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XXII


"(Gangsta!)
Got my diamond earrings,
(Gangsta!)
Gonna turn you on
(So gangsta!)
I preserve my sexy
And I'm gonna beat it up if you let me.
(Gangsta!)
Diamonds all up on me,
(Gangsta!)
Gonna turn you on,
(So gangsta!)
I preserve my sexy
And I'm packing heat so don't disrespect me.
I'm just so damn flossy,
I know what you like.
There ain't no gangsta like me,
I'mma give it to ya every time."
-Gangsta Sexy, Hollywood Undead.

64 dias antes...

03:21 am.

-Guardei tudo como pediu, chefe. - Elsa me avisou. Me reclinei um pouco mais na cadeira do escritório, sem tirar os olhos dela, que tinha juízo o suficiente para não me olhar nos olhos.

-E a garota? - Perguntei.

-Estamos vigiando para que não fuja, como mandou.

-Obrigado, já pode ir. - Ela assentiu e me deixou sozinho.

Eu não podia deixar de me perguntar como Eugene conseguiria as informações que eu pedi. Balancei a cabeça. Como ele conseguiria não importava, contanto que conseguisse o que eu queria, a única coisa que ele não podia fazer é...

'É chegar perto da garota.'

Cara, é sério, vai se foder.

Como eu dizia, a única coisa que ele não pode fazer é tocar no que é meu...

' *cof* *cof* Astrid *cof* *cof*.'

... A não ser que ele queira acabar como o cara do posto de gasolina.

12:30.

Parei a Lamborghini mais uma vez em frete a casa do Eugene, o tempo dele havia acabado, o qie significava que ou a loira morria, ou eu descobriria a verdade por trás do meu lindo monstrinho.

Me aproximei da porta, com Jack e Elsa atrás de mim. Toquei a campainha e esperei por alguns momentos antes que Eugene abrisse a porta. O sorriso idiota no rosto dele me fez franzir a testa, ele havia conseguido em tão pouco tempo?

Ele abriu espaço paa que eu passasse e assim fiz. Ele fechou a porta logo que Jack e Elsa passaram.

-Então? Conseguiu ou vou ter que mandar meus homens darem um jeito na sua namorada? - Perguntei impaciente, o sorriso não havia deixado o rosto dele.

Ele caminhou até a mesa de centro na sala e pegou o pen-drive que estava sobre ela.

-Aqui estão todas as informações sobre Astrid Hofferson que estavam no comoutador de Viggo Grimborn.

Ele me deu o pen-drive e o peguei. Ergui uma sobrancelha.

-E como consguiu?

Ele deu de ombros.

-Dei meu jeito. - Ele respondeu e eu apenas ignorei. - Então, agora estamos quites? A Raquel está segura?

Sorri para ele e ele engoliu a seco, com medo do que aconteceria e eu sabia que estava parecendo com o próprio Diabo aos olhos dele. Mas, ei, talvez eu seja o Diabo e talvez Berk fosse o meu próprio Inferno.

-Ah, a Raquel está segura sim, - respondi - mas nós não estamos quites. Nós apenas estaremos quites quando eu disser que estamos, mas até que isso aconteça... Bem-vindo aos Dragões de Berk... - Vi o pânico nos olhos dele e pensei por um momento antes de continuar: - Flynn Rider. - Não me pergunte de onde eu tiro esses nomes, eu não faço a mínima idéia.

Sem dizer mais nada, coloquei o pen-drive no bolso e saí da casa, deixando Eugene - ou Flynn, tanto faz - para trás, sem poder contestar mimha decisão. Pois é, ele deveria ter pensado em todos os riscos antes dd cometer o erro de ter uma dívida comigo, porque no pagamemto da dívida havia apenas dois caminhos: ou você morria, ou se juntava à mim e, acredite, às vezes a morte é um caminho muito melhor.

-Tem certeza do que está fazendo, chefe? - Jack me perguntou antes que eu entrasse na Lamborghini.

-Ele vai ser útil, Frost, acredite. - Entrei na Lamborghini, esperei que Jack e Elsa entrassem no SUV e dirigi para nossa próxima parada: negociação de drogas.

20:37 pm.

Eu havia acabado de tirar a tinta e pegar minha moto, estava acelerando pelas ruas de Berk quando parei ao ver a bela Lexus azul da minha monstrinha.

A Lexus estaba parada do lado de fora de um restaurante e franzi a testa. Um restaurante? Ela estava em um encontro?

Parei a moto em um ponto escuro, do lado oposto à rua do restaurante. As paredes do restaurante eram de vidro e eu podia ver o interior e o que acontecia. Passei os olhos pelas mesas próximas ao vidro e logo pude vê-la. Soltei a respiração ao ver que ela apenas conversava e ria com Cabeça-Quente.

Balencei a cabeça, tentando não pensar em como eu estava começando a ficar paranóico por culpa dessa garota. Liguei a moto outra vez e saí de perto do restaurante, certo de que ela não se lembrava de nada sobre a noite passada.

21:16 pm.

Pluguei o pen-drive no notebook e senti meu estômago revirar em antecipação. Sentado no sofá da sala, com o notebook apoiado na mesa de vidro à minha frente e um copo de whisky em mimha mão, abri os aquivos do pen-drive.

Todos os arquivos eram em vídeo e os títulos eram numerados: "AH 00001", "AH 00002" e assim por diante.

Abri o primeiro vídeo. O vídeo mostrava uma sala que qualquer um acharia acolhedora: as paredes em azul claro, ursos de pelúcia e brinquedos por toda a sala, uma mesa de madeira clara com um computador de dez anos atrás. Um homem sentado atrás dessa mesa, apenas esperando que algo acontecesse.

A porta da sala se abriu e um homem alto e loiro entrou, ele esperou por alguns momentos antes de olhar para fora da sala. Ele fez alguma coisa e uma garotinha entrou, logo ficando ao lado do homem, agarrada à perna dele como se fosse um salva-vidas.

A garotinha não tinha mais do que seis anos, usando um vestidinho branco, com os cabelos presos em um único rabo-de-cavalo ao lado da cabeça. Seus olhos azuis olhavam para o homem do outro lado da mesa com desconfiança e curiosidade e eu sabia que era ela, era minha princesa, minha rainha.

O homem - Viggo Grimborn - sorriu para ela.

-Você deve ser Astrid Hofferson. - Ele disse e ela assentiu tão levemente que eu quase não percebi. - Eu sou Viggo. - Ele se apresentou, tentando ganhar a confiança dela. Ela aimda não havia dito nada.

-Diga "Olá" ao Viggo, Astrid. - O pai dela a encorajou. Mas Astrid se escondeu atrás dele. - Princesa, está tudo bem. - Ele tentou outra vez, mas ela não se moveu.

-Senhor Hofferson, - Viggo finalmente falou - acredito que, devido às circunstâncias, seja melhor que você fique com ela na sala, até que ela confie o suficiente em mim.

O pai de Astrid assentiu e se abaixou para ficar da altura dela.

-Quer que o papai fique com você? - Ele perguntou. Astrid assetniu e o pai a pegou no colo.

Ele se sentou na cadeira oposta ao psiquiatra, com Astrid em seu colo, ainda encolhida e com o rosto escondido na curva do pescoço dele. O whisky havia acabado, mas eu não me importava, eu não conseguia tirar os olhos da tela do computador, eu odiava vê-la daquele jeito, tão pequena e assustada. Tudo o que eu queria era saber o que, em nome de Thor tinha acontecido e de quem seria o sangue que eu derramaria para livrar minha pequena de todos esses demônios.

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