NOAH|🍒
|point of the views|

🍒|𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖙𝖗𝖊̂𝖘.

Era um dia comum. Sina e eu estávamos no parque, enquanto ela terminava de atender uma cliente, eu admirava a pintura realista que estava na tela. A garota continuava a pintar, e de repente Thomas veio até nós.

Mas ele não estava normal. Não havia um sorriso em seu rosto, como de costume. Ele usava roupas estranhas, pareciam de hospital. Também haviam olheiras debaixo de seus olhos, o que o deixava com uma aparência ainda mais cansada. Com sua aproximação, eu o cumprimentei e não fui retribuído.

Arquei a sobrancelha, quando o velho parou atrás de Sina, que até então não havia notado sua presença. Ela entregou o quadro pronto para a mulher, que saiu, e de repente todas as pessoas que estavam no parque haviam sumido. Como se tivessem virado poeira. Me assustei obviamente, e quando olhei para Thomas e Sina, os dois estavam me encarando fixamente, o que me deixou ainda mais assustado. Balancei minha mão na frente da garota, que apenas continuou me encarando, sem nem mesmo piscar.

─── O que está acontecendo?

Ninguém me respondeu. Nem mesmo Thomas.

Os dois fecharam os olhos, enquanto pareciam ficar mais leves. Levantavam os braços, e abriam os olhos novamente, e desta vez o velho disse:

─── Até mais, Noah.

Me assustei, quando Thomas se foi, como um monte de poeira em uma rajada de vento. Gritei para ele voltar, mas foi completamente inútil de minha parte. Me aproximei de Sina, que parecia estar mais longe a cada passo que eu dava. Pela primeira vez, ela abriu a boca. E para minha maior surpresa, falou:

─── Vou sentir sua falta, No. ─── Era uma voz grossa, muito bonita.

Então ela fechou os olhos novamente, enquanto ficava do mesmo jeito leve de antes, e também partia da mesma maneira. Berrei para eles voltarem, me levantando do banco, e vi ali que tinha feito uma péssima escolha.

Não havia chão. Meus pés não firmaram em solo. A gravidade me puxou para baixo, como se eu estivesse me jogando de um penhasco. Um penhasco onde não havia fim. A imensidão do vazio era onde eu estava caindo.

Era tudo escuro, muito escuro. Não enxergava um palmo na minha frente. Tentava enxergar algo, mas nada ocupava meu campo de visão. Apenas... o vazio.

Então senti meu corpo caindo, em uma superfície macia, e eu imediatamente me levantei. Era o vazio novamente. Comecei a gritar por ajuda, mas como previsto, ninguém chegou. Lágrimas rolavam por meus olhos, e eu só conseguia pensar em Sina e Thomas que haviam se desfeito em minha frente, como poeira. Berrei ainda mais, principalmente para me tirarem daquele lugar vazio e escuro. Eu estava desesperado.

Acordei com alguém me chacoalhando, e batendo em meu peito, enquanto eu com dificuldade abria meus olhos. Encontrei minha namorada em cima de mim, me olhando preocupada, enquanto eu tentava levantar a cabeça um pouco mais, tentando entender o que havia acontecido.

─── Você começou a berrar, e por mais que eu não ouvi, seu corpo começou a... bem, vibrar e mexer. Você está bem, No?

─── Sim. Foi só um pesadelo.

─── Está chorando. ─── Afirmou, antes de começar a esfregar minha bochecha esquerda com o polegar.

─── Não precisa se preocupar, Si. Juro, foi só um pesadelo bobo. ─── Tranquilizei, enquanto ela me olhava desconfiada.

─── Se quiser, pode me contar... ─── Sugeriu, enquanto eu acariciava suas costas.

─── Prometo que eu vou contar outro dia. ─── Ela sorriu, e revirou os olhos, enquanto eu beijava sua testa. ─── Bom dia.

─── Bom dia.

─── Dormiu bem? Ou teve algum problema?

─── Você me ajudou muito dormindo aqui comigo. ─── Sinalizou envergonhada, enquanto continuava em cima de mim, me encarando.

─── Bom, fiz meu trabalho, não é? Agora cadê meu pagamento? ─── Brinquei, e ela riu, abraçando meu pescoço, e eu fiz o mesmo com sua cintura, deixando nossos corpos colados.

Aquele pesadelo estava arrepiando até minha alma, só de lembrar dele.

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No capítulo 20 teve amorzin goxtoso no carro sim, mas não tem hot na fic seus safadenhos

Que pesadelo estranho, eu realmente espero que tudo fique bem...

Beijoo
- Natti