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[1] De Volta ao Mar

Boa leitura:

O ômega foi o primeiro a dormir e o último a despertar. Na manhã seguinte, Jackson estava sentado em uma cadeira terminando de calçar suas botas, quando percebeu que Jisung estava acordado sorriu para ele, inclinou-se e o beijou na bochecha.

— Estarei lá embaixo esperando. — A voz do caçador indicava que fazia pouco tempo que tinha acordado.

Jisung assentiu com a cabeça e estirou os membros de modo preguiçoso, enquanto Jackson fechou a porta quando saiu. 

Ainda deitado, o ômega viu através de uma fresta da janela que ainda estava escuro. Ele quis voltar a dormir, mas compreendia a necessidade de partir o mais rápido possível. Os caçadores — em sua grande maioria — eram treinados desde crianças, Jisung estava com a idade que, geralmente, um caçador recebe sua primeira missão. Quanto mais cedo iniciar seu treinamento, mais rápido os resultados aparecem e, por consequência, alcançar o objetivo final dessa jornada, se tornar um caçador.

Com isso em mente, o ômega demorou só mais um tempo sentado na cama, esperando seu corpo despertar do sono. Depois, ele tomou um banho muito sofrido pois a água estava bastante gelada, vestiu uma roupa limpa e desceu as escadas até a taberna. Jackson estava sentado ocupando uma das mesas. Ele acenou para o ômega, que seguiu para juntar-se a ele no momento em que um beta se aproximou e deixou alguns pães, queijo e café em cima da mesa.

— Eu estava pensando... nos livros que eu leio, percebi que caçadores não são tão diferentes dos piratas. — Jisung comentou. Jackson começou a tossir, engasgado com café. — Bom, é o que eu acho…

— Piratas são criminosos. — O outro disse, após se recuperar. — Eles cometem seus crimes simplesmente porque gostam. Você vai ver como o Black Swan vai continuar saqueando e matando, mesmo que tenham encontrado aquele tesouro maldito. 

O ômega deu de ombros. Para ele, aquilo continuava parecendo o mesmo que um caçador faz. Ambos matam e fazem coisas consideradas crimes, pela lei, para atingir seus objetivos. O motivo não importa quando não há distinção entre aqueles que estão sendo julgados. 

Era triste ver a forma com que Jackson demonstrava enxergar Francis Bonny, com tanto rancor ao ponto de odiar todos os piratas. Jisung, por outro lado, ainda que tivesse sido obrigado a se casar com um alfa muito mais velho e repugnante, sentia muito amor em relação ao pai. 

Mas ele entendia que cada um possuía experiências diferentes, talvez, Jackson tivesse motivos que o ômega desconhece, que o fazia guardar toda essa mágoa de seu pai. Em razão disso, Jisung pretendia derrubar aquele muro um pouco de cada vez, com prudência e compreensão, pois ele sabia que era um terreno muito complicado e doloroso para o alfa.

— Qual foi sua primeira missão? — Jisung mudou de assunto.

— Matar um concorrente do seu pai. — Dessa vez foi o ômega que engasgou.

— C-como assim?!

— Antes dele assumir o cargo, havia um outro candidato ao governo, talvez não você se lembre porque no primeiro mandato dele, você ainda era uma criança. Acontece que essa outra pessoa possuía mais popularidade.

— Então meu pai, ele... ele procurou a Ordem para…

— Não. — Jackson o interrompeu, antes que o coração do ômega entrasse em colapso. — Acredito que tenha sido algum assessor dele.

— Mas meu pai teve conhecimento disso?

— E não é óbvio?

— Não sei. Talvez ele não sabia…

Houve um momento de silêncio desconfortável. Jackson já havia comentado sua opinião se tratando do caráter do governador. O mais novo era inteligente, por isso o alfa preferiu não repetir. 

Jisung refletiu sobre o fato de que seu pai sempre foi ambicioso, do tipo que faria qualquer coisa para conseguir o que quer. Assim como Jackson havia dito: “vender os próprios filhos, para obter mais poder na Marinha”. 

Lembrou-se de quando ele ganhou as eleições, Jisung tinha cerca de 10 anos. Foi uma festa enorme, todas as pessoas consideradas importantes estavam lá, até mesmo o Comodoro Choi, e como todos os outros era igualmente ganancioso. Estremeceu só de imaginar que ele já poderia estar interessado em seu irmão ainda naquela época, onde Jimin tinha apenas 12 anos.

— Vamos zarpar em breve — um jovem marinheiro se aproximou, falando com o caçador, afastando-se logo depois.

— Vou buscar nossas coisas no quarto, você espera aqui. — Jackson disse e subiu até o quarto.

Alguns minutos mais tarde os dois já estavam acomodados em um camarote, a bordo do galeão. Estar novamente em um navio trouxe boas lembranças do Black Swan e o ômega se encheu de saudades do seu irmão. Estava caminhando pelo convés para sentir outra vez a brisa marítima que sopra do oceano em direção as velas, enquanto o caçador acomodava as bagagens no camarote. 

Embora nostálgico, Jisung podia observar facilmente a diferença visual entre o galeão da Marinha mercante e o Black Swan. Enquanto a embarcação pirata era construída inteiramente de um material escuro, desde o casco até as velas, o outro navio tinha as cores do reino ao qual pertence. 

Mesmo quando fechou os olhos podia identificar a diferença entre os dois, pelo cheiro e o modo que a tripulação falava. Ainda com os olhos fechados, sentiu uma mão agarrando seu braço. O aperto não era rude, e o aroma de menta indicava que era seu alfa, por isso ele não ficou assustado, apesar de que o caçador estava com uma cara de poucos amigos.

— O que isso tá fazendo aqui? — Jackson questionou, mostrando o boneco de madeira que o ômega encontrou no tesouro.

— Você jogou fora, então pensei…

— Sim, eu joguei — ele o interrompeu —, justamente porque não o quero mais.

— E quem disse que eu trouxe pra você ? — Jisung puxou seu braço e agarrou o boneco. — Vou dá-lo ao meu sobrinho.

— E por que você daria um brinquedo quebrado a ele?

— Porque foi do seu pai. Tem um grande valor para mim. — Jackson franziu a testa, com uma expressão de quem não se importava com aquilo. Mas o ômega bem sabe que ele se importa, por isso, segurou na mão dele quando o lembrou: 

— Sei que não quer falar sobre isso mas estarei aqui para o que precisar, você sabe…

Jackson tomou um longo suspiro, ponderando. O que ele estava tentando ignorar tornava-se um sentimento mais forte a cada noite, toda a raiva acumulada que sentia, as lembranças, era como se a carga de emoções que reprimiu desde a infância estivesse vindo a tona, mas dessa vez ele tinha o apoio do ômega para lidar com isso de uma forma mais saudável. 

O alfa tocou em seu rosto com suavidade, disposto a contar um pouco mais a respeito da relação com o pai, mas seus olhos viram algo além por cima dos ombros do menor. Jisung identificou que algo não estava certo, mas antes que pudesse virar-se para comprovar, Jackson segurou em seu rosto e beijou o pescoço, um pouco abaixo da orelha.

— Há dois caçadores atrás de você... — ele confirmou. Jisung sentiu as pernas se desestabilizarem. O alfa reparou o quanto ele ficou tenso, e deslizou o polegar carinhosamente em sua bochecha, para que ele se acalmasse. Com os lábios ainda próximos ao lóbulo da orelha, ele sussurrou sem demonstrar qualquer alteração: — Não olhe para trás.

Jisung aentiu engolindo em seco, com a mente trabalhando em diversas situações. O medo estava atrapalhando sua capacidade de raciocinar rápido e logicamente.

— O que eles estão fazendo aqui? — A respiração tornou-se mais agitada, e a voz saiu trêmula quando ele sondou: — O que eu posso fazer para te ajudar?

Jackson não respondeu, ao invés, segurou no queixo dele com suavidade e ergueu seu rosto, sorrindo para ele. Só aquele sorriso poderia distraí-lo facilmente, mas o caçador foi além, tomando seus lábios com tanta voracidade, que o ômega sentiu um leve e agradável tremor entre as pernas. A tensão em seu corpo foi dissipando-se à medida que Jackson mirou sua cintura e juntou seus corpos, sem se importar com quem estava olhando. 

Jisung encontrava-se de tal maneira extasiado, que quando o mais velho encerrou o beijo, permaneceu com os olhos fechados e a boca ligeiramente aberta, tentando recuperar o fôlego. Jackson conseguiu o que queria. Sua intenção era desobstruir a mente do ômega, para que ele pudesse focar em algo que não fosse os dois caçadores logo atrás. Jisung olhou para o rosto dele, desvanecendo-se naquele sorriso insinuante. Não existia mais nada além deles dois.

— Eu quero você, agora… — o caçador murmurou.

Sem tempo para resposta, Jisung consentiu ao passo que Jackson os levava para a camada inferior do galeão. Conforme passavam pelo corredor dos camarotes, Jisung sentiu borboletas em seu estômago, se o alfa estava tão tranquilo significava que aqueles caçadores não eram uma ameaça como ele imaginou. 

Assim que entraram no quarto o mais velho fechou a porta, foi até suas coisas e revirou-as procurando por algo que, definitivamente, o ômega não fazia ideia do que seja. Sua mente não estava funcionando direito depois daqueles toques em seu corpo, ele apoiou as costas na parede e só então percebeu uma certa elevação dentro das calças. 

Quando o outro virou, Jisung puxou a barra da camisa para baixo, tentando esconder o distinto volume.

— Seu pai deve ter solicitado quando você fugiu. — Jackson finalmente respondeu. Ele jogou uma bolsa cheia de armas na cama e abriu-a.

Aos poucos, Jisung foi assimilando as últimas ações do alfa. Seu repentino interesse em trazê-lo para o quarto tinha um significado diferente para o que ele imaginou. As intenções de Jackson tornaram-se mais claras à medida que ele posicionava em cima da cama algumas pistolas, facas e punhais de diferentes tamanhos e formatos, todas carregadas e extremamente afiadas. 

É evidente que o poderoso governador não iria permitir que seu filho mais jovem seguisse os passos do irmão mais velho. Desde que tomou conhecimento da fuga, Park Shinsung havia solicitado à Ordem, dois dos melhores caçadores para que o conduzisse de volta para casa. 

— Então eles estão aqui para me levar? — Jisung ergueu as sobrancelhas.

— Provavelmente. — O alfa encaixou um punhal mais longo no cinto e virou-se para ele: — Onde está a katana que Yoongi te deu?

— Aqui. — Ele correu até sua bolsa e removeu a arma que ainda estava dentro da bainha. Jackson recebeu a katana, a desembainhou e estudou a lâmina, parecia tão afiada que seria capaz de cortar o próprio vento. — Perfeita. — Entregou-a de volta logo em seguida. Seus olhos desceram pelo corpo do ômega, ele franziu as sobrancelhas e indagou: — Está excitado?

— Não! — Todo o sangue em seu corpo decidiu concentrar-se em seu rosto. Ele virou-se, dando as costas para o caçador.

Jackson sorriu e o abraçou por trás, impedindo-o de fugir.

— Você não sabe mesmo mentir. — Ele disse, beijando a bochecha o menor.

— Sei que você só estava fingindo pra não demonstrar que havia notado eles… — Jisung revelou meio sem jeito. — Quem disse que eu só estava fingindo? 

A pergunta quase desestabilizou o ômega outra vez. Ele tossiu virando-se de frente para Jackson, limpando a garganta para retornar ao foco:

— O que vamos fazer com eles?

— Você fica aqui no quarto. Eu vou lá fora resolver.

— Mas e se algum deles vier me procurar aqui?

— Então você atira neles. — Jackson respondeu parecendo óbvio, entregando-o a pistola que ganhou do Capitão Jeon. — Você já sabe como utilizá-la, certo?

O caçador deixou o quarto e a única chave que tinham na posse do ômega. Jisung trancou o cômodo por dentro, limpou as mãos úmidas de suor nas laterais do corpo e escondeu-se atrás de um móvel ao lado da cama. Sem nada para fazer, olhou através do vidro da janela, o céu estava completamente azul e uma nuvem com um formato engraçado passava devagar. 

Na parede ao lado, uma formiga parecia estar perdida andando em círculos, ele a acompanhou até sumir entre uma fenda. O puxador de uma gaveta da mesa de cabeceira estava coberto de poeira, ele passou o dedo por cima e tirou o excesso, posteriormente, olhou para o dedo e suspirou ao vê-lo sujo, limpando-o em seguida em um lenço que estava em seu bolso. 

Olhou para a janela novamente, a mesma nuvem de antes ainda estava passando. Naquele momento, Jisung teve a leve impressão de que o tempo estava parado. Distraiu-se por apenas algum tempo, quando repentinamente ouviu um barulho vindo do corredor. 

Quase de forma automática, ele mirou a pistola na mesma direção e esperou que algum desconhecido arrombasse a porta. Assim como Jackson indicou, ele pretendia atirar na primeira ameaça que aparecesse diante da sua mira. Suas mãos estavam trêmulas segurando o cabo da arma, tentando controlar a pressão mantendo a respiração calma e lenta. 

Pelo tempo que se pareceu uma eternidade, Jisung forçou a audição tentando ouvir mais algum ruído, mas só obteve silêncio em resposta. 

Talvez, ele pensou, se fosse um ômega lúpus poderia ouvir mais alguma coisa, mas, novamente, era incapaz de fazer algo que para ele fosse surpreendente. Depois de um certo tempo com a pistola apontada para a porta seus braços ficaram cansados, então se deu ao luxo de descansar. Apoiou a arma sobre o colo e suspirou pensativo:

— O que será que está acontecendo? 

Pensar nisso ou no tempo, só iria fazer com que ele ficasse preso em uma espécie de esfera atemporal. Em vista disso, buscou ocupar a mente com alguma coisa, e foi com a arma que estava em seu colo que conseguiu distrair-se. 

Estava tão absorto com seu formato e engenharia, que tomou um susto quando escutou Jackson bater na porta, chamando pelo seu nome. Sem pensar duas vezes, ele correu até lá, passou a chave e imediatamente abriu a passagem. O alfa entrou fechando-a logo em seguida. 

Jisung buscou em suas feições algo que confirmasse alguma resposta sobre o que aconteceu, mas o caçador permanecia imperturbável, tal como quando havia saído. 

— Não vão mais causar problemas. — Ele disse, com um sorriso tranquilo.

— Mas onde eles estão?

— Foram conhecer o oceano mais a fundo. — O alfa respondeu ainda sorrindo, e logo em seguida caminhou até o banheiro.

Jisung franziu o cenho seguindo-o com o olhar. Ele ouviu barulho de água e quando espiou através do batente, viu que o alfa estava lavando o longo punhal. A água da bacia sobre uma bancada tornou-se avermelhada, e um frio percorreu pelo seu estômago assim que a resposta que procurava tornou-se evidente: Jackson matou os dois caçadores.

Continua…

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