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"Mad love... This is mad love 
Mad love... Real mean love 
How d'ya do, o darling as I came for you? 
Now put on me a smile! 
I'm your lady, I'm crazy 
All sense gone 
I never thought I'd kill someone 
You see, I really try 
But now maybe I'm crazy 
Hopelessly in love 
That is bringing me down 
I'm in love with the murderous clown Let's dress up and go for a ride 
I'm all yours, I'll be your partner in crime".
-Harley Quinn, Anna Murphy.

65 dias antes...

10:45 am.

Astrid tentava, mas não conseguia se convencer de que nada havia sido real. O tiro continuava ressoando em sua cabeça, a risada dela enchendo a sala logo em seguida, eram coisas que dificultavam que a loira esquecesse, ou que fingisse que fosse mentira. 

Mas Astrid estava cansada. Cansada das vozes a dizendo que a Nadder era real e que voltaria, cansada dos sermões por não ter escutado antes, cansada de sua própria risada ecoando cada vez que a voz dizia que ainda havia tempo, que ela podia se livrar de tudo aquilo, que podia seguir em frente.

Mas ela não podia. A Nadder era real, ela sabia, assim como sabia que seu retorno era inevitável, que ela não podia fazer mais nada para impedir a psicopata se formando dentro dela. 

E como ela sabia de tudo aquilo? 

Simples, ela finalmente havia admitido para si mesma que estava loucamente apaixonada pelo gangster sanguinário. 

22:36 pm.

Astrid olhou para a Beretta 9 milímetros no banco do passageiro de sua Jaguar. Pegou a arma e a escondeu embaixo do vestido azul que usava. 

Ela olhou no espelho interno do carro, vendo a máscara azul bem colocada ao redor de seus olhos. Seus lábios vermelhos se curvaram em um sorriso malicioso e ela desceu do carro, indo em direção às portas da boate. 

Ela entrou, passando pelo mar de corpos na pista de dança, indo diretamente até o elevador de vidro. Ela caminhava com passos precisos e a cabeça erguida, seus cabelos dourados presos em um rabo de cavalo alto brilhavam com as luzes do lugar. 

O elevador de vidro parou e ela caminhou até a única porta do corredor, sabendo muito bem que ele estava atrás daquela porta. Ela cobriu a boca com uma das mãos quando pequenas risadas começaram a escapar de seus lábios apenas com a animação em abrir aquela porta. 

Ela abriu a porta, encontrando... A sala vazia? 

A loira franziu a testa. Ele não estava ali? Como ele ousa?? Ela cerrou os punhos. Ela definitivamente o mataria se o visse. Ninguém a deixaria assim, nem mesmo ele!! 

-O que está fazendo aqui? - A voz dele chamou sua atenção. Ainda queimando de raiva, ela se virou para olhar nos olhos do psicopata, para gritar com ele e colocar uma bala em sua cabeça...

Mas no momento em que encontrou seus olhos verdes, toda sua raiva sumiu e ela não pôde evitar sorrir para ele. 

Soluço viu os olhos dela se iluminarem e um sorriso aparecer em seus belos lábios vermelhos  e tentou não suspirar. 

Ela o olhou de cima a baixo, parando ao notar o sangue em sua camisa. O sorriso dela desapareceu e ela cruzou os braços em frente ao peito. 

-Parece que andou se divertindo sem mim. - Ela disse como uma criança fazendo birra e ele sorriu de maneira provocativa. 

-Você não suportaria ver o que eu fiz, princesa. 

Ela riu e os olhos dela se ascenderam com o desejo pela adrenalina e pelo poder que sentia sempre que puxava o gatilho. 

-Eu suporto muito mais do que você imagina, amor. 

O sorriso dele não deixou seu rosto quando disse:

-Então prove. Vamos nos divertir um pouco, princesa. 

Ele a pegou pela mão e a puxou para fora da sala. A loira mordeu o lábio para tentar conter o sorriso crescente, mas falhou miseravelmente. 

Eles desceram até a garagem, que dessa vez guardava a Lamborghini Veneno negra. Eles entraram e logo estavam nas ruas de Berk. 

Astrid se perguntava onde iriam, ela sabia que seria divertido, mas a curiosidade a estava corroendo. Quando a Lamborghini parou em frente ao banco central ainda aberto, a loira mal conseguia conter a animação. Ela não conseguia acreditar, seu primeiro crime ao lado de seu amante psicótico seria um assalto ao Banco Central de Berk! 

Ela pegou sua nove milímetros, a deixando pronta e Soluço evitou perguntar onde ela tinha conseguido aquela arma. Soluço pegou sua FN 5.7 e os dois desceram do carro. 

Eles entraram juntos no banco com armas em punho. Algumas pessoas ainda estavam lá dentro junto com alguns funcionários, o que seria perfeito, quem não gostava de um assalto com reféns? 

-Senhoras e senhores, - o gangster chamou a atenção das pessoas no local e sorriu ao ver o medo nelas - boa noite. Agora fiquem calmos. Se tentarem acionar o alarme, - ele atirou em um dos funcionários que tentava acionar o alarme atrás do balcão - estão mortos. Se tentarem ligar para a polícia... 

Astrid atirou em uma mulher que tentava ligar para alguém. 

-Então mortos. - A loira completou e Soluço sorriu para ela. 

-Vá pegar o dinheiro, eu vigio os reféns. - Ele ordenou e ela assentiu, saindo da sala e indo em direção ao cofre. 

Entrar no cofre foi fácil, ela apenas precisou atirar no painel eletrônico e a pesada porta se abriu. Ela pegou os sacos com dinheiro, os colocando do lado de fora do cofre. 

Ela pegou alguns e saiu, voltando para onde seu amante psicopata a aguardava, mas o que encontrou não agradou a loira: seu belo amante psicopata flertava com uma das reféns. Ela se aproximou lentamente para ouvir o que diziam e apertou a nove milímetros com força em sua mão. 

-Você acha que aguentaria? Não é fácil ser a minha parceira. - Ele perguntou com um sorriso presunçoso. Parceira?? Filho da...

-Eu tenho certeza que eu serei melhor do que qualquer uma que você já teve. - Foi a última coisa que a garota disse antes de cair morta no chão com um tiro na cabeça. 

Soluço se virou para encontrar uma Astrid não muito feliz. Na verdade, a loira queimava com ódio e sua nove milímetros permanecia erguida. 

-Eu sou a sua parceira. A sua única parceira.  Entendeu? 

Ele apenas sorriu para ela. 

-Vamos embora. - Ele passou por ela e lágrimas encheram os olhos da loira, que se virou na direção dele e atirou, atingindo o chão ao lado dos pés do jovem gangster e o fazendo parar. 

-Eu te fiz uma pergunta. - Ela disse com os dentes cerrados e Soluço suspirou. 

Ele se virou para ela outra vez e se aproximou. Ele segurou o rosto dela entre suas mãos antes de dizer:

-É claro que você é a única, meu amor, você é a minha rainha. - Ele a beijou rapidamente nos lábios antes de solta-la. - Agora vamos, a polícia não vai demorar. - Ela apenas assentiu e o seguiu para fora do banco. 

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