Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

[3] Sangue Frio

Boa leitura:

Passou-se algum tempo desde que o caçador desconhecido o trouxe para essa casa. Ele não concedeu nenhuma informação sobre si, nem mesmo um nome.

Porém, já tinha feito mais perguntas do que o próprio ômega  já fiz em toda sua vida. É claro, Jisung não respondeu nenhuma corretamente.

— Já disse que você pode confiar em mim. — Ele insistiu.

Jisung estava sentado em cima de uma bancada cortando legumes, a pedido do caçador, enquanto o mesmo preparava uma massa bem ao lado.
"Não confie em ninguém" — As palavras de Jackson repetiam em sua mente.

— Como eu posso confiar em alguém que não me disse nem o próprio nome?

— Ótimo argumento. — O desconhecido lhe estudou com atenção, ao mesmo tempo em que esticava a massa em cima de uma tábua. Em seguida, finalmente se apresentou: — Meu nome é Chanyeol. Estou a mais tempo na Ordem do que Jackson. Estava em uma missão quando vi o galeão ancorando, e ele desembarcando com você. E agora, você vai responder se ele está te treinando?

Jisung ponderou por um tempo. Talvez não houvesse problema se ele respondesse apenas isso.

— Sim... — Chanyeol o observou por um tempo, e de repente começou a rir. — Qual é a graça? Acha que um ômega não pode ser um caçador?

— Meu ômega também é um caçador. — Ele disse, parando de rir, e, seguida explicou: — Eu ri porque Jackson sempre foi muito frio em relação a isso, e agora está treinando um ômega que ele mesmo marcou. É no mínimo bizarro. Como vocês se conheceram ?

Jisung não respondeu.

— Tudo bem. — Chanyeol largou a massa e virou de frente para ele: — Vamos fazer o seguinte: cada um tem direito a uma pergunta, fechada?

Este era o alfa mais estranho que Jisung conheceu, sem dúvida alguma. Ele era bem estranho, no mínimo. Seu semblante sempre estava calmo, com um sorriso simpático. Se ele for realmente um caçador, como diz, poderia facilmente tirar informações do ômega, sem o mínimo esforço. Mas está negociando, e tratando-o com muita cordialidade.

Jisung se perguntou mentalmente se aquela é a sua verdadeira personalidade, ou se era apenas medo do que Jackson poderia fazer ao colocar suas mãos nele.

— Eu começo — O ômega aceitou. Talvez não seria má ideia tentar obter informações dele também. — Onde seu ômega está?

— Coréia. Como vocês se conheceram?

— Eu estava fugindo do meu noivo…

O ômega contou toda a história a partir do ataque do Black Swan ao galeão da Marinha coreana, até o momento atual. Em seguida, Chanyeol contou como conheceu Jackson, o ômega dele e como ambos se tornaram caçadores.

Enquanto o macarrão cozinhava, ele serviu um pouco de chá e continuaram conversando. Passariam por bons amigos, se não fosse o fato de que Chanyeol era um estranho que o sequestrou.

— Posso usar o banheiro? — Jisung solicitou.

— Siga direto nesse corredor. — O alfa mostrou a direita dele e detalhou: — Última porta.

O ômega agradeceu e seguiu na direção indicada. Ele trancou a porta vagarosamente e buscou no banheiro alguma coisa que pudesse usar como arma, mas de mortal, existia apenas o espelho sobre a pia. Talvez se ele o quebrasse poderia usar como faca. Mas descartou a ideia no mesmo instante. Chanyeol poderia ouvir o barulho e talvez, toda gentileza poderia se transformar em grosseria.

Jisung foi retirado de seus devaneios, quando ouviu um barulho de uma panela caindo no chão. Não se passaram nem dois minutos que o ômega havia se retirado, quando retornou a cozinha, Chanyeol estava deitado sobre a mesa e Jackson debruçado sobre ele, segurando uma faca em seu pescoço e uma pistola pressionada contra a costela.

— Onde ele tá, seu miserável?!! — Jackson rugiu, forçando ainda mais a lâmina contra o pescoço dele, deixando uma linha de sangue.

—  Então é assim que você fica quando tá apaixonado... — Chanyeol refletiu, parecendo não se importar que estava à beira da morte. Quando sorriu, mostrou que seus dentes estavam sujos de sangue.

— Estou bem! — Quando segurou no braço dele, Jisung viu seus olhos vermelhos quando ele olhou para si.
Jackson ficava assustador quando estava bravo.

Demorou alguns segundos, até que ele se concentrou novamente no outro alfa, depois olhou para Jisung novamente:

— Ele te machucou?

— Não.

— Ele te ameaçou de alguma forma ?

Sim. De certo modo, ele deixou bastante explícito que não queria machucar, mas que o faria caso Jisung não cooperasse. Porém, o ômega achou melhor evitar algum conflito, que muito provavelmente terminaria em garganta cortada e muito sangue.

— Não. Eu estou bem. Só fiquei um pouco assustado, mas não estou mais. Não depois que você chegou…

Aos poucos, o desenho enfurecido que estampava as expressões de Jackson, foi se transformando em um sorriso doce. Ele largou o pescoço de Chanyeol para abraçar seu ômega e, quase no mesmo instante, examinou seu corpo em busca de algum sinal de agressão.

— Jack, eu já disse que estou bem. — Insistiu, e só então o alfa se deu por satisfeito, assentindo e voltando a atenção ao outro.

— Você tem três segundos pra dizer por que trouxe ele pra cá.

— Preciso de sua ajuda. — Chanyeol confessou.

— Então você sequestra meu ômega e ainda me pede ajuda.

— Você viria de outro modo? — Perguntou. O silêncio de Jackson foi a resposta. — Vi quando desembarcou com o ômega. A princípio, pensei que você estava na missão de levá-lo pra Coréia, mas quando senti seu cheiro nele entendi o que estava acontecendo.

— Eu não. Mas Henry e Nick estavam.

— Estavam?
— Eu os matei.

— Ah — Chanyeol deu de ombros —, eu não gostava deles mesmo.

Ambos trocaram olhares com significados internos, e só então Jisung percebeu o quanto ele estava por fora.

— Oi? — Ele balançou as mãos. — Ainda estou aqui.

— Vamos embora. — Jackson encaixou um braço ao redor da cintura dele e o levou consigo.

— Mas e eu? — Chanyeol indagou. — Houve um contratempo na minha missão.

— Não estou nem aí pra sua missão. — Jackson respondeu, curto e grosso. — Se vira.

O alfa estava em uma missão na França e ao que tudo indica eles são muito amigos. Jisung enxergou nisso uma oportunidade para participar de uma missão antes mesmo de ser aceito na Ordem.

— E se a gente ajudar ele? — Questionou, se colocando na frente de Jackson. — Veja como uma espécie de treinamento.

— Ele te sequestrou. Eu deveria matar ele, e não ajudar.

— Por favor, Jack? — Jisung poderia fazer como Sungjae ensinou, e tentar seduzi-lo a sua vontade. Mas com Chanyeol olhando ele não conseguiu ir além do que segurar a mão dele e acariciar o dorso com seu polegar, fazendo carinha de triste. — Por favor?

Jackson estudou cada ponto do seu rosto. O ômega estava com um pequeno sorriso incerto, crente de que o mais velho sabia que aquela era uma tentativa de persuadi-lo a fazer o que ele quer, mas não custa nada tentar.

Jisung sentiu-se um pouco constrangedor, pensando no quanto era fraco nesse aspecto, acreditava não ser ômega suficiente para isso. Mas para sua surpresa, Jackson suspirou, cedendo:

— Tudo bem. — Virou-se para Chanyeol. — O que aconteceu que você não pode resolver sozinho ?

— Minha missão era matar um dos alfas envolvidos na guerra que cercava este lugar. Eu matei e os conflitos acabaram. Mas a filha dele testemunhou o assassinato. Eu a trouxe pra cá.

— Ela está aqui? — Jackson indagou.

— Sim. No porão.

— Espera. — Jisung interrompeu o diálogo dos alfas. — Você ia me colocar no porão com ela lá dentro também ?

— O quê?!!

— Eu só dei algumas opções pra você escolher. — Chanyeol respondeu e voltou sua atenção a Jackson. — Eu até ofereci o meu quarto… pra ele ficar sozinho, é claro.

Jackson passou os dedos nas pálpebras, e voltou ao assunto da ômega:

— E por que ela ainda está viva?

— Ela tem os olhos do Baek. — o alfa confessou.

— Você tá brincando comigo, não é?

— Olha pra ele — Chanyeol disse com voz séria, apontando para Jisung —, me fala, você teria coragem de matar alguém que tem o mesmo olhar que o teu ômega?

Jackson olhou para o loiro e automaticamente este moveu-se para ele com o mesmo olhar. Ele não respondeu, mas seus olhos revelaram que ele não seria capaz de matar um alvo que tivesse os olhos parecidos com os de Jisung.

— Você vai me dever uma. — Jackson avisou, puxando a pistola do cinto.

— Você vai matar ela? — Jisung perguntou. Ambos assentiram. Jackson continuou seguindo na direção do porão. — Mas ela é inocente.

— Pois é. — Chanyeol concordou. Por um momento, Jisung acreditou que ele ficaria do seu lado, até que o alfa abriu a boca novamente: — Fazer o quê, né? Ela precisa morrer.

— Não. — Jisung correu até a escada que dava acesso ao porão. — Jackson?

O alfa parou na metade da escada para o subsolo. Ele olhou para trás e fez sinal com a mão para que Jisung voltasse. Mas o ômega negou e continuou a segui-lo.

— Volta pra cima, Jisung. — Disse, paciente. — Você não precisa assistir isso.

Ao notar a arma na mão do lúpus, a ômega que estava presa no porão começou a chorar desesperada, negando com a cabeça. Ela estava amarrada em uma cadeira caída de lado, o que indica que ela estava tentando escapar. Os cachos alaranjados estavam caídos e bagunçados pelo rosto. Alguns fios úmidos colados no suor e lágrimas.

Jisung não tinha percebido quando Chanyeol desceu até metade da escada, quando ele chamou com calma:

— Vem, Jisung. Isso vai acabar logo.

— Não! — Ralhou firme. — É só assim que vocês sabem resolver as coisas? Matando?

Os alfas trocaram olhares e deram de ombros.

— Sim. — Responderam juntos.

Jisung estava muito ciente de que eles são caçadores e sobre o que eles fazem. Mas a coitada da garota perdeu o pai, e morreria apenas porque estava no lugar errado e na hora errada.

Jisung não conseguiria dormir tranquilamente sabendo que uma moça inocente foi morta, por ter presenciado a morte do pai. Ele  precisava fazer alguma coisa. O tempo não estava ao seu favor.

Jackson ergueu a mão e posicionou o dedo no gatilho, ele estava pronto para matar a garota quando foi interrompido pela voz do ômega:

— Não faz isso. — O caçador permaneceu na mesma posição, e moveu apenas os olhos para fitá-lo. Jisung prosseguiu: — Ouçam, eu não entendo como mas, segundo o Chanyeol, o assassinato do pai dela levou ao fim dos conflitos. São questões políticas que vão além da minha compreensão, eu admito. Mas quando passei pelas ruas notei o quanto a população está em festa, porque finalmente tudo acabou.

— E o que isso tem a ver com a ômega? — Chanyeol indagou curioso, descendo mais alguns degraus.

Jackson permaneceu com sua arma apontada para ela, mas ainda prestava atenção ao que Jisung articulava:

— Essa garota aparenta ter mais ou menos a minha idade, então certamente não está envolvida na política. Provavelmente a família teve a morte do pai dela como uma consequência das inúmeras batalhas, por isso a paz reinou sem qualquer retaliação.

— Continue. — Jackson disse, abaixando a mão que segurava a arma.

— A morte de uma ômega inocente... Podem imaginar o que vai acontecer quando a família dela souber de seu assassinato? Eles vão pensar que foram seus rivais, buscarão vingança e mais pessoas morrerão em represália. Isso pode reacender a chama da guerra.

— Vai virar uma bola de neve. — Jackson analisou. A garota murmurou algo e Jisung seguiu até ela. — O que está fazendo ?

— Pode me ajudar? — O ômega pediu, tentando erguer a cadeira.

Jackson fez como ele pediu. Jisung  tirou a mordaça da boca dela. Assim que se viu livre a ômega respirou ofegante, ao passo que tentava falar alguma coisa. Mas ela engasgava nas próprias palavras, enquanto tentava recuperar o oxigênio.

— Calma, apenas respire. — Jisung pediu com voz suave, ela assentiu. Ele moveu o cabelo do rosto dela e prosseguiu: — Qual é o seu nome?

— Louise. — Ela respondeu e em seguida implorou olhando para Jackson: — Por favor, não me mate. Eu imploro…

Louise iniciou uma nova crise de choro, e Jisung sussurrou baixinho para que ela ficasse tranquila, que não iria morrer. Mas estava difícil, ela não parava de tremer e o ômega a compreendeu totalmente.

— É isso o que acontece quando não se faz o trabalho direito. — Jackson repreendeu o alfa.

— Como eu ia saber que ela estava escondida no gabinete do pai? — Chanyeol se defendeu. Depois, virou-se para ela: — Aliás, o que você tava fazendo lá?

Louise engoliu o choro e soluçou algumas vezes antes de responder:

— Ouvi conversas sobre um possível noivado. Queria saber quem seria o meu alfa antes de ser apresentado a mim... Eu não vou contar pra ninguém. Eu juro!

— Claro, nós acreditamos em você. — Jackson disse com a voz cheia de sarcasmo.

— Sério? — Louise perguntou, esperançosa.

— Não.

— E se usar sua voz de comando? — Jisung propôs: — Talvez sua voz de lúpus…

— Não é necessário, me escutem. Eu não vou contar. — A ômega disse, agora mais calma. — Ele nunca foi amoroso e nunca agiu como um pai de verdade. Eu não desejava sua morte, mas também não lamento. Eu só quero voltar para meu pai ômega e fingir que tudo não passou de um terrível pesadelo.

Jisung segurou em sua mão para sentir o pulso. Os batimentos cardíacos indicavam que ela estava sendo sincera.

— Ela está falando a verdade. — Ele concluiu.

— Como você sabe? — Chanyeol perguntou.

— Eu só sei. Precisam confiar em mim.

— Eu confio. — Jackson disse. — Vamos deixá-la ir.

— Assim tão fácil? — o outro alfa questionou, ainda em dúvida. — E se isso influir negativamente em minha missão?

— Então você vai ter que lidar com isso. — Jackson determinou, e em seguida completou, olhando para Jisung: — Assim como eu.

Chanyeol hesitou por um momento mas cedeu, quando viu que Jackson e Jisung permaneceram irresolutos.

— Vou preparar um cavalo pra levá-la de volta à cidade. — O alfa disse, subindo as escadas.

— Vou com você. — Jackson subiu logo atrás.

O Ômega ficou tentado a ir atrás deles e ouvir o que pretendiam conversar, algo lhe dizia que era sobre ele. Mas ficou no porão, desfazendo os nós e libertando mãos e pés da prisioneira.

— Jisung, não é ? — ela perguntou e ele assentiu. — Muito obrigada por salvar a minha vida. Estarei eternamente em dívida com você.

— Não precisa... — tentou negar, mas ela o interrompeu.

— Por favor, devo a minha vida a você.
— Você não me deve nada.

— Mesmo assim. — Ela reiterou. — Se algum dia estiver em apuros, pode contar comigo.

Louise sorriu para ele, massageando os pulsos e em seguida, subiu as escadas correndo quando Chanyeol chamou por ela.

Continua...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro