✧34.
NOAH|🍒
|point of the views|
🍒|𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖎𝖓𝖙𝖆 𝖊 𝖖𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔.
Após alguns meses que Sina estava dormindo, eu ainda estava recebendo carinho em dobro de minha mãe. Ela me alegrava todos os dias, porém não era a mesma coisa.
Havia passado o natal, o ano novo e meu aniversário longe dela. Estávamos em maio, o que resultava em sete longos meses sem a loira ao meu lado, para me dar amor e carinho como ela sempre fazia. Meu medo de perdê-la aumentava cada dia que se passava, mesmo que todos os dias em que eu ia visitá-la no hospital o médico falasse que o estado dela era bom. Ainda sim, meu peito apertava cada dia mais. Era horrível.
─── Vamos, Noah, eu não tenho o dia todo. ─── Minha mãe gritou do andar de baixo, e eu terminei de vestir minha blusa.
Iríamos em uma feira que havia aqui, na cidadezinha em que morávamos. Mamãe era louca para ir, mas nunca tinha vindo me visitar na época em que esta feira acontecia, então era sua primeira vez torrando seu dinheiro com aqueles ursos de pelúcia baratos, e de má qualidade, porém, muito bonitos.
Desci as escadas, vendo Dona Wendy balançar o pé impaciente, sentada no sofá. Parecia que iria ter um ataque a qualquer momento.
─── Vamos? ─── Perguntei, e ela bateu nas coxas, bufando.
─── Pensei que tinha ido para Nárnia. ─── Falou, e eu gargalhei, passando meu braço direito por seus ombros. ─── Vamos logo, Noah. Se eu perder os ursos, a culpa vai ser sua!
─── Mãe, a feira nem abriu ainda. Deixa de ser dramática. ─── Revirei os olhos, enquanto pegava a chave do carro em cima do balcão.
Entramos no carro, e eu dei partida, fixando meus olhos na estrada.
•°•°•°•
Eu estava com várias bolsas penduradas em meus braços, e antebraços enquanto tinha dificuldade para andar, já que a feira havia de enchido em três segundos. Minha mãe não parava de comprar coisas e eu estava preocupado se era eu que teria que pagar ou ela.
Deveriam ter mais de cinquenta dólares aqui e eu não estava com dinheiro suficiente para pagar a dívida que minha mãe já havia feito.
─── Mamãe, já podemos ir 'pra casa? Você não vai conseguir pagar isso tudo. Amanhã eu prometo te trazer de novo. ─── Disse, e ela mal me escutou.
─── Só comprei a metade da minha lista, Noah. Olha que lindo este vaso para plantas, filho. ─── Pegou a cerâmica de cima do balcão de uma barraquinha, mal coberto com um pano vermelho.
O sol estava me fazendo pingar de suor, e eu já sentia meu couro cabeludo quente. Meu celular começou a tocar, e eu bufei, tentando alcançar o aparelho no meu bolso traseiro da calça. Coloquei duas sacolas no chão, pegando meu telefone, e colocando-o na orelha desajeitosamente, pegando as compras novamente.
ϟCALLϟ
On.
─── Alô?
─── Boa tarde, falo com Noah Urrea?
─── É ele mesmo. Quem fala?
─── Sou o Doutor Smith, Noah. Estou cuidado do caso da sua namorada, Sina Deinert. Trago ótimas notícias, ela ontem a noite decidiu que já estava ótimo de dormir e acordou nessa madrugada. ─── Brincou e eu arregalei os olhos, cobrindo minha boca com a mão.
─── Meu Deus, Doutor! Estou indo 'pra aí. ─── Avisei, colocando meu celular em uma das bolsas, e correndo até minha mãe.
ϟCALLϟ
Off.
─── Olha Noah, que lind... por que está assim? ─── Perguntou, devido ao meu nervosismo e animação. Meu coração agora pulava de felicidade e lágrimas inundaram meus olhos.
─── Sina acordou mãe! Ela acordou! ─── Disse mais alto do que deveria, trazendo alguns olhares para mim, mas não dei a mínima. Minha namorada acordou!
─── Sério?! Vamos agora para o hospital, mais tarde eu compro estas besteiras. ─── Largou a bonequinha que ela havia pegado em cima do balcão e corremos até o carro.
Ela me ajudou a colocar as compras no banco de trás e no porta-malas e eu dirigi quase correndo ao hospital. Tentei não atropelar ninguém, já que meu coração parecia que a qualquer momento, saltaria da minha boca. Minha mãe também parecia extremamente animada para conhecer sua nova nora, já que tinha um sorriso de orelha a orelha em seus lábios.
Estacionei de qualquer maneira na vaga do estacionamento do hospital, e abri as portas. Saímos do carro e eu corri até a recepção, já sentindo um frio na barriga de ansiedade. Finalmente eu veria aqueles olhos claros e brilhantes novamente!
─── Olá, boa tarde... meu nome é Noah Urrea, eu vim ver Sina Deinert. ─── Disse ofegante, e minha mãe parou ao meu lado com a respiração desregulada.
─── Ah sim, ela acabou de acordar do coma. ─── Meu sorriso cresceu mais ainda. ─── Só um momento.
Ela pegou dois cartões de visitantes e nos entregou, assim que eu peguei o meu, corri até o quarto em que ela estava. Agora acordada.
Ouvia os passos da minha mãe atrás de mim, mas eu estava animado demais para esperar ela chegar até mim. Não conseguia me controlar, era impossível. Quando vi aquela porta com o número 236 escrita, eu fui até ela, colocando minha mão na maçaneta gelada por conta do ar condicionado. Meus dedos tremiam de ansiedade e meu sorriso aumentava cada vez mais.
Girei a maçaneta, abrindo a porta devagar, vendo a cena mais emocionante da minha vida até agora. Sina estava agora sentada na cama de hospital, mexendo em seus cabelos, que agora, depois de bastante tempo, estava solto. Fui até ela em passos largos, torcendo para que ela me visse antes de eu abraçar seu corpo. Felizmente foi o que aconteceu.
Seus olhos encontraram os meus e eu vi imediatamente lágrimas encherem suas íris. Ela abriu os braços e eu correspondi seu convite, envolvendo seu corpo em meus braços em um abraço apertado e cheio de saudades.
─── Não atrapalha minha vida não! Me deixa ver o reencontro do meu filho com a namorada dele! Sai, me dá licença! ─── Ouvi minha mãe na porta, mas não a olhei.
Eu apenas deixava as lágrimas rolarem dos meus olhos, enquanto sentia seu corpo dar leves pulinhos, indicando seu soluço por conta do choro. Afaguei suas costas, beijando seus cabelos, comprimido meus lábios. Me afastei levemente dela, apenas para ver seu rosto mais uma vez. Agora com uma expressão de felicidade, porém, com lágrimas rolando sem limites por suas bochechas até seu queixo.
Passei meu dedão por sua pele, secando as lágrimas que continuavam a sair, enquanto eu sorria com meu rosto vermelho. Encostei nossas testas, sentindo suas mãos pousarem sobre meus ombros. Parecia que o mundo estava parado. Tudo rodava em câmera lenta para mim.
Colei nossos lábios em um selinho rápido, apenas para voltar a abraçá-la. Agora mais rapidamente, me separei dela, e sinalizei:
─── Eu esperei tanto por este momento, Sininho. ─── Fiz os movimentos, me confundido um pouco.
─── Parece que... caramba, eu dormi, mas só com a ideia de que eu não consegui te abraçar por vários meses eu já me emocionei. ─── Sorriu e eu fiz o mesmo.
─── Ah, aquela dali, ─── apontei para a porta, onde mamãe estava secando uma rápida lágrima. ─── É Dona Wendy, minha mãe.
─── É um prazer te conhecer, Sina. ─── Ela sinalizou.
─── Também é um prazer te conhecer, Wendy.
◈ ━━━━━━━ ⸙ ━━━━━━━ ◈
FINALMENTE A NOSSA SININHO ACORDOU!
Será que eu posso parar de receber ameaças agora?
Esse reencontro foi tão lindo🤧
Beijoo
- Natti
2/5
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro