✧05.
NOAH |🍒
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🍒| 𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖈𝖎𝖓𝖈𝖔.
Eu estava me estressando aos montes em frente a tela do computador, enquanto tentava achar alguma vaga de emprego na minha área, mas só me serviu para causar frustração.
Retirei meus óculos bufando e vi uma mensagem de Sina e desta vez nem ao menos consegui sorrir. Talvez eu esteja mentindo.
ϟDIRECTϟ
On.
sininho_deinertt:
Estou indo para o parque
agora.
sininho_deinertt:
Você vem mais tarde?
noah.urrea:
Capaz de bater o carro
se eu for agora.
noah.urrea:
Estou uma fonte de
estresse.
sininho_deinertt:
Mas irmão, que
tanto rancor é esse?
sininho_deinertt:
O que aconteceu?
noah.urrea:
Simplesmente a falta
de emprego nos Estados
Unidos.
noah.urrea:
É isso que me irrita.
sininho_deinertt:
Você que lute kkkk
sininho_deinertt:
E eu também
noah.urrea:
Obrigado pelo apoio
noah.urrea:
Me dá uns trinta
minutos?
sininho_deinertt:
MEU DEUS HAHAHAHAH
noah.urrea:
O que foi, garota?
sininho_deinertt:
Nada não, só meu lado
infantil falando.
sininho_deinertt:
Te vejo daqui há trinta
minutos então.
noah.urrea:
Você é tão suja.
noah.urrea:
E eu pensando que
você era inocente.
noah.urrea:
Então, até mais.
ϟDIRECTϟ
Off.
Ri negando com a cabeça e fui até a cozinha, para preparar algo para comer antes de ir para o parque. Hoje provavelmente estaria mais cheio, pelo fato de ser sábado.
Vi Spike dormindo no sofá e sorri, pegando ovos e bacon para fritar. Coloquei uma frigideira no fogo e liguei o mesmo, colocando um pouco de manteiga na panela e me afastando para não espirrar em mim. Quase que a um metro de distância, coloquei as fatias de bacon congelado e quebrei dois ovos ao lado do pedaço de carne. Deixei fritando, indo até a sala, ligando a TV num programa qualquer e afagando o pelo do meu cachorro, que acordou quase que instantemente quando eu me sentei ao seu lado.
─── Spike, você vai julgar o papai? ─── Seu fucinho se virou para mim. ─── E seu disser que estou começando a criar sentimentos por uma pessoa que eu nem conheço?
Ele latiu, e eu entendi como um "mas você já fez isto antes".
─── Porra, mas... ─── Rosnou, repreendendo meu palavreado. ─── Desculpe. Mas... ah, Spike, eu só a conheço há três dias. Não tem como.
Ele deu um pequeno chorinho, e apoiou a cabeça no meu colo, me encarando com aquelas bolinhas pretas. Sorri, acariciando seu pelo e de repente, ele ficou em alerta. Franzi o cenho, e logo meu cachorro começou a latir muito alto.
─── O que foi, garoto? ─── Tive a impressão de sentir algum cheiro estranho e respirei fundo, sentindo o cheiro de coisa queimada invadir minhas narinas. ─── Merda!
Corri até a cozinha, consequentemente assustando Spike, mas no momento eu só me preocupava em não colocar fogo na casa. Uma fumaça cinza subia e espalhava um cheiro extremamente desagradável no ar, me fazendo tossir e apagar o fogão rapidamente. Meus bacons e meus ovos estavam pretos e sem chance alguma de colocá-los para dentro do meu intestino. Bufei e joguei a comida queimada no lixo, me lamentando por não ter sido atento o suficiente.
Fiz um carinho no cachorro que estava sentado ao meu lado e peguei apenas uma maçã na fruteira, dando uma mordida generosa. Olhei as horas, e vi que já iam dar cinco da tarde, então fui até o banheiro tomar um banho para ir encontrar Sina.
•°•°•°•
Vi a loira sentada no banco e com um cavalete a sua frente. Sorri, e fui até ela e me sentei ao seu lado com cautela, para não assustá-la. Toquei seu ombro de leve, e um sorriso brotou em seu rosto.
─── Oi. Isso é novo pra mim. ─── Apontei para a tela que estava apoiada no cavalete de madeira, e ela sorriu.
─── Já faz um bom tempo que eu tenho. ─── Deixou seu pincel, e sua paleta com tintas no banco, observando a pintura que havia feito. ─── Está bem velhinho.
─── Prioridade ao aparelho auditivo? ─── Ela leu meus lábios, e devagar, assentiu.
─── Algumas pessoas as vezes não querem comprar minha arte, pelo meu material de trabalho.
─── São esnobes, fica tranquila. Você pode fazer uma pintura minha? ─── Seu sorriso aumentou e ela ficou animada como uma criança.
─── Claro! Tá bom, espera um pouco.
Sina se levantou do banco, colocando o cavalete de madeira a minha frente. Pegou sua paleta com algumas cores de tinta diferentes e abriu mais alguns tubinhos coloridos, despejando outras cores, como laranja e amarelo. Cores quentes, para ser exato. Arrumou a postura corretamente e molhou as cerdas do pincel na tinta rosa claro.
Deslizou a tinta pela tela branca e de vez em quando seu olhar caía sobre minha face, provavelmente pegando os traços de minha mandíbula, olhos e boca. Podia observar seu dedão se tencionar de vez em quando, apertando aquele pequeno buraco da paleta, enquanto seu sangue se atrasava a correr, deixando a ponta de seu dedo branco.
Sorri quando ela colocou a pontinha da língua para fora e olhou para mim, como se estivesse calculando cada parte do meu rosto e talvez realmente fosse isto. Fez um biquinho em seus lábios com gloss transparente e voltou a deslizar as cerdas do pincel pela tela a sua frente. Algumas pessoas passavam olhando para ela e depois para a pintura. Todas davam reações positivas.
Ela franziu o nariz quando uma mecha loira caiu sobre seu rosto e como estava com as duas mãos ocupadas, soprou o cabelo, na tentativa de tirá-lo dali. Como foi falho, levei minha mão até o fio e brinquei um pouco como se fosse uma cobra, mas logo coloquei-o junto com o resto de seu cabelo. Um sorriso iluminou seu rosto e ela sinalizou desajeitadamente:
─── Obrigada.
Voltei a me sentar e Sina continuou a me desenhar, fazendo expressões fofas e engraçadas.
Um bom tempo depois, ela abriu um sorriso enorme no rosto e largou as ferramentas no banco de madeira em que estava sentada.
─── Terminei! Está preparado?
─── Com certeza.
Devegar, ela virou a tela para mim e pude perceber que o estilo de pintura era aquarela. Obviamente não estava idêntico a mim, mas estava nítido de quem era e todos os traços estavam perfeitamente trabalhados. O eu da pintura olhava para o lado, havia a mesma roupa do que eu e o cabelo estava voando por causa do vento que batia. Atrás de mim, eram apenas algumas nuvens básicas. Sorri com a boca aberta e olhei para Sina, que tinha um sorrisinho tímido no rosto.
─── Está lindo, Sininho. ─── Admirei ainda mais a pintura e ela corou.
─── Obrigada. Quer que eu enquadre?
─── Eu adoraria.
Lentamente, ela retirou a tela do cavalete e pegou uma moldura em algum lugar de sua mochila. Ela deixou na grama do parque e abriu a mesma, mas não colocou a pintura lá dentro.
─── Tem que esperar secar um pouco.
Arqueei as sobrancelhas, lembrando daquele detalhe e a ajudei a abanar o desenho.
Depois de secar, ela colocou a tela na moldura, me entregou e eu sorri.
─── Espera... ─── Tirei minha carteira do bolso, retirando uma nota de vinte dólares e esticando para ela.
─── Não, não posso aceitar. É um presente de amiga.
─── Toma logo, Si.
─── Não, Noah. Pode guardar, eu não vou aceitar.
Bufei e guardei o dinheiro novamente, pegando a pintura e admirando meu retrato na mesma. Agradeci e ela ofereceu para irmos logo para sua casa treinar libras, e eu aceitei. Ajudei a garota a recolher seu material de trabalho e a carregar sua mochila que estava incrivelmente pesada.
─── O que tem aqui dentro? Chumbo?
─── Bobo, são só algumas molduras.
Ri, e abri a porta do carro para ela, que se sentou no banco do carona, e eu coloquei sua bolsa no banco de trás, soltando o ar que eu estava prendendo. Me sentei ao seu lado, girando a chave e ligando o motor.
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Eu sei que vocês não gostaram da fic, mas mesmo assim eu vou continuar postando os caps, vai que né...
Beijos tristes
- Natti💔
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