Capítulo 11: Feliz natal
Na manhã do dia 25 de dezembro, dia de natal, acordei com um forte cheiro de comida se espalhando pela cabana. Uma comida aparentemente deliciosa.
Olhei o relógio e tomei um susto quando vi que já eram 10:30 da manhã. Por mais que eu não precisasse me preocupar naquele dia, já que era feriado e eu não era obrigada a cuidar da Scarlett, eu gostava de sempre levantar cedo.
Então, tomei um banho bem quente, vesti uma roupa que me protegia do frio e desci até a cozinha. Enquanto eu caminhava pela casa, percebi o ambiente muito quieto, o que não era comum, porque a Scarlett acordava no 220 todo dia.
Apenas Robert estava na cozinha. Ele estava na beira do fogão preparando alguma coisa. Isso explicava o forte aroma de comida.
— Bom dia, bela adormecida. — Ele me cumprimentou com um meio sorriso.
— Bom dia. O que você tá fazendo? — Estiquei o pescoço, dando uma espiada no conteúdo dentro da panela.
— Tô fazendo um molho pesto pra colocar no macarrão.
— Pra que vai fazer essa comida tão chique?
— Ué, pro almoço de natal.
Claro, como eu podia esquecer? Nos EUA eles não comemoravam o natal na noite do dia 24, como os brasileiros, mas sim no dia 25.
— Ah, é mesmo, eu tinha esquecido. É que no Brasil nós comemoramos a véspera de natal. O dia 25 é quase como um dia comum.
— Vocês tem uma cultura bem diferente da nossa.
— Pois é.
Enquanto conversávamos, Robert dava sua vida naquele molho. Ele ficava super sexy cozinhando. Ao mesmo tempo que eu estava com água na boca por causa do molho, também estava com água na boca por causa dele.
— Já tá quase pronto. — Robert mexeu o molho com uma colher de pau.
— Parece delicioso. — Comentei do lado dele.
— Quer experimentar?
— Quero.
Então, apanhei uma colher de alumínio no escorredor da pia, peguei uma quantidade generosa de molho e coloquei na boca.
— Cuidado! Tá quente! — Robert alertou. Mas já era tarde demais.
No momento em que o pesto tocou minha língua, a queimadura foi instantânea. Eu não imaginava que estava tão quente assim. Na verdade, não estava quente, estava pelando.
Abri a boca e comecei a abanar a mão desesperadamente para tentar esfriar o molho e acabar com aquela queimação.
— Eu avisei! — Ele ficou perto de mim, sem saber o que fazer. — Você tá bem?
— Não. — Senti meu olho lacrimejar depois de engolir o pesto fervendo.
— Vem aqui.
Robert segurou meu queixo e ficou dando leves sopros em minha língua, tentando ajudar a esfriar um pouco mais. Não era segredo que eu amava o hálito dele, então sentir aquele cheirinho de menta vindo do seu assopro foi uma delícia.
— Melhor agora? — O inglês perguntou baixinho.
— Uhum. — Balancei a cabeça e foquei o olhar nele. Já tinha até me esquecido da queimadura.
Sem aviso prévio, nos beijamos. O engraçado era que cada beijo que nós dávamos, era como se fosse o primeiro para mim. O frio na barriga, a fraqueza nas pernas e o coração disparado nunca acabavam. E eu também não queria que acabassem.
Robert agarrou forte minha cintura e ergueu meu corpo, fazendo eu ficar sentada em cima da bancada. Ele se posicionou entre minhas pernas e nosso beijo se tornou mais violento.
Deus... eu estava sedenta por aquele homem, minhas partes mais baixas confirmavam aquilo. Eu estava igual um chafariz humano. O tesão aumentou quando Robert desceu as mãos da minha cintura e as colocou em minhas ancas. Não pude deixar de conter um gemido discreto, ele estava me deixando louca.
— Seu gemido é tão gostoso de ouvir. — Ele sussurrou depois mordeu o lombo de minha orelha. — Será que eu conseguiria aumentar o volume dele?
— Quer testar? — Olhei para ele com um olhar de malícia.
— Aqui? — Ele riu incrédulo.
— É. Aqui. Nesse balcão. — Respondi baixinho.
E aí ele voltou a me beijar, invadindo minha boca com sua língua. Então, tirei sua camisa de lã e me deparei com seu abdômen perfeito novamente. Diferente da primeira vez que eu vi, que foi no dia da praia, dessa vez eu podia tocá-lo. Acreditem... nunca me senti tão satisfeita.
Eu não parava de alisá-lo. Eu estava enlouquecendo ao sentir a definição dos seus músculos passar pelos meus dedos. Era como o corpo de uma escultura helenística.
Logo em seguida, ele também tirou minha blusa com certa agressividade. Ainda bem que eu estava usando um sutiã bonito que ressaltava meus seios, os quais não eram muito avantajados. Ele olhou para eles e afrouxou um sorriso safado.
— Gosta do que vê? — Perguntei.
— Lógico que sim.
Robert enfiou o rosto entre meus seios e começou a cheirar aquela minha região, ao mesmo tempo que também beijava. Então senti sua mão passear pelas minhas costas, procurando a fivela do meu sutiã para poder arrancá-lo. Eu não resisti.
Mas, quando estávamos chegando no clímax da coisa, ouvimos a fechadura da porta da cabana se abrir. No desespero, pulei do balcão e vesti minha blusa o mais rápido possível, assim como Robert.
— Por que nunca conseguimos ir até o fim, hein? — Ele perguntou emburrado.
— Porque talvez ainda não seja o momento certo.
— Eu tô ficando maluco com isso!
— Calma, a hora certa vai chegar. — Lhe dei um selinho.
Quando o pessoal entrou, fingimos que nada tinha acontecido, mas nossa cara de desconfiados não escondia o que estávamos fazendo a alguns segundos atrás.
— Chegamos! — Hanna anunciou. — Nossa, Rob, o cheiro do pesto está ótimo!
— Obrigado, Hanna. — Ele pigarreou.
— Você não penteou o cabelo hoje não? Tá igual um ninho de passarinho. — Ela franziu o cenho. Eu quase ri.
— Desde quando o Robert penteia o cabelo, meu amor? — Sam respondeu de longe.
— É, é verdade.
— Vamos almoçar? A comida tá esfriando. — Robert mudou rapidamente de assunto.
Todos se sentaram à mesa e começamos a almoçar. A comida de Robert estava esplêndida, muito melhor do que eu imaginei.
Durante a refeição, Hana e Sam nos encaravam e ficavam dando risadinhas. É claro que eles sabiam sobre a gente, mas mesmo assim era desconfortável.
— Rebeca, sua blusa está do avesso. — Scarlett disse.
Quando ela fez esse comentário, Hana e Sam quase gargalharam. Minhas bochechas viraram dois pimentões na hora.
— Como eu sou boba, nem prestei atenção nisso. —Respondi atropelando as palavras.
Após o almoço, fomos para a sala de estar, onde estava montada a árvore de Natal. A distribuição de presentes ia começar. Eu já estava convencida de que não ganharia nada. Afinal, eu só tinha um mês de convivência com aquelas pessoas.
— Agora vou dar os meus presentes. — Robert disse. — Sam, esse é pra você.
Sam tinha ganhado uma garrafa de whisky da melhor qualidade do amigo. Obviamente, ele adorou o presente. Sam era um grande apreciador de bebidas alcoólicas.
— Obrigado, cara. — Ele agradeceu.
— Hana, esse aqui é seu.
Robert lhe deu uma caixinha de embalagem rosa. Dentro dela, havia um kit de produtos para a pele de uma marca que eu não conhecia, mas com certeza devia ser cara.
— Ah, Rob, não precisava. Obrigada.
— E esse aqui é o da minha princesinha. — Robert tirou uma grande caixa debaixo da árvore.
Scarlett rasgou o presente com muita ansiedade e quase pulou de alegria quando viu o que tinha ganhado do padrinho. Era um par de patins cor de rosa.
— Tio, Rob, eu amei! Obrigada, Obrigada, Obrigada! — Ela pulava de euforia.
— Que bom que gostou, pequena. — Os dois se abraçaram. — E agora o seu...
Robert olhou para mim e sorriu quando viu minha cara confusa, depois me entregou uma pequena caixa branca.
— Abre. — Ele pediu carinhosamente.
— Rob, não precisava ter gastado dinheiro comigo...
— Ah, para com isso. Abre logo.
Abri a caixa e o brilho intenso logo chamou minha atenção. Era uma pulseira. Não uma pulseira qualquer, era uma joia. Provavelmente era prata ou algo parecido. E tinha um pingente cravejado em formato de "R".
— É muito bonita.
— É ouro branco. As pedras do pingente são de diamante.
Meu Deus, ouro branco! Eu já estava super satisfeita com uma prata. Robert não se contentava com pouco.
— Deve ter sido muito caro. Não posso aceitar.
— Não foi nada. Não aceito devolução.
— Você adora deixar as pessoas sem graça né, Rob. — Hana riu.
— Eu só gosto de dar bons presentes pra pessoas que eu considero importantes.
— Obrigada. — Lhe abracei apertado.
— Feliz natal, linda. — Robert falou baixo.
— Feliz natal.
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