O Quinjet pousou no solo com um barulho quase nulo. Os presentes ficaram quietos por algum tempo, percebendo que, enfim, a grande batalha de suas vidas poderia estar chegando naquele momento. O coração de cada um estava agitado e ansioso, mesmo que seus lugares em cada missão já tinham sido bem definidos na enorme reunião que tiveram, incluindo até mesmo, os agentes de operação tática que Fury levou para dar cobertura a eles. 

O primeiro a tomar coragem e se levantar foi Sam Wilson. Ele enfiou os óculos de proteção no rosto e ajustou o dispositivo eletrônico em seu pulso. Sua mochila à jato com as asas de Falcão acenderam uma luz vermelha brilhante. Bucky o ajudou a colocar a mochila nas costas e deu um tapinha nos ombros dele. 

-Vai lá, Pardalzinho! 

-É Falcão, Bonequinho. Falcão! - Sam rolou os olhos e encarou Steve, que tinha se levantado. 

-Do jeito que combinamos, Sam. Você vai sobrevoar o Palácio. Registrar o máximo de imagens e trazer para analisarmos. Temos ainda seis horas para eu ir encontrar o Sam. 

Sam assentiu e caminhou até a porta do Quinjet, levantando voo a seguir. Todos soltaram o ar que estavam prendendo, tensos. Steve, ao contrário, prendeu o dele, nervoso e ansioso. 

Ao passar a mão pelos cabelos, Steve sentiu algo cutucar sua costela e encarou Emma. Ela fez uma pequena mesura com a cabeça para o lado, indicando algum ponto atrás dele. Ao se virar, Steve percebeu Margot saindo da sala de concentração, rápida, embora discretamente,

-Ela estava chorando, Stee. - Emma comentou, dando de ombros. - Você é melhor do que eu para consolar alguém. 

Steve assentiu e se despedindo da namorada com um selinho, foi atrás de Margot. Para sua sorte, a mulher não tinha ido muito longe. Encontrou com ela sentada no chão de metal de um corredor, abraçada aos joelhos e chorando compulsivamente. 

Steve não falou nada. Afinal, não fazia ideia do que poderia dizer ou o por qual motivo Margot estava chorando daquela forma. Ele apenas sentou no chão, suspirando, para anunciar sua presença, ao lado dela. Percebendo que ela tinha tentado controlar o choro, Steve acariciou as omoplatas de Margot, em um carinho. 

-Hey, tudo bem… Pode chorar, Margot! Eu não vou te julgar… 

-Eu odeio ele! - Margot soluçou ainda abraçada aos joelhos. - Ele acabou com a minha vida, Steve! 

-Seu irmão? 

-Não é meu irmão. - Margot ergueu os olhos lacrimejantes e negou com a cabeça, veemente. - Ele é um monstro! Você ouviu os pais da Emma… O que eles eram forçados a fazer… O que ele quer… Com o resto do… Mundo! 

-Eu sei. - Steve abraçou Margot pelos ombros e sorriu, confiante. - Mas a gente vai conseguir, Margot. Não se preocupe. Vou colocar esse cara na cadeia… 

Margot o interrompeu, negando de novo. Steve percebeu o brilho determinado do olhar dela. E franziu a testa, sem entender o que ela quis dizer com "Não". 

-Ele não vai parar se estiver atrás das grades. Uma cadeia não é o bastante para ele. O Sam é bonito, carismático, esperto… Ele vai escapar, arranjar aliados  e recomeçar do zero. Entende? 

-Então, o que você está sugerindo? 

Margot não desviou o olhar do olhar dele, embora Steve tivesse percebido que um lampejo de dor passou em seus olhos. 

-Nós dois sabemos do que eu estou falando, Capitão. Mas não se preocupe, eu não estou mandando você fazer isso. 

-Margot… 

-Não, Steve. Eu já me decidi. Nada do que você diga vai mudar minha decisão. 

-Steve! 

Os dois olharam para Shuri, que apareceu no corredor, parecendo bastante empolgada. Margot virou para o lado, enxugando as lágrimas e escondendo o rosto com o cabelo comprido. Steve levantou do chão, espanando a calça e sorrindo ao observar Shuri caminhando até ele. 

-Oi, Princesa! 

-Quanto tempo, Capitão! Aliás… Ainda posso te chamar assim? Ou preciso te chamar de Nômade? 

-Ainda sou o Capitão. - Steve e Shuri se abraçaram. Ao se soltarem, ele percebeu que Margot já tinha se recuperado, então as apresentou. - Essa é a Margot, irmã do Sam Porter. Margot, essa é a Princesa de Wakanda e namorada do Bucky, Shuri. 

Shuri ficou levemente vermelha enquanto cumprimentava a mulher. 

-Ah, essa é a famosa Shuri? 

-Famosa? 

-O Bucky fala muito de você. - Margot esclareceu, o que fez o rubor na face de Shuri piorar. - Na verdade, ele fala o tempo todo de você! 

-Chega a ser irritante de tão fofinho! - Steve debochou. 

-Ah, então é igual você e a Emma? - Shuri devolveu. 

As duas mulheres engoliram a risada ao perceber o constrangimento de Steve, que ficou tão vermelho quanto um pimentão. Para amenizar e não o deixar ainda mais constrangido do que ele já estava, Shuri avisou: 

-O Sam está de volta. Melhor vocês dois virem para cá. O Fury está esperando por vocês na sala quatro! 

-Estamos indo logo atrás de você! - Steve assentiu. 

Os três foram caminhando, em silêncio, ouvindo apenas seus passos contra o chão de metal. O ar condicionado fazia com que os pelos de Steve arrepiassem contra o uniforme. A adrenalina que corria por suas veias o deixava mais ciente ainda de que era apenas um humano. 

E sua cabeça não parava de pensar que quanto mais humano, mais chances de cometer um erro. 

O único problema de qualquer erro, é que poderia custar seu futuro, sua história. Poderia custar a vida de qualquer pessoa naquele lugar. 

De repente, Steve não conseguiu dar mais um único passo. Seus membros formigavam, deixando-os dormentes. O ar escapou de seus pulmões e o mundo parecia liquefeito ao seu redor. 

Se segurando na parede gelada do Quinjet, Steve tentou manter seus pensamentos calmos, mas a única coisa que ele conseguia pensar era em todos mortos e sangrando. Seu coração doía. Seus olhos ardiam e ele só percebeu que estava chorando quando sentiu uma mão gelada em seu ombro, o apertando com força e o trazendo para a própria realidade. 

-Hey, Stee! Calma! Eu tô aqui, parceiro… 

Steve focou a visão em Bucky, tentando dizer algo. Bucky negou. 

-Não fala nada. Eu tô aqui! Respira comigo… 

Aos poucos, Steve conseguiu parar de tremer e chorar ao mesmo tempo. Então, ele se deu conta de que Tony e Sam também estavam ao seu lado. Assim que conseguiu respirar normalmente, Tony esticou algum tipo de comprimido branco. Ele ouviu algo sobre ser um tranquilizante, então engoliu, aceitando a garrafa d'água que Sam esticou para ele. 

-Você está bem, Doritos? 

-Acho que sim… 

-O que aconteceu, Steve? - Sam questionou, fazendo um afago no braço do amigo. - A Margot disse que você não estava bem… 

Bucky quem respondeu pelo amigo, que ainda tentava respirar fundo, segurando o ar dentro dos pulmões. 

-Ele teve uma crise de pânico. Não foi? 

Steve confirmou com a cabeça, se sentindo envergonhado. 

Tony deu um tapinha no ombro dele, apertando. 

-Você tem condições de ir em frente? Se quiser, posso liderar a missão de resgate por você! 

-Não! Eu vou! - Steve respirou fundo. - Eu vou e todos vão atrás quando eu pedir. Como combinamos. Eu estou bem, sim! Obrigado! 

Bucky e ele trocaram um olhar. Steve sabia o que isso queria dizer e deixou Sam e Tony indo na frente. Ele se virou para o amigo. 

-Você está com medo. 

-Não. - Steve negou. - Eu só não quero que nada aconteça com a Nat, Bucky. Nem com vocês. 

-Tá, tudo bem. Se você está dizendo… Vamos? 

-Vamos. 

*** 

Os passos de Steve ecoaram pela rampa do Quinjet. Logo atrás, os de Scott, Wanda e Sam. Ele os encarou assim que pisaram no gramado. Os três também encararam o homem, esperando o momento certo. 

-Eu acho que não tem jeito. Está na hora. 

-Certo, Capitão! - Scott bateu continência. 

Isso arrancou um pequeno sorriso de Steve, que assentiu em resposta, vendo o homem ficar do tamanho de uma pilha de maçãs maduras e vermelhas. Talvez, Steve tenha ficado com fome. 

Se abaixando, Steve pegou Scott entre suas mãos e o depositou na parte de dentro do bolso do uniforme dele. Wanda trocou um olhar com os homens. Enquanto Steve era pego por Sam, ela alçou voo junto deles, usando seus poderes. 

Sam voou até a torre mais alta daquela espécie de Castelo. Para a sorte deles, não havia janela naquela área e Steve ajudou Wanda a entrar assim que Sam se afastou. 

-Estamos dentro, Fury. - Steve avisou. - Você está bem, Wanda? 

A mulher assentiu, recebendo o "Ok" de Fury para que seguissem adiante. Wanda foi na frente, as mãos erguidas na frente do corpo, uma névoa escarlate formando um muro sólido, como um escudo. 

-Estamos indo bem? - Scott questionou. 

-Aham. - Steve sussurrou. - Agora fica quieto! 

Wanda foi seguindo as instruções que Tony Stark ditava para ela através dos pontos eletrônicos. Por cerca de quatro andares, eles não acharam ninguém . Estava tudo vazio, apesar dos claros barulhos pelo corredor. 

Enquanto, por fora, o Palácio era rústico e com uma aparência claramente destruída, por dentro, as paredes e o chão deixavam claro o quanto aquela estrutura era moderna. 

Quando os três, enfim, chegaram ao andar cujas câmeras não poderiam ser acessadas por fora, Scott pulou do bolso de Steve. Wanda e ele acompanharam, com o olhar, encolhidos atrás de uma porta, Scott entrar por dentro de um buraquinho. 

-Eu sou o cara! Eu consigo! Eu consigo! 

Steve respirou bem fundo, mas a respiração ficou presa em sua garganta quando um homem todo de preto virou na sua frente, vindo da dobra do corredor. Os dois se encararam. O primeiro reflexo do homem foi arregalar os olhos, abrir a boca e levar a mão ao Walkie-talkie em seu cinto. 

O primeiro de Steve, foi erguer o escudo e bater com toda a força com a superfície plana na cara do homem. 

O som surdo de um corpo caindo ao chão pôde ser ouvido pelo corredor de metal, vazio. 

-Minha Nossa! - Wanda arfou. - Você desmaiou ele?! 

-Acho que sim! - Steve levou a mão ao ouvido. - Scott, Status da missão. 

Levou algum tempo para que Scott respondesse a linha, o que fez com que Sam perdesse a paciência com ele e começasse a gritar com Lang. 

-Calma, Passarinho! - Scott suspirou. - Dispositivo conectado, meninas. 

-Me dá alguns minutinhos. - Shuri pediu. - Eu e Sam vamos resolver isso! 

Eles assentiram. Scott aguardou no lugar, enquanto Wanda escondia o corpo do homem desmaiado no chão. Um filete de sangue vermelho e grosso corria por sua boca. 

Steve ajeitou o escudo no braço e apertou o cinto de segurança em torno da própria pele. Ele chegou a sentir dor com a força, mas de alguma forma, não incomodou. Isso o trouxe para a realidade e ele conseguiu focar em cada coisa que teria que fazer. 

-Vocês tem cinquenta segundos antes que sejamos obrigadas a retomar as gravações. - Samanta avisou. 

-É melhor correrem como se suas vidas dependessem disso! - Shuri alertou. - Vamos mandar o Tony, o Visão, o Thor e a equipe tática! 

Steve pegou Scott entre suas mãos de novo e assentiu, ao trocar mais um olhar com Wanda. 

-Estamos prontos, Shuri e Sam. 

Eles aguardaram. Elas iniciaram uma contagem regressiva e, assim que a luz verde piscante localizada embaixo das câmaras desligou, Steve e Wanda correram pelo corredor, como se não houvesse amanhã mesmo! 

Os dois desceram pelas escadas de pedras, tão rápidos que Steve não fazia idéia de como não se machucaram pelo caminho. 

Para o azar deles, dois guardas subiam as escadas no sentido contrário, mas antes mesmo que pudessem reagir, Wanda já tinha hipnotizado os dois. Steve apenas pulou os corpos e ouviu Scott reclamando algo sobre estar enjoado. 

Trinta segundos. 

Wanda puxou Steve em direção ao caminho que o Falcão de Sam traçou. Wanda apagou mais dois guardas quando entraram em um terceiro corredor. 

Quinze segundos. 

Não ia dar tempo de eles descerem mais dois lances de escadas, ainda mais, tendo uma quantidade exorbitante de guardas na parte debaixo: O corredor que Natasha estava sendo mantida presa. 

A única coisa possível que eles pensaram foi se esconderem em qualquer sala aberta. Eles correram para dentro de um armário metálico e apertado no canto de uma ampla sala elegante. 

-Eu preciso respirar…! 

-Shhhh! - Wanda e Steve exclamaram, juntos. 

O som da porta abrindo fez com que Wanda ficasse em alerta e que Steve montasse a guarda. 

-MAS QUE MERDA FOI ESSA, SMITH?! 

-Calma, Senhor! - Uma voz esganiçada e aguda, trêmula, entrou por dentro da sala, seguindo a alta e irritada. - Foi apenas uma queda de energia… 

-Queda de energia?! - A voz continuou soando alta e raivosa. - Eu exijo saber o que provocou essa falha gigantesca e por qual motivo os geradores demoraram tanto para ligar! Quantas vezes eu vou ter que repetir que precisamos manter os níveis daquelas máquinas funcionando?! 

-C-Certo, C-chefe! 

-Mande outro email para o Rogers. Talvez, ele não tenha entendido meu recado… 

O sangue de Steve gelou e a adrenalina em suas veias correu, fazendo ele tremer. Wanda passou a mão pelo braço dele, sussurrando um "Calma, Stee!". Ele se forçou a respirar muito fundo. 

-Mais alguma coisa, Senhor Porter? 

-Sim. - Sam sentou em uma cadeira. - Tragam a Romanoff. Talvez, esteja na hora dele perceber que as ameaças são reais. 

Steve fechou os olhos e se controlou, ainda tremendo. Natasha iria até lá. Ele precisava, primeiro saber se ela estava bem, e só depois ele atacaria. 

Demorou quase uma eternidade para que os guardas aparecessem com ela, amarrada. Não parecia estar ferida, mas também, nenhum dos três conseguia enxergar muita coisa através dos frisos do armário. 

-Mandou me chamar, Porter? 

A voz de Natasha era fria, superficial. Era o mesmo timbre de quando ela queria seduzir, se mostrar entediada, ironizar, ou isso tudo junto. Wanda suspirou, bem devagar, completamente aliviada. Ela estava bem. 

-Sente-se, Romanoff. 

Ela foi obrigada a sentar na poltrona em frente a uma mesa. Sua mãos estavam unidas atrás de si, com um nó apertado, as mantendo juntas.

Enquanto Sam começava um novo interrogatório, Scott murmurou um "Já volto!" E pulou do bolso de Steve. Tanto ele quanto Wanda tentaram pegar o homem, o que provocou um barulho no local. 

A voz de Sam morreu, mas a de Natasha continuou firme e forte. 

Eles perceberam o que Scott estava fazendo segundos depois, quando Natasha levantou de uma vez, chutando a mesa contra a barriga de Sam e, pulando por cima da mesma, ela encaixou uma chave de coxa, mantendo o homem preso entre suas pernas, com força. 

Quase automaticamente, uma explosão pode ser ouvida no andar debaixo e Steve e Wanda saíram de dentro do armário. 

Eles não tiveram um momento de paz, já que, instantaneamente, um grupo de homens entrou por dentro da sala. Steve usou a cadeira que Natasha estava sentada para chutar, fazendo ela se chocar contra a perna de um deles, ao mesmo tempo que corria em direção ao grupo e pulava, usando a parede de apoio. 

O escudo foi de encontro ao rosto dos dois primeiros, sendo que apenas um deles desmaiou. Se defendendo, Steve ouviu o familiar som de uma faca batendo contra o escudo, ao mesmo tempo que tiros soaram altos, ao longe. 

Steve pôs o objeto em suas mãos de forma que quando um dos disparos bateu no lugar certo, o tiro ricocheteou, atingindo a garganta do homem que empunhava a arma. 

Sentindo uma dor aguda, Steve percebeu que o homem que tinha fingido desmaiar enfiou uma faca na perna dele, mas não o suficiente para o prejudicar. Ele o chutou, dessa vez, desmaiando mesmo o homem. 

Ao olhar ao redor, Steve percebeu que Natasha estava presa entre uma faca e Sam. O resto dos guardas já tinham caído, talvez, desmaiados. Ele nem mesmo se preocupou com Natasha, já que assim que a porta fechou, algo empurrou a mão de Sam para longe do pescoço dela, fazendo com que Natasha tivesse tempo de reagir, o socando. 

Wanda o envolveu uma uma luz vermelha forte, o mantendo preso à cadeira. 

-O que vocês estão fazendo aqui?! - Natasha questionou, irritada. - Eu tinha tudo sob controle e um plano de fuga excelente! 

-Desculpa se a gente se preocupa com você! - Steve retrucou, levando a mão ao ponto eletrônico quando mais uma explosão soou alta. - Pessoal, achei a Natasha. A Wanda vai levar ela. Estamos na ala sul. 

Ele recebeu a resposta de Tony, garantindo que ia pegar ela e, mesmo irritada, Natasha acatou o pedido de Steve e saiu da sala, levando Wanda e Scott. 

Mas Steve não teve muito tempo depois disso. Um grupo de guardas entrou, mirando armas para ele e soltando Sam das amarras que Wanda tinha feito. 

-Agora, somos só eu e você! - Sam levantou da cadeira e encarou Steve nos olhos. - Sabia que tem um pouco de verde no azul dos seus olhos, não sabe? 

Steve revirou os olhos dele, bufando. 

-Já, já me falaram isso… 

-Já te falaram que você também é uma pedra no sapato?! - Sam fez sinal para deixarem ele sentar e Steve achou melhor obedecer. - Solta o escudo, cara. Eu só quero conversar. 

Steve precisou deixar que o escudo fosse tirado dele por um dos guardas. Os dois se olharam nos olhos por tempo suficiente. Então, Steve desviou o olhar e encarou Sam. 

-Então… Eu fui uma pedra no seu sapato. 

-Você foi uma pedra no sapato de muita gente, Rogers. - Sam cruzou as mãos na frente do corpo. - E eu confesso que já sabia que você traria outros problemas, mesmo que eu tivesse dito para vir sozinho. Você tem um senso de obediência extremamente rebelde para um herói patriota. 
 

-Nem sempre obediência é patriotismo. - Steve respondeu, solenemente. - Às vezes, o melhor a se fazer, é se rebelar. 

-Muito filosófico e bonito. - Sam levantou e deu a volta na mesa, parando na frente de Steve, o encarando de cima. Claramente, estava desfrutando de seus momentos de glória. - Mas na prática, só serve para fazer raiva. E eu garanto, Rogers, não sou o único no qual você fez raiva. 

Uma explosão alta fez as paredes do Palácio tremerem. O coração de Steve deu um salto, torcendo para que a situação tenha saído de controle e que isso tenha sido o Hulk ou o Thor, não os membros da Hydra acabando com seus amigos.  

Evitando olhar para o guarda que segurava seu escudo, Steve encarou Sam quando ele o chamou. 

-Eu soube que você descobriu meu segredinho na Antártica. Onde você colocou meus Agentes especiais? 

Steve franziu a testa e os lábios, dando de ombros. 

-Não faço ideia do que você está faland…! 

O tapa na cara veio tão rápido e forte que Steve quase virou na cadeira, sentindo o sangue ferver. Um gosto metálico invadiu a boca dele e as mãos de Steve se fecharam, com raiva. Mesmo assim, ele ergueu o olhar e voltou a encarar Sam. 

-Vamos refrescar sua memória e, talvez, eu ignore que você colocou na cadeia meus aliados e matou outros. Valendo a liberdade dos seus amiguinhos, Capitão América. Onde. Estão. Os. Mayers?! 

Steve engoliu o gosto de sangue e ergueu o canto dos lábios. Não iria implorar. Não iria abaixar a cabeça. 

-Quem? 

Mais um tapa bem dado. A face de Steve ardeu. A cada vez que Sam o agredia, ele sentia a adrenalina subir em seu sangue e, no momento em que desse o sinal, Steve sentiria pena dele. 

-Capitão América, Eu entendo que você seja dono de um orgulho e um ego enormes considerando o quão famoso e idolatrado você é. Mas essa sua petulância está começando a me irritar. Os pais da sua garota. Onde eles estão? 

Steve respirou fundo, esfregando o rosto. 

-Ah, eles… 

-Cadê eles? 

-No momento em que eu me levantar…  

Sam o encarou, confuso. 

-O que? 

Steve se aproveitou disso para levantar da mesa e enfiar um chute na boca do estômago dele, com força. Sam voou por cima da mesa, enquanto Steve virava para Bucky, que jogou o escudo para ele. 

Vários tiros foram ouvidos enquanto ricocheteiam no vibranium do escudo e do braço do homem. Em segundos, Bucky tinha abatido todos os outros seis guardas verdadeiros. 

Steve e Sam rolaram pelo chão, trocando socos violentos, só até que o som de tiros soaram altos. 

Oiie, Pessoal! 💖

Cheguei atrasada, mas não deixei de postar heheh

E sim, eu sou doida o suficiente para parar esse capítulo beeeeem aí hehehe Eu sei, vocês devem estar me xingando, né? Mas... Sexta está logo aí 🤗

Por falar nisso, como está a ansiedade de vocês para Falcão e Soldado Invernal? Meu Hype está lá em cima, confesso!

Bem, como eu tô meio mal hoje de sinusite e Rinite, não vou me demorar muito aqui! Mas espero que tenham gostado desse capítulo e que estejam muuuito ansiosas para o próximo!

Beijos 💋