XVI
"Maybe you'll change
Abandon all your wicked ways
Make amends and start anew again
Maybe you'll see
all the wrongs you did to me
And start all over, start all over again
Oh my god, who am I kidding?
Now, let's not get overzealous here
You've always been a piece of shit
If I could kill you I would
But it's frowned upon in all fifty states
Having said that, burn in hell
So tell me how you're sleeping easy
How you're only thinking of yourself
Show me how you justify
Telling all your lies like second nature
Listen, mark my words, one day
You will pay, you will pay
Karma's gonna come collect your debt".
-Wolf In Sheep's Clothing, Set It Off.
67 dias antes...
08:25 am.
Astrid suspirou, fechando o armário devagar para não fazer barulho e piorar a dor de cabeça causada pela sua ressaca.
-Astrid, - ela olhou para o lado, encontrando Cabeça-Quente a olhando preocupada - onde estava ontem? Eu tentei te ligar o dia todo assim que vi as notícias sobre o atentado.
'Estava acabando com o estoque de bebidas do meu apartamento porque um gangster sanguinário terminou comigo, mas não é nada que deva se preocupar.'
-Eu precisava descansar depois do que aconteceu, desculpe por não ter te ligado. - Ela se desculpou e Cabeça-Quente assentiu, entendendo a situação da amiga.
-Astrid! - Astrid revirou os olhos antes de se virar para se encontrar com o rapaz que ela sequer sabia o nome. Ele sorria docemente para ela, mas Astrid não estava com humor para aquela merda. - Eu fico tão feliz em ver que você está bem. - Ele disse com olhos brilhantes, Astrid apenas permaneceu inexpressiva.
-Obrigada. - Astrid se virou e começou a andar em direção a classe com Cabeça-Quente ao seu lado. O garoto correu atrás dela, acompanhando as duas.
-Eu estava pensando... - Ele começou, fazendo Astrid revirar os olhos outra vez, ela definitivamente não estava com paciência para aquilo. - Se nós podíamos terminar o nosso encontro. Essa noite, talvez?
Astrid suspirou pesadamente antes de parar de andar e olhar para o garoto.
-Cabeça-Quente, eu te vejo na classe. - Ela disse sem olhar para a amiga, que saiu sem dizer nada. - Eu não vou sair com você. - Ela disse e o garoto a olhou surpreso.
-Mas eu... Nós...
-Você foi só um jogo rápido, garoto. - Astrid o interrompeu. - Apenas uma distração, supere isso.
Ela deu dois passos para ir para a classe, mas parou ao ouvir a voz do rapaz:
-Você não pode simplesmente dizer essas coisas e ir embora.
Ela sorriu ainda sem olhar para ele.
-Não? Me observe.
Ela voltou a andar, mas ele a puxou pelo pulso e a empurrou contra os armários do corredor. O barulho ecoando pelo corredor quase vazio. Ele a olhava nos olhos enquanto segurava os ombros dela com força, a prendendo no lugar; raiva era tudo o que Astrid conseguia ver nos olhos dele, ele poderia mata-la ali mesmo - ela sabia, conhecia muito bem o olhar no rosto dele -, mas não a assustava, não, ela já havia visto o pior então fez a única coisa que poderia fazer naquele momento: ela riu.
Ela riu alto da imbecilidade do rapaz. Ele achava que a assustava? O que alguém como ele poderia fazer contra ela?
A risada dela ecoava pelo lugar, apenas piorando a raiva do rapaz, que a apertou com mais força.
-Awww, isso é tão fofo! Você acha que é assustador. - Ela se inclinou, aproximando o rosto do dele, o provocando. - Me deixe te dizer uma coisa, amor: eu já vi o assustador, e você não tem os olhos dele. - Ela mordeu o lábio inferior dele e o puxou sem nunca deixar de olha-lo nos olhos.
Ela viu como a raiva foi substituída pela luxúria quando a fantasia de te-la naquele corredor se formou na mente do pobre rapaz. Ele soltou os ombros dela e Astrid o empurrou para longe, quebrando o transe do rapaz, fazendo a raiva borbulhar no sangue dele outra vez.
-Vai pagar por isso, Hofferson! - Ele gritava enquanto ela voltava a andar pelos corredores, como se nada tivesse acontecido. - Eu juro que você vai pagar!
Mais uma vítima bem sucedida. Ela pensou e a risada dela voltoy a preencher o corredor vazio.
10:30 am.
-Nós deveríamos sair hoje a noite. - Astrid sugeriu. - Nós duas temos coisas para esquecer. - Ela completou e Cabeça-Quente franziu a testa.
-E o que você tem para esquecer?
'Um gangster.'
-O ataque. - Ela respondeu e Cabeça-Quente pensou por um segundo.
-Faz sentido. Aonde vamos? - Ela perguntou e Astrid sorriu.
-Vamos dançar.
Cabeça-Quente balançou a cabeça em estado de negação.
-Astrid, é quarta-feira, nenhuma balada abre hoje a noite. - Ela disse e Astrid riu, Cabeça-Quente definitivamente precisava sair mais.
-Esteja pronta às nove. - Astrid pediu, se levandou e saiu da cafeteira.
21:30 pm.
Astrid estacionou a Jaguar em frente à boate e ela e Cabeça-Quente desceram do carro, ela foram até a entrada, passando direto pelo segurança na porta - o lado bom de ser uma Hofferson.
No corredor estreito pelo o qual tinham que passar antes de estarem na boate de fato, havia uma enorme caixa com mascaras de festa. Astrid pegou uma azul e deu uma verde à amiga. Astrid amarrou a máscara e Cabeça-Quente a olhou franzindo a testa.
-Pra que precisamos disso?
Astrid riu da ignorância da amiga.
-Todos são anônimos aqui, Cabeça-Quente. - Ela explicou. - Agora coloque a máscara e vamos nos divertir como se amanhã não fosse quinta.
Cabeça-Quente riu, mas terminou de amarrar sua máscara seguiu a amiga pelo corredor.
A batida da música fazia as paredes do lugar praticamente vibrarem. Preto, dourado e vermelho estavam por todo o lugar, o cheiro de bebida e as luzes piscantes eram desnorteantes. Alguns poles estavam ao redor da pista de dança e strippers faziam um show, a pista estava cheia, de modo que era quase impossível ver algo além do mar de jovens bêbados se divertindo.
Astrid e Cabeça-Quente foram para o bar. Astrid bebeu alguns copos de tequila e tentou puxar a amiga para a pista de dança, mas Cabeça-Quente negou. Dando de ombros, Astrid foi sozinha.
O álcool em seu sangue fazia com que fosse difícil de pensar direito e Astrid foi direto para o único pole vazio ao redor da pista, seguindo a batida sensual da música, fazendo as pessoas ao redor dela gritarem em excitação.
Acima do público, na parte V.I.P, com uma ótima vista do que acontecia em sepua boate, o Fúria da Noite apertou o copo de uísque em sua mão com força quando seus olhos encontraram a loira no pole.
Ele sabia imediatamente quem era - mais ninguém ficava tão linda de azul - e a observou por um tempo, vendo como suas pernas - meu Thor, aquelas pernas... - se enrolavam no pole e ela descia lentamente, enlouquecendo os homens ao redor e o fazendo respirar pesadamente.
Onde ela tinha aprendido a dançar daquele jeito? Ele balaçou a cabeça, se livrando daquela pergunta estúpida, aquilo não era importante, o mais importante era que apenas ele poderia ve-la dançar daquele jeito e naquele momento ela estava dançando para uma multidão de homens que estavam loucos para leva-la pra casa.
-Você. - ele chamou um de seus homens que estava na sala. - Vá pega-la. - Ele ordenou, apontando para a loira que ainda não havia parado seu showzinho. O homem assentiu e deixou a sala.
O capanga passou pelos corpos na pista de dança e alcançou a garota.
-O chefe quer vê-la. - Ele a chamou. Astrid camimhou até ele, deixando o rosto a apenas centímetros de distância.
-Então diga ao seu chefe para vir até aqui.
Ela se afastou, se levantou e voltou até o pole. O capanga subiu na plataforma e puxou a garota pelo braço, a arrastando com ele. Astrid tentava se soltar, mas era inútil.
Eles subiram por um elevador de vidro e saíram em um corredor com uma única porta. O capanga abriu a porta e a empurrou dentro da sala, finalmente a soltando. Astrid se virou para ele furiosamente, sem se importar em ver quem diabos estava naquela sala.
-Quem você pensa que é? Seu... - Ela parou quando a risada dele ecoou pela sala, mandando arrepios pela pele dela.
Só pode ser brincadeira...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro