[25] Voltando Para Casa
Boa leitura:
As mãos do caçador subiram e encaixaram-se pouco abaixo das costelas dele, e suspirou mantendo um leve aperto. Quando moveu os quadris, Jisung sentiu sua rígida ereção resvalar contra a dele, e a umidade que já escorria entre suas pernas.
— Então o meu doce e tímido ômega não existe mais? — Ele perguntou, descendo as mãos. O ômega estava vestido apenas com uma de suas camisas, e o tecido cobria até metade das coxas.
— Nã... — Jisung ofegou, sentindo dedos explorando entre suas pernas. Ele mordeu o lábio e negou balançando a cabeça.
O alfa riu.
— Que foi, meu amor? — Ele beijou pelo pescoço algumas vezes e continuou: — Você estava tão falante hoje...
— E-eu… — Era difícil falar quando os dedos dele mantinham a exploração. — Por que não fez isso naquela praça? — Jackson parou e olhou para ele, como se não acreditasse em sua ousadia. — Eu ia adorar.
— Posso mudar isso, se é o que quer.
Jisung sorriu, sentindo-se vitorioso. Estavam a bordo de um navio, há um mar de distância daquela Ilha, a praça ficou para trás e o ômega sentia-se muito seguro dentro desse camarote, provocando seu alfa entre quatro seguras paredes. Jisung elevou as mãos e encaixou ambas em cada face dele.
— Não pode, não. — Afirmou, sorrindo.
Jackson sorriu de volta. O ômega nunca se sentiu tão no controle da situação como agora. O caçador apoiou as mãos em sua cintura e suspirou, como se estivesse pensando no que fazer.
Talvez todo o treinamento para ser um caçador estava deixando o ômega mais corajoso em todos os sentidos, mas, não tanto para o que viria a seguir, quando o caçador ergueu seu corpo, colocou sobre seu ombro e girou a caminho da porta. Jisung puxou a camisa tentando cobrir seu corpo e percebeu que essa era a menor das preocupações, quando ouviu a maçaneta girando.
— O que está fazendo?! — Perguntou aflito quando foi levado para o corredor dos camarotes.
— Subindo para o convés.
— Jackson?!! — Quanto mais ele puxava a camisa mais sentia o quanto estava exposto. — Alguém pode ver!
— E não é o que você queria? — O caçador indagou, agora subindo as escadas. Jisung fechou os olhos quando ele abriu a escotilha e ambos sentiram o vento da noite. — Não tem ninguém aqui, todos estão nas cobertas inferiores.
Essa informação deixou o ômega mais tranquilo, e assim ele abriu os olhos novamente, bem devagar. Além dele e seu alfa, haviam apenas alguns marujos distantes, trabalhando nos cabos da proa. Jackson continuou subindo, agora caminhando sobre o convés superior, onde fica o timoneiro.
Jisung sentiu seu corpo congelar no momento em que passaram próximos ao marujo que tomava conta do leme. Ele estava tão entediado enquanto mantinha o curso da embarcação, que não percebeu quando um dois seres passaram por trás de algumas cargas. Seu coração batia descompassado, com medo de alguém vê-los, enquanto o alfa se mantinha calmo e seguindo na direção da popa. É claro, não era ele que estava com as pernas e algo mais de fora.
Jackson o colocou no chão, quando chegaram na traseira do galeão. Ainda despreocupado e sem o mínimo receio de ser pego por algum tripulante, ele abriu o cinto que prendia a calça e o ômega sentiu suas costas baterem contra o parapeito, quando recuou alguns passos.
Estava tão preocupado que estivesse sendo observado, procurando nos arredores por alguém, que não percebi quando o caçador se aproximou um pouco mais. Foi apenas quando sentiu a mão dele acariciar seu rosto, que notou o quanto ele estava próximo.
— Quer voltar pro nosso camarote? — Ele perguntou. — Não faremos nada que você não queira.
Por mais que o ômega estivesse com medo, ele queria estar alí. A sensação eletrizante de estar fazendo algo proibido, o risco de serem pegos. Aquele com certeza era um dos motivos que o fez se apaixonar por um caçador. O perigo lhe excita mais do que qualquer outra coisa.
Em resposta, Jisung negou balançando a cabeça. Ele moveu suas mãos até as calças do alfa, mas Jackson retirou as mãos dele com cuidado, e o girou para que ficasse de costas para ele.
— Segure aqui. — Ele disse, colocando as mãos do ômega apoiadas no parapeito.
Jisung olhou para baixo e viu o caminho de espuma que se formava abaixo da embarcação ficando para trás, à medida que o navio avançava. Mesmo à noite, era possível enxergar até certo ponto o rastro deixado pelo galeão. O frio castigou sua pele quando Jackson se afastou por um momento, mas logo já estava abraçando-o outra vez, aquecendo o menor com o calor de seu corpo.
Jisung sentiu a ereção dele resvalar contra sua pele úmida, ele curvou as costas para obter mais daquela sensação, o órgão dele escorregando entre suas pernas, deslizando lentamente até verdadeiramente alcançar o seu íntimo.
— Jack — Arriscou chamar seu nome em baixo tom, à medida que era tomado por ele.
— Sim, meu bem? — Ele manteve os braços fortemente ao redor do ômega, abraçando-o a fim de protegê-lo do frio. — Fale…
— Eu te amo.
Houve um breve silêncio. O caçador beijou o topo da cabeça dele e logo em seguida, inclinou o corpo até que o ômega sentiu o hálito de menta bater contra a pele do pescoço, logo abaixo da orelha.
— Eu também te amo. Mais do que tudo nessa vida.
Jisung virou o rosto para o lado apenas para poder sentir aqueles lábios. Soltou a balaustrada por um momento e apoiou uma das mãos na nuca do caçador, enquanto se entregava inteiramente àquele momento. Contudo, interrompeu o beijo abruptamente quando ouviu passos se aproximando da popa. Olhou para Jackson em desespero e ele, totalmente despreocupado, apenas sorriu para si.
— Meu Deus! — Jisung virou para frente encolhendo os ombros entre os braços do alfa. — Oh, céus…. oh Deus!
Jackson estava vestido com o sobretudo preto que comprou no mercado da ilha, e que chegava até os calcanhares. O ômega estava escondido dentro dele, mas se aqueles marujos prestassem mais atenção, poderiam ver dois pares de pés.
— Shhh… — O caçador sussurrou em tom divertido. — É melhor ficar bem quietinho, meu bem, ou eles vão ver você.
Assim como foi aconselhado, Jisung tentou conter seus ruídos, mordendo o lábio à medida que era tomado mais profundamente. Jackson parecia estar adorando a situação, e não ajudava em nada quando movia de modo que tocava em sua parte mais sensível.
— Precisa de alguma coisa, senhor? — Um dos marujos perguntou.
“Ele é um alfa, vai sentir meus feromônios” — O ômega pensou. Com paranóias começando a tomar conta, sentiu suas pernas fraquejarem.
Jackson sentiu sua aflição, tomou as mãos dele entre as suas e o abraçou mais fortemente. Seu aroma de menta foi se dispersando e cobrindo o de lavanda.
— Não. — O caçador respondeu, simples.
— O que faz aqui sozinho? — A voz de um outro marujo surgiu, se aproximando pela direita.
Houve um breve silêncio e Jackson não respondeu, ao invés, ele moveu o corpo para frente de maneira dissimulada, o ômega foi pressionado contra o parapeito, quando seu órgão o invadiu deliciosamente no interior dele. Moveu o corpo novamente, com o mesmo fingimento, e depois mais uma vez, e outra…
— Aahn… — Jisung não conseguiu conter e um gemido escapou de sua garganta.
Quando virou o rosto e olhou para ele, Jackson já estava olhando para baixo, sorrindo enquanto lhe observava.
— Senhor? — O marujo o chamou novamente.
— Estou apreciando a vista. — O caçador respondeu, olhando para Jisung.
— Eu ouvi a voz de um ômega. — O marujo insistiu.
— Deve ser coisa da sua cabeça — Um outro supôs. — Faz tanto tempo que não vê um, que anda sonhando acordado.
— Viagens pra Folsom são sempre as piores. Nunca podemos nos divertir...
— Cale a boca e coma logo de uma vez. Precisamos voltar ao trabalho.
— Se importa se comermos aqui, senhor?
Jisung esperou Jackson dizer que sim, que iria incomodar, e pedir para que eles se retirassem. Mas o alfa estava adorando aquela situação, ele podia sentir.
— Não — Jackson respondeu. O ômega para cima repreendendo-o com o olhar. Ele sorriu. — Podem ficar à vontade.
Se os marinheiros não estivessem naquela área, certamente Jisung gostaria de empurrar o caçador no oceano.
Jackson ignorou seu olhar reprovador e continuou movendo-se com suas investidas de modo a não transparecer.
O Ômega precisava se concentrar mantendo-se em silêncio e de repente, uma ideia cintilou em sua cabeça. Ele puxou a mão do alfa e mordeu, para ajudar a conter seus gemidos.
— Ai! — Jackson arquejou.
— Algum problema, senhor? — Jisung sorriu ao ouvir um dos marinheiros.
Outra mordida foi adicionada outra vez, e Jackson tomou uma respiração profunda segurando a dor, antes de responder:
— Não. Está tudo bem.
— Certo. Nós vamos voltar para a proa. Aconselho que volte para o seu camarote, senhor, pois as madrugadas costumam ser congelantes nessa época do ano.
Jackson não respondeu. Eles ouviram quando os marujos finalmente rumaram para o outro lado da embarcação. A mão livre de Jackson desceu até o quadril do ômega e ele segurou com firmeza, antes de investir mais uma vez, agora, mais intensamente.
O ômega gemeu apoiando ambas as mãos na balaustrada novamente. O caçador mantinha seu ritmo tão intenso e caloroso, que Jisung já não sentia o frio da noite, apenas o tangível e implacável calor subindo pelo seu corpo, queimando de dentro para fora. Chegou ao ponto de não se importar se alguém iria ouvir, e gritei o nome do alfa, gemendo e ouvindo sua respiração ofegante, sabendo que assim como ele, Jackson também havia chegado em seu ápice. Ele ergueu a cabeça e apoiou a cabeça no peito do caçador, contemplando o céu estrelado enquanto tomava o controle da respiração.
Jackson se afastou por alguns segundos, e demorou um pouco até Jisung sentir calor novamente, quando o alfa posicionou o sobretudo dele sobre seus ombros.
— Você é louco, sabia? — O ômega murmurou, ouvindo sua risada como resposta. — Poderíamos ter sido vistos.
— Você gostou — afirmou à medida que o beijava no pescoço. Jisung fechou os olhos apenas para sentir seu toque suave e o leve cheiro de menta. — Você gosta do perigo, e por isso estamos aqui.
Jisung sentia-se como a espuma que se forma conforme o navio avança. Jackson era lindo e ao mesmo tempo intimidante como o oceano, mas suas mãos são como as ondas que desmancham toda espuma que o galeão deixa para trás. É assim como o ômega se sente nas mãos dele. E Jisung não tinha medo de se lançar em sua profundidade. Ele já se afogou nesse mar há muito tempo, e foi dessa maneira que ele foi salvo.
Abriu os olhos e virou-se de frente para o caçador.
— Isso foi tão…
— Excitante? — Ele indagou. Não era bem a palavra que o ômega usaria para descrever, mas concordou com ele, embora tenha se mantido em silêncio. Jackson continuou: — Eu vou te dizer o que é excitante — fez uma breve pausa, tocando a maçã do rosto dele com suavidade —, quando você mirou sua pistola naquele alfa e apertou o gatilho.
— Está dizendo que eu matando uma pessoa foi excitante pra você? — Questionou, um pouco chocado.
— Não necessariamente isso — Jackson riu de sua expressão chocada. — Os seus olhos… — Ele ficou um tempo em silêncio outra vez, apenas observando-o antes de finalmente responder: — Você tem noção do quão forte é?
— Não tanto. Se você não tivesse ido me salvar…
— Você teria se salvado. É habilidoso o bastante pra isso. Mas é claro, eu não ficaria de braços cruzados quando um qualquer está com suas mãos imundas no meu ômega.
Jisung tentou conter um sorriso de satisfação, mas não conseguiu, então mordeu o lábio e abaixou o olhar.
— Não está com frio? — Perguntou, só agora, atentando-se ao fato de que quando ele se desfez do sobretudo, ficou apenas com suas calças.
— Não. Eu sou um lúpus. Esse vento é como uma brisa para mim.
— Hmm… Tá bom, lúpus. Fique com sua brisa fresca, que eu vou me aquecer em nosso camarote.
Jackson sorriu, apoiando as costas no parapeito.
— Meu ômega tá congelando? — Ele perguntou, com um sorriso bastante sugestivo. — Vem pro seu alfa que eu esquento seu corpo...
De repente, Jisung sentiu todo o sangue do seu corpo se concentrar em seu rosto, quando entendeu perfeitamente do que Jackson estava se referindo. Toda a inocência do ômega foi parar há muito tempo lá na casa do chapéu.
— Estou indo pro nosso quarto. — Jisung avisou, dando meia volta, antes que caísse em tentação e aceitasse seu convite.
No corredor em que os camarotes se localizavam, esbarrou em um alfa que vinha seguindo caminho contrário. Quando ergueu o rosto para se desculpar, sentiu como se o olhar dele fosse cem vezes mais frio do que o clima do lado de fora.
— Cuidado por onde anda. — O sujeito avisou e logo em seguida continuou seu caminho.
Jisung observou o alfa desconhecido até ele sumir de suas vistas, apertou o sobretudo ao redor de seu corpo e seguiu até o camarote. Assim que ele fechou a porta liberou o ar que havia prendido inconscientemente em seus pulmões. Não sentiu medo, mas foi como se naquele momento ele tivesse passado ao lado da morte.
Continua...
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