Asterin partiu para a batalha no segundo que Rhys usou seu poder, enevoando uma parte do exército de Hybern. Aquele havia sido o sinal para que os illyrianos avançassem, e a deixa para que Asterin fosse diretamente para o campo de batalha, se juntando a Conan, Alibia e Travis, como já haviam feito diversas outras vezes antes. Eris se juntou a Asterin, um sorriso zombateiro em seus lábios, antes que o caos irrompesse completamente.

Os Illyrianos se moveram.

Eles desciam dos céus, exatamente quando uma legião de Hybern se levantou, repleta de coisas como o
Attor. Escondidos entre as fileiras de Hybern. Sifões queimaram, escudos de bloqueio no lugar e os illyrianos lançaram flechas com uma precisão mortal. Mas a legião Attor estava bem preparada. E quando eles responderam com um remate de suas próprias flechas, essas estavam com pontas feitas de veneno feérico. Mesmo que o antídoto de Nuan estivesse nas veias de todos os soldados, isso não se estendia a sua magia que não ofereceu nenhuma defesa contra a flecha.

As flechas de veneno feérico perfuraram os escudos dos Sifões tão facilmente como manteiga. O rei tinha adaptado-se, melhorou o seu arsenal. Alguns Illyrianos cairam rapidamente. Os outros perceberam a ameaça e usaram seus escudos de metal, os desprendendo das costas.

Em terra, Tarquin, Helion e os soldados de Kallias começaram a avançar, juntamente com Asterin e Eris. Hybern soltou seus cachorros e outros animais. E quando esses dois lados correram um para o outro, Rhys enviou outra explosão, seguida por uma onda de energia a partir de Tarquin. Dividindo e empurrando linhas de Hybern em grupos irregulares.

E através disso tudo, Bryaxis era um borrão de constante mudança, garras, presas, asas e musculos, mudando e girando dentro dessa nuvem negra que atacava e sufocada. Sangue pulverizando onde quer que ele mergulhasse, soldados gritando. Alguns pareciam morrer de puro terror.

O Entalhador de Ossos lutava perto de Bryaxis. Nenhuma arma a vista além de uma cimitarra de marfim, osso, nas mãos masculinas. Ele varria-o diante de si, como se estivesse podando o trigo. Soldados caiam mortos antes qualquer golpe atingisse sobre eles. Mesmo o corpo Feérico que estava não poderia conter ou sufocar esse letal poder.

Hybern fugia diante dele. Da Tecelã. Que estava do outro lado do Entalhador, deixando cascas de cadáveres em seu rastro. Stryga estava trançando através de Hybern em um emaranhado de cabelos negros e membros brancos. Os próprios soldados deles, felizmente, não hesitavam enquanto corriam para as linhas inimigas.

Asterin não hesitou nem mesmo por um segundo antes de rasgar o ar com sua espada, atacando e cortando tudo que veio em seu caminho, o vento sussurrando no seu ouvido durante todo o tempo, cuidados que ela deveria tomar e onde deveria atacar.

O som de ambos os exércitos colidindo era ensurdescedor e uma bagunça gigante se instalou naquele momento. Mas Asterin não tinha tempo a perder se perguntando onde estavam seus amigos e se tudo estava correndo bem com eles, não quando ela tinha uma guerra para vencer.

-Asterin!- Eris gritou, chamando a atenção dela. Ela apenas teve tempo de desviar de flechas que voaram em sua direção, usando o vento para voltar aquele ataque contra os soldados de Hybern, os escutando gritar quando o veneno feérico os atingiu em cheio. Ela abriu um sorrisinho para Eris e ele revirou os olhos para ela antes de voltar a avançar.

-Asterin, precisamos causar uma distração!- Conan gritou, abrindo caminho até ela. -Os exércitos não estão todos concentrados aqui. Precisamos causar mais para que Feyre chegue ao Caldeirão.

Asterin assentiu, usando sua espada para decapitar um soldado hyberiano, a cabeça dele caindo e rolando até parar nos pés de Conan, que torceu o nariz com nojo.

A Rainha sabia que precisavam de uma distração, e precisavam fazer aquilo logo. As coisas estavam se desenrolando rápido demais, e se continuassem daquele jeito, estariam todos mortos em alguns minutos. Ela fechou a mão direita, tirando o ar dos dez soldados mais próximos, fazendo com que caíssem no chão, agonizando até a morte.

O exército de Hybern começou a se mover, pressionando à frente. A Tecelã, o Entalhador e Bryaxis mergulharam profundamente nas fileiras, mas os soldados de Hybern rapidamente surgiam para estancar os buracos nas linhas.

Helion gritou para as linhas de frente para segurarem firme. Flechas foram lançadas e cairam em ambos os lados. As que foram feitas com veneno feérico encontrando a sua marca. Uma e outra vez. Como se o rei lhes tivesse dito onde caçar seus alvos.

O senhor da primaveril se aproxima. E ele pode ajudar a destruir o veneno feérico.

Asterin arregalou os olhos.

-Eris!- Asterin gritou e ele atravessou até ele, a olhando com preocupação. -Tamlin está aqui. Precisam explodir essa porra de veneno!

Eris soltou um palavrão e os dois se viraram, vendo dois exércitos manchando o horizonte. Uma bandeira verde-grama do Corte Primaveril. E um do mundo mortal, com uma armadura de ferro. Uma bandeira de cobalto com um texugo impressionante. O símbolo
dos Graysen.

O pequeno exército de Tamlin e de Graysen agora estavam correndo, atravessando e explodindo pelas fileiras de Hybern. E conduzindo o exército humano...

Jurian.

-Filhos da puta espertos. - Eris riu e Asterin se virou, apenas para ver o que ele estava olhando. Aqueles eram seus irmãos se aproximando da linha de frente, atravesando em rajadas através dos navios. Indo para a direita depois da linha de frente e atacando os vagões que estavam espalhados por todas as fileiras de Hybern. Vagões cheios de veneno feérico, percebeu Asterin quando eles estalavam com o fogo azul e, em seguida, viravam cinzas, sem sequer um traço de fumaça. Os irmãos de Eris atravessavam para cada deposito, cada arsenal. Chamas explodiam em seu caminho. Destruindo a oferta de veneno feérico mortal.

Queimando-o até o nada.

Como se alguém, Jurian ou Tamlin, lhes tivessem dito precisamente onde cada um estaria.

-Caralho, eles estão mais ardilosos que você. Cuidado pra não ser destronado. - Asterin estalou a língua, chutando um macho que se aproximou demais de Eris. Ele olhou feio para sua carranam.

Asterin olhou Conan e ele assentiu. Sabiam o que viria a seguir. Feyre iria partir com Amren para parar o Caldeirão, agora que Hybern estava voltado para a aproximação do exército, tentando calcular os riscos, estancando o caos que os irmãos de Eris desencadearam. Tentando descobrir o que diabos Jurian estava fazendo lá, e quantos pontos fracos ele tinha descoberto. E que agora exploraria.

-Precisamos fazer algo!- Asterin gritou para Eris, usando o vento para jogar longe um soldado que partiu para cima de Alibia que estava em uma batalha com outros três hyberianos. Travis havia partido para a direita da linha de frente, se afastando rápido demais deles e abrindo caminho.

-Ah, jura, nem tinha notado!- Eris gritou de volta, enfiando sua espada em um soldado e o rasgando no meio. Então, Eris parou, franzindo o cenho. Asterin e ele arregalaram os olhos ao mesmo tempo, só tendo tempo de se agarrarem um ao outro e erguerem escudos ao seu redor quando veio a explosão.

A força daquele poder desafiou o escudo de Eris, e o de Asterin. Entrou nos ouvidos e queimou o rosto. E onde milhares de soldados illyrianos tinham estado um segundo antes, cinzas choviam sobre os soldados de infantaria deles.

-Pela Mãe. - Eris disse num sussurro e Asterin sentiu o estômago se revira por completo. -Puta que pariu.

Os outros Grão Senhores e Asterin levantaram seus escudos desta vez,  apoiando o que Rhysand fez.

Mas o Caldeirão não atingiu o mesmo local duas vezes. E Hybern estava disposto a incinerar parte de seu próprio exército se isso significava acabar com as forças deles.

Eris e Asterin sequer tiver tempo de se mover quando aquela luz e calor profanos do Caldeirão foram desencadeados novamente. Para a direita em suas próprias linhas. Onde o Entalhador de Ossos estava alegremente retalhamento através dos soldados, drenando a vida deles com fortes rajadas de um vento mortal. Um sobrenatural grito feminino rompeu do fundo das forças de Hybern. Um aviso... e dor de uma irmã. Assim quando a luz branca bateu no Entalhador de Ossos, ele desapareceu.

O Caldeirão matou-o sem qualquer sinal de esforço.

Mas muito mais que isso, não tinha tirado apenas o Entalhador de Ossos.

Asterin não viu, mas sentiu o impacto, o peso em seu coração, antes de cair de joelhos. E ela gritou quando o vento apenas trouxe a ela a confirmação.

Porque Travis estava morto.

E não havia nada que ela pudesse fazer para trazer seu amigo de volta.

Sim, estou atualizando as 5h da manhã porque depois não vou querer postar o capítulo e tem uns 5 pra postar então é isso

Não me odeiem

Vou tentar acabar ela entre hoje e amanhã, espero que dê certo, enfim, é isso!
~Ana

Data: 22/12/21