Penitenciária (Parte 1)
-todos encostados na parede
Descemos do camburão, encostando no muro da penitenciária. Foi um rolê, é um pouco distante da cidade.
-vão entrar em fila e parar na sala de identificação. Vão tirar as fotos e assinar, em seguida vão entrar e tirar essas roupas, trocar pelo o uniforme daqui.
-não quero você com o cabelo solto, faz trança -um deles me cutuca
Afirmo.
-essa prisão não tem mulheres! As mulheres que vocês irão ver, são iguais à Ludmilla. Então não tentem nenhuma gracinha!
-entrem!
Nós seguimos em fila até a sala de identificação.
O pesadelo começou.
(...)
Assim que tiramos as fotos e assinamos prisão em flagrante. Fomos trocar de roupa
Entrei em uma salinha, tinha uma policial, ela não chega à ser uma... É uma guarda, digamos assim
A encaro. -pode se trocar, detenta
Sorrio. -se você puder tirar as minhas algemas..
-ah, claro.
Viro de costas e ela se aproxima, deixando a porta fechar.
-seu primeiro dia? -pergunto
-não fala comigo
-você que sabe, bebê
Ela solta as minhas mãos e eu respiro fundo, acariciando os meus pulsos. -disseram que você iria me dar informações de como é lá dentro..- tiro a minha camisa
-é..-ela suspira- é uma das melhores penitenciárias. Celas individuais, banheiro com chuveiros, mas a água não é tão quente. São 5 banhos no mínimo por dia, e 5 refeições também.
-uhum -tiro a minha calça agora
-alguma pergunta?
-quantos minutos pra tomar sol?
-1 hora
Afirmo. -legal
-acha legal?
-acho, tem penitenciária pior -a encaro
-termina de se vestir, já demorou demais.
Afirmo novamente.
Sento no banco, colocando os tênis.
Uniforme simples de começo. Branco e preto pros novatos, tênis sem cadarço, branco.
Pros que já passaram de um mês, uniforme laranja com botas pretas. Espero não pegar esse uniforme.
-já? -
Me levanto. -sim
-suas coisas serão guardadas
-não tenho problema com isso, vamos -
Ela abre a porta, segurando os meus braços pra trás, enquanto me guia até a verdadeira prisão.
(...)
-essa prisão dá o mínimo que vocês precisam. -o guarda se aproxima de mim
Afirmo. -legal, vou ganhar o que? -
-tá achando divertido entrar aqui?
-experiência de vida nova..
-aham.
-vocês irão ganhar 1 travesseiro, 1 cobertor, 1 moletom, mais um uniformes diferente
-quais? -
-camisa cinza, calça preta, blusa de manhã branca e bota preta.
-uau- sussurro
-podemos usar roupa normal? Pelo o amor de Deus
-já mandei pra cada família o que podem trazer, é só esperar.
-por que vocês não dão chinelo? -Isaías
-você tá em uma penitenciária.
-vocês deram tênis!
-demos tênis porque os familiares de vocês não vão poder trazer isso. Chinelo sim.
-chega de informações. Peguem o kit de vocês, e vão pras suas celas.
(...)
Assim que entramos, todos nos encararam, é claro.
-caralho -Isaías para do meu lado- ja vi o rosto de vários inimigos
-não vamos abaixar a cabeça. -Bruno
Nós subimos a escada, indo direto pras nossas celas
Lá em cima ficou a minha, do Isaías, Bruno e Kaique
Os outros ficaram em baixo, mas estamos todos no mesmo bloco.
Coloco a caixa em cima da minha cama, encaro o meu novo quarto.
Ja vi que o colchão é péssimo. Só tem espaço pra cama e uma pia.
-eoem -sussurro
-achou ruim? -uma garota para na minha frente
-sai fora -empurro ela
-ou, calma lá! Tá ficando maluca?
-maluca tá você de entrar na minha cela desse jeito, caralho! Me conhece?
-vim conhecer. Abaixa a bola
-abaixar a bola o caralho, sou nova aqui. Não posso confiar em ninguém
-meu nome é Lana.
Afirmo. -boa, Lana. Sabe voar?
-você é muito nervosinha pro meu gosto.
-porque tô bem feliz de entrar na porra de uma cadeia!
-você se acostuma
-mano..sai daqui!?
-se quiser conversar, vou estar aqui dentro mesmo..
Afirmo e ela sai andando
Coloco a caixa no chão, deitando na minha cama. Eu só consigo pensar em uma coisa...na Bru
-levanta
Encaro o policial que acaba de parar em frente à minha cela
Me levanto
-o diretor quer falar com vocês, e principalmente com você.
-tá legal
(...)
Assim que entramos na sala do diretor, ele encarou um por um.
-muito jovens..fico ate triste por vocês
-meu nome é Iago, tenho 54 anos e..
-senhor quer falar sobre o que? -Isaías o interrompe
-quero que vocês façam uma lista de quem pode visitar vocês. Nome completo da pessoa.. começando por você -ele chama o Kaique
-Ludmilla..
O encaro. O diretor levanta da cadeira, vindo na minha direção
-seu caso é delicado
Franzo o cenho.
-a garota não é nada sua, mas vocês vão ter um filho
-ela é sim, minha mulher.
-como é?
-minha mulher, senhor. Assinamos faz um tempo
-sua mulher? E cadê os papéis?
-com ela?
-mesmo assim, ela continua sendo menor.
Respiro fundo. -mas o fato dela estar esperando um filho meu..eu quero ver.
-o bebê ainda não nasceu.
Afirmo
-aqui na cadeia temos vários tipos de visitas. E pra quem é casado, temos a visita íntima. Na maioria das penitenciárias, eles deixam até namorada ir pra visita íntima..aqui não.
Boa, Ludmilla.
-aqui vamos pedir os papéis do casamento, seja na igreja ou não. Essa penitenciária não é bagunçada.
-vou pensar no caso da sua garota. A primeira visita dela não vai ser íntima, e eu quero que você avise pra ela trazer os papéis..se você estiver mentindo, ela não entra de jeito nenhum.
Afirmo.-tudo bem.
-e ela só vai poder entrar com alguém da sua família.
-ok.
(...)
Na minha lista eu coloquei que podia entrar todos que quisessem. Eu não me importo com isso.
(...)
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