Capítulo mais curto só pra mostrar a corversa do Hayato com o Bakugou
É um flashback cof cof
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A viagem de volta foi silenciosa, mas um silêncio confortável. Fez Katsuki refletir bastante sobre a conversa que ele e Hayato tiveram antes de finalmente irem embora.

"Estavam prestes a voltar para a U.A., mas o loiro foi chamado pelo pai de Kirishima, que alegou ao loiro que ele havia esquecido algo. Katsuki estranhou, pois não se lembrava de estar esquecendo nada e era estranho o mais velho saber de algo que ele esqueceu. Sacou rápido que não se tratava de um objeto esquecido, mas mesmo assim seguiu o homem.

Ao chegarem dentro da casa, Hayato guiou o loiro para a sala.

— Vai me matar, é isso? — questionou irritado com todo aquele treatrinho.

Hayato riu despreocupado.

— Eu sei quem é você Bakugou — o homem disse — Um integrante do Big Three, individualidade de explosão, além de ser estressado, boca suja e narcisista.

— Tsc. Isso todo mundo sabe — bufou irritado com a alegação do outro em lhe conhecer.

— Ou é isso que você quer parecer — afirmou, fazendo o loiro fita-lo confuso com tal afirmação.

— Por que pensa isso, velho?

— Porque meu filho gosta de você. — suspirou, fazendo Katsuki se calar — Se ele gosta de alguém assim, com certeza é porque ele viu algo bom debaixo de todo esse egocentrismo.

Bakugou manteve-se calado. Sim, Eijirou gostava dele e o mesmo já havia admitido isso... Mas aquela informação ainda lhe deixava meio confuso, algo estava errado naquilo e talvez soubesse a resposta.

— Mas a pergunta é: Você gosta dele? — aí estava a merda que lhe deixava todo confuso. Era a mesma coisa que lhe perguntar se era gay.

A expressão de Katsuki contorceu-se em ódio e ele negaria logo como sempre faz, mas ele sabia qual era a verdade. Só não sabia como responder, ou melhor, não tinha coragem para responder. A verdade já era clara, é totalmente apaixonado pelo ruivo com cabelo de merda, mas era alguém orgulhoso demais para admitir o sentimento de ama-lo intensamente, era a única coisa qual ele não conseguia pisar no orgulho. É difícil admitir estar apaixonado e ainda mais difícil admitir abertamente algo que por tanto tempo negou.

— Como pensei. — Hayato suspirou, querendo muito estar errado em sua suposição — Se vai brincar com os sentimentos do meu filho, é melhor que se afaste dele...

— Não. — o loiro negou firmemente — E-eu... porra, eu... — Não conseguia admitir sua paixão.

Vendo todo aquele esforço, o homem mais velho não tardou a soltar um riso contido. Sua suposição estava errada e agradecia imensamente por isto.

— Não me fale — avisou-o — Tem que falar isso pro Eiji.

Na mesma hora, Bakugou parou de tentar confessar o amor que sentia para com o ruivo. Para que aquele velho idiota havia lhe chamado ali então?

— Porra... — rosnou irritado com a confusão instaurada em sua mente.

— Quero que fique com isso — estendeu sua mão e nela estava a foto de Kirishima com 14 anos. Aquela mesma foto que o próprio ruivo julgou como horrível por conta de seu cabelo preto.

— Não é a foto que ele odeia? 

— É sim — afirmou — Ele começou a odiar a cor do cabelo há uns anos atrás. — explicou — Ele nunca ficou feliz vendo essa foto, mas você foi o primeiro de fora da família que o elogiou nela.

— Tudo isso por um elogio? Eu só fui sincero.

— E é por ter sido sincero que torna seu elogio mais especial. Eijirou não se conforma muito com sua própria aparência e nem mesmo com sua individualidade, ele não acredita ser suficiente, sabe?

— Sim... — concordou baixinho. Tinha consciência da baixa autoestima do ruivo e de certa aquilo lhe partia o coração. Aquele idiota era simplesmente incrível e gostoso pra cacete, como ele podia sequer pensar ser insuficiente? Ele era perfeito, droga... 

— Vejo que sabe o quão incrível ele é, certo? — arrancou uma expressão assustada do loiro — Quero que deixe isso bem claro pra ele. Quero que seja sincero igual foi quando viu essa foto, então fique com ela para se lembrar disso — Bakugou finalmente pegou a foto, lhe fitando mais uma vez e tirando a mesma conclusão; perfeito. Kirishima era perfeito de qualquer forma e aquele cabelo preto lhe dava um charme diferente, mas igualmente apreciável. Decidiu que guardaria as palavras de Hayato.

— Você tá sendo legal demais... — murmurou com a aura calma qual o mais velho exalava.

— Só por enquanto, ainda não te perdoo pelo que fez com meu anjo — fechou a expressão rapidamente. Certo, o cara era bipolar.

Katsuki não poderia nem se defender, afinal, foi ele quem de fato atacou primeiro, chupando pau de Eijirou por causa de uma aposta boba.

— Tsc. Tá certo, velho. — Começou a andar para a saída — V-valeu... — murmurou, fazendo Hayato sorrir por ao menos ter feito o loiro se desfazer um pouco do orgulho para lhe agradecer.

— É melhor admitir logo — referiu-se àquilo que Bakugou reprimia faz tempo — Como Eiji diria, não é nada másculo mentir — arrancou um sorriso sarcástico de Katsuki por conta daquela palavra que tanto ouvira da boca do ruivo. — Então, admita ser quem é!

E com estas palavras na cabeça, Katsuki despediu-se ao seu modo novamente e rumou ao carro com a foto escondida para que Kirishima não ficasse irritado e lhe perguntasse o porquê de tê-la."

Certamente o loiro continuaria com essa conversa rodando em sua mente por muito tempo. Contar ao ruivo que o amava não parecia má ideia, afinal.

[...]