais ou a menos comigo? Não dá para saber, ela não é muito de demonstrar.

 Três meses atrás 

— Eca! — Byul olhou para meu sorvete com nojo, como se fosse minhocas vivas na bandeja.

— Eca por quê? Cuida do seu sorvete, bestona! — A empurrei com os ombros — Ou então, cuida do seu nariz! — Sujei a ponta do seu nariz com um pouco de sorvete.

— Masoq? Viado, limpe agora! — Ela me olha com raiva.

— Viado? Agora que eu não limpo mesmo! — Dou de ombros e como meu sorvete.

— Aish! Alguém tem guardanapo? — Ela perguntou.

— Byul, é tão simples! — Moon dá risada, pega um guardanapo e limpa ela. A mesma sorriu em agradecimento.

— Moon, você é um amorzinho! — Ela apertou as bochechas dele e eu suspirei, com um pouco de raiva.

— Ninguém manda me sujar, otário! — Ela deu risada.

 E foi por atitudes assim, que eu tive medo de tentar algo a mais e me ferrar. Tinha muitas chances dela gostar do Namjoon, ou do Jimin (mais especificamente, da bunda dele) ou de qualquer outro garoto. Por que ela me escolheria?

Pois é, autoestima nunca foi meu forte.

E depois disso, ainda teve aquele acidente que mudou tudo. M-u-d-o-u T.U.D.O

Byul mudou. Eu não conseguia reconhece-la as vezes, e os meninos também não. Os primeiros dias com ela depois daquele acidente foram bem confusos e difíceis.

 A começar que, depois do acidente, Eun Byul ficou muito mais carinhosa, e até começou a gostar de abraços (ela nunca foi muito fã de aproximações corporais). Mas uma das principais coisas que notei logo de cara, foi que ela começou a se vestir de um jeito que nunca imaginei ela vestida, pois estava com um look meio romântico. É claro que fiquei impressionado, assim como os outros meninos, mas isso foi só o começo.

 Logo quando ela tinha acabado de receber alta no hospital, fomos visita-la e a levamos para a escola. 
Estávamos na quadra, e ela disse que achava que era muito ruim nos esportes. Tae jogou uma bola para ela e logo em seguida a mesma caiu de encontro ao chão. E logo depois, a inimiga dela, YeNa, apareceu. Mas para a surpresa de todos, Byul aparentava estar com medo dela. Vendo a situação, decidi defender a Byul.

— Não irrite ela. — Cruzo os braços e os meninos ajudam ela a se levantar.

— Quem irá me impedir? — YeNa dá risada, mas Byul fica quieta — Não vai falar nada, derrotada? — Por algum motivo desconhecido, Byul se escondeu atrás de mim — O que é isso agora? Ela não vai me enfrentar?

— Ela perdeu a memória! Não vai brigar com alguém que ela nem lembra o rosto. Pare de irritar minha sunshine! — Acabo deixando escapar a última palavra. 

— O que? Como assim? — Ela arqueia a sobrancelha.

— Isso que você ouviu. Ela sofreu um acidente, você deve ter ficado sabendo. Agora ela perdeu a memória e não se lembra de nada. — Jimin explica.

— Ah, coitada... Sinto muito! — Ela faz biquinho e se aproxima de mim — Sai de trás do branquelo. Ele virou seu escudo agora? Antes você o desprezava quando ele tentava te proteger...

— Branquelo? Você vai ver o branquelo quando... — Me irrito com ela, mas Moon a interrompe.

— Calma Yoongi, deixa ela pra lá.— Moon toma a frente e abraça Byul —YeNa, você está assustando ela. Para com isso e seja compreensiva.

— Que seja. De qualquer forma não tem graça brigar com alguém que não abre a boca e se esconde atrás de um monte de garoto. Vamos meninas. — A nojenta diz e sai com as suas amigas.

— E-Ela me chamou de derrotada... — Byul fala olhando para o chão. Ela estava triste.

— Não liga, você sabe que não é isso. — Moon beija a testa dela. Tá na cara que ele também gosta dela.

— Mas Byul, por que não se defendeu? — Hope pergunta confuso.

— Eu não sabia como me defender...

— Ora essa, era só falar tudo que vem na sua mente e dar umas boas respostas pra ela como você faz sempre! — Jimin fala.

— Mas eu...

— Deixem ela. O importante é que a defendemos e agora tudo está bem! — Sorri para ela, o que a fez se separar do Monster e vim de encontro a mim, pela primeira vez. 

— Obrigada por me defender — Ela se aconchego em meu abraço.

— Er... De nada! — Abracei ela mais forte.

— Que cena linda... E estranha. Acho que eles nunca se abraçaram como estão se abraçando agora... — Tae sussurra pra alguém. Era quase verdade. A única vez que isso aconteceu foi da vez que eu estava triste, ela falou para eu fazer um rap e resultou num abraço caloroso. Mas de alguma forma, seu abraço estava diferente...

 A partir desse momento, nossa relação mudou. Foi ficando mais fofa e eu realmente não entendi como, mas ao relembrar os acontecimentos, acho que consigo adivinhar aonde começou. Aonde a Byul que eu conheço se tornou uma Byul completamente diferente, e eu nem me liguei que algo estava errado.

 Byul estava realmente mudada e eu comprovei isso no fim do dia, quando estávamos a levando de volta para casa. 

— Ei Suga... Porque me chamou de Sunshine? — Ela diz baixo. Eu engoli em seco e olho pra frente.

— Eu só quis te chamar assim, mas não vou fazer isso de novo.

— Por que não? Eu gostei...

— Sério? — Arqueei a sobrancelha.

— Sério, ninguém nunca me chamou de algo tão fofo! — Ela deu um sorriso.

— Você sabia que Sunshine quer dizer "raio de sol"?

— Sim. Por isso gostei quando você me chamou de minha Sunshine. E eu também gostei do seu abraço. — Outro sorriso fofo. Own!

— Sendo assim, se prepare, pois agora irei te chamar de Sunshine sempre e vou te abraçar mais também. — Abracei ela mais forte.

— Que fofo Sugato!

— Sugato? — Encarei ela.

— Mistura de Suga com gato. — Ela piscou para mim e eu fiquei corado. 

— Oh... Gostei. — Ri baixo e encara o chão — Na verdade estou gostando de você com esse jeitinho todo fofo e meigo.

— Eu não era assim antes?

— Não. — Ele afirma e escuto Jimin nos chamar.

— Ei, aonde vão? Já chegamos!

 Esse foi um dia bem estranho, mas depois disso, tudo foi só ficando mais e mais estranho. 

 A começar pelo dia em que combinamos de ir ao parque. Byul estava com um vestido colorido e toda fofa. Estava linda, confesso, mas eu sabia que ela nunca iria vestir algo assim. E o pior foi depois, que ao invés de sair correndo para a montanha russa, ela quis ir para o carrossel. O CARROSSEL!

 Eu até fui, mas depois fiz questão de ir na montanha russa.

— Eu fiz o favor de ir no carrossel com vocês, agora vocês precisam ir na montanha russa comigo! — Cruzei os braços.

— Sim, sim! Vamos! — Tae se anima.

— O-o que? — Ela engole em seco e olha para o brinquedo. Parecia com medo. — E-Eu não vou.

— Ya! Por que não? Você ama montanha russa! — Namjoon questiona.

— Eu... Não estou com vontade. Vão vocês sem mim.

— Como assim não tá com vontade? Eun Byul, você tá bem amiga? — JiWoo brinca com ela.

— Hahaha, eu sabia que esse dia ia chegar. De repente Go Eun Byul ficou com medo de encarar os desafios. — Provoco ela.

— Não estou com medo... — Ela se encolhe.

— Está sim. Morrendo de medo! Medrosa! — Jimin zoa.

Ela ao invés de provar a nós sua coragem e bravura, apenas virou as costas e se afastou de nós. As meninas foram falar com ela e nós ficamos sem entender nada. Alguns minutos depois elas voltaram e Byul parecia mais confiante.

— Eu vou. — Ela sorri.

— Já sabíamos. Estranho seria se você falasse que não iria. — Hope ri.

Entramos na fila do brinquedo e esperamos. Quando deu a nossa vez, vi Byul e Moon se sentando no fundo, então sentei ao lado dela.

— Preparada? — Sorri desafiador e esperei uma resposta à altura, mas ela só pareceu ficar mais nervosa. — Ei! Você deveria responder "sempre", e depois perguntar para mim e eu responder "óbvio"!

— Yoongi, dessa vez é diferente. A deixe quieta. — Namjoon me repreende.

Suspirei e a deixei em paz. Ainda estava achando que Byul estava zoando com nossa cara e fingindo estar com medo, mas assim que o brinquedo começou a se movimentar, percebi que era sério. Ela estava mesmo com medo.

— G-Gente... E-eu quero descer. — A voz dela saiu trêmula.

— Não dá mais, Byul. O brinquedo já está andando. — Moon fala calmo.

— Eu quero sair daqui!!! — Ela me assusta ao falar em um tom mais alterado.

— Calma, Byul! — Peguei em sua mão — Uau! Você tá gelada e suando frio!

— Meninos, por favor me tirem daqui!!! — Ela entrou em desespero, nos deixando numa situação complicada. Eu e Namjoon não sabíamos o que fazer.

— Só... Feche os olhos. Eu prometo que tudo vai ficar bem. — Segurei firme em sua mão gelada, e Monster segurou na outra.

Quando o brinquedo desceu, ela só soube gritar. E seu grito era de medo e pavor. Eu não pensei muito nesse momento e apenas a puxei para um abraço.

— Byul, estamos com você. — Falamos juntos e ela afundou seu rosto no meu peitoral. Senti minha camisa ficando molhada. Ela estava chorando.

♡☆♡☆♡☆♡☆♡☆

— Eun Byul, posso conversar contigo? — Ela concorda com a cabeça e eu me sento ao seu lado. — Foi mal por ter agido daquele jeito. É que você nunca teve medo de montanha russa, e sempre gostávamos de desafiar um ao outro. Eu não entendi muito bem o motivo que você ter ficado daquele jeito, por isso fiquei te zuando. Agora eu percebi que é sério. Desculpa.

— Tudo bem Sugato... Se quer saber, nem eu mesma entendi. Você não tem obrigação de entender. Eu nem se quer sei o motivo de ter medo de montanha russa. 

— Talvez você só esteja confusa sobre si mesmo. Mas não se preocupe, iremos de ajudar! — Sorri para ela e ela sorriu forçado.

— Sugato... Tem como existir duas pessoas iguais? — Ela me encara.

— Er... Depende. Existe sócias no mundo, que são pessoas bem parecidas com outras. Mas igual acho que não, porque cada um tem seu jeitinho. A não ser que sejam gêmeas. — Respondo ela, mesmo achando aquela pergunta meio estranha.

— Eu tenho irmã gêmea? — Ela fala, mais para sí mesmo do que para mim.

— Oh... Será? — Falei num tom brincalhão — Espero que não. Ninguém merece aturar duas de você!

 — Aish... Baka! — Ela riu fraco — Será que é bom ter alguém igual a você?

— Acho que sim, pois a pessoa iria te entender, te ajudar... Seria como se vocês fossem uma pessoa só. — Sorri — Quer me contar quem você viu de diferente hoje?

— Por que acha que eu vi alguém de diferente hoje? — Ela fica na defensiva. Estranho!

— Tá bom, mudando a pergunta. Quem você viu de IGUAL hoje? — Dou ênfase no "igual" e a olho, esperando ouvir uma resposta sincera.

— Ninguém! — Ela fala rápido demais e se levanta — Está frio, melhor eu entrar para dentro e você ir para a sua casa. 

— Ta me expulsando? — Cruzo os braços.

— Não, claro que não!

— Sei... Não rola nem um abraço de despedida? — Me levanto e abro os braços.

— Já te abracei muito hoje na montanha russa...

— Idai? Vai, não fique regulando abraços igual você sempre faz. — Antes de eu terminar, ela me abraça fortemente.

 A tiro do chão por alguns centímetros e girei ela. Seu abraço é tão bom...

A partir desse dia, notei que Byul estava ficando mais frágil, e de alguma forma, eu gostei disso. Byul sempre foi muito corajosa, ás vezes ela ia contra mim e não me deixava fazer nada por ela, nem quando eu só queria ajudar. Com essa mudança, senti que eu podia finalmente cuidar dela, e assim ela passaria a me ver com outros olhos.

 O tempo foi passando, e a cada dia mais eu ia gostando da mudança da Byul grossa para a Byul carinhosa, mas eu também comecei a perceber que isso tinha desvantagens, principalmente quando se tratava de enfrentar YeNa... 

— Byul? Está aí? — Bato na porta, ela abre e me puxa para dentro — Eii! Esse é o banheiro feminino, ficou maluca?

— Não tem nenhuma menina aqui, relaxa! — Ela segura em minha mão — Me ajuda!

— No que?

— YeNa...

— Ata, já entendi tudo. Você não gosta dela. — Reviro os olhos — Eu também não, mas nem por isso sai correndo!

— Sugato, eu não quero que ela me atormente mais. — Byul faz bico e olha para baixo.

— Sunshine, você não pode correr toda vez que tiver um problema! — Seguro em seu rosto e o levantei.

— Eu sei, mas... — Ela suspira. — Eu só queria que houvesse um melhor jeito a não ser me esconder.

— E tem! O melhor jeito é enfrentar de frente!

— Não é tão fácil quanto parece. — Ela desvia o olhar de mim.

— Ah Byul! Você nunca achou as coisas fáceis, mas sempre enfrentou! Eu amava seu jeito determinado! — Falo, mas ela apenas fica quieta como se estivesse pensando um monte de coisas, e nenhuma delas fosse algo bom.

— Desculpa se eu não sou mais a Byul forte que você costumava gostar. — Ela responde depois de um tempo e sai do banheiro.

 Me senti mal por ela e mal por nós. Não devia estar sendo fácil para ela, talvez essa confusão e mudança toda também esteja a afetando, e não só a mim.

 Mas o bom dessa nova Byul, é que mesmo que estejamos brigados, no final fazemos as pazes de um modo fofo. 

— Me desculpa Byul. Eu agi errado com você. Ao invés de te apoiar eu só falei aquelas palavras sem pensar e acabei te magoando. — Falei rápido, estava nervoso por estar falando com ela. Mas logo o nervoso passou ao sentir os braços da menor em volta da minha cintura. Levantei o rosto para olha-la e ficamos com os rostos muito próximos.

— Quem deveria pedir desculpas sou eu. Tudo bem, eu lhe entendo Sugato. — Byul nunca admitiria estar errada nem por obrigação, mas não foquei nisso, pois meu olhar foi parar em sua boca. Eu quero tanto beija-la...

 Fui interrompido por gritos como "Eu shippo", "Meu OTP" e "Se beijem logo", então nós separamos. 

— Calem a boca vocês duas! — Gritei para Jiwoo e BoRa.

— Estamos de bem? — Ela me olha.

— Sim... Estamos de bem. — Sorri de lado e baguncei seus cabelos.

  Na mesma semana, aconteceu um dos melhores dias da minha vida. Byul desabafou comigo (isso é raro!) e nos beijamos. Lembro como se fosse ontem desse dia, que começou ruim, mas acabou muito bem...

Monster se despediu dela com um beijo na bochecha e Byul ficou paralisada após isso. Confesso ter ficado enciumado e irritado. Ela estava apaixonada por ele? Por isso ficou desse jeito?

— Se não pegar esse copo eu juro que te molho com a água. — Falo, a fazendo acordar para a realidade.

— Ahn? Aah... Não tinha te visto. — Ela bebe a água que peguei para ela — Obrigada.

— Tudo isso só pelo beijo que ele te deu? Você gosta dele, Byul? — Tentei disfarçar o ciúme, mas não deu.

— Que? Não! Eu gosto de v... De ninguém! — Ela morde os lábios — Desculpa to nervouser.

— Idiota. — Ri anasalado e pego o copo dela, levando pra a cozinha.

— Vamos pro quarto? — A lancei um olhar malicioso.

— Estamos praticamente sozinhos e você me chama para seu quarto, sua safada? — Dei risada.

— Pare. Eu apenas estou necessitada da minha cama. — Ela parece cansada, então fui até o quarto com ela.

Ao chegarmos, ela se deitou na cama e eu me sentei. Ela não falou nada, o que me deixou desconfortável, então comecei a pensar em algum assunto para falar, mas depois ela se pronunciou.

— As coisas estão difíceis. — Me ajeito mais na cama e me virei em sua direção.

— Por quê? — Pergunto.

— Eu não sei. Apenas está difícil... Os problemas vem até mim como uma avalanche. Me trazem memórias do passado da qual eu não quero lembrar. E de repente o passado volta e se torna presente... Me fazendo temer o futuro. — Não entendi muito bem o que ela quis dizer, mas me esforcei.

— Você quer me contar com detalhes tudo isso?

— Não... Na verdade eu só quero te pedir um favor. Me deixe desabafar com você e mesmo que você não entenda nada, apenas me escute e não faça perguntas, tá bom?

— Sou todo a ouvidos, sunshine.

 Ela começou a desabafar comigo, mas tudo que ela falava não estava condizendo com a Byul que eu conheço desde sempre.

 Eu tinha tantas dúvidas. Quem era essa pessoa que Byul admira? Ela sempre se achou um máximo, por que de repente está se chamando de fraca? Eu nem sabia direito o que deveria falar á ela.

— Quer um conselho? Apenas um conselho? — Ela assente com a cabeça. — Seja apenas você mesma.

— Mas Su...

— Não, sunshine. Apenas seja você. Não finja ser quem não é. Seu nome, sua idade e todas as outras coisas não te definem. O que te define é o seu caráter, e eu amo seu caráter. — Separo o abraço e limpo suas lágrimas que caíram com o polegar. — E os outros... Não ligue para os outros. Tente não se preocupar e apenas foque em você. Qualquer coisa, sabe que eu estarei aqui, bem pertinho, para te ajudar no que precisar.

Ela para de chorar e sorri, me fazendo instantaneamente sorrir também.

— Eu nem sei como te agradecer. — Ela olha em meus olhos, mas eu só consigo ver sua boca.

— Eu sei como você pode agradecer. — Rapidamente selei nossos lábios.

Foi o melhor beijo de todos, e olha que só foi o meu primeiro. Finalmente entendi aquilo de "borboletas no estômago". O efeito que ela causa em mim é muito bom. Seu beijo é delicado e cuidadoso. Igual sua nova personalidade. Eu não sei porquê ela está reclamando, ela é perfeita!

— Uau... — Sorri bobo. Acho que eu estava vermelho.

— Uau! — Ela riu — Consegui agradecer?

— Demaaais! E eu, consegui te alegrar?

— Eu nem lembro se antes disso eu estava triste. — Ela também estava vermelha — Aish, estamos sendo bobos.

— O amor faz isso com as pessoas. — Falo baixinho. Eu me sentia um completo idiota todo apaixonado, mas era um idiota de um jeito bom.

— Amor? — Ela arqueia a sobrancelha.

— Aish, vamos falar de outra coisa... Ou repetir. — Sorri malicioso. Ela ri e me deu um selinho, o que ocasionou na minha carinha de bobo apaixonado voltar.

Byul pediu para eu ir dormir junto com ela, e eu fiz isso. Fiquei fazendo carinho na sua cabeça e em questão de minutos ela adormeceu ao meu lado. Fechei meus olhos e dormi também, mas uma hora depois acordei. Vi que ela ainda estava dormindo e dei um beijo em sua bochecha, me levantei e saí do seu quarto.

Claro que me ferrei depois disso, pois dei de cara com Jin no corredor, e ele perguntou o que eu estava fazendo e disse que minha cara estava meio amassada. Meio envergonhado, me enrolei na explicação e ele entendeu o que eu quis dizer. Ele ficou com ciúmes, mas eu achei fofo.

 Agora chegamos a parte ruim. Essa é a lei da vida, né? Quando estamos extremamente felizes, acontecem coisas que nos entristecem. Mas isso foi mais do que um acontecimento ruim. Se o dia que eu beijei ela foi um dos melhores da minha vida, o dia que conversamos sobre isso foi um dos piores. Por que depois de me acostumar com a Byul fofa, quando o modo grosso voltou á tona, eu me espantei. Ainda mais, porque escutei coisas da qual não gostaria de lembrar.

Primeiro, ela se fez de desentendida, como se realmente não soubesse o que aconteceu. Mas depois, ela pareceu ficar com raiva quando eu lembrei a ela, e então ela começou a me olhar como se fosse me matar á qualquer momento. E o pior é que eu me declarei para ela! Eu falei que a amava e a garota me empurrou e começou a ser rude comigo! Eu iria esperar qualquer reação dela, menos essa.

— O que houve, Sunshine? 

— EU NÃO SOU A PORRA DA SUA SUNSHINE! — Ela grita e começa a chorar. Qual o problema dessa garota? — SAI DAQUI, SEU TRAIDOR.

— Traidor??? O que eu te fiz??? E por que você está chorando??? — Me desespero, eu não estava entendendo NA-DA!

— Não achei que você fosse tão trouxa a esse ponto. — Sua voz estava trêmula, mas ela estava tentando falar de forma firme e dura. — Eu te disse várias vezes que odeio coisas fofas ao extremo, fofura me causa ânsia. E ser carinhosa nunca foi da minha índole. Você me conhece, Yoongi. Como você pode acreditar que essa era mesmo eu?

— Como assim? Do que você está falando, Byul?

— Você foi enganado. Eu te enganei, eu menti para você. Você caiu como um otário. E eu achando que você era inteligente o bastante para descobrir essa farsa...

— O que você fez? — Minha voz vacila. Que porra estava acontecendo? Do que ela estava falando?

— Fingi ser alguém que eu nunca seria e te peguei no flagra. Você se apaixonou por uma personagem, e adivinha? Quebrou a cara, seu iludido. — Engoli em seco. Não estava querendo mais ouvir isso, cada palavra era como uma facada em meu coração — Escuta bem, Yoongi: Eu nunca mais vou te querer. Eu não gosto de traidores como você, que me troca na primeira oportunidade. Eu te odeio.

Era como se ela estivesse esmagando meu coração. O choro ficou entalado na minha garganta. Lembrei de todos os nossos momentos e eu quase vacilo em deixar uma lágrima cair. Como ela pôde fazer isso comigo? Ela é minha melhor amiga! A pessoa que á minutos atrás eu havia me declarado!

— Você tá fazendo mesmo isso comigo? — Pergunto, me segurando para não chorar.

— Sim, e acredite: É muito pouco. Eu não deveria nem estar olhando para a sua cara. — Ela abre a porta do quarto — Quer saber? Saia por essa porta e nunca mais volte.

— Sou realmente um otário, iludido... Porque eu achei que você fosse alguém diferente. Achei que você tivesse salvação. — Encaro ela. Eu não ia chorar porque naquele momento meu coração se encheu de raiva. — Realmente, sou muito trouxa por ter tido esperança. Seu egoísmo, seu jeito rude e frio, achando que sempre tem razão... Você nunca vai mudar.

— CALA A BOCA! — Ela grita — VAI EMBORA! ESTOU MANDANDO, SOME DO MEU QUARTO, SOME DA MINHA VIDA!

— EU VOU, MAIS SAIBA QUE É PORQUE NÃO AGUENTO MAIS FICAR TE ESCUTANDO. — Olhamos nos olhos um do outro, como se estivéssemos disputando quem hesitava primeiro — VOCÊ QUER ME TRANSFORMAR NO VILÃO DA HISTÓRIA PORQUE EU ME APAIXONEI, MAS QUEM ENGANOU, MENTIU E ILUDIU FOI VOCÊ. ENTÃO VOCÊ PODE ESQUECER TUDO QUE EU TE DISSE QUANDO ABRI MEU CORAÇÃO, MAS ESQUEÇA TAMBÉM QUE JÁ FOMOS MELHORES AMIGOS.

A olhei de cima a baixo com certo desprezo e sai do quarto com passos firmes, e ela gritou me pedindo para esquece-la. Eu disse que já tinha esquecido, mas era mentira. Eu estava tentando fingir que não estava afetado, mas eu estava. Oh, se estava! Meu coração doía tanto que parecia que eu iria morrer. A dor não passava. 

  E é por isso que parei de falar com a Byul. Estou cansado de sofrer por causa dela. Ela me iludiu e depois me falou coisas horríveis, ela foi cruel, e eu não quero mais a sua amizade depois disso. Não quero mais nada dela. 

 Decido pegar minha bike e sair pedalando, pois isso é melhor do que ficar relembrando o passado. Se eu pudesse, eu sofreria um acidente igual o que ela sofreu. Só para apagar essas lembranças que atualmente só são dolorosas.

 Mas parece que quanto mais nos esforçamos para esquecer algo, mais essa coisa vem à tona. E foi por isso, que acabei vendo Byul na beirada da rua. Claro que passei por ela direto, mas não pude evitar o que aconteceu minutos após isso.

 Meu mundo parou quando eu escutei alguém gritar meu nome completo em alto e bom tom. E eu sabia quem era a dona da voz.

Coloquei o pé no chão e parei a bicicleta, mas não olhei para trás. O que ela quer comigo, francamente?

— Ei, Yoongi! — Byul grita de novo.

— O que é? — Olho para trás, vendo uma garota desamparada e triste, ao lado de uma bicicleta pequena e infantil para o tamanho dela.

— A corrente da minha bicicleta saiu do lugar! — Ela diz, com angústia estampada na voz e no rosto.

— Idai?

— Eu disse que a corrente da minha bicicleta saiu do lugar! — Ela diz mais alto.

— I-D-A-I? — Soletro, para ver se ela entende que isso não tem nada a ver comigo.

— Eu não posso ir até você. Então você não pode vim até mim? — Ela diz, e percebi que ela estava começando a chorar.

Só me faltava essa! Qual era o problema dessa garota? Primeiro ela me faz sair com o coração despedaçado da casa dela, e agora é ela que chora?

Mas mesmo assim, não resisti. Peguei minha bicicleta e voltei, parando na frente dela.

— Ei, por que tá chorando? É por causa da bicicleta? — Encaro ela, que chorava baixo e soluçava.

— Sim, é. — Ela faz biquinho — É só por causa dessa bicicleta idiota. Ela é meu único problema.

— Aigoo, quando você vai crescer? — Brinco com ela, e nesse momento esqueço que estávamos brigamos.

— Sugato... Você consegue não me odiar? — Ela diz de modo fofo. É nessa hora que a voz dela falando "Eu não sou a porra da sua sunshine" ecoa em minha mente, e eu a olho como se ela estivesse dupla personalidade. Mas antes que eu possa falar na cara dela esse fato e responde-la, a mesma me abraça.

Fico sem saber o que fazer. Eu com certeza estou muito puto com ela, mas principalmente confuso. Por que uma hora Byul me xinga e fala coisas horríveis, e depois ela vem toda fofa pedindo para eu não a odiar?

— Pare de me confundir. — Me entristeço. — Se você continuar me machucando e depois ser boazinha comigo, eu vou te odiar.

— Eu não posso retirar o que você já ouviu. — Ela separa o abraço — Mas eu não quero ser sua inimiga depois de tantas coisas boas que já passamos juntos.

— Por favor, me diz que isso não é uma reconciliação. — A encaro — Ainda está recente, não pode mudar todo o resto só falando de coisas boas. Antes você tinha falado que...

— Não importa! Nem sempre o que você ouve é a verdade. — Ela me interrompe. — Um dia você vai entender, Yoongi. Um dia você vai saber que eu nunca, NUNCA, quis te magoar! — Ela segura em meu rosto — Um dia você vai descobrir tudo. E eu espero de coração, que quando esse dia chegar, você não me odeie.

— Do que você está falando? — Tiro a sua mão do meu rosto lentamente.

— Logo você vai saber. Eu não tenho dúvidas. — Ela suspira — Talvez, num dia que eu estiver de saco cheio, eu consiga ter coragem de relevar tudo a você. Eu estou quase de saco cheio.

— Se você está sofrendo, precisa me contar. Eu vou te ajudar. — Mordi os lábios — Isso é o que a minha Byul me falava.

— Obrigada. — Ela sorri. Era um sorriso verdadeiro — Mas por agora, só estou pedindo para você não me odiar. Porque eu estou longe de te odiar.

— Okay, Byul. Eu também estou longe de te odiar.

  ♥ ♥ ♥  

AAAAAAAAA Que delicia relembrar tudo isso, né? Vendo esses flashbacks de momentos Yoonbi desde o acidente é muuuito fofo! Mas os flashbacks dele com a Byul resumiu muito a relação deles, que não é pouca coisa não, hein?! Da um close nessa amizade que era 100% parceria (e paixão ksksks)

Sugato tá confuso demaaais, vamos colocar essa coisinha em um potinho? ♥

Castiguei vcs com um capítulo grandão, ta na hr de me castigarem com um comentário grandão tbm, ok? Obrigada por ler sz

BEEEEEIJOS AMO VCS