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1° Capítulo

A minha bochecha arde quando a mão dele embate na minha cara. Já não dói tanto como antes. Isto já dura há tantos meses que já me habituei à dor. Não sei porquê que ele começou a ser agressivo, num dia estava tudo bem e no dia a seguir, no meio de uma discussão, ele deu-me um estalo. Depois disso, o meu corpo começou a ficar coberto de nódoas negras, e ele ameaçava-me que se eu contasse a alguém, ele matava-me. Todos os dias, ele chega a casa bêbado e agride-me. Mas hoje isso acaba. Eu já não aguento mais viver nesta casa. Eu preciso de sair daqui.

— Chega!— grito.— Tu não podes simplesmente chegar aqui e bater-me só porque te apetece. Eu não te fiz nada. Eu não fiz nada para merecer isto.

— Já disse várias vezes que quem grita nesta casa, sou eu!— grita de volta.

Normalmente, ficaria assustada e começaria a chorar, mas não desta vez. Sim, eu estou a chorar, mas são lágrimas de raiva.

— Eu vou sair desta casa.— digo firme.

— Tu não vais a lado nenhum! Eu não te deixo sair daqui.— ele diz à medida que se aproxima de mim.

Mais uma vez, não me assusta. Já tenho a minha mala pronta há dias, mas ainda não tinha tido coragem, mas hoje cheguei ao meu limite.

— Tu não mandas em mim e se eu quiser ir embora, eu vou! Tu já não me metes medo, Brandon! Eu estou farta disto! "Eu e tu", já não existe. Isto acaba aqui e agora.— digo abrindo a porta para sair de casa.

— Megan, tu nem te atrevas a sair por essa porta.— Brandon ameaça entre dentes.

Eu ignoro, pego na minha mala e saio daquela casa. Corro até ao táxi, que chamei antes do Brandon chegar a casa, e peço ao taxista para avançar o mais depressa possível em direção ao aeroporto.

Ele vai procurar-me e provavelmente vai encontrar-me e quando o fizer vai ser pior para mim. Mas eu não podia continuar a viver naquele inferno. Ele não me deixava falar com nenhum dos meus amigos. Alguns deles, afastaram-se de mim para sempre, por pensarem que eu já não queria saber deles. Mas houve alguém, uma única pessoa, que tentou falar comigo todos os dias, durante os últimos sete meses: Jack Avery, o meu melhor amigo desde que tínhamos cinco anos. E é a ele a quem eu vou pedir ajuda. Eu não tenho mais ninguém, depois da morte dos pais, há um ano, só o tenho a ele.

Olá!

Sejam bem-vindos a mais uma história. Espero que gostem desta nova fic.

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Beijinhos e até ao próximo capítulo!😘

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