NOAH|🍒
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🍒|𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖎𝖓𝖙𝖆 𝖊 𝖙𝖗𝖊̂𝖘.

Estava deitado na minha cama, mexendo no meu lençol, sem coragem para levantar mais. Senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha, quando eu fechei meus olhos. Já haviam se passado semanas desde que minha mãe estava aqui e a cada dia que eu passava distante de Sina, eu ficava mais desanimado.

Óbvio, ainda saia para trabalhar, mas quando eu voltava, só ajudava minha mãe com a janta e subia para dormir. No dia seguinte, eu ficava deitado em minha cama, descendo apenas para comer e beber. Minha mãe já estava ficando preocupada, e todo dia vinha assistir um filme diferente comigo. Estava me sentindo um adolescente.

─── Noah? ─── Ouvi a voz de minha mãe, e as dobraduras da porta rangerem. — Filhote, levanta, vem comer.

─── Estou sem fome, mamãe. ─── Senti o colchão afundar, e dedos brincarem com o meu cabelo. ─── Mas obrigado.

─── Sabe que não pode ficar aqui 'pra sempre, não sabe?

─── Não vou ficar aqui 'pra sempre. Só até ela acordar. ─── Disse com a voz falhada.

─── Nem eu, nem você sabemos quando ela vai acordar. ─── Ela disse, ainda brincando com meu cabelo. ─── Ela não gostaria de te ver aqui.

─── Eu sei, mãe. Mas é tão difícil. ─── Virei de barriga para cima, olhando para ela.

─── Olha, Noah... eu já passei por isso. Não exatamente a mesma situação, mas eu já perdi um namorado para um acidente. Você sabe de quem eu estou falando.

─── Do meu pai. ─── Ela concordou. Não parecia abalada. ─── Mãe, sabe que não precisa falar disso...

─── Sim, eu sei. Mas eu só queria que você soubesse que eu também passei por isso, e tive que criar dois filhos sozinha. Nunca desanimei e eu quero que você também não desanime. Ela pelo menos vai acordar uma hora. Seu pai, eu perdi ele para todo o sempre. ─── Um sorrisinho cresceu no canto de seu rosto. ─── Nunca conversei com ela, mas eu sei que ela te faz muito bem. Então levanta essa bunda gorda daí, e vem viver sua vida enquanto ela não acorda!

─── E fazer o quê?

─── Ora, quem está cuidando do seu cachorro sou eu! Ele está tão triste que você não vai lá dar amor e carinho 'pra ele. ─── Ri com a expressão que ela fez, e me sentei na cama.

─── Mãe, eu perdi duas pessoas em menos de meses. Tudo bem, ela pode acordar a qualquer momento, mas é completamente improvável que ela acorde em menos de um ano. Imagira eu ficar a porra de um ano sem minha namorada. ─── Recebi um tapa no peito pelo palavrão. ─── Desculpa.

─── Noah, me escuta. Se você não levantar daí em um ano, o que eu faço? Posso considerar você um mofo que teve seu corpo colado neste colchão? Eu criei um filho forte, não um molenga. Se ama ela, vai fazer o que ela gostaria que estivesse fazendo. ─── Disse, batendo as mãos em suas coxas.

─── Tudo bem, a senhora me convenceu. ─── Ri, e ela sorriu para mim também. ─── Mas acho que vou levantar mais tarde...

Foi questão de segundos até que meu corpo estivesse no chão, e quando consegui olhar minha mãe na beira da minha cama me olhando abismada eu gargalhei.

─── Eu mandei levantar a bunda gorda do colchão, agora vai tomar um jeito nessa sua vida até ela acordar! ─── Mandou, e eu enfiei minha cara no carpete, rindo de sua reação.

─── Não precisava ter me empurrado para o chão, Dona Wendy. ─── Disse, ainda rindo e recebi uma almofada na cara.

─── Anda, vamos lá. ─── Levantou e me deu a mão, me ajudando a levantar do chão. ─── A gente vai ir num restaurante e amanhã nós vamos fazer uma puta faxina nessa casa, está me ouvindo?

─── Achei que não falava palavrão. ─── Debochei, e ela bufou, me dando um peteleco no nariz. Não fez nem cócegas, mas fingi que sim.

Ela rodeou seu braço por minhas costas, e fomos até o andar de baixo, já que ela estava arrumada para sair na rua. Eu estava bem, só faltava uma blusa... e um banho.

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O próximo-----

Tia Wendy, nós te amamos, entenda isso!

Capítulo na madrugada porque a insônia bateu na gatona aqui😎

Beijoo
- Natti

E vamos iniciar a contagem
para os 5 capítulos finais🤧

1/5