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05 ○ Deborah ●

Durante o restante do final de semana as palavras de Marie não saíram da minha cabeça. E cheguei a uma conclusão. Ela tem razão. Se não tivesse me apaixonado pelo cara errado, pelo gêmeo errado, nada disso estaria acontecendo. Miles é um amigo maravilhoso, claro que ele não quer nada comigo além da amizade, só esta querendo me ajudar. Ele conhece o irmão mais do que qualquer pessoa, sabe como ele é. Sabe que ele não iria se interessar por mim. Mesmo ele sendo esse amigo maravilhoso, talvez se tivesse me interessado por ele, se saíssemos com a intenção de um relacionamento, acho que daria certo.

Não adianta pensar nisso tudo agora.

Minha decisão de tirar George da minha cabeça foi fácil, mas quando levei isso na prática foi muito mais difícil. A praia no sábado foi uma tortura, mas acho que consegui disfarçar bem, pelo menos Marie não reparou em nada. Anos de amizade me ensinaram a esconder como me sinto perto dela. Não é que não queira contar a minha amiga, só não estou afim de levar sermão e acredito que quando falamos tudo se torna mais real.

Como o amor. Desde pequenos, eu e meu irmão fomos criados para nunca dizer eu te amo para qualquer um.

É algo complicado de explicar.

Existem crianças que quando vão se vacinar têm a tendência a dizer que ama a enfermeira para que ela não venha fazer essa "maldade" com elas. Mas desde de quando éramos pequenos, nossos pais explicavam que o amor era algo muito puro e que só deveríamos falar quando tivéssemos certeza do que sentíamos. Porque o amor é como entregar um pedaço de nosso coração para outra pessoa e se você entregar esse pedaço, não terá ele de volta. Crescemos com essa analogia e ela parece está tatuada em nosso corpo e em nossa alma.

Chegamos a mais uma semana de aula. Segunda começou com tudo. Hoje teríamos os testes para o time de basquete e Miles disse que faria. Ele falou que sempre jogou basquete em todas as escolas que estudou, além de gostar do esporte, conta como pontos extras. Também disse que era muito bom e estou contando os segundos para poder ver esse teste, até vou faltar a aula de Inglês para poder assistir. Miles vai ter que levar isso em consideração porque amo essa aula.

Depois de nosso pequeno encontro nos gramados da escola algumas semanas atrás nós tornamos grandes amigos. Todos os dias ele me contava sobre suas viagens e eu acabava contando os lugares que gostaria de conhecer. No fim das contas, percebemos que tínhamos gostos parecidos. Acho que toda essa aproximação acabou deixando Marie de lado, porque eu e minha amiga somos como água e vinagre. Talvez ela tenha ficado um pouco chateada, mas também sabe que a amizade de Miles tem me feito bem.

Quando o sinal bate para a próxima aula corro até meu armário para guardar meus livros e ir direto para a quadra. Assim que abro as portas duplas dou de cara com as animadoras do time sacudindo pompons para ninguém em especial. As roupas verde com amarelo me dão náuseas. Polly está lá, como uma boa capitã, título herdado da irmã, o que muitas garotas acharam injusto. Mas pouco me importo com essas coisas de pompons. Marie fazia parte delas no primeiro ano, mas desde o meu irmão ter feito o que fez, ela desistiu de vez.

Procuro um local para sentar o mais longe delas possível. Os garotos já estão fazendo aquecimento. Procuro Miles no meio de todos eles, quando o encontro vejo que está vestindo uma camiseta azul e um calção preto. Fico feliz que George não tenha o mesmo gosto por esportes como o irmão.

— Os testes para o time estão atrasados esse ano e espero que vocês não estejam me fazendo perder tempo. — o treinador Philips grita.

Depois de inúmeros exercícios de aquecimento os testes começam. Não entendo nada de basquete, mas definitivamente o treinador não está perdendo tempo. Quando olho para seu rosto vejo que esta tão surpreso quanto eu. O time desse ano vai conseguir ganhar o campeonato. Assim que Miles pega na bola parece que está incorporando algum tipo de gênio do basquete.

Não fico surpresa quando os testes acabam e o treinador praticamente obriga Miles a ser o capitão. Ele parece não gostar da responsabilidade que recebeu, mas aceita para não ter mais discussões. Somente quatro garotos não foram tão bons nos testes, mas mesmo assim eles ficaram no time, mas como reservas.

Os garotos começam a conversar, parecem combinar algo, mas não consigo escutar nada. Depois de resolvido seja lá o que, Miles me procura nas arquibancadas, quando me encontra da um sorriso. Assim que ele resolve vir em minha direção, Polly pára ele no meio do caminho. Faço cara feia para ela mesmo que não esteja me vendo. Não demora muito tempo e ele a dispensa. Talvez ela esteja querendo parabenizar o cunhado.

Miles volta a vir em minha direção, mas agora um cara está ao lado dele. Ele tem o cabelos castanho escuro, o mesmo tom de pele que Marie. Parece ser bem gato. Quando eles chegam perto de mim percebo que tem olhos castanho.

— Viu o teste todo? — Miles pergunta.

— Sim! — exclamo toda animada — Você foi incrível.

Me jogo nos braços de Miles só para enfatizar que estou feliz por ele. Ele parece um pouco surpreso, mas retribuí o abraço.

— Essa é sua garota? — o garoto até agora sem nome pergunta.

— Quem? EU? — pergunto quase rindo da cara dele.

— Não cara, somos só amigos. — Miles responde.

O cara sem nome coça a nuca um pouco constrangido. Miles percebe e resolve nos apresentar. O garoto parece meio tímido. Ainda bem que Marie não está aqui para constrange-lo.

— ...e esse Steve. Ele entrou esse ano também. Parece que ele morava em Seattle. — Miles termina a apresentação.

— Seattle? Uauu, é muito longe. Foi uma mudança e tanto. — digo dando a mão para cumprimentar o garoto.

— Nem me fale. Mas estou gostando bastante daqui. — ele responde e depois sorri com os lábios.

Olho para o relógio e faltam dez minutos para o sinal da última aula bater. Saímos da quadra. Os meninos estão conversando sobre sair mais tarde para comemorar a entrada no time, parece que todos vão a lanchonete August's, o nome do dono é Augusto. A comida de lá é bem boa, principalmente as batatas com queijo. Só de pensar me da água na boca.

— Não conheço esse lugar, mas os outros caras disseram que é muito bom. — Steve fala.

— E eles não estão exagerando. Só de pensar nas batatas com queijo da vontade de sair correndo e ir até lá. — digo um pouco sonhadora.

Miles olha para mim sorrindo e passa os braços sobre as minhas costas.

— Então vamos. — ele fala como se já não tivesse me alto convidado.

— É claro que eu vou.

O sinal bate e vejo Marie saindo da sala de Filosofia toda desanimada. Assim que nos vê, vem em nossa direção em passos de tartaruga. De canto, vejo Steve de boca aberta e um "puta merda" saindo de seus lábios. Seus olhos estão sobre minha amiga e seguro uma risadinha quando chega perto de nós.

— Por que vocês estão tão felizes? — Marie pergunta sem nem olhar para o garoto que não tira os olhos dela.

— Miles fez teste para o time de basquete e conseguiu entrar no time. — respondo.

— Aah, parabéns Miles. — ela fala como se fosse algo triste invés de alegre.

— Estamos indo ao August's para comemorar. — Miles diz e sei que é na intenção de animar a prima.

— Que legal. — Marie diz sem muita convicção.

— Você poderia ir com a gente. — Steve fala e nos três viramos a cabeça para ele.

Definitivamente eles está afim dela. Sinto um pouco de pena dele porque não faz o tipo dela. Marie o analisa alguns momentos. Ela está "olhando" demais, da cabeça aos pés.

— Quem é você? — ela pergunta curiosa.

— Sou um dos garotos do time. — ele responde corado — Meu nome é Steve.

— Nunca te vi nessa escola. — ela diz colocando a mão no queixo como se estivesse fazendo uma analise mais detalhada.

— É porque entrei agora. Sou de Seattle. — Steve responde com um sorriso mostrando todos os dentes.

Ele está gostando da atenção que ela está dando a ele. E esta um pouco estranho o fato dela está prestando tanta atenção nele e tentando engajar alguma conversa com o garoto.

— Ahh. — ela responde e morde o lábio, os olhos de Steve caem sobre eles e ele engole em seco — Meu nome é Rosemarie, mas me chame de Marie.

Ela está torturando o garoto, já percebeu o interesse dele. Semicerro os olhos e tento chamar sua atenção com o olhar, funciona, mas ela devolve com um sorriso malicioso.

Ela está se divertindo.

— Vou com vocês. — ela diz agora toda animada.

Steve da um sorriso todo alegre.

Coitado.

Saímos da escola e vamos até minha casa. Falo para mamãe que iremos sair para comemorar a entrada de Miles no time da escola. Ela fica chateada porque não quer ficar sozinho então aconselho a ver alguma coisa na TV e comer na sala para ela não ficar tão solitária. Papai vai passar duas semanas em Miami e talvez até viaje para outro estado, parece que ele conseguiu uma notícia que vai render bastante.

Assim que saio de casa sinto o frio tocar meu corpo. O dia hoje deu uma esfriada e fico feliz por isso, já não aguentava mais o calor. Fico mais feliz ainda por ter pego minha jaqueta favorita para me aquecer. Entro no jipe de Miles e ele sorri. Deixamos Marie em casa para poder pegar um casaco e Steve combinou de ir busca-lá logo em seguida, minha amiga concordou; não sei o que ela esta aprontando, mas estou começando a ficar preocupada com o garoto. Paramos em frente ao August's, assim que entramos o cheiro de gordura toma o meu nariz e respiro fundo. Amo esse cheiro. Marie já está aqui com Steve e os outros garotos. Ela parece está animada com a conversa entre ela e Steve, seus olhos chegam a brilhar. Talvez finalmente esteja seguindo em frente. Pedimos batatas com queijo e os meninos que não conheciam quase entram em delírio. Não sei o que o pessoal que trabalha nesse lugar coloca nessas batatas, mas com certeza deve ser algo ligado a bruxaria porque ninguém consegue odia-las.

Quando Marie resolve ir no banheiro, vou atrás dela. Preciso entender qual é a dela.

— Diga Srt. Williams. — ela fala no momento que abro a porta.

— O que você tá querendo com o Steve? — praticamente cuspo a pergunta.

Ela bufa.

— Ele tá interessado. — ela parece me observar e refletir sobre o que vai falar a seguir — E também estou interessada.

Minha boca forma um "o". Estou surpresa. Ela parece esta sendo sincera.

— Sério?

— Sério. — Marie respira fundo depois de responder — Ele é bem fofo, me contou algumas coisas que ele fazia em Seattle. Acho que... Sei lá, ele é divertido e sinto que me faz bem. Sei que faz um bom tempo que não quero nada com ninguém, mas isso não significa que vou casar com ele.

— Eu sei. — olho para o piso um pouco envergonhada — Só estou surpresa e feliz por vocês tá seguindo em frente.

Me aproximo dela e dou um abraço apertado.

A um ano atrás minha amiga não queria nem falar o nome de qualquer garoto na face da terra, sua vida era resumida em sorvete e programas de humor. Depois de passar o verão inteiro na fossa, ela se reergueu e mostrou para todos que era mais forte e que superou o que aconteceu. Apesar de saber que não, mas o importante é seguir em frente. Mesmo que as cicatrizes sejam fundas demais.

Quando saímos do banheiro os meninos pediram mais uma rodada de batatas e Coca. Faço cara feia para a Coca e vejo um copo com guaraná onde estou sentada. Dou um beijo na bochecha de Miles.

— Obrigada.

— Achou que não lembraria? — pergunta como se estivesse ofendido.

— Claro que lembraria. — passo os braços pelo seu pescoço e beijo sua bochecha mais uma vez — Você é o melhor.

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