12. Você tem sorte.
☾Ariana Grande ☾
Assim que encontrei Maya entre as várias pessoas que estavam na festa, não perdi tempo e aproximei-me para confronta-la.
— Por que você foi inventar aquelas mentiras para Marie? Você não tem nada melhor para fazer não? — ataquei a garota sentindo-me quase tonta de tanta raiva.
— Do que você está falando? — gargalhou debochada.
— Deixa de ser cínica! — meu grito foi tão potente que conseguiu chamar a atenção da maioria das pessoas que ali estavam. — Como eu ainda achava que nós éramos amigas? — perguntei e ri sem humor.
— Éramos antes de você começar a dar em cima do cara que eu gosto. — esbravejou e a reação das pessoas que acompanhavam a discussão foi igual a minha, de pura surpresa.
— O quê? Você está falando do... — eu ia perguntar, porém fui interrompida por outra pessoa.
— Liam? Você gosta do Liam? — Niall gritou incrédulo o que fez Maya olhá-lo em desespero.
— Niall? Não, você entendeu errado. — riu de nervoso, tentando justificar-se, mas já era tarde demais e ela sabia disso.
— Na verdade, eu acho que entendi muito bem. Eu só não entendo uma coisa. Por que você namorou comigo esse tempo todo se não gosta de mim? — sua voz estava repleta de mágoa.
— Eu só queria ficar perto dele. — admitiu com lágrimas nos olhos, mas não senti pena nem por um segundo.
Meu coração batia forte e eu sentia-me desolada vendo o quão mal Niall estava. Ele não mereceria nada daquilo.
O loiro saiu esbarrando em quem quer que estivesse na frente, sem ligar para mais nada, e fui atrás dele sem pensar duas vezes. Não o deixaria sozinho em um momento como aquele.
Pelo caminho que ele fazia, pretendia ir embora, mas antes que ele o fizesse, agarrei seu braço e o mesmo olhou para mim.
— Não vou te deixar ir embora nessa situação. — deixei claro.
— Eu não posso mais ficar nesse lugar. Eu fui humilhado na frente de todos, Ariana. — escondeu seu rosto com suas mãos, sentindo-se envergonhado.
— Não fica assim. — abracei-o para tentar fazer com que ele se sentisse melhor. — Vem comigo. — falei e puxei ele pela mão até o meu quarto.
Felizmente não havia nenhum casal se pegando o que era muito comum em festas como aquela e eu estava ciente disso quando escolhi abrir a minha casa para todos aqueles adolescentes.
— Eu devia ter desconfiado, mas eu sou burro demais para isso. — disse e deitou na minha cama em uma posição encolhida, como um real bebê faria.
— Você não é burro, burro é ela que não soube te dar valor. — consolei o loiro que sorriu agradecido e sentei na cama, no espaço que havia disponível.
— Nem sei porque estou assim. Sempre pensei que desejar outras pessoas era uma prova de que eu não gostava dela de verdade, mas agora já não tenho tanta certeza. — desabafou, suspirando tristemente.
— Infelizmente nem sempre somos correspondidos. — lamentei, afagando suas costas.
— Você tem sorte de ter o Liam. — aquilo fez-me engolir em seco e ficar pensativa.
Eu não tinha a ninguém, assim como ninguém tinha a mim. Aquilo era apenas uma viagem da cabeça de Niall.
E como se Liam pudesse ouvir meus pensamentos, adentrou o quarto, fechando a porta depois. Logo percebi o quanto estava acanhado diante de seu amigo e eu já imaginava o porquê.
— Está bravo comigo? — perguntou, aparentando temer pela resposta.
— Por que eu estaria? Você não tinha ideia assim como eu. — o que Niall disse fez Liam sentir-se mais culpado ainda, e eu sabia disso porque também me sentia daquela forma.
— Eu tenho que te contar uma coisa. Espero que você entenda porque eu não contei antes, não queria causar nenhuma intriga desnecessária e... — falou de forma apressada por causa do nervosismo, e Niall interrompeu-o.
— Fala logo, Liam. — ordenou, levantando seu corpo do colchão macio para assim sentar-se.
Eu podia ver o desespero nos olhos do mais alto, ele não sabia nem como contar aquilo e eu também não tinha como ajudá-lo. Por isso, respirou fundo e começou a falar sobre o dia em que havia acontecido o quase beijo entre ele e Maya.
— Desculpa, Niall, eu sei que o certo era ter te contato logo, mas eu não podia acabar com o seu namoro assim. Eu preferi acreditar que ela não sabia o que estava fazendo naquele dia, e que era apenas culpa do álcool no sangue. — Liam disse, sentindo-se mal com tudo aquilo.
— Você acha mesmo que eu deixaria de ser seu amigo por causa de uma garota? — Niall questionou-o, abrindo um sorriso sincero.
Aquilo deixou Liam tão feliz que até pulou em cima do loiro para abraça-lo, fazendo com que o mesmo caísse de costas na cama.
— Sai de cima de mim antes que eu fique excitado. — falou com a voz abafada, fazendo-me gargalhar mais alto do que o normal.
Imediatamente, Liam arregalou os olhos e saiu de seu colo.
— É brincadeira, seu lesado. — riu, divertindo-se com a reação de seu amigo. — Não sou eu quem gosta do seu pau. — disse e sorriu maliciosamente para mim.
— Oi? Não me mete nessa não. — alertei-o.
O sorriso de Liam mostrava satisfação em relação ao que Niall havia dito. Olhei para ele com os olhos semicerrados, mostrando meu descontentamento com sua reação e o mesmo apenas achou graça.
— Então, vamos voltar lá para baixo ou não? — perguntei, levantando da cama em um pulo.
— Acho que sim, preciso de álcool. — Niall pronunciou-se, levantando também.
— Só não vai exagerar, vou ficar de olho em você. — avisei e ele fingiu não ter ouvido, já indo embora.
Saímos todos do quarto e descemos as escadas, voltando para o evento. As pessoas nos olhavam curiosas e cochichavam provavelmente sobre o que havia acontecido meia hora atrás. Não era aquele clima de tensão que eu queria, então tratei de pegar um microfone que eu tinha guardado em uma gaveta perto das caixas de som e bati no mesmo, criando um barulho incomodo que chamou a atenção de todos ali presentes.
— Vocês estão em um velório por acaso? A festa não acabou, não! Pelo contrário, só está começando! — falei enquanto todos me observavam, depois afastei o microfone da minha boca e berrei animada, levantando os braços para cima e fazendo todos que estavam no local gritarem em comemoração.
Também troquei a música para uma mais animada e aumentei um pouco o som. Afinal, quem ligava para os vizinhos e quem ligava se meus pais descobrissem sobre a festa que eu estava dando sem permissão alguma?
Enquanto guardava o microfone de volta na gaveta, senti duas mãos envolverem minha cintura e sorri de canto. Balancei a cabeça negativamente e virei-me, encontrando seus olhos castanhos fitando-me em tentação. Porém lembrei de algo que me fez recuar.
— O que foi? — estranhou minha reação.
— Nada. — menti e ele olhou-me nem um pouco convencido. — Por que estava levando aquela garota para o andar de cima naquela hora? — perguntei logo.
— Por que quer saber? — sorriu, sentindo-se vitorioso.
— Se não quer me contar fala logo. — fui ríspida, não estava com paciência para enrolações.
— Grossa. Agora que eu não conto mesmo.
— Não é como se eu ligasse. — provoquei-o, aproximando meus lábios dos seus enquanto falava e afastando logo em seguida.
— Fala sério. — revirou os olhos, deixando-me um pouco confusa com sua mudança repentina de humor.
Será que eu havia conseguido irritá-lo ao invés de provocá-lo?
— O quê?
— Você venceu. Eu sou fraco demais para me segurar. — aquelas foram suas últimas palavras antes de colar seus lábios nos meus, dando vida à uma explosão de sentimentos dentro de mim.
Nervosismo, desejo, confusão, necessidade, paixão. Eu sentia tudo. Ele fazia-me sentir tudo.
N: E então? A festa alcançou as expectativas de vocês?
Postando hoje só porque eu sou ansiosa mesmo.
O próximo não deve sair tão rápido quanto esses dois últimos, mas vocês sabem que eu nunca demoro.
Vou deixar aqui um pedido, indiquem a fanfic para alguém que vocês acham que vai gostar, assim facilita meu trabalho de divulgação. Eu agradeceria muito.
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