» Liam Payne »

Na terça-feira, voltei para casa sem uma resposta para minha pergunta. Por causa de Ariana, a cada dia tornava-me mais trouxa ainda e eu não podia permitir que aquilo continuasse acontecendo.

Tomei um banho para relaxar e assim fazer todas as tarefas as quais eu havia planejado.

Enquanto eu secava meu cabelo com a toalha, meu pai entrou no quarto e devolveu a chave do carro, o que me deixou muito surpreso. De acordo com ele, minha mãe havia exagerado demais, pois eu não era mais nenhuma criança. Ele também disse que diferente dela confiava em mim o que fez até com que meus olhos brilhassem. Era bom saber que alguém no mundo tinha aquela fé em mim.

Meu dia só melhorou quando Louis me mandou mensagem avisando sobre a festa na casa de Ariana. Aquela era a minha chance de mostrar para a loira que ela não tinha total controle sobre mim como imaginava, e que eu também sabia como comandar aquele jogo.

...

E finalmente a sexta-feira à noite havia chegado. Faltavam apenas alguns minutos para festa começar e eu já havia buscado todos que precisavam da minha carona.

Chegando lá, a música alta encontrou meus ouvidos o que apenas serviu para me deixar mais animado ainda.

— Adoro essa música. — foi o que Louis disse antes de começar a gritar que nem louco até que Ariana aparecesse para ver se alguém estava morrendo.

— Isso é porque ele ainda não começou a beber. — comentei com Harry que riu, concordando comigo.

Quando Ariana pensou em vir nos cumprimentar, Louis roubou toda sua atenção mostrando as garrafas de bebida alcoólica que havia trazido.

Depois de alguns minutos, o lugar ficou cheio como um formigueiro, mas ainda assim havia muito espaço disponível. A casa era realmente enorme, então não eram em todos os cantos que eu precisava pedir licença para conseguir passar.

Assim que consegui me aproximar da mesa com as bebidas, vi que as pessoas não tiveram dó na hora de gastar com as garrafas. Eram muitas e de todas as marcas e tipos possíveis.

Como eu praticava esporte e tinha a obrigação de ter uma boa saúde, não era recomendável que eu bebesse além da conta como a maioria dos adolescentes da minha idade faziam. Mas nem por isso eu deixava de me divertir. Já estava acostumado com as pequenas quantidades.

Enchi um copo pela metade e saboreei com lentidão o líquido. A festa estava muito boa para ser verdade, pensei, porém logo arrependi-me.

A alguns metrôs dali, estavam Marie e Zayn Malik. Perguntei-me quem sequer havia os convidado, mas aquilo nem era algo possível de controlar. As festas acabavam sendo abertas para todos da escola, o que muitas vezes ocasionava em brigas, entretanto se dependesse de mim a paz prevaleceria durante todo o evento.

Esquecendo de pessoas desagradáveis por um momento, foquei meu olhar em Ariana. Que ela sempre estava linda, todos sabiam, mas naquela noite especificamente, ela estava simplesmente maravilhosa. Um vestido vinho que acabava no meio de suas coxas, desenhava seu corpo da forma mais incrível possível. Eu não tinha dúvidas de que ela era a mulher mais linda de todo aquele lugar.

Devo ter ficado perdido em suas curvas por muito tempo, pois, agora, a mesma caminhava em minha direção, carregando um sorriso presunçoso na face.

Virou de costas e apoiou sua mão na mesa antes de finalmente falar alguma coisa.

— Vai ficar observando-me a noite toda e não vai nem ao menos vir falar comigo? — olhou-me profundamente.

— Eu não sei como está o seu humor hoje. Achei melhor manter distância. — brinquei com a garota que não desfez sua expressão anterior por nenhum segundo.

— Por quê? Tem medo de mim? — mordeu os lábios sutilmente e bebeu um gole da bebida presente em seu copo, divertindo-se com aquela conversa.

— É você que deveria ter medo. — alertei-a.

— Ah é? — gargalhou alto, debochando das minhas palavras.

— Uhum. Você quer deixar-me louco? — perguntei enquanto lentamente aproximava meu rosto ao seu, ficando assim perto do perigo que eram seus lábios e fazendo com que os mesmos ansiassem aos meus. — Pois eu também quero. — sussurrei antes de afastar-me, causando uma expressão dolorosa em sua face quase que faminta.

— Maldito. — ouvi a loira murmurar quando já encontrava-me de costas, o que me fez sorrir satisfeito.

Assim que andei para longe de Ariana, uma garota com cabelos longos e ondulados cumprimentou-me e fiz questão de olhar para trás só para ter certeza de que a loira estava de olho no que acontecia.

— Você sabe onde fica o banheiro? — devido a música alta para que eu conseguisse ouvi-la, manteve sua boca próxima à minha orelha. — Essa casa é enorme, já tentei procurar, mas acabei vendo uma coisa não muito agradável quando abri uma das portas. — explicou, fazendo-me rir.

De longe, aparentaria que eu estava flertando com a morena, o que era perfeito considerando que Ariana nos assistia atentamente.

— Lá em cima, segunda porta à direita. — falei em seu ouvido, mas depois pensei melhor. — Na verdade, deixa que eu te levo lá. Se tiver algum sem noção, eu mesmo expulso. — ofereci e a morena pareceu extremamente agradecida.

Subindo as escadas, chequei mais uma vez se Ariana ainda observava aquela cena e o que vi foi a mesma andando para longe de onde estava em passos largos.

É, eu havia conseguido o que queria.

Depois de despedir-me de Camila, a garota a qual eu havia ajudado a encontrar o banheiro anteriormente, voltei para a mesa das bebidas e servi-me de outro tipo de álcool dessa vez.

De repente, fui surpreendido por um tapa depositado no meu braço, e mais outro, e mais outro, e assim continuou. Mal tive tempo de defender-me, mas assim que meu reflexo resolveu funcionar, segurei os braços que me atingiam.

— Seu idiota, babaca, imbecil! — os xingamentos não paravam de sair da boca da garota e lágrimas corriam desesperadamente de seus olhos levemente inchados.

— O que eu fiz? — berrei, irritado por conta da ardência que meus braços se encontravam.

— Foi por causa dela que você parou de gostar de mim, não foi? Foi por causa daquela vagabunda! — Marie disse com dificuldade devido ao choro e muito provavelmente ao álcool no sangue, deixando-me mais confuso do que nunca.

— Do que você está falando, sua louca? — eu só queria conseguir entender o que havia dado nela.

— Não adianta negar, a Maya me contou tudo! — continuou usando seu sotaque de gente bêbada.

Naquele momento, consegui finalmente compreender o que havia acontecido. Tudo não passava de um plano de Maya para tentar de alguma forma me atingir. Ela era mais ridícula e desocupada do que eu imaginava.

— Olha, a piranha está passando. — Marie falou alto em um tom debochado.

Pensei que Ariana não fosse perceber que era dela quem Marie estava falando, mas não foi bem assim.

— O que você disse? — cuspiu as palavras com uma expressão enojada.

— Calma, Ariana. Ela não sabe do está falando, apenas acreditou em algumas mentiras que a Maya a contou. — expliquei antes que ela fizesse alguma besteira sem necessidade.

— Para de negar, Liam Payne. Assume! — Marie voltou a atacar-me com suas palavras.

— Você acha mesmo que isso tudo é verdade? Seja sincera. — pedi calmamente.

— Sim, Liam, tudo se encaixa. Ariana chegando na sua vida, você esquecendo de mim. — abaixou o olhar com a feição triste e Ariana revirou os olhos vendo a cena.

— Eu conheci ela depois de você ter terminado comigo. Os argumentos não batem, Marie. É tudo mentira. E independentemente disso tudo, você me conhece, eu nunca te trairia. Nunca desrespeitaria uma mulher assim. — tentei convencê-la.

— Mas... — soluçou. — Por que a Maya inventaria tudo isso? — sua raiva já havia passado e agora no seu lugar estava um beicinho triste.

— Isso é algo que só ela saberia responder. — sorri na tentativa de fazê-la sentir-se melhor.

— Ah, mas agora quem vai perguntar à ela sobre algumas coisinhas sou eu. — Ariana disse antes de sair em disparada.

Aquilo não era nada bom.

N: Amei tanto escrever esse capítulo, fiquei muito satisfeita. Gostaram?

Se vocês quiserem e comentarem bastante, o próximo já sai na sexta.

Amo quando vocês interagem comigo e para os leitores fantasmas: Se puderem, votem para ajudar a fanfic a crescer. Obg!