Eu Já Tenho Tudo O Que Preciso
Asterin e Rhysand tinham decidido como as coisas iriam proceder naquele dia. Ele deveria ir com a Corte dele e Asterin com a dela, mesmo que, na realidade, eles formassem uma única Corte. Ela sabia que era melhor assim. Precisava que a vissem como Asterin, Rainha de Elfheim e não como a esposa do Grão Senhor da Corte Noturna.
Então, Asterin agora olhava para seus amigos. Sua família. Sua Corte. Todos eles tinham decidido ir. Nenhum quis ficar para trás. Bem, não ter Aleyenor por perto também fazia com que eles não quisessem se separar mais ainda. Asterin estava preocupada com a amiga, mas sabia que Aleyenor era capaz de se virar muito bem sozinha. Ela tinha feito isso por anos antes de conhecer Asterin. Aleyenor era como uma chama forte queimando. Ela ficaria bem; e sobreviveria.
A Rainha não precisou dizer nada. Um olhar bastava para que todos entendessem o que deveria ser feito. Um olhar bastava para que eles se entendessem. Então, ela segurou a mão de Conan e atravessou para Corte Crepuscular.
Asterin tinha aprendido bastante com Rhys sobre o que esperar da Corte Crepuscular, mas mesmo com as imagens que ele a tinha mostrado, jamais esperaria tal beleza.
Foram as nuvens que ela viu primeiro. Nuvens enormes flutuando no céu de cobalto, ainda tingidas pelos restos de rosa do nascer do sol, suas bordas redondas douradas com a luz dourada.
A frescura do orvalho da manhã se demorava no ar gelado enquanto olhava para o palácio da montanha em espiral nos céus acima. Se o palácio acima da Corte dos Pesadelos tinha sido trabalhado em pedra de lua, aquele havia sido feito de Pedra do sol. Não tinha como descrever a beleza da pedra dourada quase opalescente que parecia segurar o brilho de mil nasceres do sol dentro dela. Passarelas, varandas, arcos e pontes ligavam as torres e as cúpulas douradas do Palácio, as flores matinais da pervinca escalando os pilares e os blocos bem cortados de pedra para sumir na névoa dourada flutuando. Flutuando, porque a montanha em que o palácio estava... Havia uma razão para ver as nuvens primeiro.
A varanda em que eles tinham aparecido não estava vazia. Rhys estava ali com os outros, esperando por ela, e um atendente de cabelos finos com uma armadura de ouro e rubi da Corte Crepuscular. Luz, camadas de vestes soltas e ainda lisonjeiro.
O que mais chocava Asterin era a presença de Nestha, logo ao lado de Feyre. Mas Asterin tampouco deixou isso transparecer.
O macho curvou-se, sua pele marrom suave com juventude e beleza.
-Bem vinda, Rainha.
Até sua voz era tão linda como o primeiro vislumbre de ouro no horizonte. Asterin fez a ele uma mensura com a cabeça e Rhys retornou seu arco com um aceno de cabeça raso, e ofereceu seu braço para Asterin.
-Se você já pensou em construir
uma casa nova, Rhysand, deveria usar esta para inspiração.- Mor disse, e Travis concordou, deslumbrado.
Rhys lançou a Travis e a Mor um olhar incrédulo por cima de um ombro. Cassian e Azriel bufaram. Asterin deu uma risadinha.
Um temor total no castelo nas nuvens, na paisagem verdejante ondulando longe, bem distante, salpicada de pequenas aldeias cobertas de telhados vermelhos e rios largos e cintilantes. Um campo exuberante, eterno, rico com o peso do verão sobre ele. Aquele lugar era lindo.
Havia outros palácios dentro do território Crepuscular, ambientados em pequenas cidades que se especializavam em mexericos e coisas inteligentes. Ali, além dessas pequenas aldeias aninhadas nas colinas do campo, não havia indústria. Nada além do palácio, do céu e das nuvens.
Eles subiram as escadas em espiral, a gota fora da borda muito perto caindo em rochas de cores quentes salpicado com uma aglomeração de rosas pálidas e macias, peônias magenta. Uma morte bonita, colorida.
Asterin estava preparada a cada passo que dava em direção a sala. Sabia bem que tipo de coisa enfrentaria naquele dia e, se fosse ser sincera, ela não se importava. Tinha apenas um objetivo ali e não desistiria até conquista-lo. O aperto de Rhys em sua mão era inabalável. Deixando claro de quem ela era e de quem ele era.
Os olhos de Rhys deslizaram para os de Asterin, divertidos e questionadores.
E você acha que eu preciso redecorar a nossa casa? A voz dele ecoou pela mente dela e Asterin riu.
Eu já tenho tudo o que preciso, Asterin disse com suavidade e Rhys sorriu para ela, apertando a mão da illyriana.
Bem, mesmo que Thesan tenha um palácio mais bonito, eu sou o único abençoado com uma Grã Senhora e Rainha ao meu lado.
Asterin apenas deu risada e balançou a cabeça. Estava imune aos galanteios de Rhysand.
Especialmente, porque hoje à noite eu quero que você use essa coroa na cama. Somente a coroa.
Asterin se virou para olhar os olhos salpicados de estrelas de Rhysand, cheio de malícia.
Tarado.
Sempre.
Ela sorriu para ele e Rhys se inclinou suavemente para roçar um beijo na bochecha da Rainha. Conan resmungou logo atrás deles, fazendo Asterin revirar os olhos.
Vozes abafadas os alcançaram da câmara ao ar livre sobre a torre de pedra, algumas profundas, algumas afiadas, algumas cantando, antes de terminarem a última rotação em torno da escada, as janelas arqueadas, sem vidro, não oferecendo barreira para a conversa interior.
Três outros já estão aqui, Rhys avisou, e Asterin tinha a sensação de que era o que Azriel agora estava murmurando para Conan e Cassian. Helion, Kallias e Thesan.
Os Grão Senhores da Diurna, Invernal, e o anfitrião, Crepuscular. Asterin sabia; havia conhecido aqueles machos antes, em momentos que não haviam sido tão ruins como aquele em que se encontravam. E a ainda faltava Eris e Tarquin para começarem de vez aquela reunião.
E a Primaveril, se Tamlin tivesse coragem o suficiente para aparecer. Asterin adoraria saborear aquele momento se Tamlin estivesse presente.
Asterin viu o movimento inquieto da garganta de Rhys enquanto davam seus passos finais para a porta aberta.
Uma longa ponte ligava a outra metade da torre ao interior do palácio, os seus trilhos caindo de glicínias pálidas.
Protegendo sua mente? Rhys perguntou, mas Asterin sabia que ele estava ciente de que apenas ele era capaz de entrar ali.
Assim como ela estava ciente de que Rhys colocara um escudo, mental e físico, em torno de todos eles, estando eles em termo de paz ou não. E embora seu rosto estivesse calmo, com seus ombros jogados para trás, Asterin acariciou a mão de Rhys e disse:
Você é bom, Rhys. Não importa o que achem, o que pensem que sabem de você, eu te conheço. E não há uma parte sua que eu não ame com todo meu coração.
A mão de Rhys apertou a de Asterin em resposta antes de pousar os dedos dela em seu braço, erguendo-o o suficiente para que fossem pintados como um retrato bastante cortês quando entrassem na câmara. A verdadeira definição de poder.
Nunca se curve a ninguém.
E ela jamais se curvaria.
Boa noite gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Primeiramente, desculpa a demora para atualizar. Vou culpar a Universidade simmm, minhas aulas voltaram e eu descobri que ODEIO cálculo I. Meu Deus estou tendo pesadelos
Prometo tentar postar mais frequentemente. A fanfic está entrando em reta final, então pretendo acabar ela logo
Espero que estejam gostando!
~Ana
Data: 21/08/21
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