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XXXIX


 

22:11 pm.

A cidade era um verdadeiro caos, gritos e tiros enchiam a noite, alrme de lojas, sirenes policiais, de bombeiros ou ambulância se misturavam. Gritos de socorro eram ouvidos ao longe, prédios estavam em chamas, tudo parecia um pesadelo e a psicopata em sua Jaguar se deleitava com todo aquele caos, o caos que seu belo amante havia criado apenas para ela. 

Ela parou o carro e seus olhos brilharam ao recnhecer o parque de diversões.

Awwww ele me trouxe aqui no nosso primeiro encontro. 

Ela desceu do carro, o parque inteiro se iluminou e os brinquedos começaram a funcionar enquanto ela passava pelos portões.

Ela tentava olhar para tudo ao mesmo tempo, ansiosa como uma criança para brincar com tudo aquilo, mas onde estava seu parceiro? 

-Aí está você, - a voz de seu psicopata chegou até os ouvidos sa loira, que se virou para se encontrar com os belos e brilhantes olhos verdes - minha deusa! 

Ela sorriu para ele. O gangster se aproximou dela e a assassina fechou os olhos, esperando por um beijo que não veio, ao invés disso, seu parceiro a segurou pela mão e ela abriu os olhos outra vez.

-Vamos, temos muito o que fazer antes do evento principal. 

Ela revirou os olhos, mas o seguiu sem dizer nada quando ele a puxou, a guiando pelo parque. 

Capangas mascarados estavam por todos os lugares. Nas barracas de jogos, civis assustados substituíam os alvos e alguns capangas se divertiam atirando dardos afiados. 

No tanque de água, a água fora substituída por ácido e um homen de meia idade chorava sentado à prancha, capangas atiravam bolas para acertar o alvo e fazer o cívil cair, mas não tinham sucesso. 

-Eu quero jogar. - Ela pediu antes que seu amante passasse direto pelo tanque.

O Fúria da Noite sorriu ao ver o entusiasmo brilhar nos olhos de sua Rainha, ordenou que os capangas saíssem do caminho dela e um deles entregou à ela uma das bolas. 

Ela respirou fundo, arremessou e... Errou. Bufando de raiva, ela pegou mais uma das bolas, tentou outra vez e... Mais uma vez errou o alvo. 

Cansada de perder, ela desistiu. Ela olhou para o civil assustado e soltou a respiração. 

-Sabe, você parece ser um cara bem legal - ela comentou, se aproximando do tanque - e eu perdi de uma maneira justa, então vou ser boazinha e te tirar daí, tudo bem? - Ela perguntou sorrindo. 

O homem assentiu, acreditando nas palavras da jovem. 

-Mas como eu vou te tirar daí? - Ela questionou, se apoiando com uma das mãos no tanque, pressionando o alvo e fazendo o homem cair no tanque de ácido.

Ela viu o ácido corroer o homem, que tentava gritar por socorro enquanto o interior do tanque era tingido de vermelho. As risadas dos dois amantes eram o único barulho enquanto o ácido deixava apenas os ossos do jovem homem. 

-Ops. Desculpe. 

Ela se afastou do tanque, voltando para o lado de seu amado. Ele a segurou pela mão outra vez e os dois voltaram a andar pelo parque.

22:45 pm.

-Chefe! - Chamou um dos policiais da delegacia, que apenas funcionava pelos geradores de energia já que, pelo o que haviam descoberto, o Fúria da Noite havia explodido a central que distribuía a energia vinda da hidrelétrica para a cidade.

O policial correu até o detetive, que reassisstia o vídeo do criminoso, tentando achar alguma pista de onde ele possa estar. 

-Chefe, o mapa de energia mostra uma quantidade de energia absurda sendo usada nesse momento no parque Blackland. - O policial informou, surpreendendo o detetive. 

-Mande todas as viaturas para Blackland, vamos pegar aquele bastardo. - Ordenou o detetive, o policial assentiu e foi cumprir a ordem dada. 

22:50 pm. 

-Chefe, - Jack chamou a atenção do gangster, que via seu adorável monstrinho atirar em uma mulher amarrada à um dos alvos em uma barraca - Gronkle disse que todos do departamento foram ordenados para virem aqui. Eu não sei o que vai fazer, mas faça depressa, não temos homens o suficiente para um tiroteio. 

O Fúria da Noite cerrou os punhos, sabendo que Jack tinha razão. Mais uma vez os malditos policiais estragariam seus planos! Tudo o que ele queria era uma noite romântica com sua princesa, mas o detetive SangueBravo tinha que arruinar tudo, como sempre! 

Ele foi até a loira e tirou a arma das mãos dela, ela cruzou os braços e bateu um dos pés como uma criança mimada. 

-Eu não tinha terminado ainda! - Ela protestou. 

-Não temos mais tempo para isso, vamos! - Ele a pegou oelo braço, a puxando para longe da barraca.

-Não! - Ela se debateu, se soltando dele. 

O gangster soltou a respiração, se lembrando constantemente de que ela era apenas uma recém nascida em seu mundo e ele precisava ser paciente. 

-Nadder, meu amor, minha Rainha. - Ele se aproximou por trás dela, a abraçando pela cintura. - Pensei que quisesse torturar o assassino do seu pai. - Ele sussurrou e ela levou menos de um segundo para se soltar e se virar para ele com um sorriso brilhante no rosto. 

-Então vamos! - Ela o puxou para continuarem o caminho que faziam. 

Ele a levou para o circo mais uma vez e a loira quase chorava de emoção. A vontade de chorar foi rapidamente substituída por puro ódio quando ela viu, no meio do palco, um homem e uma mulher, amarrados à dois pilares - um de frente para o outro, com um canhão colorido entre eles. 

O Fúria da Noite a guiou até o palco, até parar ao lado do canhão. 

-Minha linda, este - ele apontou para o homem - é o homem que matou o seu pai. E esta - ele apontou para a mulher - é a mulher dele. O canhão está carregado de facas afiadas, tudo o que você precisa fazer é escolher um alvo e ascender o pavio. - Ele explicou. - Então, meu amor, quem morre primeiro? 

Ela olhou para a mulher, que chorava desesperada. O homem estva tranquilo, com a cabeça baixa, como quem já havia aceitado seu destino. 

-Mate a mulher. - Ela pediu. Sorrindo, o Fúria da Noite virou o canhão em direção à mulher, que tinha mais lágrimas escorrendo por seu rosto. 

-Não! Por favor, não! - O homem gritava. - Eu imploro, nós temos uma filha! A deixe ir! 

A Nadder sorriu para ele.

-Que coincidência! Eu também costumava ter um pai. 

Um dos capangas a deu um isqueiro, ela o ascendeu e pegou a ponta do longo pavio. 

-Eu não queria matar o seu pai! - Ignorando, a loira ascendeu o pavio, que começou a queimar depressa. - Eu estava apenas seguindo ordens! 

-Ordens de quem? - Ela perguntou, vendo metade do pavio já queimado. 

-O nome dele é Jeff Parker. É tudo o que eu sei! 

Ela olhou para seu amante, o Rei de Berk revirou os olhos antes de virar o canhão para o homem. 

O canhão explodiu, lançando facas em chamas no homem, que morreu na hora. 

-Quantos anos tem sua filha? - Ela perguntou à mulher, que agora chorava pela perda do marido.

-Seis. - A mulher respondeu e a garota ficou quieta por um momento.A Rainha olhou para o capanga que estava ao lado da mulher. 

-Solte-a. - Ela ordenou. O capanga olhou para o chefe por uma confirmação e o Fúria da Noite apenas assentiu.

O capanga soltou a mulher, que não perdeu tempo em correr dali e ninguém a impediu. 

-Por que a deixou ir? - O Fúria da Noite perguntou curioso. Nadder deu de ombros. 

-Ela não fez nada e a filha precisa dela. - Foi a resposta que ela lhe deu. 

O gangster nada disse, apenas suspirou. Ela ainda era boa demais, ainda era misericordiosa e isso fazia com que ainda não estivesse pronta para viver com ele. Berk ainda não podia conhecer sua Rainha. 

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