Vamos Acabar Logo De Uma Vez Com Esses Putos!
-Saiba que se morrermos hoje, não me arrependo de nada. - Eris disse parando ao lado de Asterin, pegando ela completamente de surpresa. A Rainha piscou os olhos para seu Carranam antes de arquear a sobrancelha para ele. Eris deu a ela um meio sorriso. -Eu adorei plantar flores com você, Asterin.
Ela o empurrou de leve, dando um sorriso triste para Eris. Quanto mais próximos chegavam daquela guerra, mais Asterin se agitava, em partes graças ao vento que parecia gritar em horror e dor.
A illyriana esticou sua mão para segurar a de Eris, apertando com carinho na sua. Eris retribuiu o aperto, olhando para as mãos deles entrelaçadas por um instante.
-Eu te amo, Asterin.- ele disse, levantando os olhos para fixar nos dela. -Amo você, e se eu sou quem sou hoje, é graças a tudo o que você fez por mim. Você me deu um propósito para viver, e sua amizade, Asterin... Sua amizade me salvou, e eu nem sabia que precisava ser salvo. Então, não me arrependo de nada. E vou lutar com você e por você até o final.
Ela piscou os olhos para afastar as lágrimas antes de jogar os braços ao redor de Eris e o apertar com força.
-Eu te amo, sua raposa maldita e ardilosa. E ainda vou ter muitos séculos para perturbar você. - ela cantarolou e Eris riu. -Então, vamos acabar logo de uma vez com esses putos!
Asterin sentiu o cheiro do mar muito antes de contemplar o campo de batalha. Hybern tinha escolhido muito bem, a Rainha tinha que admitir isso.
Uma vasta planície gramínea se estendia até a margem. Por uma milha antes, ele havia plantado seu exército. Ele ondulava distante, uma massa escura se espalhando pelo horizonte oriental. Montes rochosos se erguiam às suas costas, alguns de seus exércitos também estavam em cima deles. Na verdade, até a planície parecia se inclinar para o leste.
Asterin ficou ao lado de Rhysand, no topo de uma larga colina com vista para a planície, com Feyre, Conan e Tori logo atrás deles. Asterin podia escutar os três murmurando algo entre eles, mas não prestou atenção para saber o que era. O vento ao seu redor estava agitado, inquieto, pressentindo o como logo tudo iria explodir por ali.
Na linha de frente, bem à frente, Helion, que resplandecia em uma armadura dourada e uma capa vermelha ondulada, deu ordem para parar. Os exércitos obedeceram, mudando-se para as posições que tinham estabalecido.
O exército de Hybern era grande. Asterin sabia sem nem contar que estavam em grande desvantagem ali.
Cassian pousou dos céus, com o rosto inexpressivo, todos os seus Sifões ardendo enquanto cruzava a colina do topo em alguns passos.
-Ele tomou cada polegada de terreno elevado e vantajoso que pode encontrar. Se quisermos derrotar eles, nós teremos que os perseguir dentro daqueles montes. Não tenho nenhuma dúvida que foi calculado. Provávelmente definiu todos os tipos de surpresas.
Ao longe, aqueles cães, os naga começaram a rosnar e uivar. Com fome. Rhys únicamente perguntou:
-Quanto tempo você acha que temos?
-Temos cinco Grão Senhores, e lá há apenas um. Vocês todos podem proteger-nos por um tempo. Mas não é do nosso interesse drenar todos vocês, nem do dele. Ele terá escudos, também, e o Caldeirão. Ele tem sido cuidadoso em não deixar-nos ver toda a extensão do seu poder. Não tenho dúvidas de que estamos prestes a descobrir, no entanto.
-Ele provavelmente vai estar usando feitiços. - Feyre disse.
-Certifique-se de que Helion esteja em alerta. - Azriel ofereceu, mancando para o lado de Rhys. -E Thesan.
-Você não respondeu minha pergunta; - Disse Rhys para Cassian.
Cassian avaliou exército interminável de Hybern, então o deles.
-Vamos dizer que tudo vá mal. Se depois de o escudo quebrar, ele decir usar o Caldeirão... poucas horas.
-Minhas sombras estão caçando por ele. - Disse Azriel. Sua mandíbula se apertou com as palavras. Deveria estar procurando por ele mesmo. Seus sifões queimaram e ele ajustou suas asas, como se as testasse. -Mas as proteções são fortes... sem dúvidas reforçadas pelo rei depois de invadirmos seu acampamento. Feyre pode ter que ir a pé. Aguarde até que o abate começe a ficar desleixado.
Cassian abaixou a cabeça e disse a Amren:
-Você vai saber quando.
Ela assentiu bruscamente, cruzando os braços. Cassian bateu no ombro de Rhys.
-Em seu comando, eu vou pegar os Illyrianos e ir para os céus. Nós avançamos em seu sinal depois disso.
Rhys assentiu, distante, a atenção ainda fixa no exército esmagador. Cassian deu um passo para longe, mas olhou para Nestha. Seu rosto estava duro como granito. Ele abriu a boca, mas pareceu decidir contra o que ele estava prestes a dizer. Ela não disse nada quando Cassian se atirou para o céu com um poderoso impulso de suas asas. No entanto, ela acompanhou seu vôo até que ele era pouco mais que uma mancha escura.
-Eu posso lutar no chão. - Disse Azriel para Rhys.
-Não.
Não havia como discutir com esse tom. Azriel parecia que queria debater, mas Amren balançou a cabeça em sinal de advertência e ele recuou, sombras enrolando em seus dedos. Em silêncio, viram o exército estabelecer-se em linhas limpas, sólidas.
Assistiram os Illyrianos que levantaram aos céus por uma ordem silenciosa que Rhys enviou para Cassian, formando linhas espelhadas acima. Sifões de varias cores cintilavam, e escudos bloqueavam o lugar, tanto mágicos como de metal. O próprio chão balançou a cada passo em direção a essa linha de demarcação.
Você está com medo? Rhys disse suavemente na mente de Asterin. Ela apenas segurou a mão dele, olhando para seus olhos violeta. Poucas estrelas brilhavam dentro deles.
Você está?
-Sim. - ele respirou.
Não por Asterin, mas por todos eles.
Tarquin gritou uma ordem muito à frente, e o exército unificado chegou a um impasse, como um animal poderoso sendo pausado.
Estival, Invernal, Diurna, Crepuscular, Outonal, Noturna e Nilfheim, cada Corte claramente marcada pelas alterações de cor e armadura.
Feéricos e Grão Senhores lutando lado a lado, etéreo e mortal. Uma legião de peregrinos do Thesan se estabeleceram em sua formação ao lado dos Illyrianos, sua armadura dourada brilhante contra o preto sólido.
Nenhum sussurro da Primaveril chegando para os ajudar. Ou Tamlin. Mas o exército de Hybern não avançou. Eles podiam muito bem terem sido estátuas. O silêncio era mais para os enervar.
-Magia em primeiro lugar. - Amren estava explicando para Nestha. -Ambos os lados vão tentar derrubar os escudos em torno dos exércitos.
Como se em resposta, eles fizeram. Os escudos falham em ambos os lados. Alguns morreram. Não muitos, mas alguns. Magia contra magia, o tremor da terra, a grama entre os exércitos queimando e transformando-se em cinzas.
-Eu esqueci como é chata esta parte. - Amren murmurou. Rhys lhe lançou um olhar seco. Mas ele caminhou para a borda da pequena colina, como se sentisse que o impasse estava prestes a quebrar.
Ele lançaria um poderoso golpe, devastando o exército no momento que seus escudos dobrassem. Uma onda autêntica ao poder da noite surgindo. Seus dedos flexionaram em seus lados. À esquerda, os Sifões de Azriel brilhavam, preparando-se para desencadear explosões ecoando as de Rhysand. Ele poderia não ser capaz de lutar, mas iria exercer o seu poder a partir dali.
Asterin foi para o lado de Rhysand, o vento cercando ambos com intensidade demais. Rhys apenas balançou a cabeça para ela.
Guarde isso para as tropas de Hybern. Ele disse em sua mente e Asterin suspirou, apenas assentindo.
À frente, ambos os escudos deram seu último balanço. Feyre se aproximou dos dois, dando a Rhys um sorriso.
-Eu nunca te dei um presente para agradecer por tudo. - ela disse. Rhys acompanhava a batalha pela frente. Seu poder retumbamdo abaixo deles, surgindo a partir do coração sombrio do mundo. Em breve. Era uma questão de momentos. -Eu estive pensando e pensando sobre o que te dar.
Lentamente, muito lentamente, os olhos de Rhys deslizaram para os de Feyre. Apenas um abismo de poder estava dentro deles, apagando aquelas estrelas. Ela sorriu para ele, mostrando para Rhys algo em sua mente.
-Mas, eu admito, - ela disse enquanto seus olhos queimavam, -este presente é, provavelmente, para nós todos.
O escudo de Hybern desabou. A magia de Feyre estalou através dela, cortando através do mundo. Tirando o glamour que ela manteve no lugar por horas. Antes da linha de frente deles, uma nuvem de escuridão apareceu, se contorcendo e girando sobre si mesma.
-Mãe acima. - Azriel respirava.
-Mas que porra...- Conan soltou, perplexo.
A direita uma figura masculina apareceu ao lado da fumaça de ébano. Ambos os exércitos pareciam fazer uma pausa de surpresa.
-Você recuperou o espelho. - Rhys sussurrou. Diante de Hybern estavam o Entalhador de Ossos e no ninho vivo de sombras estava Bryaxis, que na noite passada foi libertado e contido em um corpo Feérico por Feyre.
-Sim.
Hybern estava se mexendo, freneticamente avaliando quem e o que agora estava diante deles. O Entalhador tinha escolhido a forma de um soldado Illyriano no seu auge. Bryaxis quis permanecer dentro da escuridão turva em torno dele, a tapeçaria viva que usaria para revelar os pesadelos de suas vítimas.
-Eu me vi.- Feyre disse a Rhys.
As duas figuras pareciam tomar um fôlego, uma poderosa inspiração que teve reflexo na nuvem escura de Bryaxis. Preparando-se para a diversão.
-Parece que você chegou antes de mim. - Rhys riu.
-Para quê?
Com uma piscadela, Rhys apontou para Bryaxis e o Entalhador. Outra figura apareceu. O Entalhador tropeçou um passo para trás. E Asterin sabia muito bem quem era a figura esguia, fêmea, com um fluxo escuro de cabelos, que teve uma vez, que tinha novamente um belo rosto.
Stryga, a Tecelã.
A Tecelã sorriu para seu irmão gêmeo, deu-lhe um arco de zombaria, e enfrentou o inimigo diante deles. O Entalhador interrompeu seu retiro lento, olhou para sua irmã por um longo momento, então virou-se para o exército mais uma vez.
-Você não é a única que pode oferecer pechinchas, você sabe. - Rhys falou lentamente com um sorriso malicioso.
-Como? - Feyre disse, chocada.
Ele inclinou seu pescoço, revelando um pequeno, circulo de tatuagem atrás da orelha.
-Eu mandei Helion para negociar em meu nome, por isso que ele estava no Meio aquele dia que encontrou você. Para se oferecer para quebrar o feitiço de contenção sobre a tecelã, em troca de seus serviços hoje.
-Hybern não tem idéia do inferno que está prestes a chover sobre eles.
-Um brinde a reunião de famílias. - Foi tudo que Rhys disse. Em seguida, a Tecelã, o Entalhador e Bryaxis desencadearam-se sobre Hybern.
Enfim, a guerra começa
E agora vem o caos, amoh
~Ana
Data: 21/12/21
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