Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

[18] Evento Desagradável

Boa leitura:

Era complicado levantar da cama quando o clima ainda estava frio, principalmente quando o calor do sol invade a janela através da cortina, para tocar levemente na pele e aquecer um pouco. É como se o sol estivesse lembrando que a vida continua.

Jisung não guardou raiva ou rancor de Yoongi, ele sabe que o alfa não procurou por nada disso, mas o governador sim. Foi Park Shinsung que queira humilhar e matá-lo na frente de todos, tudo foi premeditado. Yoongi agiu com seus instintos e, com efeito, Jisung não o condenou por sua atitude. 

É verdade que estava sentindo uma tristeza e um vazio imenso em seu coração, mas ele esperava que com o tempo essa dor fosse diminuindo. Estava grato por Jackson não ser mais aquele que adorava expor todos os defeitos do seu pai, sempre que tinha oportunidades. Jisung tinha conhecimento que a opinião do alfa em relação ao governador não mudou e nunca vai mudar, e nem precisa. Apenas o fato dele estar respeitando seu luto, esses pequenos detalhes, é o que fazia toda a diferença.

A casa estava em completo silêncio, Jisung dormia tranquilamente até acordar de maneira repentina, ouvindo o som de algo se quebrando. Levantou da cama e seguiu sorrateiramente tentando não fazer barulho e anunciar sua presença. Ficou escondido no topo da escada para ouvir sobre o que os caçadores estavam conversando:

— Lee pode ajudar. — Chanyeol afirmou.

Aparentemente, além de ômega, apenas eles dois estavam na casa. Jackson não respondeu, ele caminhou até a janela e observou a movimentação na rua. Chanyeol continuou:

— Não é o fim do mundo. Ele é filho de alguém que teve grande influência. Sabe como essas coisas funcionam. Fale com Seungho e tudo se resolverá mais facilmente. Eu vim apenas para te contar isso, já estou indo embora... bom dia, Jisung.

Jackson olhou para trás e viu quando o ômega se levantou sorrindo envergonhado, por ter sido descoberto ouvindo conversa alheia. Desceu as escadas enquanto o outro caçador deixava a residência 

— Sobre o que estavam falando? Ou melhor, sobre quem?

Jackson o recebeu com um beijo no rosto, levou-os até o sofá e se sentou ao seu lado.

— Alguns marinheiros viram você matar o Tenente deles. — o alfa contou, sem rodeios — Estão solicitando a sua execução imediata.

— Eu?!! M-mas...

— Calma. Sem desespero. — Jackson o interrompeu com suavidade. — Eu não vou permitir que isso aconteça.

— E o que eu devo fazer?

— Por enquanto, nada. 

— Vou precisar ficar escondido?

— Não. Vai continuar vivendo a sua vida normalmente. — Jackson o observou alguns segundos em silêncio, com a não em seu rosto fazendo carinho. — Não precisa ter medo, vai ficar tudo bem.

— Confio em você.

O caçador sorriu.

— Quero ver o que você aprendeu em minha ausência.

Jisung assentiu, sorrindo de volta. Não tinha certeza sobre a sua evolução durante esse tempo, mas sabia que ela era real. Matou o Tenente Jo e agora que estava pensando nisso, ele não estava sentindo nenhum remorso. Treinou bastante com Baekhyun e Yuri, então espera que seu alfa fique feliz quando ver os resultados.

Apesar do alfa ter acordado muito mais cedo do que ele, Jackson ficou  esperando para fazerem um desjejum juntos. Jisung adorava qualquer momento com ele, mas esses mais corriqueiros como um simples café da manhã, fazia-o sentir o ômega mais feliz do mundo. São sempre os pequenos detalhes que mais importam.

Assim como Jackson havia dito, a vida continuava a mesma, ninguém parou em seu caminho para tentar lhe prender, como o ômega imaginou. Jisung foi deixando as  paranóias de lado quando chegaram ao centro de treinamento da Ordem. Haviam alguns caçadores se preparando para iniciar o treinamento, enquanto outros estavam indo embora. 

No canto, onde ficam guardados as lanças e arpões, Yuri estava organizando as armas que seus aprendizes iriam utilizar no treino do dia. O ômega precisava  informá-lo de que já não precisa mais lhe treinar. Assim que o viu, Yuri abriu um enorme sorriso e aproximou-se com passos rápidos.

— Jisung, como está? — O alfa perguntou e acenou para Jackson, com a cabeça.

— Estou bem, Yuri, e você? 

— Me sinto excelente. Pronto pra treinar? 

— Na verdade eu não vou mais fazer isso com você. Agora que meu alfa voltou, eu quero treinar com ele.

— Entendo.

— Eu acho que será melhor você continuar com ele, meu bem. — Jackson disse e o ômega demorou um tempo para entender o que ele havia dito. — Quero ver seu nível de habilidade antes de treinar com você.

— Mas eu pensei que finalmente você ia me ensinar.

— Eu vou, mas Yuri é mais cuidadoso. Eu prefiro que treine com ele até que esteja pronto pra mim.

Jisung sentiu-se um pouco triste. Esperava que, quando retornasse, Jackson passasse a treiná-lo, mas se era o que ele achava melhor o ômega aceitou sem reclamar, afinal, ele como caçador deveria saber muito bem o que é melhor para os dois.

— Tudo bem. — Jisung confirmou.

Jackson ficou no canto da sala observando o treino de seu ômega com Yuri. O alfa tinha bastante cuidado para não derrubá-lo no chão com muita violência. 

Em certo momento, Jisung tropeçou em seus próprios pés e quase caiu com o rosto no chão, mas Yuri o agarrou por trás. Dessa vez seus cuidados foram um tanto exagerados. Yuri apertou seu corpo com tanta força contra o dele, que o ômega como se fosse esmagar suas costelas.

— Ai! — Jisung arquejou. 

Ignorou os pedidos de desculpa de Yuri, quando viu com a visão periférica Jackson se aproximando como um touro. Pensou que fosse brigar com Yuri, mas ao invés, ele puxou o ômega para perto e afirmou:

— Chega de treino com Yuri, já está pronto para treinar comigo.

— Mas você disse que...

— Mudei de ideia. — Jackson o cortou rápido, e forjou um sorriso por cima.

— Isso não é ciúmes, certo? — Yuri perguntou. Jackson virou o rosto vagarosamente até encarar o outro alfa: — Porque sabe, eu sou o melhor...

— É bom que seja o melhor em ficar calado. — Jackson sugeriu e apontou para uma das entradas: — Seus alunos chegaram.

Yuri sorriu para o ômega e deu meia volta para deixá-los. Jisung não soube o que dizer, estava ocupado demais observando seu alfa com a explícita cena de ciúme. Ele ficava verdadeiramente fofo tentando esconder, tão adorável que o ômega sentiu vontade de mordê-lo. Foi pego de surpresa quando o caçador segurou em sua mão e o guiou para um canto mais reservado. Ele se distanciou até ficar cerca de dez passos na  frente do loiro.

— Pode me atacar.

— Por que você não vem me atacar? — Jisung desafiou.

— Porque não quero agredi-lo.

— Eu não tenho medo.

— Não vou conseguir me controlar e vou machucar você.

— Apenas se conseguir tocar em mim... — o ômega sorriu, piscando de um olho.

Yuri deixou o ômega mal acostumado com seus elogios. Jisung manteve o sorriso resoluto por fora, e o nervoso por dentro. Agora era tarde demais para voltar atrás, ele só esperava que Jackson não fosse tão violento… Mal teve tempo para raciocinar uma defesa, quando o caçador avançou lançando seu punho contra ele, o ômega girou e conseguiu desviar do ataque. Mas não teve tempo para se defender uma segunda vez. 

Assustou-se quando percebeu um ataque muito próximo, tentou voltar alguns passos para trás mas tropeçou nos calcanhares e caiu sentado no chão.

Jackson continuou indo para cima dele, o mesmo se encolheu, esperando pelo pior. Mas o alfa apenas inclinou o corpo e seu ataque se resumiu a um peteleco na testa do ômega.

— Ai! — Jisung resmungou, passando a mão no local atingido.

— Deixe os seus pés mais separados um do outro. — ele avisou ajudando-o a ficar de pé novamente — Precisa ter uma base firme pra...

Jisung tentou surpreendê-lo e investiu seus punhos contra ele. Por um segundo, viu sua expressão de surpresa, Jackson não esperava por aquilo. Talvez se o ômega fosse um pouquinho mais habilidoso teria conseguido, mas o caçador conseguiu interceptar o ataque, e ainda o imobilizou contra uma parede.

— Pensou que eu estava distraído. — Jackson comentou.

— Desculpa.

— Não peça desculpas, você agiu muito bem. Viu uma abertura na sua frente e a usou ao seu favor. Ou pelo menos tentou.

— Mas se não tivesse hesitado em seu primeiro ataque, eu estaria com um belo de um olho roxo.

— Eu não hesitei. 

— Mas então...

— Foi você. Está bem mais ágil. Eu esperava por isso, mas não tão rápido.

O coração do ômega quase explodiu de tão feliz que ficou naquele momento. Ele foi bastante elogiado por Yuri e Baekhyun, mas ouvir isso de seu alfa trás uma sensação bem mais deleitável.

— Então liberte-me para continuarmos com nossa luta.

— É isso o que diria pro seu inimigo se estivesse nessa situação?

— Não estou com meu inimigo. — Jackson permaneceu segurando firme e o ômega revirou os olhos — Certo... uhm... — limpou a garganta antes de ameaçar: — É melhor me soltar, seu bastardo, antes que eu rasgue sua maldita garganta!

Jackson regressou a dois passos, libertando-o. Ele olhou para Jisung, confuso, mas em seguida começou a rir.

— Estou treinando as minhas frases de efeito. — O ômega explicou, dando de ombros e sorrindo também.

— Parece uma miniversão do Yoongi.

— Vou considerar um elogio.

— Foi realmente um elogio... E quando for posto em uma situação como essa, tente impulsionar o corpo para cima e mire no queixo do seu inimigo, com a sua cabeça.

— Ou então mire no meio das pernas dele e chute com bastante força. — Baekhyun aconselhou, se aproximando e exibindo seu arco — Vamos buscar o seu?

— Meu arco! Eu esqueci completamente. — Virou-se de frente para Jackson e deixou um selinho em seus lábios. — Preciso ir, nosso treino fica para depois, tá?

— Vá buscar seu arco. — Jackson afirmou sorrindo, beijando-o de volta — Tenho uma reunião com o Lee. Nos vemos em casa.

Baekhyun e Jisung seguiram através dos túneis até a passagem debaixo da ponte. O segundo já não tinha medo de andar livremente por Busan e correr o risco de esbarrar com o desprezível Tenente Jo. 

Os oficiais que pleiteavam sua execução estavam tendo trabalho para levá-lo ao julgamento, tendo em vista que Jisung é filho de uma importante figura em Busan. O governador morreu, isso não há como negar, mas seu nome ainda tinha peso pela boa relação que possuía, até então, com a rainha.

— Esse é o material mais resistente, mas aconselho que use flechas mais curtas, se quer um ataque mais veloz. — Riko afirmou, entregando o arco. — Ele é bastante leve, como pode reparar. Mas em compensação, você vai precisar colocar mais força na puxada. O que achou?

— É perfeito. — Jisung afirmou, admirando o arco. — Adorei o entalhe da lua.

— Você é um admirador do pai do Jackson. Por isso pedi para que Riko fizesse isso. 

— Obrigado, eu adorei! 

— Não precisa agradecer, não foi nada demais.

— Sim, foi. Ninguém nunca se importou com o que eu penso ou sobre as coisas que eu gosto. Você foi muito sensível, Baek. 

— Olhe, ele está ficando vermelho. — Riko apontou para caçador.

— Ah, tome as suas moedas e volte ao trabalho! — Baekhyun jogou um saco de moedas na direção do escultor. 

— Antes que eu esqueça... — Riko se levantou da cadeira e procurou por algo atrás do balcão. Logo ele colocou três flechas em cima da bancada — Eu as confeccionei para que possa testar. 

Jisung assentiu ainda mais agradecido e ansioso, agarrou as flechas e saiu com Baekhyun em busca de um lugar para usar o arco pela primeira vez. Eles pararam no centro da praça, e por um segundo o ômega temeu que o alvo escolhido pelo caçador fossem as várias pessoas que circulavam por ali. Mas o arqueiro apontou para a torre central e mais alta da igreja.

— Tente acertar no badalo. — Baekhyun apontou para o sino — Bem naquela bolinha de metal que fica no meio.

— É muito longe. Escolha um alvo possível.  

Baekhyun puxou o próprio arco no mesmo instante, mirou no badalo e acertou a flecha fazendo o sino tocar uma vez. As pessoas que estavam pela praça olharam curiosas para a igreja e esperaram por alguma coisa, mas como nada aconteceu elas voltaram a seguir com suas vidas.

— Sua vez. — O caçador insistiu.

— Eu não consigo.

— Mas você nem tentou.

Jisung respirou fundo e decidiu concordar logo de uma vez, ou o ômega não desistiria tão fácil. Baekhyun se afastou alguns passos para conceder espaço — ou com medo de ser atingido —, e observou quando o outro encaixou a flecha na corda e puxou o máximo que conseguiu. Tentou manter a mira apontada diretamente no badalo do sino, soltei a corda e viu a flecha seguir um caminho diferente do que foi planejado. 

Afastando-se mais para a direita, ela atingiu um pássaro que estava descansando na torre ao lado do sino. Outras aves que também estavam por ali alçaram vôo, enquanto o animal atingido despencou e em poucos segundos caiu no chão.

— Você matou um pássaro? — Baekhyun correu até a calçada da igreja e Jisung o seguiu, quando viram que realmente a pobre ave estava morta ele afirmou: — Essa foi boa.

— Foi terrível! — Jisung acolheu o pássaro entre suas mãos, seus olhos ficaram marejados. — Me desculpe...

O caçador começou a rir sem parar, e o ômega se sentiu ainda mais culpado.

— Para de rir. — Jisung pediu.

— Não consigo... você matou o pássaro... — Ele cobriu a boca tentando conter a risada. Jisung limpou a bochecha com o ombro e levantou-se com a ave. — Você está chorando?

— Não... — tentou esconder, mas logo no mesmo segundo, voltou a chorar novamente.

— Não fica assim... — Baekhyun sugeriu, dessa vez não estava mais rindo: — Podemos fazer um funeral, com flores e tudo. Os pássaros gostam de flores, certo?

— Eu acho que sim...

— Vamos, eu conheço o lugar perfeito pra isso.

Baekhyun cruzou um braço com o dele, e os levou para dentro de um bosque, não muito longe. Ainda era possível ouvir o som das pessoas pela cidade.

— Ele vai ficar perto dos amigos dele, está cheio de pássaros por aqui. — O caçador afirmou.

E realmente, desde que caminharam pela trilha até onde estavam, Jisung ouviu vários tipos de cantos de pássaros diferentes. Baekhyun o ajudou a cavar um buraco e ele colocou o animal dentro, do jeito mais acolhedor possível. Seu coração partiu ao vê-lo com os olhinhos fechados e as asas curvadas, cobrindo o pequeno corpo empenado. 

— Aqui está um pássaro que soube realmente o que era ser livre. — Jisung falou, muito emocionado, secando os olhos a casa segundo. — Descanse em paz, pássaro da torre da igreja… Baek?

— Hm?

Jisung apontou disfarçadamente com a cabeça para o túmulo e indicou:

— Fala alguma coisa.

— Uhm... você... — Baekhyun iniciou meio sem jeito — viverá eternamente em nossos corações? — Ele olhou para Jisung e este assentiu. Prosseguiu: — Descanse em paz. — Jisung continuou esperando e ele continuou: — Pássaro... — Jisung permaneceu calado, o caçador respirou fundo antes de concluir: — Da torre da igreja.

Os ômegas pegaram alguns punhados de terra e cobriram o túmulo aos poucos, logo ele estava completamente resguardado, um pequeno círculo visivelmente modificado. Jisung arrumou algumas flores que Baekhyun o ajudou a colher, e deixou a morada eterna do bichinho, a mais bela que conseguira.

— Até que ficou bonito, olha — o caçador indicou — Quem passar por aqui nem vai notar que algo triste aconteceu.

— É isso! — Jisung exclamou. — Vou decorar a nossa casa com flores.

— Jackson sabe disso?

— Ele disse que eu posso fazer o que eu quiser.

— Ah, ele disse isso? — Baekhyun perguntou, com um pequeno sorriso endemoniado. — Eu conheço várias floriculturas em Busan, posso levar você em todas elas.

— Obrigado, eu vou precisar. 

Se despediram uma última vez do pássaro e depois voltaram para a cidade, a fim de comprar as novas decorações para mudar e tentar alegrar um pouco o ambiente da casa que o compartilha com Jackson.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro