Two
Dizem que os últimos anos da escola vão definir quem você será e para onde você vai, o que por um lado eu concordo, enquanto o outro é apenas um terrível pressão, e eu queria voltar a ter quatro anos, onde minha maior preocupação era quem iria brincar comigo de Barbie.
Os stands de cursos eram organizador por veteranos de diversas faculdades para ajudar todos os alunos do último ano na sua escolha, o que por sua vez dificultava e deixava tudo mais confuso para algumas pessoas, afinal, são muitas opções e somos novos demais para escolher que o fazer a vida inteira.
— E aí, garota? Tá Pensando em ir em qual primeiro? — Melanie pronunciou ao meu lado tirando uma cartela de chicletes da sua mochila — Quer um?
—Sim e não faço a mínima ideia! — estendi minhas mãos rapidamente para pegar o chiclete de canela antes que mais adolescentes sedentos por doce viesse correndo.
Melanie era minha melhor amiga desde o primário, com os seus cabelos longos e castanhos e o mesmo biótipo alto e magro que eu tinha, o que por muitas vezes as pessoas questionavam se éramos irmas, o que não era verdade, mas muitas vezes falávamos que sim e inventavamos algumas histórias para nos divertir.
Em meio a todas essas historias ja haviamos descoberto que eramos irmas depois de adolescentes, que moravamos em uma mansão com mais nove irmãos, que éramos trigêmeas e que estávamos procurando a terceira, e também já falamos que esse terceira era uma versão do mal de nós duas.
O importante não era em si as histórias, mas como nos divertimos contando, principalmente para crianças que nos olhavam perplexos querendo saber um pouco mais.
— Acho que vou em medicina, minha mãe quer muito que eu vá para essa área! — Seus olhos castanhos procuravam os meus que ainda estavam percorrendo o pátio.
— Vou primeiro em direito — virei lentamente minha cabeça para a garota que me olhava com o olhar um pouco perdido — mas não faça medicina apenas por que os seus pais querem que você faça, você precisa fazer alguma coisa que te faça sentir bem e que você realmente goste.
— Eu sei, mas sei lá, estou perdida, vou dar só uma olhada, não custa nada!
Era difícil quando os pais querem empregar regras e falar o que o filho deve ou não fazer quando o quesito é profissões, ou até mesmo quando lançam indiretas para o que querem que a pessoa faça. Acabam colocando a pessoa contra a parede, muuitas vezes ficando ainda mais confuso e não sabendo se agrada os pais ou segue o coração, e o segundo é até mesmo pior, já que muitas vezes até mesmo sem querer acaba se levando por palavras, rejeitando outros curso. Melanie se enquadrava nesse grupo, com os pais indiretamente falando que muitos da família eram médicos e que a garota seria boa se seguisse o ramo.
Os meus pais sempre me deixaram livre para escolher o que eu queria seguir, me deixando viver os meus sonhos loucos, como o de ser uma cantora profissional fazendo turnês internacionais e com álbuns vendidos ao redor do mundo, ou querer ser modelo e desfilar na fashion week.
Comecei a despertar para esse mundo onde eu deveria finalmente escolher o que seguir da minha vida no primeiro ano do meu ensino médio, onde eu realmente comecei a pensar o que eu queria fazer, sem escolher cursos aleatórios onde eu talvez pudesse gostar mas não sabia o que faziam na época, como publicidade e propaganda que estava certa que iria cursar anos antes de entrar no ensino médio .
Mas eu já havia procurado demais até o começo desse último ano e estava entre direito, queria seguir pela parte de criminal, mas também havia a arquitetura e o seu planejamento de casas e prédios, eventos e simplesmente organizar festas, mas o jornalismo também me agradava, ou talvez eu pudesse seguir outro sonho antigo e ir para a parte de cinema.
Era tanta coisa que eu não sabia por onde seguir, o que procurar, o que escolher.
Olhei para o lado e no meio do meu devaneio Melanie já havia ido até o grupo de medicina e estava conversando com um universitário alto, malhado e com uma barba rala, totalmente o seu tipo, e o contrário do meu. Não conseguia com qualquer um que estivesse enquadrado no estilo de macho padrão.
Dei uma suspirada e resolvi finalmente sair do lugar onde estava a tempo demais e segui para direito, depois passaria por todos que estavam nas minhas escolhas e talvez it atrás de algumas outras para colocar na minha lista de dúvidas.
O stand estava cheio de pessoas ao seu redor, o que não era uma grande surpresa já que era um dos cursos mais querididinhos. Fui entrando pelo meio das pessoas até conseguir chegar a frente da mesa para dar uma olhada melhor no que estão expondo.
Comecei a pegar alguns folhetos disponíveis em cima da mesa até que alguém vem por trás de mim olhando por cima dos meus ombros, mas só quando a voz sai da sua boca que o meu coração quase para de susto.
— Ta pensando em fazer direito? — disse Nate tentando arrumar algum espaço entre as pessoas para ficar ao meu lado.
— É uma das minhas escolhas!
— Tô entre direito e Civil!
— Boa sorte com os cálculos de Civil se for a tua escolha final, minha mãe é engenheira, porém é um curso ótimo — não tirei os olhos nenhuma vez da mesa e sentia o meu coração palpitar cada vez mais forte.
Por que estava me sentindo assim? Olha para ele desgraçada.
— Talvez sua mãe me pudesse ajudar mais do que qualquer universitário, sendo sincero, aqui a gente vai saber o que eles estão vendo de matérias mas não realmente como é exercer na profissão — ele se aproximou dos meu ouvido para que ninguém pudesse escutar a última parte e um arrepiu subiu pela minha espinha.
Quando ele aumentou a distância entre nós, voltando onde estava antes da sentença anterior, resolvi que já estava mais que na hora de olhar para ele para falar qualquer frase ou senão ficaria ridícula se continuasse olhando para a mesa.
Mas quando olhei para ele, o mesmo estava olhando para mim, e desde quando ele estava tão bonito?
Eu não era mais aquela garota apaixonada por ele. Não, não era. Porém ele ainda me fazia me sentir de certos modos que nem eu entendia.
Mas antes que eu pudesse falar qualquer palavra ele começou a falar novamente.
— Por que paramos de conversar, Josephine? Eu me lembro que você era uma garota muito legal, acho que deveríamos voltar a nos falar
Talvez porque você se afastou de mim?
— Nem seu, acho 1ue coisa de criança, mas é uma ótima ideia — dei um sorriso tentando achar algum lugar para colocar as mãos. Bolso cade você quando preciso?
Ótima ideia
Ótima ideia
Que merda de resposta foi essa?
— Preciso ir agora, mas já te aviso que vou precisar da tua ajuda com uma materia que soube que voce ta indo bem, genetica ta so me confundindo, nos vemos por ai! — o garoto correspondeu o sorriso e foi passando ao meu lado para começar a sair do tumuldo com uma de suas maos levemente em meu braço.
— Claro!
E ele se foi. E eu fiquei ali parada sem entender nada do que havia acontecido.
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Mais um capítulo depois de um bom tempo, até desculpa por isso , tô me perdendo não dias nesses dias de isolamento okkk
Espero muito que tenham gostado, e agora sim vai começar realmente toda a confusão. E genteee tô ansiosa pra mostrar para vocês
Não esqueçam de comentar o que acharam e da estrelinha. Amo vocês
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