Eu passei a manhã toda na casa do meu filho, antes de sair de lá..eu esperei ele dormir, efeito do remédio.

Depois eu fui direto buscar a Lari.

Estacionei o carro na porta da mãe dela e tirei um pouco o cinto, pego o meu celular e mando mensagem pra ela

Quando ia soltar o celular, mensagem da Brunna chega. Respiro fundo e respondo

Largo o celular quando a Lari abre a porta do carro, colocando a Maria na cadeirinha

A encaro. -oi meu bem

-oi -

-hmm...esse oi -coloco o cinto de novo

Ela fecha a porta de trás e abre a da frente, entrando no carro

Eu a observo. Larissa prende o cabelo em um coque e suspira

-brigaram?

-sempre.

-calma, amor -acaricio as costas dela

-a minha mãe gosta de me encher, cara..eoem

-eu sei, mas tirando isso..tá tudo bem?

-sim. E com você? -me olha

Afirmo. -tudo...-dou um selinho nela

Lari suspira e eu sorrio. -quer mais um?

-sim -

Dou mais dois selinhos nela. -relaxa, gatinha

Arranco um sorriso dela. Graças a Deus.

Lari coloca o cinto e eu boto o carro pra andar. -Maria tá dormindo desde quando?

-faz muito tempo não -

-hm..
(...)

A metade do caminho eu fui tentando achar um jeito de contar sobre o Weslley, até que tomei coragem. Não posso mais esconder

-Lari..-paro no farol

Ela tira os olhos do celular, me encarando. -não me chama assim

-amor -falo

-o que foi?

Olho pra rua, depois pra ela de novo. Larissa passa a mão no meu ombro, apertando em seguida. -você tá tensa

-é..eu sei

-o que aprontou? -cruza os braços

-eu preciso ter uma conversa bem séria contigo..

-começa -

O farol abre e eu volto a dirigir. -não tem a Mayara?..

-o que você fez? -ela joga o celular no painel

-calma, assim eu não vou contar

-vai contar assim, para o carro

-vida..

-é melhor você parar o carro

-não é não, você não vai me agredir se eu estiver dirigindo -

-ah.. Ludmilla??? Me fala o que você fez! -ela me dá um tapa

E que tapa. O tapa dela é forte demais

-amooooor, não faz isso -choramingo

-abre a boca então!

Eu abro a boca e ela começa a me encher de tapas, dou risada

-PARA DE SER IDIOTA!

-CALMA, EU VOU FALAR! -

-AGORA -

-é o seguinte..-paro o carro- nosso passado e tudo mais..Mayara ia ter um filho meu -

Ela afirma. -e daí?

-ela foi embora depois que perdeu.. né?

-sim.

-mas ela não perdeu..-

Larissa franze o cenho, eu respiro fundo. -eu conheci o meu filho, ele nasceu. Ela mentiu

-como é? -

Entrego o meu celular pra ela, lembrando que arquivei a conversa da Brunna. Amém

-o que?? Ludmilla?

-entra na conversa dela, pode ler -

Larissa desbloqueia e entra na conversa da Mayara, volto a dirigir

-perai, desde esse tempo todo e você não me contou?? -

-você é a primeira que tá sabendo, eu não tava pronta. -

Ela respira fundo. -caralho.

-a criança não tem culpa, amor..ele é um anjinho -

-eu sei que a criança não tem culpa. Mas a mãe tem! Vagabunda do caralho

-ei? Calma -

-essa mulher não presta desde nunca. Tem certeza que ele é seu? Olha essa criança

-eu sei, mas tem a idade certa .

-e daí, Ludmilla!? Ela pode ter engravidado de outro e ter falado que era seu. Se arrependeu, disse que perdeu e foi embora!

Arqueio uma sobrancelha. -a Mayara não iria vir com tanta certeza assim...

-ah não? Pede DNA

-amor? Eu não pedi DNA pra Maria, que isso?

-ah. Você quer DNA da Maria??? -

-eu não disse isso! -

-Ludmilla..-ela joga o meu celular no painel também

-Larissa, fica calma.

-PEDE A PORRA DO DNA -

-Tá bom! Meu Deus. Que medo -

-e eu vou te dar o da Maria também. Só pra depois você não falar merda! -

-não precisa

-precisa sim. -

-não precisa

-EU DISSE QUE PRECISA!

-TA!

-e não grita comigo!

-chata

(...)

Estaciono o carro na frente de casa. -pronto..

-pronto o que? Não vai descer??

-vou ir buscar os meninos -

-rum. Tá.

-ei, vem cá -seguro o seu braço

-não quero conversar agora..

-mas baby...

-eu já entendi o que aconteceu. Mas se essa mulher quiser algo..-eu a interrompo

-não, Lari. Eu tô com você -dou um selinho nela

Larissa afirma, descendo do carro em seguida

Ela abre a porta e pega a Maria que estava dormindo

-seu celular? -falo

-pode deixar aí -fecha a porta

Afirmo..-eu te amo

-eu também te amo -Ela sai andando e eu dou partida
(...)

-EAI, LUD! -Kaique toca comigo

Sorrio. -e aí, Isaías tá aí?

-não, pode entrar -diz- mó saudade em

-vocês vão comigo, vim falar com a Brunna e depois nós vamos -

-tá beleza!

Entro na casa. -e aí -Henrique toca comigo

-beleza?

-tá ligada né..-ele dá risada

-ixi, maluco!

-cadê o Martín e o Pablo? -pergunto

-eles estão com o Isaías, vão depois -Kaique

-beleza

Bruno desce a escada, sorrindo ao me ver. -fala, mamãe!

Arqueio uma sobrancelha. -e aí -aperto a mão dele

-tá de boa?.

-sim

-Brunna tá lá em cima -

-tá bom -

Eu me afasto deles, subindo as escadas em seguida

Não sei se tô pronta pra ver a Brunna. Espero que eu não sinta o que sempre sentia ao encontrar ela
(...)

Bato na porta do quarto da Brunna

~entra~

Eu abro, os meus olhos param direto nos dela. O meu coração acelera e o meu corpo dá até uma tremida. -oi..

-Oi Lud -

Fecho a porta e me aproximo. -tudo bem?

-não sei...acho que sim, tô feliz..em partes -ela sorri, mas o sorriso logo se desfaz

-não é nada com o seu avô né? Bruno tá bem -

-senta aqui

Sento na cama também

Ela me encara por alguns segundos. -Bru?..

Brunna começa a chorar e eu franzo o cenho. -ei? O que foi?

-eu espero que..você não ache que eu tô fazendo isso de propósito -

-hm? -

Ela levanta, colocando a mão no bolso de trás do short

Arqueio uma sobrancelha

-fecha os olhos..

-é sério?

-fecha, Ludmilla..não tô fazendo isso por mim, tô fazendo por você.

-tá..-fecho os olhos

Ela pega na minha mão, causando um arrepio muito grande, o meu coração bate mais forte e eu respiro fundo

Brunna coloca algo na minha mão

-pode abrir..-

Eu abro, encarando o objeto que está na palma da minha mão. Um teste de gravidez?

Franzo o cenho, viro ele de frente. ~Positivo, +2 semanas~

Engulo seco e a encaro. -o que é isso? -sinto os meus olhos lacrimejar

-eu tô grávida.. é seu -

Eu me levanto, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto..-calma..

-é seu, foi quando você voltou -ela diz entre soluços

-eu vou ter um filho seu? -a encaro

Brunna afirma e eu me aproximo dela, abraçando a mesma

Ela corresponde e nós ficamos alí por alguns segundos

-é sério? -me afasto

-sim -

-caralho -sorrio- caralho, Ludmilla..-enxugo as minhas lágrimas

Brunna suspira e eu afirmo. -obrigada por me falar -

-você não acompanhou a gravidez da Lari..não quero que aconteça o mesmo -

-eu vou fazer essa criança feliz demais -me aproximo novamente

Brunna sorri

Eu levo as minhas mãos até o rosto dela, enxugando as suas lágrimas. -e vou amar muito muito

-fico feliz em ouvir isso, Lud..-sussurra

-o destino nos uniu mais uma vez..mas..-ela me interrompe

-só pelo bebê -

Eu suspiro

-eu sei..dei uma chance pro Carlos, igual você deu pra Larissa

Engulo seco, que ódio. QUE PORRA.

-E o Lian?

-vou terminar com ele..não tem porque me ameaçar agora, já vou acabar com o meu pai com essa notícia

Dou risada. -é..

-o que foi?

-nada, Brunna. Só quero que você seja muito feliz.. você merece -sorrio

Ela afirma. -igualmente..

-bom, já tenho que ir..-entrego o teste pra ela

Brunna pega, sem dizer nada.

-cuida bem do meu bebê, tá?

Ela afirma

Dou um beijo na cabeça da Brunna e ando até a porta. Abrindo e saindo do quarto

{Lud off}

(...)

{Brunna on}

Quando a Lud saiu do quarto, eu chorei mais ainda. Ter ela por perto não é fácil.

Pelo menos consegui o abraço..

Sento na cama novamente, suspirando.

-Bru -Bruno entra

O encaro. -e aí?

-contei..

-eu percebi, ela tava bem -ele senta do meu lado

Suspiro. -o papai vai me expulsar..

-de menos, você dorme no quarto antigo da Lud aqui -

Não falo nada

-Bru..não fica assim

-eu tô bem -

-mesmo?

-sim -

-você promete?

-sim -
(...)