Não Sabe De Porra Nenhuma!
-O Pai, - Eris disse a Lucien, a faca vacilando um pouco contra o pescoço de Asterin, dando abertura para ela ataca-lo, -prefiriu não lembrar que você não parou para dizer olá.
-Estamos em uma reunião que não pode ser adiada. - Respondeu Lucien, suavemente, se contendo.
Eris soltou uma risada sem humor.
-Certo. Há um boato de que vocês estão fugindo juntos, traindo Tamlin. - o sorriso de Eris se alargou enquanto olhava de Feyre para Lucien. -Eu não achava que você faria isso, irmãozinho.
-Ele a tem, parece. - um dos outros brincou. Asterin revirou os olhos. -Duas de uma vez?
Feyre deslizou o olhar para o macho acima de si.
-Você vai nos soltar.
-Nosso estimado pai deseja vê-los. - Disse Eris com um sorriso de cobra. A faca não oscilou. -Então, vocês virão conosco para casa.
-Nem fudendo. - Asterin disse, sorrindo com crueldade pra ele. Eris Vanserra, eu vou chutar a sua bunda.
-Eris. - Avisou Lucien.
Asterin viu os olhos de Feyre ficarem cheios de raiva e sabia o que a fêmea estava pensando sem precisar ler mentes. O ex-noivo de Mor. O macho que a abandonou quando a encontrou com o corpo espancado na fronteira. O herdeiro do Grão Senhor.
Ah, sim. Era raiva nos olhos de Feyre e Asterin quase podia ver a fêmea avançando contra a garganta de Eris.
Eris apenas disse para Asterin, frio e entediado:
-Levante-se.
-Sabe, Eris, posso chamar você assim? Então, Eris, eu estava no meio de um sono muito bom e você acabou com isso.
Então seu olhar se encontrou com o de Feyre. E Asterin sabia que ela tinha algo em mente. Então, discretamente, enquanto Eris a puxava com brutalidade, Asterin apenas assentiu.
Eris os levaria para Beron, ela sabia. Não tinha muito o que ele pudesse fazer, não com os irmãos malditos junto com ele. Eris poderia até tentar ganhar tempo para eles, mas eles teriam que lutar para fugir deles.
-Depois de você. - Disse Eris, suavemente, baixando a faca finalmente. Ele empurrou Asterin um passo.
Feyre estava esperando o momento certo. E, então, quando o empurrão de Eris fez com que ele começasse a andar irregularmente, Asterin girou seu passo, impulsionando-se em sua direção.
Girando, tão rápido, que ele não a viu invadir sua guarda aberta e empurrar o cotovelo em seu nariz. Asterin poderia ter caído na gargalhada se tivessem apenas os dois. Depois, teria o ajudado a se levantar e o curado. Mas aquele não era o amigo dela, Asterin tinha que se lembrar constantemente disso.
Eris tropeçou para trás. Fogo atingiu os outros dois, o fogo de Feyre, e Lucien se afastou do caminho enquanto eles gritavam e recuavam mais fundo na caverna. Feyre formou uma parede entre eles e Eris e seus malditos irmãos, os selando dentro da caverna.
-Corram. - ela ofegou, mas Lucien já estava ao lado, uma mão firme sob o braço de Feyre enquanto ela queimava, aquele fogo mais quente e mais quente.
Feyre não conseguiria mantê-los contidos por muito tempo. As asas de Asterin tinham melhorado, mas ela não conseguiria voar, não sem agravar a situação. Então, ela correu.
Lucien e Feyre trocaram um olhar e Asterin não entendia o que fariam, mas estavam armando algo.
O suor faiscou na testa de Lucien com um pulso de poder que lambeu a lama e se chocou contra as pedras acima deles. Houve uma chuva de poeira e detritos. Feyre lançou qualquer fluxo de magia no golpe seguinte de Lucien. E no seguinte.
Quando o rosto lívido de Eris emergiu da rede de fogo, brilhando como um deus forjado pela ira, Lucien e Feyre derrubamos o teto da caverna. O fogo explodiu através das pequenas rachaduras como mil línguas de serpentes flamejantes mas a caverna não tremeu tanto quanto. O coração de Asterin parou de bater no peito.
Eris, Eris, Eris.
Não; ele não podia estar morto. Asterin não podia se deixar pensar nisso, não naquele momento!
Lucien estava falando algo, mas Asterin não conseguia entender o que. Não conseguia pensar direito.
-Ai, cala boca, Lucien. Sua falação tá me impedindo de pensar. Até parece que o Eris vai matar a gente, ele só está tentando nos queimar vivos, nada de
uau.- ela disse e Lucien grunhiu.
-Depressa. - Lucien ofegou, e elas não perderam o fôlego à medida que cambaleavam na noite.
Suas mochilas, roupas, armas, tudo havia se perdido dentro da caverna. Asterin tinha apenas uma lâmina illyriana. Feyre tinha dois punhais e Lucien um. Lucien tremia contra o frio enquanto se arrastavam e arranhavam o caminho até a encosta da montanha, sem ousar parar.
-Achei que eram amigos. - Lucien rosnou, enquanto eles caminhavam para longe dali. Asterin se voltou para ele, perplexa. Ele ia mesmo querer falar disso naquele momento?
-Quê?- ela disse. Lucien a encarou, irritado.
-Você e Eris!- ele quase gritou. Dessa vez, Feyre encarou Asterin, quase tão indignada quanto Lucien.
-Não sei do que está falando, o conheci hoje. - Asterin respondeu, tranquilamente.
-Ah, não banque a idiota comigo!- Lucien disse e Asterin rosnou.
-Olhe bem o como fala comigo, Lucien, ou vou arrancar sua língua e te fazer come-la!- Asterin retrucou. Feyre se colocou entre eles.
-Ei! Não é momento para brigar. Lucien, ele estava com a merda de uma faca na garganta de Asterin, porque diabos você acha que eles são amigos? Até onde sei, amigos não se tratam assim. - Feyre disse, tentando defender Asterin. Mesmo que Asterin não merecesse aquela defesa.
-Porque já conhecia Asterin, há muito tempo!- Lucien disse, bufando irritado. -Eu vi você, Asterin! Com Eris.
-Você não sabe o que viu.- Asterin cuspiu. -Tinha dez anos! Não sabe de nada, nada, sobre mim. E muito menos sobre Eris.
Agora, Feyre olhava para Asterin com choque no rosto. Talvez até se sentindo traída; aquela história era algo que Asterin não pretendia contar a ninguém, mas se Lucien já estava a expondo ali, na frente de Feyre, o que faria quando chegassem a Corte Noturna? Venderia Asterin por um pouco de segurança? Era possível.
-Eu sei o que eu vi! Plantando flores é a última coisa que vocês dois estavam fazendo, estavam escondendo um corpo juntos!- Lucien disse exibindo os dentes.
-E dai? E dai, cacete? Você, ainda assim, não sabe de porra nenhuma!
-Então explique!
-Não te devo satisfações.
-Mas deve pra Rhys. Pra Mor.- Feyre disse. Asterin deu uma gargalhada vazia.
-Não, não devo não.- Asterin disse, com dureza. -Não sabem de nada, nenhum dos dois. Nada sobre mim, nada sobre Eris.
-Ele tentou te matar, minutos atrás! Vai defender ele?- Lucien disse.
-Não! Como eu disse, Lucien, você sequer sabe que relação eu tenho com seu irmão.
-Então admite que tem uma?
-Não te interessa!- ela gritou, os olhos brilhando de raiva. -E guarde essa língua maldita dentro da boca. Se abrir o bico para alguém, para Rhysand, sobre Eris e eu, eu o mato. Como deveria ter feito meses atrás.
-Você está com ele? - Feyre disse, enojada. -Com Eris?
-É claro que não, Feyre, puta que pariu!- Asterin disse. Ela respirou fundo. -Conversamos sobre isso depois. E eu explico exatamente o que quiserem saber. Mas vamos continuar andando. Agora!
Nenhum deles protestou, não vendo a irritação de Asterin. Então, fizeram a coisa mais sensata: a seguiram.
Boa noite povo
Não nego que esse foi um dos capítulos que eu mais amei escrever KKKK Lucien e Feyre indignados e Asterin colérica KKKKK
That's all for today
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 16/07/21
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