Boatos
Não teve nenhuma putaria nesse cap, sinto muito :(
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Quando chegaram na escola, foram bombardeados de perguntas de ninguém menos que Mina, que ficou morrendo de curiosidade sobre como foi o encontro.
E óbvio, não falaram nada para aquela fujoshi obcecada.
Como já estava tarde, foram dormir em seus respectivos quartos, mesmo com a insistência de Kirishima em dormir com o loiro, que quase cedeu, mas achou que aquilo "era gay demais".
Mesmo que chupassem o pau um do outro todo dia e já tivessem fodido duas vezes.
Sim.
No dia seguinte, Katsuki acordou com extremo mal-humor - nenhuma novidade - principalmente por conta das chamadas em seu celular. Quem diabos seria?
Olhou a tela e viu o nome de contato de sua mãe. Bufou irritado. Por que diabos a velha ligava justo agora?
Atendeu a contragosto, já se preparando para a gritaria.
- Katsuki, você vem pra casa hoje! - ouviu a voz feminina gritando com si.
- Não vou velha, para de me ligar. - rosnou frustrado por ter acordado mais cedo do que de costume.
- Eu não tô pedindo caralho, tô mandando! Agora veja as mensagens que te mandei. - Ela ditou e logo desligou.
"Porra velha, me acordou só pra uma merda dessas?", pensou extremamente puto enquanto desbloqueava o celular e ia nas mensagens.
E quando as viu, as memórias do dia anterior, onde andou de mãos dadas com Eijirou pelo shopping começaram a surgir. Porra.
Se arrependia.
Quer dizer, não se arrependia de segurar a mão daquele idiota e tacar o foda-se para o que as pessoas pensavam, mas não pensou que algum desgraçado tiraria fotos e postaria na merda do Twitter e ainda viralizasse.
Porra, estava fodido. Sua mãe viu a merda da foto e ficou mandando um trilhão de mensagens dizendo que Katsuki deveria ir imediatamente para casa e deveria trazer o garoto que estava com ele na foto junto.
O que diabos ela pretendia?
O pior é que não é tão surreal assim pensar que ele era tão importante assim para ser reconhecido no shopping, pois de fato ele era.
Como estavam no terceiro ano, Bakugou era integrante do Big Three junto à Midoriya e Todoroki e estavam na U.A. que é apenas a escola de herois mais prestigiada do país.
Começou a espumar de raiva quando desceu os comentários e viu que alguns, bem poucos na verdade, eram ofensas principalmente contra o ruivo.
Ainda bem que era internet, pois com certeza Bakugou não hesitaria em tirar a vida do imbecil que falou do ruivo neste exato momento.
Desligou o celular sem responder as mensagens, mas de qualquer jeito teria que ir para casa. Porra, era domingo, não tinha como arranjar uma desculpa para não ir.
Fez suas necessidades básicas e então rumou direto ao quarto do ruivo, batendo na porta de forma escandalosa e sendo atendido dois minutos depois por um Kirishima de cabelos baixos, meio sonolento, contudo ao mesmo tempo estranhamente desperto. Odiaria admitir, mas sentiu um leve aperto no coração com aquela cena.
Acordou aquele idiota tão cedo para arrastá-lo até sua casa? Que ideia idiota, ele não tinha obrigação alguma de vir consigo.
- Suki? - bocejou - O que faz acordado a essa hora?
- Minha velha me ligou e disse que quer que você vá lá em casa.
- Hã? Também? Minha mãe me mandou mensagem e falou que eu deveria levá-lo até em casa... mas não tenho ideia do porquê.
- É por causa dessa merda de postagem - pegou seu celular e mostrou ao ruivo.
- Ah, droga - praguejou já começando a ficar alarmado - meus pais com certeza viram... - cerrou o punho nervoso - Meu pai, ele...
- É um filho da puta? - o loiro indagou, já começando a ficar enfurecido imaginando cenários onde o ruivo era condenado pelo próprio progenitor.
- Não é isso, é que... - tentou buscar as palavras, desistindo logo em seguida - Não sei explicar, mas enfim, eu não quero ir hoje.
- Tsc - estalou a língua irritado com o fato de não saber o que atormentava o outro - Vamos para a minha então?
- E se seus pais... - Eijirou iria questionar apreensivo.
- Se eles abrirem a boca pra falar mal de você eu explodo a cara deles - declarou, deixando um sorriso confiante escapar, o que não passou despercebido por Eijirou, que ficou imensamente agradecido pelo apoio, aproximando sua face ao do loiro e selando seus lábios levemente, de forma agradável e menos lascíva, apenas como um agradecimento e demonstração de afeto por seu amado.
- Você continua me beijando assim de repente, idiota... - comentou, sentindo suas bochechas pegarem fogo com a carícia repentina, enquanto cruzava os braços para tentar manter uma pose firme.
- Você não gosta?
- Não disse isso - bufou, antes que o ruivo envolvesse o braço ao redor de seu pescoço.
***
Foram para o refeitório juntos, mas não seguravam suas mãos ou faziam qualquer contato íntimo. Mesmo que no dia anterior Katsuki tivesse tido aquela coragem, no momento estava receoso de que os boatos se fortificassem e trouxessem algum mal a Eijirou.
O ruivo, por outro lado, estava ansioso para segurar aquelas mãos ásperas novamente, mas viu a resistência do loiro e decidiu não insistir, engolindo a mágoa e tentando fingir que aquilo não o afetava.
Quando chegaram, o lugar não estava muito cheio - pois a maioria dos estudantes está na casa dos pais ou não acordou ainda - contudo, no momento que pisaram no lugar, já sentiram os olhares queimarem sobre eles.
- O que estão olhando seus merdas? - Bakugou bufou, não deixaria que um bando de extras o intimidassem.
Alguns se encararam, outros sorriram e logo todos voltaram a focar no que faziam antes. Avistaram o grupo de idiotas, e pegaram o café da manhã antes de ir para o lugar.
Katsuki não queria ir para lá, mas como o ruivo seguia aqueles idiotas, não tinha muita escolha.
- Bakugou! - Kaminari o chamou escandaloso - Você e o Kirishima estão namorando mesmo? - Não continha a empolgação inocente nos olhos.
- Puta merda, tem que ser muito burro para não ter percebido isso - Katsuki bufou, fazendo o outro resmungar choroso pelas ofensas desnecessárias.
- Como a Jiro aguenta ele? - Hanta perguntou-se, rindo quando o loiro elétrico direcionou-lhe um olhar o repreendendo.
- Sorte talvez? - Ashido disse, fazendo os outros rirem.
A graça acabou quando um certo garoto com cabelos de uva arroxeados chegou ao local.
- Então a merda dos gays eram vocês? - o arroxeado chegou, direcionando a pergunta ao ruivo, pois tinha medo de provocar a bomba loira que estava ao seu lado.
Cometeu um erro.
- Sinto muito pelos gemidos, Mineta, mas nós paramos de fazer barulho... - Eijirou tentou explicar.
- Vocês tem que parar é de existir, pragas - encarou-os apavorado enquanto se afastava um pouco com uma expressão de completo nojo na cara. - Desperdiçando o tanto de mulher que querem vocês, desgraçados. - rosnou - E ainda namora com alguém tosco como o Kirishima, meu deus Bakugou – Não conteve seu ódio.
- Bakugou, não! - Eijirou colocou o braço no na frente do loiro que estava se posicionando para avançar em Minoru - Não vale a pena e vai te trazer problemas.
Aquelas palavras o feriram sim, contudo, não queria o namorado se metendo em problemas por sua causa, muito menos vê-lo sendo preso por cometer um assassinato.
Doía muito ter que aceitar aquilo calado, mas não queria o loiro desperdiçando suas explosões por sua causa, por causa de alguém como ele...
- Kirishima, tira esse braço da frente e me deixar foder a vida desse filho da puta - bufou possesso de ódio. Aquele lixo iria morrer aqui e agora.
- POR FAVOR! - o ruivo implorou, não conseguindo conter as pequenas lágrimas que escaparam-lhe pelos olhos. Sentir que era "tosco" e que o loiro não merecia alguém assim era doloroso. Sabia que não era verdade, quer dizer, tentava convencer-se disto, mas no fundo sua autoestima era baixa o suficiente para não conseguir parar de se sentir mal com sigo mesmo. Também não queria ver Katsuki envolvido em uma briga inútil por alguém como ele, alguém com uma individualidade ridícula que ficava com a porcaria de um sorriso na cara o tempo todo, pensar nisso só o angustiava.
- Kirishima... - suas mãos pararam de fumegar e sentiu um peso em seu peito, merda, fez aquele raio de sol chorar. Respirou fundo antes de desfazer sua posição de ataque e levar as mãos à pele morena do ruivo, passando suas digitais abaixo de seus olhos para retirar aquelas lágrimas.
Estalou a língua ao olhar para o arroxeado ainda atrás de Eijirou, direcionado-lhe um olhar tão enraivecido que o baixinho correu como um gato assustado.
Bakugou então levantou do banco da mesa e, sem vergonha alguma, entrelaçou seus dedos aos de Kirishima, puxando sua mão e o fazendo levantar, indo de volta para os dormitórios.
Não trocaram nenhuma palavra no caminho todo. Kirishima se condenava mentalmente por não ser másculo o suficiente para não chorar por aquele tipo de situação, enquanto Bakugou não tinha ideia do que falar. Era a primeira vez que estava em um relacionamento tão íntimo e sentia a angústia espalhando-se por seu ser ao ver aquele ruivo silencioso e tristonho.
– Desculpa, eu surtei – decidiu quebrar o gelo, soltando um riso fraco.
– Cala boca, imbecil – bufou – Não é pra me pedir desculpas por algo assim.
– Mas eu atrapa-
Mal teve tempo de terminar a frase, sendo puxado bruscamente pelo outro, sentindo seus lábios sendo tomados pelos de Katsuki em um beijo terno e intenso.
– Eu disse pra calar a boca. – bufou novamente, pegando o celular para falar com sua mãe.
Diria que não poderiam ir, pois se fosse para ofender Eijirou, era melhor que nem chamassem, contudo, esse pensamento foi por água a baixo quando viu algumas mensagens que o fizeram sorrir.
– Vamos para minha casa. – Avisou, vendo o outro concordar em silêncio.
Eijirou não gostaria de ouvir mais ofensas ou desaprovações no mesmo dia, mas decidiu aceitar pois não gostaria de decepcionar seu namorado.
Seria másculo o suficiente para enfrentar aquilo, ou ao menos tentaria ser. Estava ansioso e temeroso, mas decidiu ser corajoso igual Katsuki foi quando estavam no shopping.
Conheceria os pais de seu amado, eles aprovando sua relação ou não.
[...]
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Meu deus, esse capítulo ficou meio conturbado, foi malkk vou tentar melhorar
Mas no próximo a Tia Mitsuki aparece, o que será que ela pensa disso?
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