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Cap. 018

*Antes de vocês darem início a leitura do capítulo eu preciso esclarecer algumas coisas.*
Em primeiro lugar, quero reforçar novamente que, por mais que alguns personagens sejam baseados em pessoas reais e alguns fatos dentro da história, também possam ter acontecido na vida real, muitas coisas serão alteradas para que o contexto da história e o que foi pensado por mim possam fazer sentido no desenvolvimento.

Outra coisa que eu também quero ressaltar aqui, é em relação às idades dos personagens. No universo de I can't lose you, Clara e pedri já estão próximos dos 21. Da mesma forma que Gavi já está dos 20 e etc. Dentre isso, algumas coisas serão bem aceleradas e terão bastante pulos no tempo para que o contexto encaixe.

No demais é isso, leiam as notas finais, pois direi algumas coisas por lá.

Boa leitura a todos!



Já é a segunda reunião que temos com toda a equipe do Barcelona nesta semana. Uma delas antes de viajarmos para os Estados Unidos e agora outra. Todos querem resultados. Todos querem menos lesões e mais vitórias.

O problema é que ninguém está disposto e nem em posição bancária suficiente para conseguir fazer o que é de fato necessário.

Matteo já explicou sobre os estudos que estamos trabalhando para conseguir recuperar os jogadores em casos de lesões e eu já apresentei minhas pesquisas sobre os métodos para evitar algumas lesões graves, mas sinceramente, não é muito fácil e tão pouco relevante ser a única mulher em meio a tantos homens que quase não dão a mínima para minha opinião.

Agora, tudo o que eu quero é chegar na droga do hotel e tomar um banho quente, fazer um miojo com ovo cozido e beber um copo enorme de guaraná enquanto assisto minha série favorita. Não aguento mais esses homens batendo na mesma tecla sem ao menos darem espaço para outras opiniões e ideias.

- Não Laporta, devemos usar todos os nossos melhores jogadores em prol de vencer o máximo de partidas no início da temporada. Assim vamos mostrar o quão fortes estamos e os adversários vão tremer todas as vezes que tiverem que enfrentar o Barcelona. - Arregalei os olhos sem conseguir conter minha cara de surpresa com tal possibilidade e espiei Xavi, que não esboçava uma reação muito diferente da minha. Essa é uma das piores estratégias que eu já ouvi na vida.

- Perdão, mas se usarmos todos os melhores jogadores em partidas pequenas e sem tanta relevância, correríamos o risco de perder grande parte do elenco por desfalques gerados por lesões a todo momento. - Comentei e Xavi concordou imediatamente, ao menos iria conseguir ser levada em consideração.

- É fora de cogitação usarmos todos os atletas de uma vez, até porque alguns se tornaram mais frágeis justamente por conta de lesões passadas mal recuperadas pelo excesso de jogos. - Pedri é um exemplo, a quantidade de lesões que ele já teve no mesmo lugar, no quadríceps, é algo muito complicado e que pode de alguma maneira afetar muito sua carreira. - Acredito que com uma boa estratégia tática podemos usar os jogadores de La Masia e poupar parte do elenco principal para jogos mais importantes no decorrer da temporada. - O silêncio que se instaurou ao final de minhas palavras me fez rever imediatamente se tinha dito algo errado.

- O que você quer dizer com isso? Acha que não temos uma boa estratégia para utilizar o elenco principal? - Ótimo, tive as palavras interpretadas de maneira errada e agora preciso peitar um ranzinza da diretoria, parabéns pelo destaque Clara.

- Não foi isso que quis dizer. Apenas preciso alertá-los do perigo que seria utilizar sempre os jogadores principais, visando que, o desgaste físico deles não só pode como é e vai acabar em várias lesões por coisas muito bobas. - Segui com minha linha de raciocínio e os homens sentados ao redor da mesa me observaram. - Criar uma estratégia com os jogadores da base de La Masia, evitará esses possíveis desfalques futuramente. E também não podemos descartar a contratação de novos jogadores que possam ser substitutos de alguns titulares do elenco principal.

- Contratações? A senhorita se ouve? - A vontade de revirar os olhos que eu tive só não foi maior que o meu auto controle.

- Em alto e bom tom! Eu sei que a realidade financeira do clube não é a melhor, mas podemos apelar para o empréstimo de jogadores, não podemos? Acredito que devemos utilizar todas as cartas que temos, neste caso os jogadores de La Masia e empréstimos, e quem sabe, até algumas contratações futuramente. - Laporta sorriu enquanto analisava minhas palavras e falou algo inaudível para um dos homens ao seu lado.

- Não é algo fora de nossas realidades. Devemos visar também que existe a possibilidade de nossos jogadores serem convocados em datas FIFA's. O melhor que podemos fazer no momento é de fato montarmos uma boa estratégia. - Respirei aliviada ao ouvir as palavras do presidente e ambos voltaram a conversar entre si. Matteo sorriu discretamente para mim e bateu palmas silenciosas por baixo da mesa. Não sei se eles realmente não pensaram na mesma coisa que eu ou se apenas ignoraram essas possibilidades. Precisamos de resultados dentro de nossas realidades e no momento é tudo o que podemos fazer. Depois do primeiro passo ser dado, aí sim podemos pensar em como desenvolver melhor cada parte.

Até porque o resultado do primeiro jogo da temporada não foi nem um pouco do que estávamos esperando.

- JÁ VAI INFERNO! - Gritei enquanto corria pelo quarto do hotel. Deixei o pote com o meu miojo e os ovos cozidos sobre a mesa de centro enquanto resmungava alguns palavrões ao ir atender a porta.

Depois que finalizamos a reunião, vim direto para o hotel. Tomei o meu excelente banho quente e lavei o meu cabelo que estava gritando por socorro há uns três dias. E agora, eu pretendia assistir minha série enquanto comia meu miojo com ovos e meu copo de guaraná, porém acabei de ser interrompida por alguém batendo na porta do meu quarto várias vezes seguidas.

- Eu já disse pra esperar! - Resmunguei e finalmente abri a porta ficando surpresa no momento seguinte.

- Olá, mi amor, como está? - Encarei Pedri por alguns segundos e desviei o olhar para sua mão onde ele segurava um pequeno buquê de variadas flores.

- Oi, entra. - Dei espaço para ele e em seguida tranquei a porta. - Você não me disse que viria aqui hoje. Tá tudo uma bagunça por aqui.

- Eu sei que não avisei, queria fazer uma surpresa. - Ele sorriu e me entregou o buquê. - Pra você corazón.

Sorri boba enquanto segurava o buquê e observei as flores.

- Não é um buquê muito grande como os das floriculturas porque entre o caminho do lugar onde treinamos até aqui, um senhorzinho estava vendendo essas flores em um sinal e eu resolvi trazer um buquê para você. - Falou coçando a nuca. Me aproximei do espanhol e fiquei na ponta dos pés para conseguir deixar um beijo em seus lábios.

- Eu amei. Muito obrigada mi amor. - Pedri sorriu e segurou meu queixo juntando nossos lábios em um beijo calmo.

- O que está fazendo? - Perguntou assim que se afastou um pouco de mim.

- Bem, eu pretendia comer meu miojo enquanto assistia uma série. - Caminhei pelo quarto e meu gato se aproximou dele se esfregando em suas pernas. Como eu precisava viajar com a equipe e meus amigos não iriam poder ficar com o Zico, tive que trazê-lo comigo. Coloquei as flores em um pequeno vaso com água e sorri ao observá-las outra vez, é um gesto tão simples, mas que me deixou tão feliz e boba.

- O que é miojo? - Olhei para ele novamente.

- É um macarrão instantâneo, comida de gente independente, sabe? - Ele riu e observou meus movimentos.

- Prefiro não opinar. Está ocupada? Quer que eu volte outra hora?

- Quê? Claro que não. Podemos ficar juntos, eu até faço um miojo com ovo cozido pra você se quiser. - O espanhol negou enquanto ria da situação. Dei de ombros e abri o pequeno frigobar pegando uma garrafa de refrigerante e seguindo para o sofá que tinha no quarto.

- E então o que pretende assistir? - Nos acomodamos no sofá enquanto eu ligava a TV.

- Eu tinha planos de rever minha série favorita. Mas eu já vi muitas vezes, até já decorei as falas dos personagens. - O som de sua risada me deixou corada.

- Parece que temos uma fã bem dedicada aqui. - Fiz uma expressão de orgulho e tomei um gole de guaraná. Raramente eu consigo encontrar os da Antarctica nos mercados latinos de Barcelona, e acabei tendo que me conter com os europeus, que convenhamos, não são tão gostosos quanto os da marca brasileira. Mas para minha grande sorte nesse hotel eles têm os refrigerantes da Antarctica. Me sinto no céu.- Mi corazón, o que aconteceu com o seu cabelo?

- Ãn? Como assim? - Levei minha mão até minha cabeça um pouco confusa.

- Quero dizer, por que ele está preso?

- Ah, eu lavei ele depois que cheguei do trabalho. Não tive tempo de definir ou escovar e só o prendi. - Eu posso jurar ter visto os olhos de Pedri brilharem no momento em que citei a palavra "definir".

- Corazón, você lembra que na nossa viagem você falou que me ensinaria a definir seu cabelo? - Entortei um pouco minha cabeça tentando raciocinar onde ele quer chegar com essa pergunta.

- Lembro, o que tem?

- Pode me ensinar agora? - Um sorriso travesso surgiu em seus lábios e eu acabei sorrindo. Ele realmente quer aprender a definir meu cabelo?

- Tem certeza? Quer dizer, dá bastante trabalho e não é muito fácil.

- Tenho certeza que tenho uma excelente professora para me auxiliar com tudo. - Revirei os olhos e coloquei meu copo sobre a mesa.

- Tudo bem, espera aqui que eu vou buscar creme e escova. - Ele assentiu animado e eu fui em direção às minhas malas. Peguei todos os meus produtos que normalmente uso para minha finalização e algumas escovas e pentes também.

- Isso tudo? - Questionou observando todos os produtos sobre o sofá.

- Humm, vamos lá?

- Claro. Por onde eu começo? - Coloquei as duas mãos sobre minhas bochechas e tive certeza nesse momento que iria explodir de felicidade e amor. Nunca imaginei que um homem iria aprender a finalizar o meu cabelo, quer dizer, Pedro já disse várias vezes que ama meu cabelo natural, mas vê-lo realmente disposto a me ajudar com os cuidados da rotina me deixam muito, muito feliz.

Tenho certeza que se eu contasse isso para eu de um ano atrás ela iria rir muito e questionar se eu havia enlouquecido.

Mas vejam, meu jogador está cuidando do meu cabelo.

Droga Pedro, achei que não era possível me apaixonar ainda mais por você...

- Tem certeza que essa quantidade de creme não é muita? - Indagou enquanto seus dedos finalizaram os últimos cachos.

- Tenho. Se usar menos que essa quantidade, meu cabelo vai ficar igual uma vassoura de palha de tanto frizz. - Pedro não demorou nada para aprender e pegar o jeito de fazer a finalização tesourinha nas mechas do meu cabelo. Eu apenas expliquei como deveria repartir as mechas e como seus dedos deveriam se movimentar para dar certo e pronto! Cerca de quase duas horas depois ele estava terminando.

Ok, a finalização não foi tão rápida assim, mas eu não tenho pouco cabelo e isso sempre dificulta muito quando preciso definir, pois acabo perdendo bastante tempo útil.

- Acho que terminei. - González pegou o espelho e veio para minha frente o segurando para que eu me visse.

- Olha, vou ter que admitir, ficou bem melhor do que eu esperava.

- Eu sou ótimo com as mãos, mi amor. - Sua fala tinha um claro tom de duplo sentido. E bom, eu não sou nem louca de discordar. - Quero você com seus cachinhos amanhã no El clássico. Vai fazer os jogadores do Madrid perderem a noção de tudo quando virem esse cabelo maravilhoso.

- Você acha? - Ele se ajoelhou entre minhas pernas e apoiou os cotovelos nas minhas coxas.

- Tenho certeza. Você é muito linda, tão linda quanto um pôr do sol em uma tarde de verão. - Meus olhos se encontraram com os seus e vi suas pupilas dilatando. Acho que é a coisa mais linda sobre mim que já ouvi na vida.

- Essa é a coisa mais linda que eu já ouvi. - Sorri fechando os olhos e senti seus lábios colados aos meus e um beijo rápido ser deixado ali.

- Todas as palavras mais belas do mundo nunca chegariam aos pés de descrever o quão linda você é.

- Você não existe, Pedri González. - Segurei seu rosto e colei nossas testas.

- Você me deixa assim, é o seu efeito sobre mim. - O tamanho do meu sorriso só aumentava, ele nunca vai parar de me surpreender.

- Eu adorei Pepi. - Beijei sua boca e deixei uma pequena mordida em seu lábio inferior. - Amo você Pedro.

- Eu também amo você, Clara. - A cada vez que eu olho em seus incríveis olhos castanhos, tenho ainda mais certeza de que fiz a escolha certa. Tenho a absoluta convicção de que ele é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo, tudo no meu ano está incrivelmente perfeito. - Corazón, onde você encontrou o gatinho flamenguista?

Pedri está sentado sobre o tapete enquanto suas costas se apoiam no sofá e minhas coxas ficam ao lado de seus braços, meu gato está deitado em seu colo enquanto recebe carinho e ronrona dormindo.

- Foi assim que eu comprei o meu apartamento, tinha acabado de completar os meus 19 anos e tinha saído para fazer as primeiras compras da casa. - Sorri ao me lembrar desse dia. - Quando saí do mercado e passei perto de umas lixeiras ela saiu de lá, acho que devem ter o deixado ali ou a mãe dele o teve pela rua, não sei explicar. Só sei que eu coloquei ele dentro de uma das minhas sacolas e o trouxe comigo.

- Esse carinha teve muita sorte de ter achado você. - Meus dedos entrelaçam em seus fios dando início a um cafuné e o espanhol deitou a cabeça sobre minha coxa. - Detesto essas pessoas que abandonam animais à própria sorte.

- Infelizmente não dá pra tirar todos da rua, mas sempre que eu consigo, faço algumas doações para as ongs, acredito que assim eu possa estar fazendo um pouco mais.

- É uma atitude linda, ao menos está ajudando com o resgate deles. - Concordei e continuei acariciando seu cabelo. Adoro mexer no cabelo das pessoas que convivem comigo. - Clara, posso perguntar uma coisa?

- Claro que pode.

- Bom, eu sei que ainda estamos nos conhecendo, mas eu já me peguei pensando um pouco a frente. - Prestei atenção em suas palavras enquanto tentava adivinhar o que ele iria falar em seguida. - Eu já comentei com você sobre, mas queria ter essa conversa mais a fundo, porém, caso você não se sinta confortável a gente não precisa falar disso.

- Não se preocupe, se eu me sentir desconfortável irei te avisar.

- Você quer ser mãe? - Senti meu corpo gelar por alguns segundos e apertei seus fios entre meus dedos. Filhos. Não é algo que eu possa afirmar ter tirado um tempo da minha vida para pensar.

- Na verdade, eu não penso muito sobre isso. Desde quando eu era criança fui muito cobrada para ser perfeita, meio que precisei crescer antes do esperado. - Respirei fundo enquanto pensava um pouco. - Enquanto eu ainda estava no meu antigo relacionamento eu tinha certeza de que nunca teria filhos, tanto porque ele não queria quanto por uma decisão minha em achar que eu não seria uma boa mãe.

- Ainda pensa assim? - Questionou-me.

- Pra ser sincera, eu não sei. Ainda tenho medo da responsabilidade que é ser mãe. Gerar uma vida e depois ter que acompanhar todo o desenvolvimento de um ser humano não deve ser fácil, além de que eu ainda acho que eu não seria uma boa mãe. - Pedri tirou Zico de colo colocando o gato sobre o sofá e me puxou para o tapete, me deixando sentada à sua frente.

- Eu discordo de algumas coisas. Tenho certeza que ter um filho é uma grande responsabilidade e ninguém nunca vai estar de fato pronto para se tornar pai ou mãe, mas é aí que está a graça, a gente aprende. - Seus olhos castanhos brilharam ao falar sobre o assunto. - Você precisa parar de duvidar de si mesma, Clara. Eu vejo todo o seu esforço com a sua profissão e em tudo o que você faz, tenho absoluta certeza de que não seria diferente com filhos, sei que seria uma excelente mãe e que as crianças iriam te amar incondicionalmente.

Sorri ao ouvir suas palavras e segurei uma de suas mãos. Olhar as coisas que temos medo ou achamos que não somos capazes de conseguir quando se tem alguém que nos ama e faria de tudo para nos ver verdadeiramente bem, faz com que aquele medo desapareça um pouco.

- Você quer ser pai, Pedri? - Fiz a mesma pergunta e o espanhol riu inalado.

- Pode apostar que sim. Não agora é claro, acho que sou muito novo para isso. - Disse e entrelaçou seus dedos aos meus. - Como eu disse, não acho que vou estar pronto, mas estou disposto a fazer o meu melhor e ser o melhor pai do mundo.

- Tenho certeza que você será um pai incrível.

- Seremos pais incríveis. - Apertou nossas mãos que continham os dedos juntos. - O que acha de 4 filhos, um cachorro e dois gatos?

- Eu não vou parir 4 vezes! - Ele riu e eu acabei sorrindo também. Mas não muda minha decisão de ter que parir muitas vezes.

- Tudo bem, sem muitos filhos. - Pedro me puxou para si e deixou um beijo casto em meus lábios. - Você vai ser a grávida mais linda que o mundo terá o prazer de ver.

- Como será que eu ficaria com a barriga grande? - González deu de ombros e colocou as mãos por dentro da minha blusa, tocando diretamente a minha pele. Seu toque suave sobre minha barriga me fez fechar os olhos e imaginar de fato como seria gerar um serzinho em meu ventre.

- Tenho certeza que será perfeita. Será a mamãe mais linda dessa vida.

É engraçado como certos planos que fazemos podem ser totalmente alterados no meio do caminho.

Desde quando comecei a dar abertura ao Pedri, muitas coisas que antes eu tinha certeza se tornaram dúvidas. Não são dúvidas ruins, só acho que terei que recalcular tudo outra vez e agora acrescentar o fator que minha vida também está ligada a vida de outra pessoa e que se formos de fato seguir em frente com um relacionamento devemos pensar um no outro.

- Clara! - A voz estridente de Angela chamou não só a minha atenção como a de todas as pessoas que estavam no corredor do vestiário. A equipe estava reunida nos Estados Unidos, onde alguns jogos iriam acontecer, e bom, Angela ganhou de presente ingressos para os jogos que irão acontecer aqui fora de Barcelona e acabou viajando no mesmo dia que nós. Porém, como diabos ela conseguiu andar livremente pelo local onde apenas pessoas autorizadas têm acesso, eu já não faço a mínima ideia.

- Angel, como você conseguiu vir até aqui? Apenas autorizados podem estar nesse setor. - Minha amiga sorriu e mostrou o seu crachá me deixando surpresa. - Como você...

- Esquece isso por enquanto, tenho que te mostrar uma coisa muito importante. - Disse enquanto segurava meu pulso e me puxava na direção oposta de onde eu deveria ir. Ah, é claro, como fui esquecer disso. O Barcelona engoliu o Real Madrid e ganhou o amistoso por 3x0 com direito a um belíssimo gol do Ferran que vibrou muito junto com o restante do elenco e os torcedores. Ele realmente parece estar mais focado em sua carreira.

- Ei, eu preciso terminar um relatório para o Matteo. Ainda não estou liberada. - A empolgação da garota enquanto praticamente me arrastava até o estacionamento do local chegava a me deixar preocupada. O que de tão importante ela quer me mostrar que se quer pode esperar?

- Relaxa, vai ser rápido e seu relatório pode esperar até amanhã . - Revirei os olhos e observei a camisa que a loira vestia. O número 7 estampava suas costas logo abaixo das letras que formavam o nome do ponta do Barça. Angel está com uma camisa do Ferran. Isso pode explicar como ela conseguiu os ingressos e o passe para perambular por aqui.

- Angela, tá rolando alguma coisa entre você e o Ferran? - A loira fez uma careta estranha enquanto negava.

- Quê? Claro que não. Nem amigos nós somos direito.

- E essa camisa? - Deu de ombros e logo me explicou.

- Comprei em Barcelona antes de viajar. Não tinha uma camisa dessa temporada para assistir o jogo. Além de que você sabe que meu número favorito é o 7, foi apenas uma coincidência chata aquele idiota ter trocado de número e justo para o meu favorito. É isso, não pergunte mais nada pois não irei te responder por enquanto. - Ri baixo e balancei a cabeça.

- Pode esperar que irei questionar cada detalhe dessa sua vinda repentina para os Estados Unidos. E nem tente me comprar dizendo que foi por conta do time porque você nem gosta de futebol.

- Ué, as pessoas mudam. De repente eu passei a gostar. - Revirei os olhos e a loira sorriu totalmente forçada antes de parar em frente a um carro. Ela abriu a porta do veículo e praticamente me empurrou para dentro de tal, a única coisa que consegui pegar antes de ser praticamente sequestrada por minha amiga foi minha bolsa com a carteira, documentos e meu celular.- Escuta, aí no banco de trás tem uma roupa nova pra você, passa pra lá e veste.

- O que? Angela, pra onde você pensa que vai me levar?

- Você vai descobrir logo, mas agora vai ter que confiar em mim. - Suspirei enquanto passava para trás e ela sorriu enquanto começava a dirigir. Abri a sacola e me deparei com um vestido preto com alças de pérolas e um tanto rodado, acho que ele vai até metade das minhas coxas,e um par de saltos não muito altos de amarração.

- Qual a lógica dessa roupa?

- Para de perguntar sobre tudo. Só se veste, você vai entender quando a gente chegar. - Me dei por vencida e comecei a tirar meu uniforme para conseguir me vestir. - Solta o cabelo.

- Ãn?

- Deixa esse cabelo solto, metade do jogo e você já tava com o cabelo preso nesse coque. - Voltei para o banco do carona ao seu lado e soltei o cabelo arrumando alguns dos cachos que estavam um pouco rebeldes.

- Angela, o que aconteceu? - Minha amiga estava tensa. E conhecendo ela da maneira que eu conheço, tenho certeza que está escondendo algo de mim.

- Nada. É que a gente nunca mais saiu juntas, pensei que poderíamos aproveitar nossa vinda para esse país e dar uma voltinha por aqui, descobri que tem um barzinho privado onde tocam pagode e samba. Você ainda gosta dessas músicas, né?

- Como você descobriu isso?

- Bom, tive uma ajudinha, mas não vem ao caso agora. O importante é que você vai amar. - Odeio que ela me conheça tão bem a ponto de saber exatamente dos meus gostos pessoais.

- Angel, eu nem dei uma satisfação para o Matteo. Droga, eu não posso atrasar tanto o relatório desse jeito.

- Clara, relaxa. Eu conversei com o seu superior e expliquei que você estava muito estressada com o trabalho.

- Você o que? - Arregalei os olhos. Matteo deve achar que sou uma ingrata desse jeito. - Enlouqueceu de vez?

- Claro que não. Ele super entendeu e até falou que acha que você praticamente não vive de tanto que trabalha e estuda. - Matteo disse isso? Bem, eu realmente não tenho um histórico muito grande em festas, acho que não passam de 5 histórias para ser mais exata. Porém, minha prioridade não é e por um bom tempo ainda não serão festas.

- Tá, agora que eu já estou aqui fazer o que.

- Tenho certeza absoluta que esse mau humor vai passar quando chegarmos lá. - A última vez que saímos com nosso pequeno grupo de amigos eu acabei acordando na cama do Pedri depois dele ter que entrar em uma briga para me defender.

Nem quero imaginar o que vai acontecer hoje.

Após alguns minutos dirigindo, Angela finalmente estacionou em uma vaga aparentemente privada e descemos do veículo. O vento gelado da noite fez minha pele se arrepiar imediatamente, porém, o som do cavaquinho e as vozes que ecoavam pelas proximidades do lugar me fizeram repensar sobre essa ideia louca da minha amiga, até que não vai fazer mal a ninguém sair e curtir um pouco.

- Olha, não surta quando a gente entrar, ok? - Encarei ela um pouco confusa e a garota fez uma cara de cachorro abandonado. - Lembra que o lugar é privado e que nada vai dar errado.

- Angela Bittencourt, o que diabos você aprontou? - Questionei enquanto abraçava meus braços para me proteger do vento frio.

- Eu? Eu não fiz nada, quer dizer, algumas coisas foram ideias minhas, mas você vai entender. - Ela me puxou para dentro do local assim que abriu a porta e meus olhos viajaram pelo interior do tal barzinho. Um pequeno palco centralizado com alguns músicos tocando e cantando pagodes brasileiros.

Até então eu realmente estava conformada com a ideia louca da Angela de uma hora para a outra, mas quando meus olhos visualizaram Raphinha e Araújo no meio dos músicos com um cavaquinho e um pandeiro e o restante do elenco espalhados pelo local com grandes copos de chopp, aí eu deixei de entender o que estava de fato acontecendo.

- Clara! Achei que nunca fosse chegar. - Ouvi a voz de Ferran e me virei em sua direção, o espanhol, acompanhado por Gavi, se aproximou de mim e segurou em meus ombros me levando para a grande mesa onde os rapazes do time se encontravam.

- O que vocês estão fazendo aqui?

- Ué, comemorando a vitória contra o Madrid? - A voz de Balde me fez olhar para o rapaz que comia um espetinho de carne.

- Aqui? Quer dizer, música e comida brasileira? E onde estão as demais pessoas da equipe? - O mais novo deu de ombros e voltou a se concentrar em sua carne. - Vem cá, quem vai me explicar o que está acontecendo aqui de verdade?

- Para de ser assim mulher, vem, Angela disse que você sabe sambar. Quero que me ensine. - Gavi me puxou para perto do palco, onde Lewandowski e alguns dos outros estavam e fez uma reverência para que eu começasse a dançar.

- Nem pensar Pablo, eu não vou dançar sozinha!

- Se nos ensinar, a gente vai te acompanhar. - Nem a pau que eu iria dançar sozinha! Uma coisa é eu dançar pagode ou samba nos botecos do Rio de Janeiro lotados de pessoas dançando, outra sou eu puxar uma dança em meio a um monte de homens.

Nem pensar. Totalmente fora de cogitação.

O suor escorrendo pela minha testa no tempo em que o pagode romântico havia se tornado um axé/swing do Léo Santana, era o sinal do meu corpo após várias músicas que dancei seguidas. Eu já havia tirado mais da metade dos rapazes das cadeiras os colocando para dançar.

Quando "contatinho" do Léo Santana começou a tocar, Lewan e Raphinha me acompanharam em uma coreografia improvisada. Meu corpo não consegue ter autocontrole quando esse tipo de música toca, principalmente por eu estar longe do Brasil a 5 anos, estar em um lugar onde as músicas que tocam no carnaval do Brasil ecoam em meus ouvidos, é como estar no paraíso.

Rebolei lentamente ao som da música e Angela gritou entusiasmada com um copo de cerveja na mão, é impossível que os europeus não fiquem contagiados com a energia dessas músicas.

A única coisa que eu não compreendi muito bem até agora, é onde o Pedro está. Já tentei ligar e mandar mensagem para ele, mas nem uma dessas tentativas deu certo. Gavi me disse que ele teve que resolver algo com o Xavi e a diretoria, mas que logo estaria aqui.

Convidei Lewandowski para uma dança e o mesmo negou de início, mas acabou aceitando em seguida.

A última vez que dancei com um par, eu tinha 16 anos e o tio Marcelo ainda andava. Sempre amei o fato de ter uma família mista, desde nordestinos e sulistas, a mistura do forró e as quadrilhas de Pernambuco no São João, junto com o axé, swing e parangolé da Bahia, estão totalmente presentes no meu DNA nordestino. Claro que o samba, o pagode e funk carioca também correm pelo meu corpo, por isso sempre amei minha família ser uma miscigenação.

- Clara, eu não sei dançar isso.

- Nem é tão difícil, segue os meus comandos que vai dar certo. - Ele negou enquanto eu o puxava para o centro do círculo que os rapazes haviam formado. O estilo da música era mais parecido com um forró, então não seria tão complicado dançar com um par.

Lewan seguiu meus comandos e rapidamente entendeu como funcionava a dança. Tenho que admitir que Robert está totalmente em forma e é um excelente dançarino.

Raphinha começou a gritar colocando cada vez mais pilha em nossa coreografia e o polonês começou a rir tendo uma crise de risos. Permaneci fazendo minha coreografia até sentir as mãos de Lewandowski soltarem as minhas, a adrenalina que a dança libera no meu corpo é impossível de me fazer ficar parada depois que começo a dançar.

Senti alguém segurar um pouco acima da minha cintura e segurar uma das minhas mãos. Eu pretendia me afastar, porém, antes que eu o fizesse, Pedri sussurrou em meu ouvido.

- Você está absurdamente linda desse jeito, sabia? - Sorri me virando de frente para ele e o espanhol mordeu os lábios ao olhar em meus olhos. - Boa noite, corazón.

- Oi corazón. Conseguiu resolver seu imprevisto com o Xavi?

- Está tudo bem, não se preocupe. Gostou do lugar?

- É perfeito, me lembra muito alguns lugares do Brasil. Como descobriram esse barzinho? - Pedro segurou minha mão e me puxou até uma mesa.

- Já comeu? - Assenti. - Raphinha tem alguns contatos, só fizemos uma ligação e a banda fez um show privado para nós.

- Gente rica é outra conversa. - Ele riu e segurou minha mão, acariciando a mesma.

- Pepi, de verdade, qual o verdadeiro motivo de tudo isso? Não me compraram com a história de ser para comemorar a vitória contra o Madrid. Se fosse, a equipe técnica também estaria aqui.

- Esperta. Mas eu não vou te contar. Não agora. - Revirei os olhos. Eu sei que todos estão escondendo algo de mim, e isso inclui o Pedri. Preciso descobrir qual é realmente o motivo dessa comemoração. - Quer dançar?

- Você sabe dançar pagode? - Ele negou e eu ri. - Então como me fez essa proposta?

- Ué, você ensinou ao Lewan, pode me ensinar também, sou um excelente aluno. - Neguei e ele levantou estendendo a mão em minha direção, segurei na mesma e nos levantamos novamente.

Como eu esperava, Pedri estava totalmente perdido tentando acompanhar os meus comandos e os movimentos do meu corpo. Quando ele deveria ir para a esquerda, acabava virando e seguindo para a direita o que nos fazia errar a coreografia.

- Tá bom, deixa eu fazer do meu jeito. - O encarei confusa e o espanhol segurou minha cintura colando nossos corpos, minha perna no meio das suas, uma de suas mãos em minha cintura e a outra segurando a minha mão. Segurei em seu ombro e o jogador se moveu em passos lentos, como uma valsa.

"Dependente", do grupo Sorriso Maroto, ecoou pelo lugar e nossa coreografia lenta encaixou perfeitamente.

Pedri sussurrou algumas palavras da música em meu ouvido e eu encaixei meu rosto em seu pescoço. Quando ele aprendeu a letra dessa música?

- Y si me gusta, ¿entonces qué?
¿Me aceptarás de por vida?
ya me imaginaba aquí
Nuestro apartamento y los niños creciendo.
(E se eu gostar, e aí?
Você me aceita pra vida inteira?
Já imaginei aqui
Nosso apartamento e os filhos crescendo.)

Meu corpo inteiro parecia ter tomado uma descarga elétrica no momento em que sua voz cantou em espanhol uma das minhas músicas favoritas. A letra é uma verdadeira declaração.

- Creo que nos enamoramos
Y nuestro beso me hizo adicto
Parece que ya dependemos unos de otros
Eso es amor
(Eu acho que a gente se apaixonou
E o beijo da gente me viciou
Parece que a gente já tá dependente um do outro
Isso é amor)

Ergui minha cabeça para olhar em seus olhos e seu tom de voz aumentou um pouco para que eu continuasse a ouvi-lo.

- Me sonreiste y la vida cambió
Y nuestra historia apenas comienza
Parece que ya dependemos unos de otros
Eso es amor
(Você me sorriu e a vida mudou
E a nossa história só começou
Parece que a gente já tá dependente um do outro
Isso é amor)

Nossos olhares totalmente presos um ao outro foram o ponto principal para que, como se em um truque de mágica, nós dois estivéssemos sozinhos nesse lugar. Suas írises castanhas me fitaram de maneira tão intensa que por alguns segundos duvidei se ele realmente é real.

Pedro se afastou aos poucos de mim e nossas mãos deixaram de se tocar. Pisquei algumas vezes antes de vê-lo virar de costas e seus ombros parecendo pesar um pouco mais.

Levei minha mão até suas costas, acariciando com a ponta dos dedos.

- Pedri, tá tudo bem? - Seu corpo girou pelos calcanhares e outra vez estávamos de frente um para o outro, mas desta vez ele estava segurando algo em suas mãos.

- Clara, eu lembro perfeitamente de quando nós dois estávamos nos conhecendo e você comentou comigo sobre uma tradição brasileira.

- Pode ser um pouco mais específico sobre a tradição? - Ele concordou e sorriu de canto.

- Eu nunca te disse isso, mas eu agradeço a Deus todos os dias por aquela bola ter sido certeira em você. - O olhei confusa. - Quando eu vi você em meio a todas aquelas pessoas e brigamos dentro do CT e você quis me bater, naquele momento eu tive uma única certeza. Eu sabia que precisava de você de alguma forma na minha vida.

Eu estava tão imersa nas palavras que saíam entre seus lábios, que sequer notei que os músicos e todas as pessoas que estavam aqui haviam parado de fazer o que estavam fazendo para nos observar.

- Quando eu te derrubei no treino e vi que era você ali, Deus, agradeci mentalmente por ele ter atendido minhas preces e ter trago de volta a garota que despertou em mim algo diferente, uma coisa que eu nunca havia sentido antes.

Deixei um sorriso escapar.

- Eu sempre acreditei que nada acontece por acaso, e nós dois termos entrado na vida um do outro foi menos acaso ainda. Eu diria que foi de propósito, tinha que ser daquele jeito. - Concordei, é exatamente isso que Maktub significa, tinha que ser assim. - E você veio bagunçando tudo para depois organizar de verdade, para dar significado a certas coisas que eu já nem acreditava tanto.

Pedri segura minha mão e permanece com a outra fechada, segurando algo que ainda não consegui identificar.

- Minha mãe me disse uma vez, que a gente conhece o amor da nossa vida e o amor para a nossa vida. E Clara, isso faz muito sentido agora.

Minhas mãos começaram a tremer à medida que meus olhos enchiam de lágrimas, ele está se declarando para mim com palavras tão lindas.

- Sabe quando a gente ama alguém e não consegue explicar os motivos? É assim que eu me sinto com você. Eu sei que te amo, e sinto que isso cresce cada dia mais e mais. Você é a mulher que eu sempre sonhei em ter ao meu lado, quero dividir minhas conquistas com você, mi corazón.

González soltou minha mão e ergueu a outra revelando uma caixinha de veludo preta. As lágrimas que eu segurava até então, desabaram pelas minhas bochechas que estavam marcadas pelo grande sorriso que preenchia os meus lábios.

- Você lembra dos anéis? - Questionei baixo, mas alto o suficiente para que ele ouvisse.

- Eu sei que são importantes, e eu quero fazer isso do jeito certo para nós dois. - Ele abriu a caixinha revelando duas alianças. Uma tinha um relevo que se destacava na prata, nada muito chamativo. No entanto, a outra imitava algo parecido com um pequeno ramo de flores com uma trilha de pedrinhas azuis e com detalhes delicados. É perfeita.

Pedro sorriu enquanto ajoelhava em minha frente e eu só conseguia chorar e sorrir ao mesmo tempo. Não acredito que ele está fazendo isso e na frente de tantas pessoas.

- A gente insistiu muito em ir devagar, mas como a gente poderia ir devagar quando nem nós mesmos seguimos nossa palavra? - Ri enquanto negava. - Eu sei que não foi muito tempo, mas esses quase 6 meses me deixaram completamente apaixonado por você. Desde o dia que te vi no Camp Nou, coincidentemente em um jogo contra o Real Madrid, eu já tinha me apaixonado por você. Sempre foi e sempre será você, Clara.

Mordo o lábio inferior para conter um soluço e enxugo parte das minhas lágrimas com as costas da minha mão.

- Sou completamente louco por você, como nunca fui por mais ninguém. Eu seria capaz de ir para o outro lado do planeta só para estar contigo se assim fosse preciso, faria o insano se isso te deixasse feliz e com esse sorriso que eu tanto amo. - E outra vez eu sorri.

- Eu tinha me acostumado com a ideia de que estar só e seguir a mesma rotina diariamente me faria imbatível, que me faria feliz. Mas eu estava errado. Ter você ao meu lado, acordar cedo para poder te ver dormindo, rir de coisas idiotas ou apenas conversar por horas com você enquanto o tempo passa, isso sim me faz feliz. Você floresceu em mim um jardim que eu tinha pensado ter morrido a um tempo atrás. Mas aí você chegou e todas as flores renasceram no meu peito, as borboletas voltaram a voar pelo meu estômago. Você trouxe cor para os meus dias monótonos.

- Você me fez recalcular toda minha vida, me ajudou a por pontos finais onde eram necessários e me fez florescer outra vez. - Falei em forma de complemento as suas palavras enquanto Pedro concordava. Tem tanta coisa que eu quero falar a ele, mas apenas através dos nossos olhares já transmitimos um ao outro todas as palavras que não conseguimos dizer.

- Só percebemos que precisávamos de alguém em nossas vidas quando entramos na vida um do outro. Eu tenho certeza de que somos um do outro, como sempre deveria ser.

Pedro respirou fundo e mordeu seu lábio. Seus olhos brilhando pelas lágrimas que se formavam os deixavam ainda mais chamativos.

- Clara, posso pedir uma coisa a você? E promete que vai me dizer um sim? - Sorri e fingi que iria pensar antes de assentir. - Você aceita namorar comigo? Quer ser minha namorada? Minha futura González?

Me inclinei em sua direção e pedi que ele se levantasse. Pedri me olhou totalmente confuso enquanto eu tentava respirar e controlar minhas lágrimas.

- Corazón? Qual sua resposta? - Seu corpo estava tenso, ele está nervoso.

- É claro que eu aceito ser sua namorada, Pedro. - Pedri segurou meu rosto e nossos lábios vagarosamente deram início a um beijo casto e apaixonado.

Ouvi as pessoas que estavam ao nosso redor gritando em uma grande euforia, por isso eles estavam estranhos, todos sabiam que ele iria fazer o pedido.

Ele se afastou minimamente de mim novamente e ergueu a mão que segurava a caixinha com as alianças. Pedri segurou minha mão direita e encaixou o anel prata em meu dedo, ficou perfeito.

Fiz o mesmo com o espanhol e ele segurou minha mão outra vez deixando um beijo na parte superior da minha palma.

- É muito linda, corazón. - Sorri boba olhando para o anel em meu dedo e senti suas mãos envolverem minha cintura.

- Eu tinha certeza que ficaria perfeita em você. - González beijou minha testa e eu entrelacei meus braços ao redor de seu pescoço. - Você me disse sim, Deus, não consigo parar de sorrir.

Seus olhos brilhando não paravam de me encarar. Ele conseguiu ficar ainda mais lindo, se isso é possível.

- Minha resposta só poderia ser sim, meu amor. ¡Siempre si!

Olá novamente. Gente, eu gostaria de saber de vocês o que estão achando da história? Ultimamente eu estou me sentindo um pouco insegura sobre o andar da fic e quero saber de vocês se realmente está bom e em que eu poderia melhorar.

Essa semana irei postar novamente, o motivo do atraso desse capítulo foi devido a um problema familiar que me afetou bem mais do que eu gostaria. Peço que tenham um pouco de paciência e que não deixem de ler a história, eu realmente tento fazer o máximo que posso.

No demais, quero agradecer a vocês por estarem me dando a chance de compartilhar essa história com vocês! E saibam que no que depender de mim, ainda virão outras histórias com ideias
diversas!

As alianças descritas no capítulo foram inspiradas nessas da foto.

Espero que gostem 💙

Até o próximo capítulo!

📝 Não esqueçam de comentar e deixar o seu voto no capítulo! 🤍

Beijos de luz,Kalisa.

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