-Dias depois-

-Mel Narrando-

-Eu ainda estava no porão,dona Alícia veio trazer comida para mim desde quando descobriu,eu estava deitada no chão do porão olhando o nada,pensando na minha vida,pensando em o que deve esta acontecendo,pensando em como estão as coisas em New York. Ouvi a porta ser aberta e olhei para a mesma,Derek estava lá,ele fechou a mesma e veio até mim,eu não vejo ele desde quando ele me estuprou,me bateu e me jogou aqui,já tem dias ou até semanas que não tomo banho, faço minhas necessidades em uma sacola no canto do porão e o cheiro do local já não estava agradável,minha camisola estava suja e eu não usava nem sutiã e nem calcinha,eu estava suja,não só de corpo como de alma. Ele veio até mim e ficou me olhando,ele estava bem vestido,cheiroso,armado e com todos os ouros dele de sempre.-

Relíquia: Você tá horrível. *Me sentei e me encostei na parede,fiquei olhando ele,ele deve está feliz em me ver assim, destruída.*

Relíquia: Vamos sair daqui,você vai subir,tomar um banho,se arrumar,almoçar e vamos sair,vai ter churrasco na casa do Matarindo,e aniversário dele,quero que você me acompanhe e de noite você vai dormi lá encima comigo.

Mel: Por favor,me deixa aqui Derek.

Relíquia: Relíquia.

Mel: Por favor,me deixa,me deixa aqui,me deixa morrer aqui.

Relíquia: Porque você quer morrer? Porque prefere morrer do que ser minha?

Mel: Você diz que me ama tanto e me machuca,me deixa aqui,me bate,me estuprou. Isso não é amor Relíquia,isso não é amar. *Ele se aproxima e segura em meu cabelo me selando*

Relíquia: Eu te amo Melanie,eu te amo,eu preciso de você,eu quero você,fica comigo,fica comigo Melanie.

Mel: Relíquia,eu não posso ficar com alguém que eu não amo,você vai superar,eu não sou a pessoa certa,não é assim que as coisas funcionam,por favor Relíquia,me deixa ir,supera isso,eu preciso da minha família,eu preciso dele,preciso do Axel,me liberta,supera isso,por favor,eu te imploro,o que adianta eu está aqui e não ser sua de alma? *Ele me olhou e suspirou.*

Relíquia: Eu te deixo ir. *Olhei para ele sem acreditar.*

Mel: Você tá falando sério? Vai me deixar ir? Relíquia,eu sei que é difícil,obrigada,obrigada. *Abracei ele chorando.*

Relíquia:Eu não posso mais sair daqui,eu sou chefe do tráfico agora. *Ele disse me abraçando e me pegando no colo,ele me levou para o quarto e me sentou na cama.*

Relíquia: Toma um banho,se arruma,vou organizar tudo para você voltar para New York. *Sorri e ele saiu do quarto,logo fui tomar banho,tomei um banho demorado,lavei os cabelos,me depilei e escovei os dentes,sai do banheiro e fui para o closet,coloquei uma langerie preta e vesti um vestido vermelho soltinho,arrumei meu cabelo e coloquei uma rasteirinha,quando eu estava descendo as escadas ouvi barulhos altos,eram tiros,um atrás do outro,desci as escadas correndo e dona Alícia saiu da cozinha correndo desesperada e me encontrou na sala.*

Alícia: Meu Deus,meu filho.

Mel: Calma dona Alícia,o que tá acontecendo? *Ela foi até a janela e eu fui junto,dava para se ver muitos helicópteros do exército,das forças armas e da polícia,era ele,era o Axel.*

Alícia: Deus proteja meu Derek,meu filho,meu único filho. *Ela disse e me abraçou,retribui e depois de um tempo a porta da casa foi arrombada,eu e dona Alícia nos assustamos,era meu pai,dona Alícia é ele se encaram e eu soltei a mesma,não acreditei que meu pai estava aqui.*

Mel: Pai...

Paul: Alícia.

Alícia: Paul.. *Fiquei olhando para eles sem entender,meu pai correu até a mesma e os dois se abraçaram,fiquei olhando ainda sem entender nada.*

Paul: Minha irmã,quanto tempo,quantos anos. *Eles se soltaram e logo Axel entrou na sala correndo e me abraçou,eu retribui e ele me beijou,como eu estava com saudade dele.*

Mel: Você me achou. *Sorri já chorando.*

Axel: Eu sempre vou te achar. *Sorri e logo que Derek entrou na sala,Axel mirou a arma nele para atirar,dona Alícia se soltou do meu pai e quando Axel ia atirar ela entrou na frente.*

Alícia: Não,pelo amor de Deus,não machuca meu filho.

Relíquia: Mãe,não se mete.

Paul: Axel,não mata meu sobrinho.

Axel: Sobrinho?

Paul: Ia contar,mas eu não tinha certeza ainda,eu estava confuso,minha irmã,um sobrinho que nunca vi.

Relíquia: Do que você estão falando?

Alícia: Derek,Paul e meu irmão,pai da Melanie,vocês são primos.

Relíquia: Você já sabia disso mãe?

Alícia: Não,eu não sabia,faz 25 anos que não vejo Paul,mas ele não mudou nada,ele é meu irmão,quando ele entrou nessa sala foi uma surpresa para mim também.

Axel: Puta que pariu. *Axel pegou o rádio e começou a falar com os soldados desesperado,o rádio parou de funcionar do nada.*

Axel: Porra,Caralho.

Mel: O que foi. *Todo mundo olhava para Axel sem entender.*

Axel: A missão era te resgatar, pacíficar o morro e matar o Derek,todo mundo está atrás dele,eles vão atirar sem pena é essa porra de rádio não pega. *Todos ficaram quietos e então comecei a encaixar as peças do quebra-cabeça em minha cabeça.*

Mel: Derek,por isso você me soltou? Você já sabia aue eles iam atacar?

Derek: Sabia. Eu tenho informantes nas forças armadas,e eu também já sabia que todos estão atrás da minha cabeça.

Alícia: Meu filho,meu filho,eu vou perder meu filho,pelo amor de Deus,alguém para isso,não posso perder meu filho. *Ela falou e se sentou no sofá,fui até a mesma e abracei ela.*

Mel: Vai ficar tudo bem,tia. *Ela me abraçou também.*

Alícia: Perdoem ele,perdoa ele.. *Ela chorava,meu pai só olhava tudo sem sabe o que fazer e Axel também,dona Alícia me soltou e entrou na frente do Derek,e logo ouvimos o disparo que acertou o peito de Alícia é a mesma caiu,um cara das forças armadas atirou e logo Derek também atirou no mesmo acertando ele na cabeça,ele logo caiu.*

Paul: Alícia.. fica com a gente..

Alícia: Cuida d..do..meu fi..lho. *Ela disse com dificuldade e seus olhos foram fechando devagar,seu coração ainda batia mas quando eu toquei em seu peito já soube que ela estava indo,o coração logo para e daqui poucos segundos o cérebro dela também vai parar de funcionar,ela se foi e comecei a chorará abraçando meu pai,Axel e Derek se olhavam,Axel estava com raiva e Derek também.*

Derek: Minha mãe.

Axel: Você pediu isso,não posso te matar,mas você está preso.

Derek: Você não pode matar,mas eu posso. *Soltei meu pai e corri ficando entre os dois.*

Mel: Relíquia,por favor,somos primos,por favor,não faz isso. *Ele destravou a arma e deu um tiro no próprio peito,logo caindo no chão,corri até o mesmo ainda desesperada,era muita coisa para mim.*

Mel: Derek,Derek,por favor,não me deixa,não me deixa,por fez isso,por que Derek?

Derek: Você pode viver sua vida tranquila agora,sem mim.

Mel: Não, não.. *Falei chorando.*

Derek: E..u..te...amo..M.e.l... *Ele disse arrastado e fechou os olhos suspirando devagar.*

Mel: Eu também te amo Derek. *Eu não menti,eu realmente amo ele,mesmo descobrindo agora que ele é meu primo,mesmo todo o mau que ele me fez,eu amo ele,amo meu primo,nunca vou esquecer ele,e nem a tia Alícia,fiquei tanto tempo aqui,ela sempre cuidou de mim,como uma verdadeira tia,mesmo sem saber cuidou de mim,durou tão pouco,tudo acabou assim,Axel me puxou dali e me abraçou.*

Axel: Desculpa. Eu não sabia.

Mel: Você não tem culpa. *Abracei ele,olhei para meu pai que ainda chorava abraçando o corpo da minha tia,tudo acabou,da pior forma,tudo passou.*

-Horas depois-

-Estavamos voltando para New York,meu pai não falou nada,não quis se comunicar,ele não está aceitando que depois de anos sem ver a irmã perdeu ela para sempre,eu também estou sentida,cada um cole o que planta,Derek não foi a melhor pessoa do mundo, infelizmente a tia Alícia pagou por uma coisa que ela não teve culpa,contei tudo para Axel,menos do estupro,isso irei contar depois,Axel me falou que Justin está se recuperando, conversamos bastante até que dormi nos braços dele,tudo acabou,toda aquela guerra acabou,o morro agora está pacificado pelos policiais e nunca mais quero passar por nada disso,não aguento mais,eu quase não aguentei dessa vez.-

-Eu peguei o número das meninas,prometi manter contato com elas e também prometi mandar a passagem para elas,elas virão morar aqui em New York e eu irei ajudar,elas disseram que Matarindo tá no controle do morro agora já que meu primo está morto,eu só quero esquecer isso é viver minha vida,quero ser feliz,não aguento mais ficar longe da minha família,do meu Axel.-