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Capítulo 04: Uma descoberta

  A volta para Los Angeles foi bem pior do que imaginei. Vomitei durante o viagem quase toda. E olha que foram 20 horas de voo. Eu odiava agulhas, odiava tomar remédio e odiava aquele cheiro característico de hospital, mas,  no momento, a única coisa que eu queria era ir ao médico. Eu já estava ficando desesperada.
  Assim que chegamos na Califórnia, que foi por volta de meio dia, caminhamos apressados até o motorista que nos aguardava no portão principal do aeroporto. Em volta do carro, havia paparazzis e fãs aos montes. Nem eu nem Jacob ousamos parar para falar com eles ou distribuir autógrafos. Só queríamos ir embora do aeroporto logo.
  Durante o caminho até o hospital, encostei a cabeça no ombro do meu namorado e fechei os olhos para me concentrar em não vomitar na suburban. Acho que nunca tinha me sentido tão mal na vida.

  — Você vai ficar boa logo. — Jacob fez cafuné na minha cabeça.

  — Espero que sim... — Respondi e quase que minha voz não saiu. Eu estava muito fraca.

— Será que o que você tem é contagioso?

— É sério que você tá perguntando isso? — Lhe encarei com raiva.

— Claro, não quero pegar isso. — Ele falou e eu revirei os olhos.

— Não é contagioso, pode ficar tranquilo.

Assim que chegamos no hospital, toda a equipe de saúde me colocou como prioridade na ordem de atendimento. Afinal, eu era famosa, e meu namorado também era. Eles com certeza iriam queriam nos dar um tratamento diferenciado. É claro que eu não reclamei.
Depois que a recepcionista verificou os nossos documentos e Jacob assinou todas as papeladas do hospital, finalmente me encaminharam para a enfermaria. Eu ficaria internada ali até o fim do dia para receber soro e remédio na veia, além de também fazer vários exames.

— Boa tarde, Rebeca! — A médica me cumprimentou enquanto eu estava deitada na maca, já com o braço todo furado de agulhas. — Sou a doutora Carol e vou cuidar de você hoje.

— Oi, prazer. — Dei um sorriso sem mostrar meus dentes.

— Como você está se sentindo?

— Um pouco melhor. Acho que o soro tá me animando um pouco.

— Que bom, isso é sinal de que você tá se hidratando e seus íons estão sendo repostos. Bom... eu tô vendo aqui no seu prontuário que você acabou de chegar do Brasil, não é?

— Isso. — Afirmei.

— Você teve contato com algum tipo de inseto lá? Mosquito ou percevejo? — A médica posicionou sua caneta na folha em branco da prancheta, pronta para iniciar a investigação da minha suposta doença.

— Não que eu me lembre, todo dia eu passava repelente.

— E você comeu algum tipo de comida suspeita? Ou tomou alguma água que tinha a aparência turva ou algo parecido?

— Não, acho que não.

— Doutora, eu tenho quase certeza que ela tá com alguma doença tropical. — Jacob se meteu. — A gente tava no meio da Amazônia.

— Pode ser que esteja, mas precisamos examiná-la para ter certeza, não posso dar nenhum diagnóstico precipitado.

— Ele tá neurado com esse negócio de doença tropical. — Falei para a médica.

— Se você estiver com alguma doença dessa magnitude, não vai ser o fim do mundo. Temos todos os recursos para tratar qualquer tipo de enfermidade aqui, então fiquem tranquilos.

A médica me passou uma enxurrada de exames, como de sangue, de urina, tomografia de abdômen, dentre outros. Jacob e eu só queríamos descobrir de uma vez o que estava acontecendo comigo.
Até que, algumas horas depois, a médica voltou até a enfermeira com o resultado do exame em mãos. Achei que foi rápido demais e isso começou a me preocupar.

— Já tenho o diagnóstico aqui e vocês não precisam se preocupar. Não é nada grave. — Ela sorriu. — Aliás, você já pode até ser liberada.

— Que alívio. — Meu namorado me deu um beijo na bochecha.

— Então... o que eu tenho, no fim das contas?

— Você está grávida.

Não. Não. Não. Não podia ser. Mas que droga! Como pude deixar isso acontecer?

— Parabéns, papais. — A doutora Carol nos parabenizou. — Vou lhe passar uma receita apenas com remédios pra enjoo e você pode voltar pra casa pra repousar. Lhe recomendo a procurar logo um obstetra para dar início ao pré-natal.

— Você tem certeza? Tem certeza de que eu tô grávida mesmo?

— Absoluta. Aqui está o resultado do exame.

E era verdade mesmo. O "POSITIVO" estava bem grande nas linhas finais do papel. Eu estava realmente grávida.
A reação de Jacob era enigmática. Ele não parecia feliz, mas eu não tinha como saber se ele estava bravo, decepcionado ou frustrado. De uma coisa eu tinha certeza, Jacob estava apático, e isso não era nenhum pouco bom.
Do hospital até em casa ele não direcionou nenhuma palavra a mim, e essa atitude somente fez meu peito ficar ainda mais preenchido com o sentimento de culpa. Eu poderia ter sido mais prudente com o meu anticoncepcional... eu poderia ter evitado isso. Fui uma completa idiota.
Quando chegamos, Jacob se jogou no sofá e ligou a televisão, em busca de alguma coisa fútil para assistir. Ele colocou em uma partida ao vivo da NFL e fixou seus olhos nisso, sem me dar atenção.

— Nós não vamos conversar? — Perguntei de pé ao lado dele, com o som alto da TV abafando a minha voz.

— Sobre o que?

— Sobre o que acabamos de descobrir.

— Eu não quero falar sobre isso agora, prefiro me distrair com outra coisa e esfriar a cabeça.

— Acha que eu não tô enlouquecendo com essa notícia também? Isso não é só sobre você, Jacob.

— A culpa não é minha se você não teve cuidado! — Ele vociferou.

— Ah, então quer dizer que eu fiz esse filho sozinha? Você gozou dentro e tá isento de culpa, é isso? — Falei mais alto que ele.

  — Você não tomou a porra do remédio direito! Você foi irresponsável!

  — Você tá sendo inacreditável...

— Eu não escolhi ter um filho, Rebeca! Eu não tô pronto pra ser pai!

— E você quer que eu faça o que? Aborte?

Ele não respondeu.

— Eu tô te desconhecendo... achei que você seguraria a minha mão nessa. — Balancei a cabeça, desapontada.

— Só preciso pensar. Só isso. — Jacob esfregou a testa e fechou os olhos.

— Pensar sobre o que? Se você vai me largar ou não? Cadê aquele Jacob tão apaixonado que tava comigo no Brasil, hein? Na hora que as coisas apertam ele some e dá lugar pro Nate Jacobs de Euphoria?

  — Tá me chamando de escroto?

  — No momento, você tá sendo.

— Você tá sendo muito injusta comigo. — Ele me encarou com o cenho franzido de raiva.

— Eu não tô sendo injusta. Você é pai do meu filho, e eu quero que você assuma essa responsabilidade!

  — Puta que pariu! Dá pra calar a boca só por um instante pra me deixar pensar? — Jacob se levantou, ficando de frente para mim. Ele estava com o rosto vermelho e a veia no meio da sua testa estava sobressaltada, me deixando assustada.

  — Eu vou dormir na casa da Ana. — Peguei minha bolsa e saí pela porta. — Quando você se acalmar, a gente conversa.

  — Merda... desculpa. Eu saí do controle.

  — Sério? Nem deu pra notar. — Fui irônica.

  — Beca... — Ele veio atrás de mim. — me perdoa, eu não quis gritar com você.

  — Agora quem precisa pensar sou eu, Jacob. — Entrei no carro e dei partida, arrancando o veículo.

Chorei o percurso inteiro, foi um choro bem dolorido. Eu não estava triste por estar grávida, não mesmo, minha mãe sempre me dizia que filhos eram uma benção. Eu estava triste porque claramente Jacob não queria assumir o compromisso da paternidade. E isso fazia eu me questionar se ele realmente me amava ou se só queria curtição durante todo esse tempo juntos.
  Eu entendia que ser pai era assustador, ainda mais assim no susto. Mas ouvir Jacob me mandando calar a boca e me chamando de irresponsável por engravidar ultrapassou qualquer tipo de limite. No momento, eu não queria vê-lo na minha frente nem pintado de ouro.
  Estava chovendo quando eu parei na frente da casa da minha melhor amiga. Ela não fazia a mínima ideia que eu iria para lá. Torci muito para que ela estivesse em seu loft, pois eu não queria que minha viagem fosse em vão.
  Toquei a sua campainha umas três vezes, até ouvir sua voz aguda se aproximar resmungando algo que eu não conseguia entender. Enquanto isso, eu já estava ficando ensopada com a tempestade que caía.

  — Beca? — Ela se espantou ao me ver. — O que tá fazendo aqui? Ah, não importa agora, entra logo!

  Ana me puxou para dentro de sua casa e me ofereceu toalhas secas. Tinha um homem sentado na poltrona da sua sala de estar e ele não pareceu contente em me ver. Havia duas taças de vinho e uma bandeja de frios na mesinha de centro.

  — Desculpa chegar assim de repente. — Falei me enxugando. — Não queria atrapalhar seus planos.

  — Tá tudo bem, amiga. Sei que você não apareceria desse jeito se não fosse urgente.

  — Eu volto outra hora, Ana. — O cara se levantou e caminhou em direção à porta.

  — Ok, eu te ligo. — Minha amiga acenou.

  O homem bateu a porta e nos deixou a sós. Me senti super constrangida por ter atrapalhado o encontro deles.

  — É seu paquera? — Perguntei.

  — É... a gente tá tendo um rolinho, mas nada demais. Você é mais importante que ele.

  — Desculpa de novo, amiga.

  — Tudo bem, ele nem é tão interessante assim, eu só quis tirar o atraso com alguém e o mais gatinho que apareceu foi ele.

  — Menos mal.

  — Então, me conta o que você veio fazer aqui.

  — Jacob e eu brigamos. Brigamos feio. — Me contive muito para não chorar.

  — Por que?

  — Aconteceu um imprevisto enquanto estávamos no Brasil... eu comecei a passar muito mal lá e decidimos voltar pra L.A.

  — E o que você tinha?

  Eu lhe encarei com um olhar sugestivo. Não precisei falar para que Ana entendesse. Ela imediatamente levou as mãos até a boca e arregalou os olhos.

  — Não me diga que você tá...

  — É, eu tô... — Abaixei a cabeça.

  — Ai, merda... ele reagiu mal?

  — Foi horrível. — Comecei a chorar compulsivamente. — É tudo minha culpa, Ana.

  — Ei... não... você não tem culpa de nada. — Ela me deu um abraço maternal. — Tá tudo bem.

  — Será que eu posso dormir aqui?

  — Lógico que sim, amiga, não precisa nem pedir. Vem, vou te levar até o quarto de hóspedes.

  Minha noite inteira foi em claro. Fiquei pensando no que fazer em relação a mim e ao Jacob. Pensei na minha carreira. Pensei na minha nova responsabilidade como mãe. Será que eu conseguiria cuidar bem daquela criança? Será que eu teria a capacidade de ensinar para ela as coisas certas? Ou será que eu seria um desastre? Tudo só seria respondido daqui a 9 meses.
  E o que eu faria em relação ao Robert? E quando ele descobrisse? Sim, eu ainda me importava com o que ele iria pensar, afinal, ele sempre foi meu grande amor. A quem eu queria enganar? Provavelmente ele nem se importaria com essa notícia. Agora que ele e Suki tinham um filho, eu era só mais uma das suas ex-namoradas. Nada mais que isso.

  — Tá sendo tudo muito difícil pra mim agora... mas eu prometo que vou te amar e cuidar de você pra sempre. — Alisei meu ventre. — Você não veio por acaso, filho.

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