2 - JON
ANO: 2025, 20 de Maio.
HORA: 13:16:33 PM.
LOCAL: Navio Destroyer Fantasma. Litoral do Rio de Janeiro.
Quando acordou na enfermaria sua cabeça latejava devido, apancada do cassetete, sentiu o corte profundo. Estava há um dia inconsciente, seu braço algemado na maca lhe dizia que teria que arca com as consequências causadas pela confusão do dia anterior, após o recebimento do memorando dos EUA. Não temos fuzilamentos por traição no Brasil, menos mal, ficou feliz com esse pensamento. Apesar de não ter medo da morte, não queria ser jugado por algo que não fez, sendo que só queria proteger a nação brasileira. Decerto seria mandado a corte e preso por longos anos, em caso do pedido de ajuda americano ter sido falso. Por outro lado, se for verídico mereceria medalhas ou subir de patente, entre mais outros cargos.
Jon não ambicionava cargos ou medalhas, permanecia preocupado com sua mãe, se algo desse nível armas biológicas realmente aconteceu, acabaria sobrando para população desavisada pelo governo. Por isso ágil daquele jeito, mesmo sendo um rapaz jovem não teme fazer o certo.
— E bom ver que acordou e gozando de plena saúde, Cabo — disse General Moura ao entra na enfermaria do navio. Um homem de meia-idade, cabelos grisalhos e gordo.
— General — Jon fez o gesto de reverência com a mão na testa. Tentou sentar na maca.
— Não precisa dessa formalidade, não mais — pegou um banco alto e sentou próximo ao garoto. — Você teve sorte, o protocolo em uma situação que o soldado ameaça descontroladamente outros tripulantes. Deve-se eliminado imediatamente para que o caso não se agrave.
— Estou encrencado? O memorando era verdadeiro? — Sua cabeça latejava.
— Sim o documento era verdadeiro. Graças a agilidade da marinha brasileira, conseguimos entrar em alerta geral e fechamos nossas fronteiras e mantemos o presidente em segurança. Enviamos frotas de navios e aeronaves para os EUA. — O General ficou o encarando, com se esperasse ser questionado.
— A marinha vai me dispensar? — Jon ignorou o fato de Moura dar os créditos do Brasil se salvo, para Marinha.
O homem dá um sorriso de deboche.
— Se dispensado garoto. Julgo que não leu o pedido de socorro dos americanos direito — jogou a chave das algemas para Jon se soltar. — Precisamos agora mais do que nuca de cada alma jovem que possa carrega um fuzil para guerra. Já estamos recrutando.
— Então estamos em guerra?
— Nós não, o mundo. Os Estados Unidos da América ativaram protocolo amargeddon. Que para muitos não passava de boatos durante décadas. Os americanos montaram pequenas instalações com ogivas nucleares por todos os países inimigos, por precauções de serem atacados desprevenidamente, como o ocorrido do dia 17 — o General levanto e pegou um copo de água na máquina no canto — Resumo do ataque, China, Rússia, Coreia Norte e entre outras nações, provavelmente foram dizimados. Por que logo em seguida ativaram código vermelho, que são lançados, milhares de míssil intercontinentais carregados por centenas de nano ogivas nucleares, que ao chegar no alvor se espalhar na atmosfera podendo destruir um continente inteiro em poucas horas. Da para imaginar o estrago.
— E por que está me contando tudo isso! — Jon olha sério. Percebendo que era pior, que deduzia. — Não e informação confidencial, senhor?
— Vamos deixa as confidencialidades para os livros de regas e ética militares — falou com tom de voz mais alto. O garoto parecia não entender o agravo da situação. — Estou te contando por que a partir de hoje você estará na linha de frente das missões. Quero que saiba com o que vai lidar.
— Me aliste para isso General, protege minha nação.
General Moura deu de ombros.
— Não me faça rir garoto. Os americanos foram atacados com armas nucleares e biológicas, vírus que transformas as pessoas em loucos sanguinários, só de entra em contato com secreções ou qualquer merda que seja. A América latina central foi contaminada. Informações que chegaram hoje pelos nossos pilotos.
— Entendo a gravidade — Jon engoliu em seco. Ficou pasmo com o relato. — Por que não fomos atacados ainda?
— Por temos 12 por cento de toda água doce do mundo, creio eu. Mais não se engane ou baixe aguarda seremos atacados, disso tenho certeza. As fronteiras nortes do país foram fechadas. Impedido os refugiados latinos que estão fugindo das contaminações entre no Brasil.
— Isso e impossível de fazer. O Brasil e muito grande — Jon.
— Vamos dá suporte para os fuzileiros que estão protegendo o litoral do nordeste, que está infestado de refugiados vindo de barcos de todo o mundo. Partimos daqui a uma semana.
— Sim senhor.
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Os três dias seguintes foram tensos, os marinheiros tinham pouco notícia do mundo, apenas mensagens de rádio recebidas dos navios suportes que foram para os EUA, que agora se encontrava dizimada com poucos sobreviventes.
Naquela tarde de sol alpino, o mar estava calmo sem ondas, a maresia carregada pelo vento. "Um mau presságio" disse uma vez um pescado a Jon sobre essa característica do oceano, "o mar e vivo sabe das coisas, basta escutar", pareceu engraçado na hora, gargalhou com os outros rapazes.
— Cabo Jon — disse o Tenente Dalton.
Jon na popa do navio escorado na grade observando a água, despertou das suas memórias passadas.
— Desculpe Tenente estava distraído.
— O Almirante Billy convocou todos ao convés, para um comunicado importante.
As pessoas se esparralham pelos convéns atentos com o aviso do Almirante Billy, General Moura e Capitão Lucas. Os três estavam dispostos em uma parte mais alta. Billy sendo o superior de maior patente ficou a dispor das informações aos soldados.
— Marinheiros, como muitos de vocês deduzem, venho aqui para confirma aos desavisados. Todas as nações do mundo estão em guerra, isso incluindo nós o Brasil. Ontem fomos atacados por um submarino russo no litoral do nordeste.
Começou um alvoroço e comentarias, causado uma desordem na reunião. Interrompendo o Almirante.
— Silencio, soldados. Não se afobe, por que não terminei de relatar. O submarino lançou 40 mísseis de longo alcance, tendo como alvos diferentes capitais brasileiras. Com rapidez a Marinha localizou e destruiu a embarcação russa.
Os marinheiros comemoraram com gritos e pulos, a baixa inimiga. O homem continuou:
— Dos 40 misseis lançado, 38 foram interceptados e 7 desviados do seu percurso para zonas não abitadas. Graças a nossos parceiros exército e aeronáutica, que fizeram um trabalho rápido e excelente. Mesmo 15 misseis atingido algumas capitais — Billy não estava com semblante de vitória, mesmo dizendo palavras positivas. — Não contemos vitória antes da hora. O submarino e os mísseis, estavam portando um tipo de substância que não sabemos até o atual momento, se trata de alguma arma biológica. Esperamos a resposta dos nossos cientistas do governo.
— E nossas famílias senhor. Devemos nos preocupar? — Indagou Jon, na primeira oportunidade.
— Vou ser bem claro com vocês. Ninguém está seguro nesses últimos dias nem nossas famílias ou nosso país. Se nós não se propusemos a disposição de protege-los, com nossas vidas ser for necessário — Billy falou com convicção dando motivação a todos em seu discurso patriótico. — Não vou amarra nenhum de vocês aqui, peço aos que querem abandonar a Marinha para cuidarem das suas famílias, podem ir agora. Sem medo de qualquer julgamento ou da corte.
Almirante Billy abriu uma garrafa de água e bebeu, quando General Moura falou em seu ouvido. Ele apenas confirmou com um gesto de cabeça.
— Podem ir sem julgamento — Billy gritou causando uma microfonia.
Jon nuca viu o homem agir de forma despeitosa ou nervoso como se encontrava.
Alguns homens e mulheres levantaram em despedida do cargo. Billy apenas olhava decepcionado, mais esperava uma quantidade maior a se acovada.
— Cabo Jon, não vai com eles?
— Não senhor. Minha mãe tem o coração forte!
— Aos desertores, não ser preocupem porque na linha de frente da batalha estaremos nós a Marinha brasileira formada por homens e mulheres valetes, que darão suas vidas para proteger nossa nação. Partiremos hoje do Rio de Janeiro para dá suporte ao litoral do nordeste, especificamente na Bahia onde o submarino inimigo foi destruído com o composto não identificado.
— Senhor será a mesma arma biológica, utilizada no ataque dos Estados Unidos América? — Perguntou um tenente.
O capitão Lucas que resguardava as informações atualizadas pegou o microfone para responder. Billy sentou-se ao lado secado o suor do rosto, com um lenço que guardava no bolço do uniforme.
— Apesar de ainda não termos amostra do composto que foi jogado nos EUA, tudo indica não ser a mesma coisa. Muitos refugiados que estão isolados nas praias do nordeste, tiveram contato com a substância que está se espalhado por vários estados do litoral, através do mar. Por tanto nenhum estrangeiro apresentou reação agressiva, ou quaisquer sintomas patológicos — Ele olha para o General Moura. Pergunta se quer acrescentar alguma coisa. — Partiremos agora, para dar apoio nas áreas mais atingidas pelo composto.
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No dia seguinte, Jon se preocupava com o que iriam enfrentar. Uma questão delicada que se tratava de cuida dos refugiados, pessoas simples que fugiram dos seus países destruídos por uma guerra política que não pediram. Se o Capitão não tivesse parado o Fantasma na base náutica do Espirito Santo para abastecer, não levaria dois dias para chegar em Porto Seguro.
O mar estava uma zona com centenas de embarcações. Milhares de pessoas com barracas improvisadas acampadas na areia da praia. O exército montou um muro de dois metras de altura e por vários quilômetros, com arame farpado para não permitir que os imigrantes saíssem da praia. Assim protegendo a cidade e os brasileiros. Soldados fortemente armados foram colocados em postos estratégicos de vigia da cerca.
— O que acha Jon? — disse seu colega de quarto Bob, um moreno alto de 20 anos, aficionado por academia. Ele tampava o reflexo do sol com a mão para olhar melhor as muitas embarcações.
— Muita gente — Jon segurava sua bolsa com equipamento para montar acampamento em terra. — Imaginei umas sem ou trezentas. Como vão fazer para alimentar tantas pessoas?
— Alimentar? — Bob fala com sarcasmo. — Isso não e problema nosso mano. Nem é nossa gente.
Jon deu de ombros, ignorando a empatia do amigo.
— E de estrema importância, que vocês usem as luvas e mascaras todo instante — disse Billy aos quinhentos marinheiros que desembarcaria. — Não entre em contato com os estrangeiros em hipótese algumas até temos mais informações dos cientistas.
Apenas quando Jon estava no bote que percebeu a substância que flutuava na água salgada. Semelhante a um óleo preto, espesso e viscoso. Grandes manchas cobria a praia.
Após montar seu acampamento em terra. Jon, Bob e Marlan um rapaz negro de olhos castanhos, que estava quase subindo para patente de primeiro Sargento. Foram convocados para fazer uma patrulha de identificação de doentes.
— Confiram seus armamentos — disse Tenente Dalton, sem paciência. — Mantenha distâncias dessas pessoas. Se identificarem qualquer suspeita de doentes, escoltem até a zona de isolamento feita pelo exército fora da cidade.
— Sim senhor — disse os três homens.
A bota de couro pesava na areia úmida, o cheiro de fezes e urina estava forte próximo a cerca. Os refugiados estavam apenas uma semana em Porto Seguro, mais parecia viver a anos ali, lixo espalhado por todo o local, várias barracas improvisadas de lonas por onde surgia rostos sujos e assustados ao ver os fuzis na mão dos soldados. Pessoas vindas de vários cantos da américa, Cuba, Nicarágua, Guatemala, México e entre outros.
— Não temos nem um dia de descanso — Bob reclama — nossa não dá para andamos beirando a cerca, o fedo está invadindo minha máscara.
— Não seria você sem reclamar. Que férias logo agora, Bob — Jon brinca.
— Ele tem razão está insuportável o cheiro, vamos beirando o mar — disse Marlan, tentando parecer o superior do trio. — Não deixe que as ondas molhem as botas.
Atravessaram com cuidado entre as barracas. Tudo parecia conforme a normalidade, o sol ainda alpino e vento forte assobiava. A maioria das pessoas mantinha-se quietas quando eles passavam, algumas saiam das barracas já acostumada com o procedimento.
— Vontade de dá um tibum — brincou Jon.
Os outros riram com a impossibilidade.
— Imagine a cara do Tenente Dalton — Bob sugeri rindo.
Logo adiante um garotinho de rostos redondo, cabelos lisos com franjas quase tampando os olhos escuros, de no máximo três anos de idades. Brincava na beira do mar descalço, com as ondas que trazia a substância oleosa preta até areia. O menino corria e pulava no óleo, achava divertido por que grudava em seus pés.
— Moleque sai daí! — disse Bob.
— Relaxa soldado e só uma criança — disse Marlan simpatizando com o garotinho. Retirou sua máscara que estava esquentado.
— Marlan, o que está fazendo? — Indaga Jon, preocupado.
— Muito calor estou derretendo.
Marlan coloca o fuzil nas costas, retira as luvas e abre a pequena bolsa que carregava de lado e a guarda. Após retira um pão, se agacha e oferece a criança que aceita abrindo um longo sorriso sem dentes.
— Ficou maluco, ele pode estar doente — Bob ficou nervoso com a imprudência do Sargento.
— Cara e só uma criança com fome. Ele parece doente para você — Marlan, justifica-se tentado convence-los.
— Muchas gracias — o menino respondeu com uma voz fina.
— Toca aqui — Marlan estendeu a mão e o garoto tocou como forma de agradecimento, achando incrível aquele momento. — Ve a tu madre.
O garotinho saiu correndo a procura da mãe, para mostra o pão. Um cubano que pescava, observa de longe.
— Você coloca nós em ricos, para fazer caridade — Bob ainda bufando de raiva.
— O que eu pude fazer para ajuda essas pessoas, vou proceder.
Jon entedia o posicionamento de Marlan, só que em tempos de guerras era um risco desnecessário a se correr.
— Não podemos fazer muito por essas pessoas meu amigo — afirma Jon triste.
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Ao anoitece, Jon comia uma sopa, que nem quis saber o que tinha dentro. Estava exausto, sabia que sua noite era curta precisaria fazer vigília da parte sul da cerca na madrugada, deitou na rede, sentido o calor da fogueira. Não viu Marlan e Bob o resto da tarde.
Acordou olhou no relógio três da madrugada, estava na hora. Levantou-se.
Bob dormia na rede ao lado com a boca aberta a roncar, e o rosto no mosqueteiro onde muitos mosquitos se alimentava. Estranhou ao ver a rede de Marlan vazia. Jon olhou em volta os vários soldados dormindo pensou que o amigo pudesse está descansando em outro lugar ou foi urinar. Próximo tinha o bosque de mata aberta onde os homens usavam como banheiro. Ele pegou seu fuzil recostado no pé de coqueiro e caminha até o bosque a procura de Marlan. Mesmo com a lanterna a escuridão predominava.
— Marlan — gritou no silêncio da madrugada. — Marlan — não obteve resposta novamente.
Viu o amigo distante atrás de uma grossa árvore, aproximo se com acautela com a arma firme na mão.
— Sargento, você está bem? — Sua mão já tremia.
Marlan, emitia um som semente a grunhido de dor ou algo parecido, estava em pé, de costa para Jon com as duas mãos na boca, se contorcendo. Jon sentiu um frio na espinha e destravou a M4.
3:21.02 AM.
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