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[6] Perseguidor

Boa leitura:

Durante o tempo em que se ausentou para guardar a lente, Jisung ouviu cochichos entre Jackson e o outro alfa. Odiava quando era deixado de lado, e ambos sempre ficavam de segredinhos. Era como se não confiassem nele. 

Acreditava que talvez eles tinham seus motivos, afinal, o ômega falava mais do que o apropriado. Mas ainda assim, era frustrante. Ele tentou forçar a audição para escutar alguma coisa, mas o único ruído que conseguiu ouvir foi o barulho do vento dançando entre as folhas das árvores. 

Quando deixou a tenda, encontrou Chanyeol sentado próximo à fogueira, enquanto assava a carne de algum animal que ele caçou hoje cedo. Jackson estava de pé, encostado em uma árvore um pouco na escuridão. 

Assim que viu o ômega se aproximando, ele saiu de onde estava e chegou mais perto para ficarem juntos, sentados próximos ao quentinho das chamas. Jisung notou quando o alfa olhou em seu cinto e percebeu que eu não estava com a katana, mas não se importou, afinal de contas ele estava com dois caçadores e muito bem protegido. 

Esperou uma repreensão da parte de Jackson, mas ele apenas sorriu para si, pegou um prato e serviu os dois. Em seguida, ele repetiu o processo para si mesmo e todos se alimentaram em silêncio. 

Após terminar a refeição, Jisung sentiu que seu corpo necessitava de um lugar confortável em que pudesse descansar verdadeiramente. Os dias que passaram seguindo viagem no assento desconfortavelmente duro da carruagem, o deixou com a impressão de que seu corpo estava travado. 

Chamou Jackson para acompanhá-lo até a tenda, mas ele decidiu que ficaria do lado de fora por mais algum tempo, informando que iria patrulhar a área para mantê-los em segurança. Desse modo, Jisung sentiu-se mais tranquilo para fechar os olhos e dormir sem mais preocupações.

Algum tempo depois, o ômega acordou assustado ao sentir um braço puxá-lo pela cintura, mas quando sentiu o tão íntimo cheiro de menta, relaxou o corpo e fechou os olhos novamente. 

Após ter ingerido muito líquido antes de dormir, aliado ao frio que era demasiado esta noite, Jisung  acordou novamente, dessa vez, com uma intensa vontade de urinar. Olhou  para Jackson e ele parecia estar em seu trigésimo sono, então achou melhor não acordá-lo. Era possível ver a luz das chamas que ainda estavam queimando na fogueira, através do tecido da tenda. 

A katana estava ao seu lado mas não sentiu que havia necessidade de levá-la consigo, se algo acontecesse ele poderia gritar e os dois caçadores, sendo alfas, poderiam ouvir de qualquer lugar e viriam ao seu auxílio. Mas, por via das dúvidas, optou por levar um pequeno punhal que escondeu preso entre as calças e o quadril. 

Viu quando seu alfa movimentou-se e por um momento Jisung teve a impressão de que ele estava acordado.

— Jack…? — Sussurrou, mas não obteve uma resposta.

O ômega levantou-se com cuidado para não acordá-lo e deixou a tenda, sentindo a diferença assim que pisou do lado de fora do abrigo. Quando o vento frio tocou sua pele, sentiu vontade de voltar e se encaixar nos braços quentes de Jackson outra vez. Ele estudou a direção da barraca em que Chanyeol dormia, ela estava silenciosa e escura, assim como tudo ao redor. Com exceção da fogueira no centro do acampamento. 

Com um pouco de receio, Jisung seguiu tateando por entre algumas árvores e encontrou um espaço disponível entre duas delas, o lugar perfeito para aliviar sua necessidade. Tentou ignorar os barulhos assustadores em sua volta e a terrível sensação de estar sendo observado, mesmo que a escuridão não permita que enxergue um palmo à sua frente. 

Assim que terminou, girou depressa para voltar ao acampamento, aproveitando que seus olhos já estavam se acostumando à escuridão. Quase que seu coração saltou do peito quando viu uma figura enorme se destacando entre as sombras. Abriu a boca para chamar por Jackson, mas ele avançou tão ligeiro, que Jisung tropeçou caindo para trás e engasgou um grito no fundo da garganta quando sentiu duas mãos agarrarem seus braços com firmeza. 

O ômega esperneou-se tentando chutá-lo, um dos pés atingiu sua virilha e Chanyeol o largou rapidamente, por tempo suficiente para que ele pudesse correr pelo único caminho livre que encontrou na sua frente. 

Quando a voz tornou a garganta, o ômega gritou o mais alto que podia, chamando pelo  nome do seu alfa e seguiu correndo, tentando se esconder através da escuridão. Jisung olhou para trás e viu que a figura misteriosa havia se recuperado e já estava correndo em seu encalço, tal como um lobo caçando uma lebre.

O Ômega estava com tanto medo que nem ao menos prestou atenção no caminho que estava seguindo, a única coisa que ele queria era se livrar do perseguidor. Encheu os pulmões de ar mais uma vez e gritou o nome de Jackson. Era praticamente impossível que ele não tenha escutado. Jisung perguntou-se por que ele não estava indo ao seu encontro. 

Sentiu o cabo do punhal que escondeu, ser pressionado contra a pele de seu quadril conforme ele corria. Com essa lâmina pequena ele entendeu que não seria capaz de desempenhar a mesma função caso estivesse com a katana, e se arrependeu de não tê-la levado consigo. 

O Ômega olhou para trás novamente, tentando calcular a distância entre os dois e quais seriam suas chances, quando um corpo se chocou contra o dele lateralmente, caindo sobre si. Instintivamente, Jisung puxou o punhal e, em meio ao desespero, cravou a lâmina de qualquer jeito contra o alfa. Não fazia ideia de onde o atingiu, mas o desconhecido rugiu de dor. 

O ômega aproveitou o breve momento de distração para se arrastar com alguma dificuldade e assim conseguiu fugir de seu domínio. Ele correu alucinado pelo caminho de volta, sentindo um cheiro amargo estranhamente familiar. Para sua infelicidade, o perseguidor já estava novamente em seu rastro. 

Jisung viu a luz da fogueira do acampamento ao longe e colocou mais força em suas pernas, aumentando a velocidade. Quando estava chegando perto ele gritei novamente. Dessa vez ainda mais alto:

— JACKSON!!! 

Mas não teve nenhuma resposta. Antes que pudesse gritar novamente, uma mão cobriu sua boca e um braço cercou o torso. O perseguidor ergueu o ômega do chão arrastando-o de volta à floresta. Jisung ergueu as mãos tentando atingi-lo de alguma forma, encontrou o cabelo dele e o puxou com força, mas era inútil, o alfa permaneceu inalterável. 

O ômega  largou o cabelo dele e parou de tentar chutá-lo. Seu cérebro dizia para continuar lutando, mas seu corpo se entregou de uma maneira que ele só conseguia fazer o que acreditava ser o seu melhor: chorar. Foi empurrado contra o chão onde caiu entre algumas raízes expostas de uma árvore. Encolheu o corpo contra algo sólido, que pelo tato parecia ser o tronco da árvore, e fechei os olhos sentindo o frio das lágrimas cortando o rosto. 

Quando os abriu novamente, demorou um pouco até sua visão se acostumar com a escuridão outra vez, mas conseguiu enxergar a criatura parada de pé, um pouco distante. Ele estava tão imóvel que por um momento Jisung acreditou que ele estava dormindo de pé. Mas então uma de suas mãos se movimentou e ele puxou, bem lentamente, algo que estava enterrado um pouco abaixo de seu ombro. Era o punhal. 

O ruído da lâmina deixando sua carne e o sangue jorrando junto, fez o estômago do ômega revirar. Ele não emitiu nenhum som quando o objeto foi retirado de seu ombro. Jisung virou o rosto e fechou os olhos, implorando em um sussurro:

— Por favor... 

Seu silêncio era o que mais o assustava. Com efeito, o ômega preferia que ele dissesse alguma coisa, nem que fossem ameaças. Mas ainda silencioso, o que ouviu foram apenas passos chegando cada vez mais perto de onde ele estava, e a única coisa que Jisung conseguiu fazer foi milagrosamente controlar o choro. Sentiu algo pressionar contra seu quadril e subiu devagar. 

O contato gélido deslizou pelo braço e o ômega entendeu que se tratava de seu próprio punhal. Ele podia sentir o rastro úmido de sangue pelo caminho em que o desconhecido passou a faca, mas ele não sentia dor, não estava ferido. O sangue era de Chanyeol. 

Estava quase perdendo os sentidos, concentrado apenas no barulho de sua respiração, no metal gelado contra sua pele e no fato de que iria ser molestado ou morto, sem ao menos saber a identidade dele. Sentiu dedos de uma mão curvarem-se pela sua garganta e petrificou assombrado. Cerrou os olhos ainda mais, mas ainda podia ter certeza de que o alfa estava com o rosto próximo do dele, pois a respiração batia contra seu ouvido. 

Jisung só estava esperando pelo pior, quando ele se afastou repentinamente. Não sabia o que ele estava fazendo e também não ousou abrir os olhos. Um certo tempo se passou até sentir uma mão pousar suavemente em seu ombro, Jisung não conseguiu evitar outro gemido de pavor, até que ouviu aquela voz tão agradável:

— Meu bem, abra seus olhos.

O ômega fez como indicado e encontrou Jackson abaixado bem ao seu lado. Não conseguiu segurar o choro e o abraçou tão fortemente, que poderia ter quebrado algumas de suas costelas. Aos poucos o medo foi deixando-o perceber outros sons que antes pareciam ter desaparecido. Também conseguiu identificar outros cheiros, como o dele de menta, o da árvore, da terra e do mato.

Jackson falava que estava tudo bem, mas o ômega só queria ficar abraçado a ele e não largar nunca mais. O aroma amargo ainda estava por ali, Jisung ergueu os olhos e quase caí para trás quando viu a criatura parada atrás de seu alfa.

— Ele tá atrás de você... — sua voz saiu fraca e ele engoli em seco, para repetir com mais intensidade: — Ele vai te matar! 

— Está tudo bem, Jisung. — Jackson disse, beijando seu rosto. — Está seguro.

Confuso, o ômega olhou para a figura misteriosa oculta entre as sombras, que segundos atrás estava lhe perseguindo. Chanyeol exibiu sua presença em uma parte mais iluminada. Ele sorriu despreocupado e colocou a mão no ombro, onde estava o ferimento deixado por Jisung.

— Essa doeu, hm? Vou precisar consertar isso. Você sabe costurar, certo? Deve ter aprendido em suas aulas de como ser um bom ômega, algo do tipo… Jackson poderia fazer mas a mão dele é mais pesada.

— Espera… — Jisung levantou-se olhando com o cenho franzido para Chanyeol, tentando entender a situação — você que estava me perseguindo como se eu fosse uma presa?

— Sim. 

— Jisung, deixa eu explicar… — Jackson começou, mas o ômega interrompeu. 

As informações começaram a se encaixar em seu cérebro com rapidez, agora que ele não estava mais tão apavorado.

— Você sabia?

— Eu que pedi pra ele fazer isso. Você precisava entender a importância de carregar a sua arma sempre com você.

— Que droga você acha que é isso no ombro dele?! — Jisung questionou tentando controlar a vontade de bater no alfa. — Eu estava com meu punhal!

— E foi o suficiente?

— Mas que.... — Respirou fundo antes de continuar: — Você tem ideia do que eu passei? Por um momento eu pensei que o Tenente Jo havia nos encontrado... pensei que ele fosse me machucar... você me ouviu gritar? — Jackson assentiu com a cabeça e o ômega sentiu seus olhos lacrimejarem. — Pensei que…

Sua voz falhou só de imaginar que se ao invés de Chanyeol, aquele fosse o Tenente Jo, Jackson não teria feito nada e ele poderia não estar aqui agora. Como o próprio alfa disse, essas estradas estão cheias de salteadores. 

Jackson deu um passo na direção do ômega mas este se afastou dele, esticando as mãos para que ele permanecesse distante.

— Faz parte do seu treinamento. — O alfa ignorou o espaço criado entre eles e continuou se aproximando.

— Você é cruel! — Jisung o empurrou e o mesmo cessou os passos. Ele olhou para Chanyeol mas o alfa só prestava atenção na cena, depois voltou sua atenção para Jackson quando prosseguiu: — Que tipo de treinamento estúpido é esse que você expõe seu ômega a esse tipo de coisa?! 

— Jisung… — Jackson tentou se aproximar, dessa vez ele o empurrou com mais força.

— Me deixa em paz. — Girou para voltar ao acampamento e encontrou Chanyeol parado na sua frente. — Saia do meu caminho!

O alfa deu um passo para o lado, assistindo ele seguir correndo. As lágrimas ofuscaram a visão, mas pelo menos podia enxergar o aspecto alaranjado do fogo, que ainda estava aceso na fogueira do acampamento. Limpou os olhos com o dorso das mãos e continuou na mesma direção, ignorando os passos dos alfas atrás de si.

Jisung entrou na tenda fechando-a logo em seguida, para que Jackson não entrasse. Não importava se ele vai dormir ao relento ou se vai abraçar-se com Chanyeol para se esquentar. 

Embora entendesse sobre a necessidade de aprender muita coisa, mas em sua opinião Jackson foi bárbaro e insensível. Estava frio. Ele deitou-se de lado, encolhido entre as cobertas e fechou os olhos, tentando parar de chorar.

Continua....

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