Namorada?
Depois de escrever esse capítulo deu a impressão de que ele ficou meio diferente, sei lá.
Mas enfim, boa leitura!
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Alguns minutos se passaram e ainda estavam lado a lado em completo silêncio refletindo sobre o que tinham acabado de fazer.
Quase tinham fodido.
– Que merda foi essa? – Enfim o loiro teve tempo de perguntar.
– Não sei, Bakubro – respondeu – Mas foi muito bom. – virou de lado, fitando o loiro – Quer... fazer de novo?
– Seu... – sentiu sua face esquentar de imediato – Não meta. – avisou por fim, como havia feito da última vez.
E foi em questão de segundos que o ruivo avançou novamente em Bakugou para tocar - e marcar - aquele belo corpo novamente.
*
No meio da noite, Bakugou tratou de expulsar o ruivo de seu quarto, alegando ser muita viadagem os dois dormirem juntos depois do que haviam feito.
Sim, o fato deles dormirem juntos seria viadagem.
De manhã, desceram para tomar o café da manhã, e como sempre, o grupo de idiotas tratou de aparecer na mesa onde Bakugou comia tranquilamente.
– Ei, gente! – o loiro elétrico falou todo empolgado – O que acham de irmos na piscina hoje?
– É uma boa ideia, tá muito calor – Ashido comentou – Mas temos que pedir para o Aizawa-sensei.
– Verdade, droga. – Kirishima reclamou – Ele não vai deixar.
– Vai sim, confia. – Denki respondeu.
*
Minutos depois, estavam Denki, Mina e Hanta tentando de alguma forma persuadir Aizawa a liberar a piscina para a 3-A.
Kirishima e Bakugou apenas observavam em silêncio o apelo que o trio fazia para conquistar o professor, mas pararam de prestar atenção ao terem seus nomes chamados por alguém.
– Ei Kirishima, Bakugou – Olharam na direção de onde vinha a voz, avistando Shoji Mezo. Seu dormitório ficava bem ao lado dos seus.
– Sim, Shoji? – Kirishima perguntou inocentemente.
O maior aproximou um de seus braços onde estava localizado sua boca e aproximou dos dois.
– Olha, eu não julgo vocês nem nada – começou – Mas façam mais baixo, por favor.
Sentiram a face queimar na hora.
– Do que caralhos está falando? – Bakugou questionou irritadiço.
– Sobre gemerem alto demais enquanto transam – Foi direto – Antes eu não me importava, mas ontem dava pra ouvir lá do corredor.
Tudo que Bakugou queria era enterrar a cabeça na terra e nunca mais ter que olhar para aquele cara nunca mais.
E pior, se outras pessoas tiverem ouvido?
Eijirou estava quase no mesmo nível, mas não era tão radical quanto Bakugou.
– Não transamos caralho! – esbravejou irritado. Merda, havia falado alto demais.
E agora tinha o refeitório inteiro olhando na direção deles.
Certo, enterrar a cabeça na terra era pouco. Queria morrer. Mas não sem antes explodir a cabeça de todos naquele refeitório.
Felizmente, o silêncio durou pouco e logo o lugar já estava barulhento novamente.
– Olha, seja lá o que estiverem fazendo – Shoji olhou para os dois novamente – Eu ouço a voz e os gemidos dos dois todo dia, então façam menos barulho, por favor.
– S-sentimos muito, Shoji. – Finalmente o ruivo se pronunciou, ainda sentindo suas bochechas arderem de tanta vergonha – N-nós vamos tentar.
– Obrigado – e ele saiu como se nada tivesse acontecido.
– Puta merda – Katsuki resmungou. – Isso é sua culpa, cabelo de merda.
– Minha? Foi você quem disse pra eu botar o pau pra fora! – defendeu-se indignado com a acusação do outro. – E ainda diz que não é gay – murmurou.
– Mas eu não- – interrompeu-se ao lembrar de todas situações anteriores, sentindo o rosto ruborizar-se novamente – Tanto faz.
Pela primeira vez, não conseguiu negar aquele fato concreto.
Eijirou percebeu isso e até ficou surpreso, mas decidiu ficar em silêncio.
Sentiu uma felicidade lhe invadir e um sorriso tomar seus lábios.
Talvez em breve fosse conseguir meter no loiro, fazendo-o afogar-se novamente em gemidos manhosos enquanto atingia sua próstata.
Talvez fosse conseguir se confessar, pois a negação de Katsuki o perturbava há alguns dias, fazendo-o ficar desconcentrado durante a aula pensando em como poderia estar sendo iludido em nutrir sentimentos pelo loiro explosivo.
As batalhas ganhas também não o animavam tanto quanto deveriam, pois o fazia pensar no quanto o loiro provavelmente o considerava apenas como um amigo e parceiro de batalha que chupava toda noite para saciar sua sede enrustida.
Mas suas dúvidas começavam a serem respondidas à medida que se mantinha atento as reações de Bakugou.
Em seus olhos fitando-lhe preocupado durante a aula inteira eram um sinal, apesar de que se fosse perguntar, o loiro negaria com todas as forças que fazia isso e diria que não era gay.
E como poderia esquecer de sexta? onde pela primeira vez viu o loiro fechar a boca quando estava prestes a proferir algum xingamento o repreendendo.
– Gente, conseguimos convencer o Aizawa-sensei! – Foi tirado de seus pensamentos pelo loiro elétrico totalmente eufórico pela conquista – Ah – pareceu lembrar-se de algo ao fitar o loiro irritadiço – Com quem você “não transou”, Bakugou? – questionou com um sorriso malicioso.
– Não interessa. – respondeu seco.
– Ah, poxa – gemeu tristonho – Conta pro seu bro aqui! Cê tá gostando de alguma garota? Eu te ajudo com isso!
– Não caralho! – negou irritado com a suposição do outro. Por que estava irritado? Era hétero, a suposição sobre ser uma garota estaria certa.
Kaminari o encarou emburrado.
– Que tal irmos logo para a piscina? – Kirishima já notara que Katsuki estava a ponto de explodir, interrompendo o assunto.
– Ah, sim. – lembrou-se de sua conquista – Pessoal! A piscina tá liberada! – gritou para alertar todo o refeitório, ouvindo gritos de felicidade em resposta.
Estava realmente um calor infernal.
*
– Hã? – Sero franziu o cenho surpreso – Bakugou, que marcas são essas?
Katsuki travou, seu coração falhando algumas batidas.
Estavam no vestuário masculino trocando de roupa para irem a piscina.
– “Não transamos”, é Bakugou? – Kaminari o provocou. – Quem é sua namorada?
Katsuki ainda estava virado para seu armário com a cara totalmente vermelha. Estava fodido, e não era do jeito bom que ele esperava ser - na brotheragem.
Havia tirado sua blusa que escondia as marcas em seu pescoço, além das do ombro e os arranhões em seu peitoral. Tinha se esquecido completamente destes pequenos detalhes.
– Quem foi a garota, Bakugou? – Mineta entrou na conversa – Que inveja! Nem precisava da minha lista de pornôs, afinal.
– Calem a boca seus merdas! – esbravejar furioso com as provocações.
E o pior - ou não -, sua fúria devia-se ao fato deles assumirem que ele havia fodido alguma garota aleatória. Dava-lhe nojo imaginar-se nesta situação. Mas por quê? Ele era hétero, então...
Kirishima estava nervoso com a situação. Sentia pena do loiro por conta das provocações que recebia enquanto também se sentia triste por estarem assumindo que Katsuki estava com uma garota.
Sentia... ciúmes?
Se segurava - e muito - para não gritar ali mesmo que aqueles chupões eram seus, que aquelas mordidas foram feitas por seus dentes pontiagudos. Que quem havia tido o prazer de pegar naquele pau e apertar aquelas nádegas era ele.
Se segurava muito, pois caso declarasse a verdade, a situação poderia piorar.
Talvez Katsuki fosse odiá-lo.
– Gente, deixem ele em paz. – Tentou fazer seus amigos pararem de provocar Katsuki.
– Ah, mas não é todo dia que o vemos o Bakugou cheio de mordidas e chupões – Hanta se manifestou – Não é, Shouji? Quem acha que pode ter sido? – Perguntou ao maior que estava quieto ao seu lado.
Katsuki virou-se imediatamente e direcionou um olhar mortal a Shouji.
“Abre a boca e eu te quebro na porrada”, pensava enquanto faltava sair fogo de seus olhos.
Já Kirishima o fitava de forma mais amena, com um olhar pidão, implorando para que não revela-se nada.
– Não faço ideia. – respondeu simples, fazendo o ar voltar ao pulmão de Bakugou e Kirishima.
– Mas você fica perto do dormitório dele, cara! – Denki disse indignado com a falta de atenção do outro – Não sabe de nada mesmo?
– Não.
Ficaram aliviados quando as perguntas cessaram.
*
– Seu idiota, isso é sua culpa! – gritou baixo para o ruivo enquanto saiam do vestuário. Ficaram um pouco atrás dos outros para poderem conversar – Agora acham que eu transei!
– Com uma garota – o ruivo murmurou emburrado.
– Pelo menos isso – respondeu sem perceber a mágoa do outro.
– Mas você gostou do que fizemos ontem, não? – ignorou a fala anterior do loiro. Ou tentou fingir que não lhe tinha valor.
– É claro que não! – bufou tentando esconder o rubor que voltava e verdade que tanto negava. Viu que a reação de Kirishima não foi das melhores e decidiu voltar atrás em suas palavras e não dar uma resposta tão amargurada, negativa e mentirosa quanto aquela – Quero dizer, não foi ruim... mas eu-
– Não é gay, eu sei – respondeu por ele, aproximando-se sorrateiro e depositando um beijo demorado na marca de mordida no pescoço do loiro, afastando-se e sorrindo malicioso para o mesmo que já estava pegando fogo de tanta vergonha – Mas eu não quero acreditar – murmurou para si mesmo.
– Que porra é essa, cabelo de merda?! – Questionou irritadiço, tentando expressar seu ódio - ou vergonha - com a voz baixa pois não queria chamar atenção para si novamente.
– É coisa de bro.
[...]
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