A pessoa que atendeu o telemóvel era, para a minha alegria, Riley.
"Peaches, são 5:40 da manhã porque a ligação?" Resmungou ela com uma voz bastante sonolenta.
"Riles... tu não imaginas o quanto eu fiquei preocupada quando ele disse que andava a brincar contigo ultimamente, ele fez-te alguma coisa? Aleijou-te, feriu-te?" Eu comecei a bombardea-la de perguntas quando chorava esquecendo completamente que me encontrava na rua e não estava sozinha.
"Tem calma Peaches ele não me fez nada ele deve ter dito isso para te assustar pois ele conhece-te e sabe que se tocasse nas pessoas que tu amas ele iria atingir-te... mas Maya ele supostamente não tinha parado com as mensagens e esse tipo de coisas? "
"Tens mesmo a certeza que ele não fez nada, pode ter mandado algum dos amigos dele meter-se contigo e tu nem reparas-te da maneira como a tua inocência é enorme, e o Farckle ele está bem? Ele não pega com ele pois não? E sim tinha parado mas parece que o passado volta sempre não é mesmo pelo menos ainda só está na fase dos joguinhos, eu não sei o que faria se alguém que eu amo saísse ferido por causa da minha estupidez, sempre nos disseram: não brinques com o fogo se não podes sair queimada. Eu devia ter dado ouvidos. "
"Tem calma Peaches, Farckle está bem e à algo que eu tenho que te contar, mas promete-me que não faças um escândalo..."
"Conta logo Riles"
"Eu acho que gosto do Farckle"
"O QUEEEEEEEE?? E planeavas contar-me quando menina Riley ah? Ah?"
"Hoje mas não a esta hora certo? " ela riu-se do outro lado do telemovel e era tão bom ouvir a risada dela. O meu choro já tinha parado e eu caminhava eu direção a casa quando ouvia as boas novas do meu casalinho preferido, eu sempre soube que aqueles dois dariam em algo eles sempre foram perfeitos um para o outro. Desde sempre Farckle tem uma paixoneta enorme pela Riley e só ela que não conseguia reparar nisso porque ela sempre foi aquela pessoa muito lenta para perceber as coisas, mas era isso que nós amava-mos nela, era isso que a tornava quem ela era e a fazia no que ela era. Ela contava-me tudo de como descobriu isso, os acontecimentos que levaram isso a acontecer, todos os pormenores e isto me fez lembrar os antigos momentos, os momentos em que era só eu e Riley, a nossa amizade, o que devia ser eterno, mas eu sabia que não duraria para sempre, estávamos muito longe uma da outra mas esforçava-mo-nos o máximo possível para manter isto intacto, era o nosso legado, uma amizade que apesar de todos os obstáculos duraria para sempre, não importava o que viesse pela frente.
"Maya mas eu tenho medo de que ele não goste de mim o que eu faço?" Disse Riley assustada retirando-me dos meus pensamentos, quando percebo o que ela disse eu começo-me a rir sem parar, afinal Riles continuava na mesma, a mesma lerda de sempre, a nossa lerda, porque agora teria que dividi-la com Farckle.
"Maya porque é que te estás a rir? Isto é um assunto sério Maya" disse Riley nevorsa pelo o outro lado da linha.
"Desculpa Riles é que essa pergunta meteu um pouco de piada, Riley está na cara que Farckle gosta de ti mas há bastante tempo atrás, à tanto tempo que acho que perdi a conta, se calhar desde o dia em que te viu. Até que seria engraçado eu ter acertado"
"Maya não é hora para fazer piadas"
"Ok Riley mas eu estou a falar a verdade, tu tens que falar com ele e vais ver, vai dar tudo certo."
"Prometes?"
"Prometo Riles, agora vá temos que ir beijinhos Riles amo-te muito"
"Beijinhos Peaches"
Preparei-me para ir para a escola. Vesti uma roupa confortável, eu não era daquelas que gostava de chamar a atenção, e sinceramente eu sabia que tinha mais atenção do que desejava mesmo. É uma cidade pequena então toda a gente saberia quem eu era.
As aulas correram com normalidade, mas reparei que Jughead me encarava maior parte do tempo... até que me lembrei, ele sabia. Sabia de tudo o que eu falei com Riley, eu tinha-me esquecido completamente na hora que não me encontrava sozinha. Foi por isso que no final do dia mal acabou as aulas eu despachei-me a arrumar tudo e sai sem me despedir de ninguém.
Só ouvi Veronica dizer
-Uou ela está apressada- e não fim não ouvi mais nada. Já tinha saído da escola até que alguém me amarra no braço e dis.
-Temos muito que conversar... Maya.

Palavras : 796