Irmãos de alma
-ta mais calma, hm? -
-sim..
-vem, você precisa deixar essas mãos no gelo -
-inclusive..ta aqui -Carla entra com um balde cheio de gelo na mão
-obrigada
-nada
-você deixa as mãos aqui um pouco e depois toma um banho, tá bom?
Lud afirma
Eu coloco o balde em cima da cama e ela coloca as mãos dentro.
(...)
Depois de um tempinho alí, eu ajudei ela a tirar a roupa pra poder tomar banho. Depois voltei pro quarto, pegando o balde e levando la pra baixo
Quando ia subir de novo, encontrei o Carlos sentado na escada. Ele me encarou, suspirando
-Bru..
-não quero conversar, ta legal?..-
-Como ela tá?
-você ainda tem a coragem de perguntar? -franzo o cenho
-vocês erraram naquele ano também.
-você escondeu, Carlos. E se a Larissa não tivesse falado hoje, você esconderia até sabe Deus quando
-eu não sabia da Maria.
-mas sabia que tinha feito sexo com a Larissa.
Ele respira fundo, abaixando a cabeça
Subo a escada sem falar mais nada
(...)
-pronto -falo assim que termino de ajudar a Lud a se vestir- agora você senta aí, vou cuidar dessas mãos
Desde que entrou no banho, ela não fala uma palavra.
Sentou na cama cabisbaixa, eu vou respeitar..Deve estar passando muitas coisas pela cabeça dela agora
Sento na cama também, passando pomada nos machucados das mãos dela. Devagar, enquanto a encaro de vez em quando
-pronto..-levanto, indo até o banheiro lavar as mãos
Depois volto pra perto dela novamente. -deita pra descansar
-Bru..
-oi -
-nada..-
-então deita no meu colo, vem -sento do lado dela
Lud deita o corpo no colchão, colocando a cabeça nas minhas pernas.
Eu começo a fazer um cafuné nela. -relaxa e descansa, baby..hoje foi demais.
{Brunna off}
(...)
{Lari on}
Eu entro em casa, deixando a Maria no chão enquanto tento parar de chorar
A minha filha fica parada, me olhando. Acho que tentando entender
-vai brincar, meu amor..-
Ela sai correndo pra pegar algum brinquedo e eu sento no sofá.
Eu não tenho nada aqui, e a única coisa que tinha, acabei de desfazer. Minha família
A Lara...foi embora. Ela sabia que não podia tentar pegar o lugar do Ludmilla.
A minha mãe..só fala comigo por causa da Maria
O Leandro...o Leandro foi mais por vingança. Ele é legal e tals..mas, é muito mais velho
Eu só quero criar a minha filha.. longe daqui.
Respiro fundo, fechando os olhos com força. Começo a pensar em algumas coisas, até que a campainha toca
Abro os olhos, levantando e indo até a porta
Assim que abro..
-Larissa -Silvana entra, completamente desesperada
Franzo o cenho, enxugando as lágrimas. -o que aconteceu?
-a Ludmilla... cadê a Ludmilla?????
-ela..não ta aqui, nós terminamos
Ela suspira. -cadê a minha filha?
-o que aconteceu, Sil???
-o pai dela. Ele voltou
Arregalo os olhos
{Lari off}
(...)
{Lud on}
Abro os olhos devagar, escutando a TV
Levanto devagar, encarando a Bru. -amor, acorda -
Ela abre os olhos
-deita -
-certeza?
-deita, amor -
-você tá melhor? -pergunta
Eu nego. -mas...vou ficar
Ela se aproxima, me puxando pra um abraço. -eu tô aqui com você
-eu sei, obrigada por isso -acaricio o seu rosto
-Ludmilla, sua mãe tá aí em baixo -Bruno entra no quarto
Eu o encaro. -que?
-ela tá desesperada, vai lá
Levanto junto com a Brunna, saindo do quarto em seguida
Eu desço a escada correndo. Encontro a Larissa e a Maria de novo
Franzo o cenho. -mãe?
-amor..-ela se aproxima, me abraçando forte
-o que tá rolando? -Isaías
-ei, só..deixa elas conversarem -Bruno
-tá..ae rapaziada, quem não é da família..zarpando -Isaías dá ordens, fazendo todos irem pra outro cômodos
Menos a Brunna e a Larissa
-o que tá acontecendo? -pergunto
Minha mãe se afasta, me encarando
-para de chorar, o que foi? -
-você tá bem??? Hm?
-sim
-Ludmilla..seu pai me procurou..
-ah..-respiro fundo- esqueci de te falar
-o que?
-eu já encontrei com ele -
-e não me falou nada????
-você não queria nem me ver. -
-independente! Você e eu sabemos o que ele fez.
Afirmo. -mas eu cresci, ele não vai me machucar mais
-filha..
-tá tudo bem, mãe. -
-certo...
-já que você tá aqui...precisamos conversar
-tá..-
-nós 4..-encaro a Brunna e depois a Larissa
-tudo bem
(...)
-Pode começar, Larissa -a encaro
-Ludmilla..
-eu já sei sobre a Lari, conversamos na casa de vocês. Mas eu vou ajudar ela com a Maria
Afirmo. -e eu?
-você não. Vai deixar as duas quietas
Dou risada. -ótimo.. então ja pode ir
-eu vou levar ela pra casa -minha mãe se aproxima mais
Suspiro. -já sei que você sabe, mãe. Pode falar com a Brunna -vou pro lado
-olha, Bru.. eu te desejo tudo de bom. Pra você e pra esse bebê, fico feliz em saber que vou ser avó de novo. Mesmo a Ludmilla fazendo tudo errado desse jeito que ela fez -
-ela vai melhorar...-diz
Gosto do jeito que a Brunna confia em mim. Em tudo
-assim espero..vem cá -puxa a Brunna, abraçando ela em seguida
Me aproximo da Larissa. -espero que você seja bem feliz com o seu professor
Ela afirma, ajeitando a Maria que tá dormindo em seu colo
-mesmo a Maria não sendo a minha filha, eu considero.. então se precisar de qualquer coisa..-ela me interrompe
-não quero nada, principalmente do jeito que você faz
-uhum..eu tinha arranjado um trabalho
Larissa suspira. -o que?
-é, eu tinha arranjado. Mas não preciso mais disso. O Leandro vai ser um bom pai pra Clara
Ela afirma. -vai sim
Me afasto. -mãe..pra acabar com os segredos de vez..
-la vem!
-lembra da Mayara?
-o que tem ela?
-voltou tem um tempo
-como é!?
-é, mãe. Ela voltou, e voltou com um menino dizendo que é meu filho
-Ludmilla!?????
-ei! Calma lá! Eu ja resolvi tudo. Você só precisa ficar sabendo pra depois não reclamar. O nome dele é Weslley e se você não tava sabendo de nada disso, é porque você quis assim
-faz DNA!
-mãe... é isso. Não quero você me julgando
-olha o que ta acontecendo com a sua vida, Ludmilla!
-por favor..vai embora, você e a Larissa.
-tá me expulsando?
-sim, não é um bom lugar pra você ficar. E a Larissa..não quero olhar pra ela
Ela afirma, se afastando devagar. -tudo bem
-vai..-
As duas saem andando, eu sento no sofá, respirando fundo
-amor..-Brunna agacha na minha frente
-amor, nós precisamos ir -a encaro
Brunna respira fundo. -eu não posso
-é sério?
-eu não posso ir, Lud. Eu preciso terminar a escola aqui
Afirmo. -temos que sair ainda esse mês..
-olha, mês que vem eu entro de férias.. até posso passa um tempo com você, mas depois tenho que voltar
-e eu vou passar agosto, setembro, outubro e novembro sem você?
-já disse..eu não posso fazer isso, Lud..
-tudo bem...quero que você tenha um futuro, mas também não posso ficar -
-não pode?
-não, você sabe..eu não posso
-eu... não quero passar a gravidez sozinha, não tenho ninguém do meu lado..
-o Isaías não vai deixar eu ficar, Bru. É capaz de me matar, sabe que eu desenrolo
-amor..
-eu já sei -
-o que?
-a minha irmã..ela fica com você
-a Luane?
-é. Eu dou uma casa pra vocês, podem morar juntas, tá bom?
-tá..mas eu queria você
-vamos ficar juntas depois disso tudo, vida -acaricio o seu rosto
-vamos mesmo?
-falta pouco
Ela afirma e eu sorrio
(...)
{No dia seguinte}
Desço a escada com a Bru. Dormir com ela depois de um tempo, foi perfeito. Ela me tranquiliza, tem uma paz enorme
-bom dia -falamos assim que entramos na cozinha, a cozinha..que tá lotada de esfomeado
-eae
-Ludmilla, posso falar com você? -Isaías
-caralho, já?
-agora
-tá. Vai comer -dou um selinho na Brunna e saio do cozinha com o Isaías
-fala
-o Carlos...ta afastado, igual fiz com você
-não precisa, pode trazer ele pra trabalhar, é bem melhor
-certeza?
-sim
-e você vai com a gente né?
-tenho outra escolha?
-não
-então..
-a Brunna vai ficar bem
-gravidez é foda, Isaías. É complicado, em segundos pode acontecer de tudo
-relaxa. -
-não tem como.
-você dá um jeito
-eu ja dei. Vou falar com a minha irmã pra elas morarem juntas
-aí..viu?
-é, mas não é facil, ambas são menores
-traz a Gabi também -Patrícia se aproxima
-obrigado por escutar a conversa -Isaías
-ou, Lud é minha amiga desde sempre! Relaxa aí
-pode trazer a Gabi, a Mily..quem elas quiserem. Menos homem. Não confio em nenhum
-pode ser os gays, eles vão cuidar bem delas
Afirmo
-ok, arruma isso logo então. Temos que sair até o final da semana
(...)
Assim que comi, eu só tomei um banho, me arrumei e fui até a casa da minha mãe. Preciso falar com a Luane logo.
-você tá bem? -Net se afasta após o abraço
-eu tô sim, e você?
-melhor agora..ver que você tá bem foi bom pra mim
-por isso que te amo -sorrio
Nós andamos até a entrada. Quando coloquei os pés na casa, quem estava alí na sala brincando, parou pra me olhar.
Daiane, Gabriella, Mário Jorge, Christian, Marcos, Renatinho e Rômulo.
Respirei bem fundo. -vou chamar a Luane, ela ta na cozinha
Afirmo. -obrigada, Net..
Ela se afasta e eu não faço questão de encarar os meus amigos, ou antigos amigos..
Sinto saudade deles e do que vivíamos, cresci com a Dai, com o Marcos...
-não vai falar nada? -
Encaro a Daiane
-sabe que tá errada, você abaixar a cabeça pra gente -Marcos
-gente..parem de crucificar a Lud! -Gabriella levanta- foi uma escolha dela, não de vocês
-mas não é fácil! Ver quem a gente ama seguindo uma coisa que pode acabar com a vida dela! -Daiane
Eu suspiro, me aproximando. -se vocês quiserem conversar..
-Ludmilla -Marcos levanta- eu só queria que você nunca tivesse conhecido o Henrique, o Carlos e até o Bruno.
-principalmente aquele Kaique -Rômulo
-bom..vamos dar espaço pra vocês -Gabi sai da sala acompanhada dos outros meninos
Renatinho da risada. -de novo você ta calada
-eu só fico esperando..todo dia que acordo, uma notícia ruim sobre você -Daiane se aproxima mais
Consigo ver as lágrimas em seus olhos
-eu não te conheço, não sei quem voce é! Eu nunca vou te apoiar nisso tudo.
-ninguém apoia, não podem fazer nada -falo
Ela começa a chorar. -Dai, você é minha irmã... eu não queria ficar assim com você
-Dai..fica calma -Marcos se aproxima
-você tá fria. Ficar em um ambiente com você, não tá sendo a mesma coisa -Rômulo
-e ainda levou a Patty com você -Renato
-eu sou culpada de tudo, né? Patricia entrou nisso porque ela quis
-Dai, olha pra mim -falo
Ela me encara. -Você e o Marcos são os meus irmãos, independente de qualquer coisa. Vocês são os meus irmãos. Posso ter mudado, mas o que sinto por cada um de vocês.. não mudou
Daiane me abraça e eu logo correspondo o abraço, escutando ela se acabar de chorar
Acaricio as costas dela, respirando fundo. -me perdoa, Dai
-não
-tudo bem, eu não vou te obrigar à isso. Mas nunca vou esquecer o que nós cinco e a Patty passamos juntos -
Daiane se afasta devagar, me encarando novamente, sem dizer mais nada.
Marcos que se aproxima agora. -você tá no meu coração. E eu só espero que você esteja preparada pra encarar tudo isso que quer
-eu tô
-o seu pai, Ludmilla... não deixa ele chegar perto de você
-não vou, Marcos -
-Lud? -Luane entra na sala junto com a Cacau e a Emily
-oi Luane -
-e aí, gatinha! Como você tá? -elas se aproximam, Emily me dá um beijo na bochecha e eu faço o mesmo na Cacau
-tô bem..e vocês?
-também
-quer conversar comigo? -Luane
-aham
-tá bom, vamos pro jardim -
Eu sigo ela
-o que te traz aqui?
-é..a Brunna
-por que não trouxe ela?
-ficou se arrumando, vou levar ela no médico
-tá tudo bem?
-só quero checar o bebê
-entendi.. então, o que foi?
-preciso me mudar, Luane
-é sério isso?
Afirmo. -Brunna vai terminar a escola.. então eu preciso de você
-de mim?
-de você pra cuidar dela
-ah..claro que cuido
-mais que isso, Luane.. eu preciso que você more com a Brunna, eu sei que a mãe vai deixar
-pode ficar tranquila, eu cuido dela do jeito que for preciso
Afirmo. -vou comprar uma casa pra vocês e...pode levar os seus amigos também, ok?
-tudo bem, mas essa idéia louca de se mudar foi por que?
-a polícia percebeu o esquema no bairro -suspiro
-caralho. Ludmilla, você precisa parar com isso
-eu sei. Eu tô tentando.
-vai quando?
-final da semana, mas te aviso
-tudo bem..
(...)
Depois que me despeço da Luane, eu voltei pro meu carro. E antes de dar partida, peguei o meu celular porque não parava de chegar mensagem
(...)
-MAMÃE -Weslley corre na minha direção
Sorrio, pegando o meu filho no colo. -oi meu amor
-você veio me buscar? -
-sim, como você tá?
-tô bem, e você?
-eu também
-que bom, então. Mamãe pediu pra que eu viesse te buscar, ela ta muito ocupada -dou um beijo na bochecha dele
-tudo bem, eu gostei
-ok, entra aí -abro a porta do carro, colocando o meu filho lá dentro.
-posso sentar na cadeirinha da Maria?
-você não cabe..e além do mais, eu vou tirar daí -
-tá -
Assim que ele entra, eu tiro a cadeirinha. Colocando no porta malas
(...)
-o que a gente ta fazendo aqui?
-esperando a Brunna..-
-eu to com fome
-quer comer o que?
-CACHORRO QUENTE -ele grita enquanto levanta as mãos
Dou risada. -tá bom, a gente compra
-onde a gente vai?
-vamos pro hospital
Brunna se aproxima e eu destranco a porta. Logo em seguida ela entra, com os olhos serrados. Me fazendo sorrir
-Ludmilla..
-desculpa, foi em cima da hora
Ela me dá um selinho. -oi Wes -o encara assim que fecha a porta
-oi
-ei -
Ela se aproxima, me dando outro selinho. Agora sim eu posso seguir
-pegou ele aonde? -
-na escola, Mayara pediu pra eu levar pro hospital..e como já vamos lá mesmo
-hmmm -Brunna pega o meu celular
Claro que ela vai desconfiar, mas não tem por que. Ela tem acesso à tudo agora
-mamãe
-oi filho
-pode colocar música?
-qual você quer?
-eu quero aquela do pão de queijo -
-tá bom
(...)
Acho que essa música já repetiu umas 50 vezes
Nem eu e nem a Brunna aguentamos mais.
-PÃO DE QUEIJOOOOO -Weslley grita
-nossa. Ainda bem que cheguei aqui! -estaciono o carro
-onde vai?
-comprar cachorro quente pra ele, você quer?
-não
-quer nada?
-não, obrigada
-tá bom, já volto -desço do carro
(...)
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro