BELLA E ETHAN
ANO: 2034, 02 de janeiro.
HORA: 17:43:08 PM
LOCAL: Nova Ordem (Antiga Brasília).
Bella deitada em uma mesa velha e suja, que deveras foi uma praça de alimentação de um grande shopping no distrito federal, não passava de lembranças de antes da guerra. Olhava seu reflexo em um espelho de mão, circular, que tinha metade do vidro desgastado pelo tempo. Seu rosto possuía manchas que não tinha certeza se faziam parte da sua pele, não conseguia ver o castanho do cabelo, estava escuro e embaraçado. Fazia muito tempo que eles não tomavam banho. "Evitem situações de risco" era o que Ethan sempre dizia ao grupo e eles sobreviveram todos esses tempos por sua causa.
Ela escuta goteiras que a chamam, a algum tempo no piso térreo. Onde foi formado uma piscina natural com a água da chuva na ala leste do difícil. Ethan costuma pescar sozinho, quando está mais calma a movimentação dos infectados. Bella queria mesmo tomar um banho, após oito meses nem sabia qual era a sensação.
Para passar o tempo ela resolveu procurar em meio às ferragens enferrujadas e um cenário de destruição do recinto. Algo que viu em uma revista deteriorada algum tempo atrás, que as mulheres de antes usavam para arrumar o cabelo. Ethan ao ser questionado disse que é chamado de pente, que poucos deveriam existir. Bella não se deu por convencida, gostava de aprender sobre as coisas de antigamente. Mesmo que a, nove anos atrás quando tinha quatro anos, a guerra ocorreu, infectados e insanos surgiram, e mundo se perdeu. Precisava aprender cada vez mais sobre os velhos costumes, mesmo o irmão achando perigoso.
— Dany, preciso encontrar um pente — pede ajuda da amiga, que era mais íntima que os outros. — Vem comigo?
Dany levanta-se em confirmação, de um aninhado de cobertores sujo em que descansava. Disposta ajudar a garota e mantê-la segura em sua busca.
Bilbo no seu posto de vigília foca às duas, estava sentado sempre alerta. Ao escutar Bella, olha com desaprovação. Sabia que Ethan ficaria bravo com a perambulação delas, a procura de um objeto inútil. Não era a primeira vez que ela fazia isso, e sempre sobrava para ele.
Ethan, seguia a procura de alimentos. Fazia uma semana que o grupo não comia, os peixes haviam acabado na área leste do edifício, não queria descer até garagem onde parte estava inundada e deveria ter muitos peixes e sapos. Era um risco desnecessário, mesmo todos passando extrema fome, lá em baixo poderia ser capturado por insanos ou infectados. Nunca é bom andar por um lugar escuro e fechado, que você não conhece.
Tom sempre andava alguns metros, afastado de Ethan. Como um elemento surpresa, em caso de alguma armadilha de carniceiros ou ataque de outros. Tom era forte e robusto para seu tamanho, era o mais ágil do grupo, rápido e letal, conseguia matar um homem adulto em segundos, foi bem treinado.
Os dois caminham a procura de ratos ou pombos, presas difíceis de pegar sem armadilhas. Ethan aperta seu arco na mão, sempre alerta com sua mira impecável. Procura visão de Tom, subindo em uma escada rolante quebrada e interditada com muitos objetos. Aquela era uma região do shopping desconhecida para os dois. Mas um dia de caçada fracassada, os recursos estavam se esgotando, depois de oito meses ali. Precisaria planejar para o dia seguinte uma caçada em outro prédio da região ou nas ruas, tentar pegar um animal de porte maior.
— Aqui não tem nada, vamos retornar ao acampamento — disse Ethan, desanimado e faminto. Odiava ficar frustrado.
Tom retornou passando entre os escombros, e plantas trepadeiras que se estendiam por todo lugar.
— Nossa como você é linda — disse Bella a uma manequim que encontrou no chão de uma loja que parecia de cosméticos.
Passou a mão no rosto da manequim retirando a poeira, parte do cabelo estava queimado.
— O que acha Dany? Ela não é linda?
Dany aguardava do lado de fora no corredor, não gostava de locais com pouca luz. Olhou o sorriso amarelo da garota entre a greta da porta de aço que há muito tempo foi arrombada.
Fazia horas que elas procuravam o maldito pente, Dany estava cansada e queria retornar ao acampamento, mas não poderia deixá-la sozinha.
Bella abre uma portinha no fundo da loja que era o banheiro, duas ossadas de pessoas que morreram se encontravam jogadas no chão, na certa tentaram se esconder ali, e não acabou bem. Isso não a incomodava mais, para viver no novo mundo teve que se acostumar com cadáveres e morte. Quando era mais nova isso lhe causava burburinhos no estômago, e ânsia de vômito. Sempre lembrava dos seus pais, não muito dos rostos, mas de gestos que costumavam ser repetidos pelo seu irmão Ethan, que não gosta de falar muito neles ou de como sobreviveram aos ataques de 2025.
— Dany! Olha o que achei na pia do banheiro. — disse com empolgação, saindo da loja, se agacha para passa pela porta quebrada. — Uma escova de roupa! Isso não é incrível? Está em bom estado. Vai servir para pentear meu cabelo.
Elas caminhavam de volta para acampamento, quando passam pela parte do shopping que havia um grande vão que circunda por todos os andares até o teto oval de vidros quebrados. Por ali entrava a maior parte da água da chuva que empoçada no teto e escorria até térreo, formando uma piscina em parte do chão recaído na garagem. Era ali onde Ethan pescou por todos esses meses.
Bella se pendura na pilastra olhando para baixo a procura do irmão, lembrou que ele havia ido caçar com Tom na zona oeste do shopping, que ainda era desconhecida. A água cristalina chamou sua atenção em volta por uma vegetação verde, desejou tomar um banho.
— Dany, vou descer lá e tomar um banho — o local silencioso, bem iluminado pela luz do sol. — Não vamos correr perigo, estamos aqui a algum tempo e não vimos movimentação qualquer. — Justificou-se a amiga.
Parecia não ser uma boa ideia ir contra as regras de Ethan. As duas desceram pela escada, que as portas de ferro eram trancadas com correntes e barras de aço.
Dany ficou distante vigiando. Bella agachou e cheirou a água, verificado se não havia risco de contaminação. Era potável. Água contaminada tem um leve cheiro de acetona. Retira as várias camadas de roupas que até pesavam no corpo, camisa, dois moletons e uma jaqueta estofada, duas calças moletom rasgada, e uma pequena faca, o vestuário sujo e fedido. Porém, ela não conseguia sentir o mau odor.
Nua, revela uma pele pálida e acinzentada por falta de sol, são nítidas suas costelas magras. Um corpo de uma jovem menina de treze anos em formação com pequenos seios perfeitamente arredondados e rígidos, glúteos pouco volumosos. Duas cicatrizes de mordidas destacavam-se na sua pele, uma, no ombro, a outra na cintura. Mergulhava na água sorrindo, como era boa aquela sensação mesmo estando, fria era reconfortante. Começou a escovar o cabelo embaraçados, um caldo marrom de sujeira escorria dos fios, manchando a água cristalina. Não conseguiu desembaraçar por completo, apenas lavar. Surpreendeu se quando percebeu que seu cabelo não era castanho e sim loiro escuro observando o reflexo na água.
Um tilintar de metal caindo na direção da entrada que ficou aberta, fez Dany ficar alerta e nervosa. A garota acabava de sair de um mergulho, seu coração gelou. Sabia o risco que corria sendo imprudente. Se algum infectado subisse para o acampamento e pegasse todos distraídos, poderia fazer um estrago enorme.
Olhou para Dany, que tinha uma expressão assustada.
— Vai — disse a amiga, que correu feroz para verificar se alguma criatura subiu as escadas para os andares superiores.
Bella saiu da água espremendo os cabelos com as mãos para enxugar. Quando uma risada cansada e rouca ecoa, lhe causando, tremores.
Um homem velho de barba grande, parecia ter uns sessenta anos. Surge de trás de uma espessa pilastra que parte estava desmoronada. A uns sete metros de Bella. Rindo, tossia com chiado em meio a um engasgo, cuspiu um catarro amarronzado. Após isso abriu um extenso sorriso mostrando os dentes pretos e alguns faltando, em sua mão segurava um pequeno pedaço de ferro maciço. A garota pelada tampava as partes íntimas com as mãos. Paralisada.
Bella olha para suas roupas a um metro, sua faca amolada está ao lado.
— Nem pense nisso — disse o homem — vai ser mais doloroso para você, putinha gostosa. — passou a língua sobre os lábios, escorrendo uma baba esbranquiçada.
— Vai se fuder! Escroto de merda — ela corre quase em um salto até a faca.
O homem arremessa o pedaço de ferro maciço, com precisão, direto na cabeça dela que cai de costas ao lado das suas vestes.
Bella sente o mundo girar e seu corpo flutuar, não podia desmaiar. Passa a mão na cabeça e sente o sangue escorrendo, sua vista turva e tonta, recompunha a consciência aos poucos.
O velho ajoelha sobre suas pernas abaixo da vagina. Ela tateia com a mão a procura da faca.
— Você tem razão, vou te fuder muito. Depois vou te comer — ele passa a língua no rosto dela, que fecha os olhos em repulsa.
Segura os braços da garota que tentou enforcá-lo sem força por causa da pancada.
— Você não vai precisa disso, putinha — disse pegando a faca dela e arremessando para longe. — Se morder vai se pior — ele abre a boca dela com as mãos e enfia a língua. Ela sente um pouco da baba dele escorre entre seus lábios, a barba volumosa e fedida rosa em sua face.
Bella se contorce para o lado e vomita um pouco. Cospe na cara do agressor. Lágrimas surgem ao pensar em Ethan, o porque não obedeceu suas regras. Talvez aquele fosse seu fim.
Ele segue lambendo seu corpo desnudo.
— Desgraçado — vocifera — vou te matar.
O agressor ri com chiado.
— Vocês estão em quantos? — Disse apertado os pulsos dela.
— Não tem outros, apenas eu.
— Mentirosa. Se não vai falar vou te estourar todinha. Vou guardá-la só para mim, te fuder por semanas, ou melhor, meses. Enquanto como essa carne macia aos poucos. — Abre a boca, mostrando os dentes podres. Enfia os dedos na vagina a machucando.
Sabia que o velho falava a verdade, práticas de canibalismos com pessoas vivas eram comuns no Novo Mundo.
— Você é uma pura? — Diz analisando as cicatrizes de mordidas nela.
Ele lambe o pescoço, descendo até os seios e crava uma mordida na parte superior rasgando a carne, e sangra. Bella solta um grito estridente, que ecoa por todo recinto, sentido uma dor insuportável. O homem se lambuza no sangue, o lambendo sobre a pele.
Ela chora, focando o teto alto do shopping, a luz do sol indo embora.
— Calma coisa linda, estou apenas começando. — Retira um fio que segurava as calças, e abaixa mostrado o pênis sujo e encaroçado, começa esfregar nela. — Buceta cabeluda do jeitinho que gosto — lambe o sangue que escorria entre os seios dela.
— Me solta — Bella agoniza, agora com a consciência intacta.
O agressor segura o pênis, balançando para penetrá-la. Quando sente uma abrupta dor em seus tendões do calcanhar direito. Algo o arrasta agressivamente de cima da moça.
18:36:17 PM.
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