Calor
Logo, o grupo havia chegado na piscina, não tardando a pular na mesma com tudo como se fossem morrer para o calor escaldante daquele Domingo.
Katsuki, acostumado com o calor, não sentiu tanto desespero em adentrar a água gelada, mas arrependeu-se assim que sentiu os olhares lhe queimando.
Maldição, havia esquecido as malditas marcas que Kirishima deixou em si novamente.
– Que marcas são essas, Bakugou? – Ashido indagou com certa curiosidade e malícia, havia ido para a piscina com as meninas na frente, perdendo a oportunidade de questionar o loiro no caminho.
– Ele não quer contar – Kaminari explicou a situação emburrado enquanto entrava na água – Me pergunto que garota seria tão selvagem na cama, porque olha essas marcas cara! – comentou indignado – AI!
Algo atingiu seu olho bem na hora, mas já estava acostumado com isso.
Estava acostumado com os plug-ins de sua namorada acertando seu olho sem piedade quando falava “merda”.
– Falando assim parece até que quer transar com ela. – Kyoka disse meio seca, com certo ciúmes da fala do namorado. Ela não era de ter ciúmes, mas Denki vinha agindo estranho há tempos.
– Não quis dizer isso, amor – choramingou massageando o olho e indo na direção da amada para abraçá-la.
– Mas quem disse que foi uma garota? – a rosada voltou ao assunto principal, questionando novamente. – Pode ter sido um cara.
Bakugou nunca quis tanto matar alguém como nesse exato momento, porém, para sua infelicidade Kirishima conseguiu contê-lo.
– Um cara? – Sero riu – O Bakugou não é gay, tenho certeza. – virou-se para o loiro elétrico – Que ridículo, não acha, Kami?
– É, acho que sim. – Respondeu vago, ficando estranhamente quieto depois da afirmação de Ashido. Como se estivesse refletindo sobre o assunto.
Ashido riu maliciosa, levando toda os olhares dos outros à ela.
– Já tenho uma ideia de quem seja. – e olhou discretamente para o ruivo que tentava distrair Katsuki da conversa alheia sobre si, como se não houvessem quase fodido horas atrás.
Sero riu novamente com a suposição de Ashido.
– Beleza, diz quem é então.
– Não – sorriu e abandonou o local, juntando-se com as outras meninas em uma conversa animada.
E novamente, Katsuki queria avançar na rosada e explodi-la até não restar evidências de seu cadáver, mas Kirishima o conteve de cometer um assassinato pela segunda vez naquele dia.
*
Ao final da tarde, Kaminari implorou para que todos se reunissem no quarto de Kirishima a fim de ficar jogando video-game para aproveitar aquele Domingo, já que no dia seguinte teriam que voltar a estudar e treinar como se suas vidas dependessem disso.
Era cômico, pois dependia de certa forma.
Eijirou acabou cedendo muito a contragosto, pois pretendia tomar aquele banho demorado que sempre tomava para ter seu momento delicioso com Katsuki.
Amava seus amigos, mas sério, a duração daquele desafio era só de um mês e queria aproveitar do empenho que Katsuki tinha em chupar seu pau com tanta avidez e lhe bater uma punheta tão deliciosa, mesmo que se declarasse hétero.
Mas enfim, teria que perder seu momento especial pois Kaminari parecia ter algo importante à declarar.
Os olhos dourados do loiro denunciavam isto.
– Porra, sério isso? – Hanta indagou depois de perder pela terceira vez a partida – Isso é trapaça!
– Mau perdedor – Katsuki zombou – Sou ótimo em tudo que faço, por que ainda se surpreende? – disse orgulhoso.
– Convencido.
– Ei gente – Denki chamou a atenção de todos para si após ver que finalmente haviam acabado a partida – Eu... quero falar sobre algo.
– Pode falar, bro – o ruivo assegurou-o.
Um pequeno sorriso formou-se nos lábios do loiro.
– Também quero ajuda com isso – suspirou – É que eu... eu sou bissexual, sabem? Alguém que gosta tanto de mulheres quanto de homens.
“É claro que sabemos o que é, porra. Não somos burros igual você”, Katsuki gostaria de dizer, porém preferiu manter esse pensamento para si, notando a seriedade que o ambiente havia tomado.
Após revelar isto, Kaminari ficou tenso. Olhou para o chão, não querendo encarar ninguém, tendo medo de que estivessem com nojo de si. Na realidade quem mais lhe dava medo era Sero, que havia feito aquela afirmação sobre Katsuki na piscina, não sendo necessariamente homofóbico, mas tendo um pré-conceito sobre o explosivo não ser gay.
E a outra pessoa era o próprio Katsuki, que nunca havia visto comentar sobre nada, mas que temia mesmo assim porque né, era Katsuki Bakugou, o cara mais irritado e machão da U.A. toda.
Mal sabia que esse cara “machão” possuía o sonho enrustido de dar loucamente para seu amigo de cabelos ruivos.
– Oh – Hanta soltou surpreso – E? – para a surpresa de Denki, ele também foi o primeiro a encoraja-lo a continuar. – O que tem? – fitou-o curioso.
– Ah, sim – lembrou-se do que iria pedir – É q-que eu não contei para a Jirou. – disse nervoso – Eu tenho medo de que ela termine comigo.
– Por que ela faria isso? – foi a vez do ruivo perguntar.
– Você sabe, as pessoas acham que ser bissexual é uma desculpa pra quem não quer admitir que é gay. – explicou – Tenho medo de que ela ache o mesmo.
– Verdade, minha mãe diz isso sempre; “Essa coisa de bi é falta de vergonha na cara” – Ashido se pronunciou. – Mas não acho que a Kyoka pensa assim.
– Cara, Jirou seria muito babaca se pensasse isso – Sero comentou.
– Acho que ela não pensaria isso também. – Kirishima emitiu sua opinião – Você deveria confiar mais nela, bro.
– Eu confio! – exclamou – Mas eu tenho medo...
– Se tiver medo, não será nada másculo – Aproximou-se do loiro – Se confia nela, deve contar. – buscou encoraja-lo – Se ela não aceitá-lo assim é porque ela não te merece.
Denki não conteve o sorriso.
– Obrigado, bro! – abraçou-o.
– Sem problema, bro. – Katsuki só observava a cena, talvez com sangue nos olhos. – Sabe, eu quero aproveitar que entramos nesse tipo de assunto e dizer que... e-eu sou gay... – confessou.
“Que porra? Se ele é gay, eu que chupo o pau dele sou o que?”, Bakugou questionou em silêncio, sentindo sua face começar a esquentar. Talvez não fosse não hétero assim?
– Ah, sim. – Hanta confirmou sem de fato prestar atenção nas palavras de Kirishima, repassando as mesmas na cabeça e notando apenas segundos depois o que o ruivo havia dito – Pera, o quê? Merda – encarou a rosada que sorria vitoriosa.
– Pode passar a grana, amor. – pediu, vendo o moreno procurar por sua carteira no bolso e lhe entregar o dinheiro – Metade da minha teoria foi comprovada – declarou.
– Ok, o que foi isso? – o ruivo perguntou confuso.
– Apostamos se você era gay ou não – Sero explicou – agora se o Bakugou for gay eu vou ficar pobre.
– N-não sou gay. – finalmente se pronunciou, negando, mas com uma pitada de insegurança em seu tom de voz, que não passou despercebido pelos outros.
– Não né – Mina riu em malícia.
– Certo, como minha saída do armário foi parar aqui? – Kaminari questionou.
Kirishima deu de ombros e começou a rir da situação, instigando os outros a fazer o mesmo.
Bakugou continuou calado reflexivo.
Ele era hétero, né?
Ou era só uma desculpa para não admitir que queria ser devorado por Kirishima?
O mesmo havia admitido ser gay agora pouco e isso certamente lhe chocou. Quem sabe realmente tivesse sentimentos boiolas pelo ruivo?
Esteve preocupado com ele mais do que nos últimos anos, mesmo que essa preocupação fosse gradativa, Katsuki sentia que tinha algo a mais, mas não queria admitir isto.
Seu desejo também era gradativo, já foram inúmeras as vezes que se pegou pensando no caralho do ruivo entrando com força total dentro de si.
Enquanto a confusão de pensamentos invadia sua mente, sua face começava a ficar cada vez mais ruborizada, por quanto tempo mais teria que aguentar aquilo?
Devia ser coisa do calor.
– Bakubro, tá tudo bem? – Sentiu a mão do ruivo tocar seu ombro. – Sua cara tá toda vermelha – fitou-o com preocupação.
Porra, por que caralhos se importava tanto com si? E por que seu coração falhava algumas batidas quando ele lhe direcionava uma voz cheia de preocupação?
Merda, será que era gay...?
O que tinha de tão errado mesmo? Sentia que sua cabeça ia explodir.
Tudo culpa do calor, certeza.
– Bakugou? – ouviu novamente sua voz, dessa vez com uma dose extra de preocupação.
– Tô bem, caralho. – respondeu rude.
Eijirou então não questionou mais, porém manteve-se atento a qualquer sinal que o loiro pudesse dar quanto ao seu estado.
Era inegável que estava preocupado.
Será que havia o irritado por isso tomar o tempo que tinham juntos? Ele poderia até negar gostar de chupar seu pau, mas arrumaria uma desculpa para ficar irritado se quisesse.
*
Ficaram conversando e jogando por mais um tempo, até que perceberam que já havia passado da meia noite e todos trataram de ir para seus respectivos quartos.
Menos Bakugou.
Ele ficou lá, fitando o ruivo que arrumava o local.
– Ah, ainda tá aqui, Bakubro? – assustou-se quando ainda viu o loiro sentado no chão de seu quarto o encarando fixamente – Olha, desculpa por não termos tido tempo hoje. Vou recompensar, viu?
– Tanto faz – Enfim disse algo, levantando-se e indo em direção a porta do quarto, parando antes mesmo de fazer menção de abri-la. – Kirishima.
O ruivo voltou novamente sua atenção a Katsuki, que abruptamente começou a andar em sua direção a passos firmes.
Puxou-o pela gola da camisa e seus olhares se encontram.
Katsuki abria e fechava a boca como se quisesse dizer algo e desistisse logo em seguida. Estava confuso e indeciso.
Mas então respirou fundo e avançou nos lábios do ruivo, que em primeiro momento ficou sem reação alguma, mas começou a seguir os movimentos de Bakugou, puxando-o para para mais perto e segurando seu rosto firmemente para aprofundar o ósculo necessitado.
Seus batimentos estavam acelerados, buscavam se acostumar com a nova experiência - pois nenhum dos dois haviam beijado um homem antes, imagina foder com um? -, então o ruivo decidiu tomar o controle da situação, empurrando Katsuki para a cama e ficando por cima de si.
Seus olhares desejosos denunciavam a tesão que acumulavam por dias. Queriam tanto aquilo. Ansiavam pelos toques um do outro como se suas vidas dependessem disso.
Suas ereções pulsavam dentro da calça, implorando por alívio e quase pulando pra fora das vestimentas
Mas não tinham ideia de como fazer.
– Você quer? – Kirishima perguntou com a voz embargada em tesão.
– Não sei... – respondeu extasiado com um tom tão manso e submisso que o ruivo quase gozou antes da hora. – Porra, não tenho ideia de como fazer.
– Nem eu – sorriu envergonhado – E temos aula amanhã...
– Só... me da um tempo – disse quase em um sussurro de tão envergonhado que estava – Até sexta.
De fato, estavam totalmente despreparados e transar sem nenhum conhecimento prévio do que iriam fazer poderia trazer consequências dolorosas no futuro.
Além do fato de terem aula no dia seguinte, na qual seriam prejudicados caso faltassem.
Mas Bakugou ao menos havia confirmado. Isso aquecia o peito de Eijirou de uma forma descomunal.
Choraria de alegria se não tivesse seu pau - e o do loiro - latejando ali embaixo.
– Certo! – abriu um sorriso daqueles que eram capazes de tirar o ar dos pulmões de Bakugou, deitando-se ao lado do mesmo em seguida.
– Vamos fazer o de sempre então? – questionou, já direcionando sua mão aos membros rijos.
– Pega no meu pau logo, idiota – resmungou.
– E ainda diz não ser gay, Bakubro? – zombou do outro, segurando os dois caralhos um contra o outro e iniciando uma masturbação lenta.
– E você ainda me chama de bro mesmo querendo comer meu cu?
[...]
-----------------------------------------------------------
Não me matem kk
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro