Capítulo 12: Vou acabar com a vida dela
Acordei com uma luz branca refletindo no meu rosto. Havia cortinas verdes ao meu lado e eu ouvia vários "bips" vindos de algo que parecia ser um monitor. Logo deduzi que talvez eu estivesse no hospital.
Não lembro como cheguei ali, nem quem me levou. A única coisa que eu pensava era no meu bebê e no medo que me consumia ao pensar na possibilidade de perdê-lo.
Inquieta, comecei a me mexer na maca e uma enfermeira logo veio correndo até mim.
— Ela acordou! — A mulher falou para alguém.
— Meu bebê... — Resmunguei.
— Oi, amor, eu tô aqui com você... — Robert apareceu e acariciou meu rosto. Me deixando um pouco mais tranquila.
— Rob... o que aconteceu? — Pisquei algumas vezes, tentando deixar minha visão menos embaçada.
— O médico já tá vindo pra falar com você.
— Como eu cheguei aqui?
— Lhe encontraram desmaiada no chão do banheiro do estúdio. Jack trouxe você até aqui e foi embora assim que eu cheguei.
— Fiquei apagada por quanto tempo?
— Umas quatro horas.
— Meu Deus...
— Você me deu um baita susto. Achei que tivesse te perdido. — Ele segurou minha mão.
— Não vou te deixar... você não conseguiria viver sem mim. — Brinquei.
— É, eu não conseguiria mesmo. Você foi a única coisa importante que me restou. — Robert disse com um olhar abatido.
— Boa tarde, Rebeca. — O médico chegou com uma prancheta. — Que bom que acordou, como está se sentindo?
— Ainda não sei dizer direito.
— Está sentindo dor?
— Não.
— Isso é um bom sinal. — O doutor anotou na prancheta.
Não sei porquê, mas ele me lembrava um pouco o Carlisle Cullen, de Crepúsculo. Talvez eu estivesse mesmo alucinando.
— O que aconteceu comigo?
— Acreditamos que você teve um pico de estresse e isso acabou deslocando a sua placenta.
— Deslocando a minha placenta? — Perguntei assustada. — O meu bebê está bem?
— Está, está tudo bem. — O médico me tranquilizou. — Mas você precisa começar a controlar esses seus estresses. Se isso vier a acontecer de novo, você pode acabar sofrendo um aborto.
— O que houve no estúdio? Antes de você desmaiar. — Robert questionou.
— Tive uns desentendimentos...
— Com quem? — Ele arqueou a sobrancelha.
— Com quem você acha que foi?
— Essa mulher desgraçada... eu vou acabar com a vida dela! — Ele disse quase cuspindo fogo de tanta de raiva. — Vou ligar pro meu advogado agora e ela vai ser presa!
— Não, Robert, eu não quero que você se meta nisso. Deixa pra lá.
— Deixar pra lá? Olha o que ela tá fazendo com você! Com a gente!
— Robert, esquece isso, por favor. Eu já entrei em contato com o meu advogado e ele disse que não existe nenhum motivo plausível pra prendê-la.
— É claro que existe! Essa vaca me drogou e fingiu que tava grávida só pra continuar vivendo às minhas custas igual um parasita!
— A gente não tem provas concretas, Rob.
— Eu vou atrás de conseguir provas!
— Para, Robert! Esquece essa droga de assunto! — Elevei a voz e os "bips" do monitor se aceleraram. — Se for pra resolver alguma coisa, deixa que eu resolvo, fui eu que te meti nessa merda!
— Chega... vamos acalmar os ânimos. — O médico pediu. — Você precisa repousar, Rebeca.
Eu ia resolver aquele assunto, só ainda não sabia quando. Suki já tinha prejudicado o suficiente a vida de Robert, eu não queria que ele se metesse em outra confusão. Então eu iria resolver do meu jeito. Em breve.
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Depois que eu saí do hospital, decidi fazer algumas mudanças na minha vida. Desinstalei todas as minhas redes sociais, parei de trabalhar no estúdio e comecei a evitar ao máximo sair de casa.
Robert e eu decidimos morar um tempo na sua casa de Malibu. Lá nós conseguiríamos ficar mais isolados e também tinha a opção de gravar minhas músicas em casa, já que nessa casa tinha o nosso pequeno estúdio particular.
Jack e eu já tínhamos feio um terço do meu novo álbum e eu já estava super ansiosa para lançá-lo. Mal via a hora de poder desmascarar todos que me difamaram.
— Eu curti a batida. — Falei com Jack.
— Talvez se acrescentasse um piano no final, ficaria melhor. — Ele comentou mexendo no laptop e editando o som da música.
— Você que sabe. — Respondi.
— Me dá um ré menor. — Meu produtor pediu e eu obedeci.
Fiquei sentada de frente para o piano tocando os acordes que ele me passava e, assim, finalizamos a oitava música do álbum.
— Oi, desculpa atrapalhar vocês. — Robert entrou. — Só queria saber se já terminaram.
— Já. — Jack respondeu. — Eu já tô indo pra casa.
— Tchau, Jack. — Me despedi dele com um abraço. — A María vai abrir o portão pra você.
— Ok. Tchau, Robert.
— Tchau, Jack. — Ele acenou e logo o produtor saiu pela porta.
— Por que queria saber se já tínhamos terminado?
— Eu tava com saudade.
Robert, atualmente, estava muito carente. Ele não gostava de passar muito tempo sozinho. Sempre que eu precisava trabalhar, ele ficava às espreitas aguardando até eu terminar meus afazeres. Esse comportamento com certeza era decorrente da sua depressão.
— Rob, você não acha que tá na hora de procurar um terapeuta? — Olhei fixamente para os seus olhos vermelhos. Parecia que a cada dia ficavam mais avermelhados.
— Terapeuta? Por que?
— Pra... — Hesitei em falar por um momento, mas eu sabia que era necessário — tratar toda essa questão do Henry.
— Não preciso de terapia, vou superar isso.
— Você tem certeza que consegue enfrentar tudo isso sozinho? Eu acho que talvez seja demais pra você, amor... — Pousei minha mão sobre a sua bochecha.
— Eu consigo. — Ele foi enfático.
— Tudo bem.
— Agora eu só quero desestressar um pouco... — Ele beijou meu pescoço. — só quero você...
— Você sabe que beijo no pescoço é minha maior fraqueza. — Suspirei.
— Eu sei muito bem disso. — Robert soltou uma risada sexy no pé do meu ouvido. — Quero foder você em cima do piano.
— Que audacioso...
— Talvez. — Ele me ergueu pela cintura e fez com que eu me sentasse sobre o grande piano preto com cauda.
Robert lentamente tirou meu short e me deixou apenas de roupa íntima. Ele esfregou os dedos em minha intimidade, friccionando o tecido da calcinha em meu clítoris e me deixando louca.
— Está toda molhada. — Ele deu um sorriso lateral.
Depois, ele começou a beijar a minha virilha e, com os dentes, arrancou a minha calcinha de forma ignorante, expondo a minha nudez inferior.
Robert, sem perder tempo, passou a língua em mim e me tirou um gemido contido. No mesmo instante, arqueei minhas costas e comecei a me contorcer de prazer. Que homem habilidoso...
— Preciso de você dentro de mim. — Grunhi e lhe puxei pela gola da sua camiseta para lhe beijar.
— Quanta pressa... — Ele riu.
— Por favor, só faça logo o que eu tô pedindo... — Choraminguei. Os hormônios da gravidez estavam me deixando completamente fora de mim.
— Pode deixar.
Ele abaixou a sua calça jeans junto com a cueca box e deixou seu lindo e delicioso membro à mostra. Mas, dessa vez, ele não estava totalmente enrijecido.
— Espera um pouco. — Robert falou um tanto quanto desconfiado enquanto batia uma de maneira preguiçosa.
— Tudo bem. — Esperei.
Robert já estava com 39 anos, em breve faria 40. Era normal que vez ou outra a... "coisa" falhasse. Apesar de isso nunca ter acontecido conosco.
— Vamos tentar mesmo assim. — Ele disse nervoso.
Tentamos várias posições diferentes, mas nenhuma funcionou. Robert não conseguia, de jeito nenhum, ficar excitado. Não nego que aquilo me frustrou.
— Acho melhor a gente parar. — Falei descendo do piano e colocando a roupa.
— Me desculpa.
— Tá tudo bem, acontece. — Respondi fazendo bico.
— Você tá chateada.
— Não estou.
— Está sim. — Ele me pegou pelos ombros. — No que você tá pensando?
— Você tem outra? — Perguntei sem pensar duas vezes.
— Que? Que pergunta essa? Tá louca? — Robert se afastou e franziu o cenho, claramente chateado com a minha suposição. — Achei que confiasse em mim.
— Você nunca teve problemas de ereção comigo.
— Eu não tenho outra, meu amor. Jamais pensaria em outra mulher além de você.
— Eu sei... — Escondi o rosto nas minhas mãos. — Me desculpa, não sei o que eu tava pensando. Acho que esse estresse todo tá acabando com a nossa cabeça.
— Eu que peço desculpas... não queria lhe frustrar. Não sei o que tá acontecendo comigo.
— Tudo bem, eu não tô frustrada.
— Estamos bem, então?
— Sim, estamos. — Lhe dei um selinho. — Vou tomar um banho, quer vir comigo?
— Ok, vai indo na frente que eu já vou subir.
Robert demorou bastante para ir me acompanhar na ducha. Fiquei enrolando por uns vinte minutos debaixo do chuveiro lhe aguardando, mas ele não apareceu. Mas eu iria relevar isso. Para que se estressar por causa de um banho? Já tínhamos problemas o suficiente para ocupar nossas cabeças.
Então, decidi desligar a água e fui até o closet para vestir a minha roupa de dormir. Porém, algo inesperado aconteceu.
Enquanto eu abria a gaveta para pegar o meu pijama, achei algo parecido com um sachê. Um sache transparente que tinha um pó branco dentro. Eu não era idiota, sabia que aquilo era cocaína. Só o que me faltava era isso... Robert ter voltado com as drogas.
— Demorei, mas tô aqui, amor. — Ele apareceu sem camisa e com a toalha nos ombros.
Olhei para Robert de cima a baixo, percebendo que ele estava muito magro. Como eu não reparei antes? Magreza, olhos vermelhos, sono alterado, humor inconstante, falta de libido... eu fui muito ingênua.
— O que é isso? — Mostrei o sachê para ele.
— I-isso não é meu, eu juro...
— Então é de quem? Porque até onde eu sei eu não cheiro pó!
— Amor, calma, não se irrite.
— Não me irritar?! É sério que você tá pedindo isso??
— Tá, eu confesso... eu voltei a usar. — Robert começou a chorar.
— Desde quando?
— Desde o mês passado. — Ele baixo a cabeça, deixando as lágrimas caírem.
— Eu tô decepcionada, Rob. É por isso que você broxou comigo! Foi por causa dessa merda de droga!
— Desculpa... eu vou... eu vou tentar parar.
— Eu sei que é muito difícil tudo o que você tá passando. Mas, sinceramente, você acha que droga vai resolver alguma coisa?
— Não, eu não acho.
— Você precisa se tratar. Você tá doente. E caso você não queira fazer isso, eu vou embora.
— Eu prometo que vou buscar ajuda. Só preciso de um tempo.
— Já que você precisa, eu também preciso. — Falei firme. — Eu tô grávida, Robert. Não posso conviver com uma pessoa viciada.
— Amor... não fala assim.
— Então você precisa escolher. Ou eu ou as drogas. — Cruzei os braços.
— Eu escolho você, mas... preciso de um tempo pra largar tudo isso.
— Ok, eu te dou esse tempo. Mas enquanto isso eu vou dormir em um hotel.
— Amor, não faça isso.
— Eu tô pensando no meu bebê, Robert. Não quero correr o risco de perdê-lo de novo. Entenda o meu lado, por favor.
— Não me deixa...
— Eu não vou te deixar. — Peguei seu rosto com as duas mãos. — Mas não posso continuar nessa casa sabendo que você usa drogas escondido de mim.
— Eu entendo... vou respeitar a sua decisão.
— Obrigada.
Depois disso, peguei meu carro e fui atrás do hotel mais recluso de Malibu. Eu não ia deixar o Robert, mas entendam que não era saudável pra mim continuar ali. Onde já se viu uma grávida ficar exposta a pó de cocaína? Era inimaginável. Mas isso não ia ficar assim. Então liguei para o meu agente.
— Paul, precisamos conversar. — Falei no telefone.
— O que houve, Rebeca? Já é quase meia noite.
— Procura o advogado e fala pra ele que eu vou entrar com um processo contra a Suki. E se ele vier com ladainha de que eu não tenho provas o suficiente pra colocá-la na justiça, eu arranjo outro advogado pra resolver essa confusão.
— O que aconteceu?
— Robert voltou com as drogas. — Respondi com desgosto. — Graças a essa piranha.
— Eu sinto muito, Beca.
— Eu também sinto, Paul. Ligue pro advogado agora e mande ele mover céus e Terra pra foder com a vida dessa mulher. — Rosnei. — Eu vou pegar a guarda do Henry e vou colocar a vida do Rob de volta nos eixos.
— Ok... eu ligarei.
— Me retorna assim que possível. — Desliguei.
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