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[09] não precisa me chamar de Jeon.

#éelenãoela

🦋

[JEON JUNGKOOK]


Setembro de 2008.

Papai e mamãe brigaram de novo ― eu falo enquanto coloria o céu em tons azuis.

― Na sua frente, Jeon?

― Não, tia. Eu vi escondido ― pego o giz branco e pinto as nuvens.

― Sério? ― Dr. Kim pergunta, escrevendo algo em seu caderno. Eu assinto. ― E você acha certo ouvir escondido?

― Não, tia. Mamãe diz que é feio.

― Então por que você espiou seus pais?

― Eu tava' dormindo. Papai gritava muito alto, aí eu acordei e fui espiar.

― Entendi. E onde você se escondeu?

― No topo da escada. Eles brigavam na cozinha ― bufo ao perceber que não conseguia desenhar a roupa como eu queria.

― Eles não suspeitaram?

― Não. Eu saí antes deles perceberem, tia.

― E o que eles conversavam?

― Não sei direito, tia ― encaro a Dr. Kim, franzindo o cenho. ― Papai falou alguma coisa sobre ser culpa da mamãe eles estarem com problema de dinheiro. Falou que ela fazia ele querer "encher a cara", o que significa encher a cara, tia? Ah! Papai também falou sobre sair de casa. Será que ele vai viajar?! Será que é uma viagem em família? Eu adoraria viajar com os meus pais!

― Você já viajou com eles antes, Jeon?

― Hm... não ― faço dois pontinhos pretos como se fossem os olhos. ― Mas eu gostaria!

― Certo... ― Dr. Kim olha por cima da caderneta meu desenho e sorri para mim. ― Está ficando lindo, Jeon.

― Eu sei!

― Você falou que seus pais brigaram... E a sua mamãe? O que ela disse?

― Hm... Nada, eu acho. Só ouvi o papai. Mas aí ele começou a falar um monte de coisa ruim que a mamãe diz que eu não posso falar porque é feio. Aí eu fiquei com medo e voltei pro' quarto.

― Medo de que, Jeon? Medo das palavras ruins ou medo do seu pai?

― Do papai, tia ― digo, por fim pintando o chão de verde. ― Quando ele fica bravo, ele me dá medo.

Entrego meu desenho a Dr. Kim. Era eu, a mamãe, a vovó... e o papai.

[...]

Setembro de 2009.

― Papai chegou em casa de manhã. Ele tava' fedendo a bebida ― eu enrugo o nariz, balançando meus pés erguidos para o alto. ― Acho que ele ainda tá' bravo comigo e com a mamãe.

― Por que ele estaria bravo com vocês, Jeon?

― Ele achou umas roupas do vovô no armário ― eu brinco com meus próprios dedos. ― Ele disse que eu não podia usar. É de menino. Aí ele pegou todas e queimou no quintal.

― Ele queimou suas roupas?

― Sim ― faço bico. ― Mamãe tentou impedir, mas ele ficou bravo e saiu de casa.

Dra. Kim suspira, anotando em seu caderno.

― Mamãe pegou o extintor. Foi engraçado ― sorri. ― Ela não soube abrir de primeira.

― Imagino que sim ― Dra. Kim sorri para mim. ― Mas ela conseguiu apagar o fogo?

― Sim ― eu balanço a cabeça antes de suspirar, muxoxo. ― Mas não conseguiu salvar nenhuma roupa. Jogamos tudo fora.

― E como você se sentiu quando jogaram fora as roupas?

― Muito triste, tia. Eu ficava muito feliz usando.

Ela anotou mais uma vez.

[...]

Setembro de 2013 (atualmente).

Eu e minha mãe passamos a noite em claro tendo uma das conversas mais sinceras de toda a minha vida.

Banhado por questionamentos, explicações, um pouco de choro aqui, um pouco de abraços ali. Tudo enquanto deitados na cama.

Descobri, para minha surpresa, que aquele velho ditado de "mãe sabe de tudo" é real. Minha mãe sabia, não de forma concreta, mas ela suspeitava desde antes eu me dar conta de quem eu sou.

Ela me contou sobre as idas na psicóloga quando eu era criança, das vezes que ela foi questionada pela mulher que era paga para me ouvir; da vez que meu pai fora chamado e das brigas desencadeadas após a conversa.

Na época, eu não entendi o porquê dele ter ficado tão bravo e nem porquê eu ter ficado mais de um mês de castigo sem poder brincar com Jimin. Contudo, os anos vieram e eu passei a suspeitar do que se tratava tudo aquilo.

Não ao ponto de ficar ansioso com a possibilidade dos meus pais saberem; talvez, por tolice minha, achar que eles não tivessem entendido ou que eles esqueceram daqueles dias em algum momento.

Quanta ingenuidade.

Agora, Sunmin conta que sempre soube, mas que nunca ousou comentar ou pensar sobre. Preferia viver na ignorância, naquilo que já estava acostumada.

Talvez achasse que um dia eu mudaria ou que era apenas uma mera fase.

Mas então, quando me viu usando binder e cueca, ela soube que tudo aquilo que sempre suspeitou e sempre fora cautelosa, era mais que real.

Não era pela forma com qual eu me vestia ou tão pouco como eu me portava. Era muito além de algo supérfluo.

Era seu filho ali, e não sua filha.

― Por que 'Jungkook'? ― minha mãe pergunta.

A janela fechada deixa com que poucos feixes de luz passem pelo vidro opaco. É domingo, horas antes de minhas tias acordarem com a minha avó.

Eu encaro o rosto marcado por anos e cansaço, brincando com as pelinhas soltas dos meus dedos.

― Por nenhum motivo relevante. Eu queria manter o primeiro nome e "kook" era bonito ― digo, dando de ombros. ― O som é agradável, eu gosto do meu nome.

― Também gostei ― mamãe responde, encarando um ponto aleatório do meu armário. ― Fico feliz que tenha mantido o primeiro nome, foi o seu avô quem escolheu.

Sorri com a lembrança do meu avô, antes de virar para onde ela encarava. A caixa do presente da Hyejin jogado no chão junto com pedaços de ataduras.

― Naquela hora, ― comecei novamente, engolindo a seco. ― que a senhora saiu do meu quarto. Foi muito, muito ruim. Eu pensei em vários finais para esse dia.

Mamãe me encarou, mordendo os lábios. Seu olhar era arrependido.

― Eu... Eu precisava de um tempo para pensar ― ela diz. ― Ainda é muito surreal a ideia de que eu não conheço minha fi... meu filho. Desculpa.

― Tudo bem ― respondo, me aproximando da mais velha e deitando a cabeça sobre o seu ombro. ― Quando a senhora voltou e me chamou de "filho", eu esqueci tudo. Me sinto leve agora.

Minha mãe soluça como se estivesse prestes a chorar novamente. Ela vira o rosto e deixa um beijo em meu couro, sorrio me aconchegando mais em seu abraço.

― Eu te amo muito, ogrinho.

Minha mãe me aceitou e isso é tudo o que importa.

― Eu te amo mais, mamãe.

[...]

― Eu sabia que a Ajumma era a melhor de todas! ― Hyejin diz, tão animada naquela manhã. A doida pouco se importando com o fato de estarmos de saia ao pular em minhas costas enquanto íamos para o ponto.

― Parece que saiu um peso das minhas costas ― digo, estendendo a mão para o nosso ônibus. Subindo logo em seguida.

― Imagino ― a noona afirma, sentando-se ao meu lado. ― Mas me diz, agora que você contou pra sua mãe... Vai contar pro' pessoal também?

― Não sei. Talvez ― eu pondero, mordendo os lábios. ― Não sei até que ponto me sinto confortável em me abrir.

― Nem a Wheein e o Tae?

― Talvez eles sim. São nossos amigos, né?

― São ― Hyejin apoia a cabeça sobre meu ombro. ― Mas isso não diz nada sobre você, kookie. Você quem decide.

Eu suspiro fazendo um carinho terno no rosto da noona antes de descermos no ponto do colégio.

Quando paramos em frente, vejo nossos dois amigos segurando panfletos e mais panfletos, distribuindo-los a todos os alunos que entravam, sinto até um pouco de dó quando vejo muitos os ignorarem ou, pior, pegarem os panfletos por "educação" e segundos depois jogarem no lixo não muito longe da entrada.

O fato deles serem parte do grupo de música parecia não chamar atenção de ninguém ali. Para uma escola que se dizia valorizar a arte, o clube de música era um dos mais marginalizados.

Taehyung foi o primeiro a perceber nossa aproximação e oferece um sorriso leve ao estender o papel para nós. Ambos pegamos de bom grado.

― O que é isso? ― Hyejin questiona.

― O segundo sarau do ano. É o papel das inscrições pra quem se interessar ― Taehyung explica, enrugando o nariz. ― Vai participar, Jeon?

― Não.

― Ah mas vai sim! ― Hyejin me dá um empurrão e eu reviro os olhos. ― O que custa, garoto?

Arregalo os olhos, me virando com tudo para a noona, recebendo em troca um olhar cúmplice que me fez entender tudo.

Ela ia me tratar do jeito certo sem se importar com alheios.

Não pude evitar o sorriso que se formou em meu rosto e muito menos segurei quando vi os rostos confusos dos meus dois amigos.

― Vai, Yon-ah ― Wheein é quem suplica. Ignorando os instantes de silêncio. ― A gente nunca te ouviu cantar.

― E nem vão.

― Meu deus do céu, eu vou dar na tua fuça!

― Sai de perto de mim, escandalosa! ― eu corro para trás do Taehyung, usando seu corpo magricela pra me proteger da pinscher ruiva.

― Taehyung, não protege o Jeon não, senão vai ser tu a levar uma coça.

Wheein riu quando Taehyung cruzou os braços, erguendo os ombros para ficar uns bons 20 centímetros mais alto que a Hyejin e ― a cereja do bolo ― arqueou as sobrancelhas em desafio para minha noona.

A ruiva bufa e bate o pé tal qual uma criança birrenta, mas continua no mesmo lugar semicerrando os olhos para mim. Eu, de anjo que não sou, mostro língua e dou um sorriso vitorioso.

― Tenho um guarda-costas oficial.

― Tamanho moleque... ― a campa toca, nos chamando a atenção. ― Essa conversa ainda não terminou, viu?

― Vai estudar vai, noona ― sim, eu usei o honorífico. ― Senão você não vai conseguir carta de recomendação dos professores.

Hyejin faz um gesto vulgar para mim antes de segurar o braço de Taehyung e puxá-lo em direção às salas do último ano.

Sobrando apenas eu e Wheein, seguimos em direção a nossa sala, sentando um do lado do outro enquanto a professora de Língua Coreana passava a lista grotesca de exercícios. Enquanto batia a cabeça com verbos, sinto Wheein cutucar as minhas costas com a ponta do lápis.

― Hm? ― murmuro, olhando-na por cima do ombro.

Jungyon... Eu posso te fazer uma pergunta?

Franzo o cenho pelo seu tom contido e assinto, pensando ser sobre a tarefa: ― Tem haver com o exercício? Tá' em qual questão?

― Não é isso. É que tem algo que há um tempo quero te perguntar tem um tempinho já.

Eu viro meu corpo para Wheein e me deparo com o seu semblante envergonhado.

― O quê, unnie?

― Você prefere que te tratem no masculino?

Arregalo os olhos, dando umas tossidas involuntárias que foram repreendidas pela professora. Eu murmuro um pedido de desculpas, voltando a sentar de frente com os ombros um pouco rígidos, mas acabo por responder Wheein num sussurro vacilante: ― Sim, noona...

Foco-me em fazer as questões e Wheein não volta a me chamar até que acabassem as primeiras aulas do dia. Quando eu me levanto, já pronto para ir a cantina, sinto a noona segurar meu braço.

― Como você se chama então? ― ela pergunta, surpreendentemente num tom calmo. Eu sorrio.

― Jungkook.

― Então quer dizer que todo esse tempo a gente estava te tratando errado... ― Taehyung diz e eu assinto, tímido. ― Aish, eu tô' me sentindo péssimo. Desculpa mesmo, Jeon.

Depois de ter falado com Wheein, eu disse que pretendia contar ao nosso amigo de óculos, sendo assim, nós dois partimos ao refeitório, encontrando Tae e Hye bicando comida um do prato do outro. Foi só eu sentar, que eu disparei sobre mim a Taehyung; ele pareceu tão de boa e até mesmo um pouco triste consigo mesmo por não ter perguntado como eu preferia ser chamado antes.

Apesar disso, eu estou muito feliz pelo simples fato dos meus amigos terem me recebido tão bem. Parece um sonho!

― Tem problema não, hyung ― eu garanto, sentido meu interior formigar.

Então é essa sensação de quando a gente conversa abertamente sem precisar esconder pronomes? Não consigo nem evitar o sorriso que cresce em meu rosto, cada vez maior.

― Bom, agora vou me certificar de te tratar da maneira certa! ― o de óculos afirma, batendo as duas mãos na mesa, decidido. Eu rio, acompanhado das duas noonas, do seu jeitinho. ― Isso explica muita coisa, aliás.

― O quê?

― Quando eu passei a andar com vocês, ― ele sinaliza. ― Eu percebi que a Hye não te chamava pelo nome, e sim 'Jeon'. Aí eu pensei que você preferiria o sobrenome, ao nome, então passei a só te chamar assim também.

― Eu percebi isso ― digo, sorrindo.

― Fofo ― Hyejin murmura, não se dando o trabalho de repetir quando Taehyung falou não tê-la ouvido direito.

Mas eu pude notar certas orelhinhas vermelhas da uma certa noona... Ela acha que engana quem, ein?

― Então... Acho que agora posso te chamar de Jungkook, né?

― Pode sim!

― Kook-ah, você vai participar do Sarau? ― Wheein pergunta e eu faço careta.

― Não.

― Vai sim, garoto! ― Taehyung e Hyejin falam ao mesmo tempo, arrancando uma risada de Wheein e um divertido revirar de olhos meu.

🏳️‍🌈

[PARK JIMIN]


Levanta, cabeçudo! ― meu irmão diz, entrando com tudo em meu quarto, abrindo as cortinas e os raios vindo direto em minha cara. Eu praguejo, sentindo uma pontada horrível em minha cabeça. ― Você tá' uó, Minnie.

Estico meu tronco desnudo sobre a cama e com certa dificuldade vou abrindo meus olhos, porém logo trato de fechá-los por conta do quarto estar claro demais.

― Bom dia, hyung ― digo, num bocejo.

― Bom dia? Já é uma da tarde, seu dorminhoco. Anda, tira essa bundona da cama e vai lavar o banheiro ― Jin se aproxima e sinto seu nariz tocar meus cabelos. ― Ewww. E vai lavar essa cabeça com cheiro de pinga!

Eu reviro os olhos, tateando o primeiro travesseiro para jogar na direção do que eu acreditava ser meu hyung.

Deu errado, joguei no cabideiro derrubando minhas bolsas e toalha tudo no chão, com o extra da gargalhada e tapão em meu ombro que o desgraçado do meu irmão deu.

― Anda logo, pinguço, o banheiro tem que estar com cheiro de pinho antes de eu ter que ir pro estúdio ― Jin diz, abrindo a porta. ― Não esquece que hoje eu tenho desfile e não quero me atrasar por causa da ressaca do meu maninho.

― Eu sempre termino de me arrumar primeiro que você!

― Detalhes.

― Ridículo.

Seokjin sorri, saltando para fora do quarto e gritando já do lado de fora: ― ANDA LOGO, PORRA!

― JÁ VOU, INFERNO! ― aí! doeu gritar.

Ressaca dos infernos.

Eu bebi todas possíveis ao ir, pela sexta vez, a Abundance. Ontem, em específico, foi a performance e aniversário do Bob, então não foi surpresa que enchemos a cara até que Yoongi precisasse nos carregar até o táxi enquanto Sana nos xingava de várias formas possíveis em árabe.

Levanto-me da cama, esticando meus braços e pernas e tomo a aspirina que o hyung deixou em cima da escrivaninha. Depois disso, solto o suspiro mais dramático possível, pois se tinha uma coisa que eu odiava dos afazeres domésticos era lavar o banheiro.

Literalmente a pior tarefa de casa possível! Tanto que ninguém se dispõe a lavar, só quando o banheiro tá perto de apodrecer que eu e o meu irmão entramos no soco para ver quem vai esfregar aquele piso.

Depois da árdua batalha com o esfregão, o banho foi libertador e um ótimo remédio para o meu cansaço. Quando chego a cozinha, vestindo apenas uma calça moletom e com os cabelos molhados, sento-me na cadeira, olhando com água na boca a travessa de macarronada que Seokjin fez.

― Às vezes eu esqueço desse seu talento ― digo de bom humor, pegando uma quantidade generosa de macarrão e pondo em meu prato.

― Um de muitos dos meus talentos, né?

― Sim, exibido ― reviro os olhos, dando a primeira garfada.

― Hyung, para de fuxicar as minhas coisas! ― tento puxá-lo pelos ombros, mas Seokjin é forte então nem sair do lugar ele saiu.

Depois do almoço, Seokjin insistiu em me acompanhar até o quarto pois queria ver qual seria 'meu look' para hoje.

― Eu já falei, você não vai usar a mesma camisa encardida de sempre! Deixa que eu sei das coisas, vou escolher uma roupa linda de bonita!

― Por que você é assim?!

― Cala a matraca e deixa o hyung ser seu consultor de moda hoje!

― Eu te odeio! ― bufo, marchando até a cama e esperando o hyung decidir o que ele quisesse.

Mas eu acho uma carapuça viu! Só porque eu uso a mesma camisa BRANCA (não encardida, como meu irmão falou), ele diz que eu não me visto bem?! Ai sinceramente...

― Vejamos... ― Seokjin diz, passando cabide por cabide, até parar no penúltimo. ― Não acredito...

― O que?

― Eu te dei esse suéter tem mais de um ano e ainda tá com a etiqueta, seu ingrato! ― ele joga o cabide com a camisa em minha direção. ― Você vai com essa porra!

Quando eu levanto para ver, uma careta se forma em meu rosto.

― Eu não vou usar isso.

― Vai sim! Foi caro, sabia?

― Você nem pagou nada, deixa de ser mentiroso, hyung! Isso daqui foi presente de um desfile.

― E daí?! A embalagem foi cinco dólares, ingrato! ― Seokjin aperta meu nariz. ― E isso é Gucci, mimadinho. Não é qualquer um que tem um suéter lindo desses.

Hyuuung... Eu vou parecer um palhaço.

― Que nada! Isso é moda, anda! ― meu irmão puxa meus braços para que eu levante, em seguida sai do meu quarto no tempo que eu visto o suéter. Quando ele volta, segura consigo um par de brincos espalhafatosos arredondados com pedrinhas rosas. Seokjin estende a joia em minha direção e eu enrugo o nariz, pegando-las mesmo assim.

Meu irmão volta até o meu armário e vasculha mai um pouco até tirar de lá minha calça preta e um sapato social que eu nem lembrava de ter trazido (provavelmente foi minha mãe de enxerida que colocou).

― Coloca essa calça e esse sapato.

Obedeço, sentindo o tecido da calça delinear minhas pernas e calço os sapatos. Ao me olhar no espelho, vejo uma versão de Jimin completamente diferente e não sei o que pensar sobre.

― Sua cara tá' parecendo um enterro ― Seokjin diz, atrás de mim, olhando-me pelo reflexo. ― Deixa eu passar uma base?

― Não. Sem maquiagens! ― sou rápido em responder, quase desesperado; Seokjin revira os olhos, mas já se direciona para fora do quarto.

Sozinho, dou mais uma olhada em minha roupa, ainda decidindo se gostei do resultado ou não. Claro que, jamais falaria isso ao meu irmão porque o ego dele ia parar nas alturas.

Quando saio do quarto e vou até a sala, digito uma mensagem ou outra para meus amigos. Aproveito para mandar uma foto de como estou, sendo respondido por vários áudios do Bob me chamando de "burguês gostoso", da Sana falando que eu sou a versão do David Bowie heterossexual e como sempre, Yoongi somente visualizando (ele nunca respondia, parecia um velho!).

Eu dou umas risadas mandando eles irem à merda e é nesse curto período de tempo que a campainha toca.

― E aí, Jimin? ― diz Namjoon, assim que eu abro a porta; sorrindo de orelha a orelha, mostrando as covinhas salientes e ajeitando os óculos de grau. Senti meu rosto esquentar pelas simples presença de Kim Namjoon.

Não é por nada não, mas esse homem é um armário quatro portas com espelho embutido e gavetas. Ele é gigante! Além disso, até a presença dele é estupidamente intimidadora ao mesmo tempo que admirável. Não sei... Talvez se ele não fosse amigo do meu irmão eu nem ousaria chegar tão perto assim dele.

― Oi, Namjoon, pode entrar.

Ele sorri gentil e eu concedo espaço para ele passar. Nesse tempo em que esperamos o atrasado do meu irmão aparecer, eu e Namjoon conversamos sobre o curso, sobre meu trampo na padaria, ele também elogiou minha fluência, dizendo que já estou conseguindo manter uma conversa (amém né? Só eu sei o tanto de vergonha que passei!) e ficamos tirando sarro sobre momentos relacionados ao Seokjin.

― Sem brincadeira, o Jinnie cismou que era o Brad Pitt lá na Disney e saiu correndo com uma coca na mão. A queda foi tão bonita que ele foi parar embaixo das pernas do cara.

Eu me engasgava de tanto rir até, com muito esforço, perguntar: ― E era o Brad Pitt?

― Não. Era um cara aleatório. Literalmente todo mundo do parque ficou olhando pra ele com uma interrogação imensa no rosto. Foi hilário!

― Realmente é de família ter essas quedas e pagar esses micos ― rimos juntos.

― Já estou pronto, cascavéis ― meu irmão diz, aparecendo na sala e semicerrando os olhos para nós dois. ― Já podem parar com o 'exposed' dos meus micos em prol dos artistas que gosto!

Eu reviro os olhos, ainda me recuperado da crise de riso anterior, mas acompanho ambos até o carro.

[...]

― Vocês sentam aqui. Como ainda não chegou ninguém, vocês podem andar um pouco pelo salão e até podem ir no camarim se quiserem.

― A gente fica por aqui mesmo ― eu respondo e Namjoon assente.

― Ok então ― Seokjin bagunça meu cabelo e eu praguejo. Ele dá de ombros aos meus xingamentos e se volta ao mais alto, abraçando-o. ― Vejo vocês depois do desfile. Torçam para eu não cair!

― Tomara que você caia! ― provoco, recebendo um dedo no meio em resposta. ― Brincadeira, hyung. Bom desfile!

― Bom desfile, Jinnie ― Namjoon diz, sorrindo.

Seokjin manda dois beijos voadores em nossa direção antes de sumir por uma das portas ao fundo do palco. Enquanto isso, eu e o Namjoon engatamos em comentários aleatórios, até que, aos poucos, as pessoas começaram a chegar. Eu não conhecia ninguém, mas Namjoon parecia conhecer, pois apontava discretamente para cada um dizendo o quão importante ele era. Eram críticos de moda, CEO's de marcas famosas, modelos, fotógrafos e blogueiros. Por um momento achei que veria o Carson Kressley, mas Namjoon me desiludiu.

Foi então, no meio das pessoas que chegavam, eu vi uma figura conhecida caminhando aos fundos assim como Seokjin fez.

― Namjoon, eu vou bem ali rapidinho ― não pensei muito quando anunciei.

― Não demora, daqui a pouco começa.

Assinto, levantando-me da cadeira e seguindo a pessoa aos fundos. Quando ela passa pela porta, eu passo atrás e acabo por me deparar com um camarim gigante cheio de modelos.

Minhas bochechas ficam vermelhas quando todos os olhos voltam para mim, quase como se eu fosse um intruso (o que de fato, eu era), inclusive aqueles de quem eu segui.

Jung Hoseok.

Ele me encara, com o cenho levemente surpreso e eu não estava tão diferente assim dele. Dessa vez, Hoseok não usava maquiagens carregadas e tão pouco roupas extravagantes de Drag, e sim, um simples terno vinho, com os cabelos curtos escuros bem penteados e a cara lavada.

Todas as vezes que eu fui a Abundance, nunca havia o visto naquelas roupas tão... masculinas? Parecia que não combinava com ele a princípio; porém se reparasse um pouco mais nos detalhes, perceberia os adornos do paletó, a camisa branca com uma rosa bordada de lantejoulas e os sapatos prateados cheios de brilho.

― Maninho? O que você tá' fazendo aqui, doido? ― Seokjin aparece em minha frente, tapando Hoseok.

― Ah... E-eu... ― Que ótimo. Começou a sessão gagueira! ― Vim te ver, hyung!

Seokjin franze o cenho e só então eu presto atenção no rosto maquiado em tons laranjas. Meu hyung está de tirar o fôlego!

― Pensei que você queria ficar lá com o Nam.

― Na hora, sim. Mas aí ficou chato e eu vim dar uma espiadinha! ― dou de ombros, tentando ao máximo parecer casual.

Seokjin parece comprar a mentira, pois coloca o braço envolta do meu ombro, ficando ao meu lado. Eu sorrio sem graça, encarando chão.

― Esse é o meu maninho, pessoal! ― Seokjin diz, balançando meu ombro. ― Sejam receptivos com ele.

Algumas pessoas me cumprimentam durante o caminho para sei-lá-onde Seokjin me levava. Passamos por cada cadeira ocupada por modelos e seus maquiadores e cabeleireiros. E ao chegar na última cadeira vazia, é quando o encontro novamente. Hoseok.

Segurando um secador, distribuindo sorrisos para nós.

― Hobi! ― meu irmão o abraça. ― Já conhece o meu caçula?

― Já sim.

― Sério? ― Seokjin vira os olhos para mim. ― De onde?

― Ele vai ao Abundance, hyung ― Hoseok responde no seu coreano mais fluente. Eu arregalo os olhos sem graça, mas balanço a cabeça concordando.

― Então quer dizer que você conheceu meu cabelereiro todo montado antes de mim?!

― Nunca viu ele montado?

― Não! Ele nunca me diz os dias que apresenta! ― Seokjin responde, indignado; enquanto senta na cadeira e um Hoseok sorridente começa a mexer em seu cabelo. Eu apoio meu corpo no balcão, cruzando os braços e encarando os dois (talvez encarando mais o cabeleireiro do que meu irmão em si).

― 'Quê foi? ― Hoseok pergunta, sustentando o olhar sobre mim.

― Nada.

Hoseok revira os olhos enquanto repuxa mais um de seus vários sorrisos. Ele me encara vez ou outra, porém sempre focado no cabelo do meu irmão.

― Quando eu terminar o cabelo do Jin hyung, você senta ― ele diz.

Eu franzo o cenho.

― Ahn? Sentar? Pra quê?

― Eu vou dar um jeito nessas suas olheiras, criança.

― Mas eu não vou desfilar...

― E daí? ― Hoseok arqueia as sobrancelhas. ― Você é irmão de Park Seokjin, literalmente o cara mais bonito e talentoso que já passou por essas passarelas, não pode aparecer de qualquer jeito.

Seokjin pisca para mim, antes de dar um high-five com Hoseok. Eu reviro meu olhos, não me opondo.

― Hoseok, você verá... ― meu irmão começa. ― Eu ainda me tornarei um dos modelos mais famosos do mundo!

― Não duvido.

Hoseok sorri e eu também, não duvidávamos da capacidade do nosso hyung de ser gigante.

― Jin hyung, eu estava pensando... ― Hoseok diz, chapando a mecha de trás. ― Se você quer tanto me assistir, é só ir com o seu irmão a balada. Tenho certeza que ele sabe os dias que eu apresento, só está com vergonha de falar.

Eu pigarreio sem saber o que responder.

Por que ele é tão...???

― Cretino! Você sabe!

― N-não sei não, hyung. E-eu só dou sorte.

― Cobra mentirosa, eu sei quando você mente! ― reviro os olhos. ― Vou com você na próxima vez, esteja avisado.

― E quem disse que vai ter próxima vez? ― eu indago, arqueando as sobrancelhas.

Hoseok ri soprado e, sem me encarar, posso sentir o tom lascivo e sugestivo dele ao dizer: ― Sempre vai ter uma próxima, porque o seu irmão é caidinho na J-Hope.

[...]

― Você acha que essa roupa tá' boa, hyung? ― pergunto, encarando-me dos pés a cabeça em frente ao espelho.

― Tá' gatão ― Seokjin diz, deitado em minha cama com o braço apoiado na bochecha. ― Isso tudo é só porque você vai com o Hoseok? Pensei que fosse uma saída de amigos...

― É uma saída de amigos, hyung.

― Hum... Não parece.

― Dá pra você parar de zoar e me ajudar aqui? ― praguejo, sentindo-me cada vez mais ansioso.

Passaram-se algumas semanas desde o desfile do meu irmão. Hoseok e eu vínhamos conversando, seja por mensagem ou nos trombando na boate. Pode-se dizer que viramos amigos e até chegamos a sair junto a Bob, Sana e Yoongi.

Entretanto, eu e ele nunca tínhamos saído sozinhos e no começo da semana eu meio que o convidei para beber alguma coisa e ele aceitou.

E talvez, só talvez mesmo, eu esteja um tanto que nervoso quase me mijando nas calças pelo dia de hoje.

Não é um encontro, ok?

Mas será que ele vai maquiado? Será que ele vai gostar do que eu programei?

― Pronto ― meu irmão diz, sorridente, enquanto me encara. Ele quem escolheu, novamente, minhas roupas. Uma calça preta com rasgos no joelho, uma camisa listrada preta e branca e um coturno preto. Ele também me fez colocar algumas joias como anéis e brincos.

O medo de estar arrumado demais é real.

― Para de se tremer, doido, tá parecendo aqueles pinschers.

― Hyung, se você continuar falando aí que eu vou me tremer mesmo!

― E ainda me diz que não é um encontro ― o iludido revira os olhos, mas então um sorriso malicioso cresce em seu lábios quando aperta minha bochechas. Dói para caralho! ― Iti, o bebêzinho do hyung tá' virando neném grande, vai ter o seu primeiro encontrinho!

― Para, hyung! ― bufo, estapeando as suas mãos quando o ouço gargalhar.

― Doido, não tem problema você sair com outro garoto não. Se o problema for o que eu acho, saiba que eu não acho nada!

― Mas não é isso ― eu bufo outra vez. Cansado já. ― Eu não sou gay!

― E vamos da fase de negação. Existe bi e pan, sabia?

― Tá', tá', tá'. Eu não quero falar sobre isso agora!

Seokjin levanta as mãos em rendição e no mesmo instante, a campainha toca.

Santa Maria da minha bicicletinha.

― O boy chegou ― Seokjin mostra a língua e o maldito ainda me dá um peteleco na testa. ― Vá logo, não o deixe esperando!

Reviro os olhos, passando pelo irmão e pegando meu celular e carteira em cima da cama.

― Talvez eu volte um pouco mais tarde então não vai rolar a nossa sessão de série.

Seokjin balança as mãos, sorrindo para mim como quem diz que está tudo bem.

― Relaxa ― ele garante. ― Eu chamei o Nam para vir aqui.

Faço uma careta com a traição provinda do meu irmão (vagabundo, vai assistir The Office sem mim!) e direciono-me até a porta.

― Oi... ― sinto minhas bochechas esquentarem quando vejo Hoseok em minha frente.

Ele está lindo e eu me tremo todinho.

― Oi ― responde, sorridente. Acho que morri com o seu sorriso. ― Vamos?

― C-claro.

🦋

[JEON JUNGKOOK]


Posso, filho? ― mamãe pergunta por cima de meu ombro. Eu a olho de esguelha e ofereço-lhe um sorriso, assentindo.

― Por favor, não me deixa careca.

― Moleque, me respeita!

Eu rio sentindo-a beliscar de leve meu pescoço.

Sunmin amarra meu cabelo rente a nuca e pega a tesoura.

Respiro fundo, uma, duas, três vezes; até ouvir o barulho do corte e logo em seguida, sentindo aos poucos minha cabeça ficar mais leve.

Quando mamãe termina a primeira parte, ela entrega o cabelo já cortado em minhas mãos e, com cuidado, faço um nó com a liga.

― Amarra bem, não deixa nenhum fio desalinhado. É pra doar.

― Pode deixar!

Mamãe volta a cortar e repicar cada fio com a tesoura e navalha. Assim como sempre fazia com meu avô.

A cada tufo de cabelo caindo no chão, meu coração dança em ansiedade. O sorriso não sai de meu rosto em nenhum momento.

É então que ela conclui, dando o último reparo na franja. Mamãe me encara, estudando cada feição minha e sorri daquele jeito bonito que eu tanto amo.

― Terminou? ― pergunto, esbugalhando os olhos.

― Sim ― ela sorri, pegando o espelho em cima da mesinha e levantando para que eu pudesse ver meu reflexo.

Então eu vejo, o corte curto e escuro, a nuca reta, a franja cobrindo minha testa.

Uma das raras vezes as quais me sinto bonito.

― Gostou, ogrinho?

― Eu amei, mãe. Obrigado! ― digo, abraçando-a o mais forte que consigo.

[...]

― Para de se tremer! ― Hyejin resmunga, me dando mais um dos vários tapas em meu braço. ― Não precisa disso. É só um Sarau. Quer ver? Nem tem tanta gente.

Ela levanta um pouco a cortina para que eu espiasse fora e eu engulo a seco. Não tinha tanta gente, mas mesmo assim não era um pequeno.

― Acho que vou me cagar todo.

― Aguenta esse cu frouxo!

― Noona!

― Jungkook!

Bufo, escondendo o rosto em seu ombro. Logo sinto as mãos da mais velha fazendo cafuné em meus cabelos curtos.

― Você vai se sair bem...

― Quem garante?

― Eu, ué! Minha palavra não basta?

Reviro os olhos.

― Você fala isso porque é a minha melhor amiga.

― Então confia na sua melhor amiga que ela sabe o que tá' falando! ― Hyejin segura minhas bochechas, balançando minha cabeça para um lado e para o outro.

Aaaish...

― Quem é que tá' resmungando?

Taehyung aparece de sei-lá-onde, agachando-se à nossa frente.

― O Jungkook tá' dando piti.

― Eu não tô' dando piti!

― Não precisa, Kook ― ele aperta meu nariz e eu bufo. Por que é que eles sempre me tratam como se eu fosse um bebê?

Só porque eu sou o maknae. Puff.

― Oppa, já posso anunciar? ― Wheein pergunta, com a cabeça surgindo por trás das cortinas e minhas pernas começam a tremer. Taehyung pede para ela enrolar por mais cinco minutinhos enquanto brinca com meus dedos tão gelados de nervosismo.

― Jungkook, olha pra mim ― ele pede e eu obedeço, encarando seus olhos miúdos nos óculos redondos ― Não se preocupa, ninguém aqui é profissional. Seja apenas você, ok?

― E se eu desafinar?

― E quem não desafina quando se canta ao vivo? ― Taehyung sorri. ― Relaxa, eu estarei lá, lembra? Tocando enquanto você canta.

― Eu tô' com medo... ― murmuro.

― É normal sentir no começo, mas depois passa, eu te garanto.

Assinto mesmo com o estômago embrulhado que só. Hyejin aperta meu ombro me confortando antes de descer até o gramado para ficar com o resto do público. Taehyung se levanta, indo até o outro lado do palco pegar o violão e conectar a caixa de som, dedilhando algumas vezes para ouvir a afinação. Ouço o público de fora murmurar em espera e engulo a seco quando meu amigo me chama com a mão para que eu ficasse ao seu lado.

Wheein aparece novamente, perguntando se está tudo certo enquanto me entrega um microfone, eu balanço a cabeça, respirando fundo e brinco com meus próprios pés na tentativa de dissipar a tensão.

As cortinas se abrem, os raios do sol pintam meu rosto naquele Sarau ao ar livre e as dedilhadas no violão se iniciam.


Respiro fundo e, com os olhos fechados, eu começo a cantar.

Atenda o telefone

Arrume sua cama, coma umas torradas.

Se o que você precisa é ser lembrado

Então aqui está o post-it.


Lembro do Taehyung me dizer que a música que eu escolhesse deveria ser aquela que me trouxesse bons sentimentos, aquela que me fizesse refletir pois, nas palavras dele, Outono era isso. Época de refletirmos sobre tudo, de recolhermos os bons frutos para sobreviver as grandes lutas.

Eu não entendi muita coisa dessa baboseira filosófica que o músico fala, mas enfim escolhi uma canção.


Cante uma nova música,

Que esteve lá o tempo todo

Jogue-o para longe

Não há maneiras de cantar errado.


Uma que representasse a pessoa mais importante da minha vida.

A cada palavra cantada, eu penso em minha mãe.


Amigo,

Você só precisa ir para casa

E eu acho que talvez

Você só sente falta da sua mãe.


Ela ter me aceitado, ter cortado o meu cabelo, ser a melhor mãe do mundo e agora, eu podendo ser sincero com ela, como eu sempre quis um dia ser.

Eu sentia falta de momentos que nunca pude ter com ela antes e agora que eu tenho, não irei largar.


Continuo acordando

Com esse peso em meu peito

Que se chama apenas: ser uma pessoa

Eu nunca planejei isso.


No próximo ano, eu serei o garoto que sempre fui. Nada mais de nome-morto nas chamadas ou usar roupas que me deixam desconfortável.

Eu serei eu.

A música termina, eu ouço aplausos e abro meus olhos. Hyejin sorria grande pra mim levantando as mãos num 'positivo' orgulhoso. Dei meu sorriso domar todo o meu rosto, até que as ruguinhas começassem a aparecer embaixo de meus olhos. Viro a cabeça para Taehyung, que sorri grande, também aplaude.

E então eu digo: ― Oi! Eu sou Jeon Jungkook e obrigado pela oportunidade de estar aqui cantando para vocês!

🦋

OIEEEE! Cheguei :DDDD

Como vocês estão depois da choradeira que foi o capítulo anterior? kkkkkkkkk eu fiquei MUITO surpreso e emocionado com o chororô mútuoKSHDSKDHS aliás ainda tô muito soft com os comentários, vocês são tão fofos :'((((( sério, muito obrigado! (eu sempre agradeço né? mas é que eu não consigo me expressar sem agradecer todas as leituras T.T)

Na att de hoje, tivemos alguns flashbacks (eles serão bastante presentes nos próximos capítulos), tivemos Jungkook se apresentando > finalmente < da maneira certa💕💕 e agora estamos no Jungkook segunda fase com o cabelo cortadinho, lindo de bonito  😭😭👍👍

Eu o imagino desse jeitinho (morram de amores comigo pf):

Gostaram do capítulo? Me contem por aqui ou usando a tag #éelenãoela no twitter pra nós interagirmos, vou gostar muito de saber o que vocês estão achando!

Aliás, me sigam nas redes sociais twitter/instagram (é arabelluv em todas), eu sou um pamonhão, só falo besteira, mas tento ser responsável de vez em quando ok!

Hihi obrigado novamente por terem lido, vejo vocês na próxima!

xx Abel.

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