NOAH|🍒
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🍒|𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊.

Eu estava curvado sob a pista, suando frio e mirando o máximo que eu conseguia há uns dois minutos. Estávamos empatados, e se eu fizesse um strike agora, eu ganharia e Sina teria que comprar um milkshake para mim.

Sequei uma fina gota de suor que escorreu de minha testa, e respirei fundo, balançando minha mão para frente e para trás, tentando mirar o máximo possível. Por fim, soltei meus dedos do buraco da bola de boliche, deixando-a deslizar pela pista polida, e ir até os pinos. Não desviou em momento nenhum até a metade, porém, ela foi um pouco mais para a direita, derrubando apenas seis pinos brancos. Abaixei a cabeça, sentindo minha namorada se aproximar de mim e dar tapinhas nas minhas costas.

Me virei para ela, que tinha um sorriso convencido no rosto. Suspirei e ela começou a sinalizar.

─── Poxa, que triste, não é? ─── Abraçou meu pescoço, enquanto eu admirava a televisão, onde estava bem escrito "SINA WINS".

─── Merda, eu era o melhor da minha família. ─── Revirei os olhos, a olhando.

─── Como disse, você era. ─── Sorriu brevemente, antes de me soltar e caminhar até a saída. ─── Agora não acha que precisa pagar um milkshake para uma vencedora?

Bufei e fui até ela, que passou seu braço pela minha cintura rindo da minha derrota. Pousei meu braço em seu ombro, saindo do boliche e indo até uma sorveteria do outro lado da rua. Sina andava quase saltitando de felicidade na rua, enquanto eu sentia quase uma pequena nuvem em cima da minha cabeça, chovendo apenas para mim. Odiava perder, principalmente uma aposta.

Chegamos na sorveteria e eu pedi o maior milkshake que eles serviam, entregando ao homem uma nota de vinte dólares. A loira estava sentada ao meu lado, olhando para mim, ainda com aquele sorriso que eu amava, porém, agora eu estava com raiva dela. Talvez eu esteja mentindo.

─── No, coloca um sorriso nesse rosto. ─── Disse, se aproximando de mim em sua cadeira e direcionou seus dedos até meus lábios, curvando-os para cima.

─── "No"? ─── Ela sorriu de canto, envergonhada e suas bochechas tomaram um tom mais avermelhado. ─── Eu gostei. Mas porquê?

─── Eu queria dar um apelido a você, eu gostei muito de "No" e também gosto muito quando você me chama de "Si".

─── Então, Si, a partir de agora, esse será o meu jeito de chamar você. ─── Ela pensou um pouco e assentiu sorrindo. Não de um jeito convencido.

─── Eu adorei. ─── Entrelaçou nossos dedos enquanto me encarava.

Acariciei as costas de sua mão com meu polegar, sorrindo de canto. Realmente, era impossível ficar bravo perto desta mulher. Por mais que eu nunca mais iria fazer uma aposta com ela, simplesmente não conseguia ficar bravo. Apenas com aquele sorriso que era dava quando estava feliz, confortava meu coração e me fazia sorrir instantaneamente. Tenho a impressão de que Thomas estava certo.

─── Aqui está seu milkshake, senhor. ─── O homem chegou até nós, despertando nossa atenção. ─── É chocolate, certo?

─── Certo. ─── Peguei a taça enorme e a coloquei na frente de Sina. ─── Obrigado.

Então ele saiu e eu peguei um canudo no suporte, tirando o papel que o gurdava e colocando no sorvete. Deinert pegou mais um e colocou na frente do seu, me deixando confuso por alguns segundos, até que eu entendi o que ela queria. Levei meus lábios até o canudo e puxei o líquido doce e gelado, e ela faz o mesmo, colocando a mão nos cabelos soltos para evitar cair na bebida.

─── Não deveria, mas vou deixar você tomar um pouco. ─── Brincou, e eu ri.

─── Eu que paguei, se quisesse eu pegava esta taça, e me trancava no banheiro para tomar sozinho. ─── Ameacei pegar o vidro gelado, e ela colocou a mão por cima da minha, impedindo o ato. Rimos um para o outro, e eu acaricei seus dedos antes de voltar a tomar.

─── Tenta. O karma é uma coisa incrível, provavelmente você iria ficar uns três dias no banheiro. ─── Deu de ombros, e voltou a ingerir o sorvete.

─── Tem razão.

Continuamos tomando a bebida, enquanto conversávamos sobre assuntos aleatórios. De vez em quando, eu tinha que limpar uma parte de seu rosto que estava sujo de milkshake, sempre tirando uma risadinha de Sina. Ouvi o barulho do canudo sugando menos do que de costume, e quando vimos, o sorvete já havia acabado, nos deixando chocados. Colocamos a taça vazia mais próxima de um atendente, e descemos dos bancos, indo até a saída.

Entrelaçei nossos dedos, e fomos até o carro, enquanto eu sentia um frio bater em meu corpo. Destravei meu carro, e abrimos as portas, e logo que eu dei a partida, liguei o aquecedor, sentindo aquele arzinho quente sair das grades. A rua estava vazia, e não havia ninguém a não ser nós dois. Já se passavam das onze da noite, e não era lá muito seguro ficar até este horário na rua.

Antes de eu começar a realmente dirigir, senti uma mãozinha sob a minha, e eu me virei para Sina que tinha um sorrisinho no rosto.

─── Obrigada por hoje, No. ─── Disse, se virando para mim completamente no banco.

─── Eu que deveria agradecer. Bom, se você está feliz, então valeu muito a pena eu ter ferido meu orgulho perdendo. ─── Ela riu, e pulou em meu pescoço, me surpreendendo enquanto colava nossos lábios.

Não hesitei, e retribuí de bom grado, enquanto sentia ela colocar uma perna de cada lado de meu quadril. Coloquei minha mão em sua cintura, enquanto ela soltava meu cinto e deitava o banco do carro.

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Eles são tão lindinhos que dá vontade de chorar🥺😭

Fogo no parquinho😚

Beijoo
- Natti

4/5