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49. Reunião.





Era fato que os Estados Unidos e o Mundo precisavam de heróis. Era fato que limpar a bagunça do outro governo estava dando muito trabalho, especialmente quando Sam Porter tinha deixado de "existir" no mundo, quando a secretaria de estado da Inglaterra tinha sido assassinada com um tiro na cabeça e quando o General Ross foi achado em sua cela, no Raft, envenenado. 

Todos queriam respostas concretas. Mas eles não tinham. 

Steve Rogers passou quase dez dias inteiros sem conseguir dormir. Eram inúmeras reuniões para anular completamente o Tratado de Sokóvia e analisar um acordo pró-heróis com a ONU, além de ter que prestar depoimentos em cima de depoimentos, contando várias coisas. 

Obviamente, Steve Rogers não havia contado tudo e esperava que o resto dos Vingadores também não tivessem contado. Mas ele não tinha como controlar tudo que todo mundo fosse falar. 

Para sua sorte, Nicky Fury foi renomeado Diretor Geral da Shield novamente, o que permitiu que fosse tudo mais rápido. 

Um problema que eles haviam pensado apenas antes de descerem do avião era o que fariam com Barnes. 

Embora Bucky tivesse conversado com Steve e tivesse dito que, se fosse o caso, ele poderia muito bem pagar pelos crimes que cometeu, foi Tony Stark quem conseguiu, com a ajuda de alguns advogados e Margot, montar um simples questionamento. 

"Número um: Haviam provas de que a bomba na ONU foi uma armação para incriminar o Soldado Invernal e, assim, desestabilizar os heróis.". 

"Número dois: Também existiam provas concretas de que existiram muitos outros "Soldados Invernais" (muito embora, ninguém tivesse entrado na questão se sobreviveram ao experimento ou não)" 

E por fim, e mais importante… 

"Não existia nenhuma única prova concreta, apesar de Bucky Barnes ter sido um dos soldados Invernais, que ele é quem tivesse cometido os crimes." 

Em teoria, até tinha a gravação dos pais de Tony sendo assassinados, mas… 

Por algum motivo desconhecido para todos, Tony não entregou a gravação. E ele mesmo pagou aos advogados que garantiram a Bucky o direito de responder os inquéritos em liberdade. 

Aos poucos, quase todos voltaram às suas rotinas e casas. Apenas quase. 

Steve não voltou para a Shield, apesar de estar contribuindo com as investigações para destruir a Hydra. Tampouco Clint e os filhos, ou Emma e a Família. Também tinha se recusado a voltar a vestir o manto de Capitão América. 

Observando a chuva pesada que caía em Nova York através da janela de vidro, Steve levou a mão que segurava a xícara de café forte até a boca, suspirando, ao sentir o líquido descer quente e amargo. A outra mão dele repousava, no bolso de sua calça, segurando um objeto firmemente. 

Ainda não havia chegado ao fim daquela história. Mas estava muito mais perto de vislumbrar a saída do túnel do que estava há apenas alguns dias antes. 

Na verdade, mesmo que o objetivo fosse apenas juntar a Família novamente, Steve conseguiu uma enorme ajuda dos sogros quando eles denunciaram o que acontecia dentro do lugar onde foram obrigados a permanecer. 

Charlotte e Jacob tinham sido convidados para uma entrevista de emprego em outro País, mas ao chegarem lá, era uma armadilha. E nunca mais voltaram. 

Os relatos do que eram obrigados a fazerem era desumano e completamente hostil. Steve suspeitava que, assim como Chloe e Emma não seriam mais as mesmas após a "morte" dos pais, eles também não seriam mais os mesmos após aquilo tudo. 

-Você está bem? 

Steve estremeceu de susto e se virou para trás. Abriu um sorriso ao reconhecer Eva. 

-Tô, sim. 

Eva caminhou calmamente até a enorme cama daquele quarto. Ela se sentou, cruzando pernas e braços, observando o homem em sua frente. 

-Sabe, Steve… Tem o quê? Vinte dias que você está aqui? Um pouco mais? 

-Acho que sim. - Steve apoiou a caneca vazia de café ao lado da cama, na cabeceira. - Por quê? 

-Porque desde que você chegou aqui, eu ainda não vi você sorrindo uma única vez. 

Steve não respondeu. Ele apenas cruzou os braços e abaixou a cabeça, encarando os próprios pés. Então, caminhou até a cama e se sentou ao lado de Eva. 

-Eu não consigo sorrir, Eva. Não quando eu sei que essa paz é efêmera e momentânea. Acabamos com os problemas menores, mas… O Problema maior… Ele ainda está lá, esperando para explodir a qualquer segundo como uma bomba! 

Eva assentiu, segurando a mão de Steve. O homem entrelaçou os dedos dela aos seus e beijou sua mão, em um gesto de conforto, enquanto sorria de lado para ela. 

-Eu fico feliz que você preste atenção em mim, mas não precisa se preocupar, Eva. Eu estou bem. 

-É, eu sei que está. 

Eles fizeram silêncio por alguns minutos, enquanto Steve continuava observando a chuva cair. 

-E você vai me contar o que está me escondendo? 

Desviando o olhar da janela, Steve franziu a testa para a amiga, confuso. Eva não esperou ele fazer nenhuma pergunta. Apenas sorriu de lado. 

-Querido, você está desde o momento em que eu entrei aqui até agora com essa mão no bolso. É óbvio que está escondendo algo. 

Steve deixou uma risada alta escapar e concordou, balançando a cabeça. 

-Não dá para esconder nada de você, não é? 

-Não mesmo! 

-Bem… É que eu tive uma conversa com a Samanta esses dias e… - Steve olhou para a direção do corredor e, vendo que ninguém estava por alí, abaixou a voz e continuou falando. - E eu tô pensando em fazer uma coisa, mas… É que tem pouco tempo que… 

-Você vai pedir a Emma em casamento?! 

Steve engasgou com o ar, arregalando os olhos e negando. Levantando da cama, o homem começou a andar de um lado ao outro do quarto, rindo sozinho e negando. Eva esperou, pacientemente, até que Steve se acalmasse e fosse para o lado dela de novo, mostrando um molho de chaves, o qual, tirou do bolso. 

-Não, Eva… Está muito cedo para casamento ainda! Não mesmo… Mas eu quero que a Emma volte para a faculdade e que continue morando com os pais ou com você… E eu só pensei que… Bem, como provavelmente eu vou acabar desistindo da idéia de não ser o Capitão América, eu vou ter que ficar por aqui, então… 

Pausa. Eva aguardou com um sorriso largo no rosto. 

-Eu pensei em dar as chaves do meu apartamento para ela. Para quando ela quiser e se quiser vir ficar comigo. 

-E você vai dar as chaves desse apartamento quando, homem? 

Steve riu com o entusiasmo de Eva e, mesmo que estivesse muito nervoso, era contagiante o alto astral que aquela senhora trazia em qualquer lugar. Caso decidisse mesmo ficar na América, sentiria falta dela. Muito mais do que queria admitir. 

-Talvez, hoje. - Steve deu de ombros, guardando a chave no bolso. - Mas eu ainda tenho uma reunião com o Fury… 

-Opa, desculpa interromper! 

Steve e Eva se voltaram para a porta assim que Clint Barton a abriu. 

-Ah, que bom que encontrei você aqui, Steve. Precisamos de você lá na sala de reuniões agora. 

-Eu já estou indo. 

Clint assentiu e saiu de perto, deixando a porta semi encostada. Suspirando, ele correu as mãos pelas pernas, encarando o escudo que estava apoiado na sua frente. O olhar de Eva acompanhou o seu. 

-Essa é aquela reunião? 

-É. - Steve concordou. - Aparentemente, não posso mais enrolar o Estado e a Shield. Tenho que comunicar se pretendo voltar a ser o Capitão América ou não. 

-Já sabe sua resposta? 

Steve esfregou a mão pela barba, negando. O atrito da barba recém feita bem rente a pele do rosto dele fez cócegas em sua mão e ele a encarou, como se fosse possível ver através da mão.  

-Eu preciso ir. 

-Tudo bem, Querido. Vai lá. Vou ficar aqui um pouco ainda, se não se importar. -Eva anunciou. - Meu joelho não é mais o mesmo! 

-É óbvio que pode, Evvy! Fica à vontade! 

Steve caminhou até o escudo, o encarando por segundos. Seus dedos passaram pelas restaurações que Tony mandou fazer e, agora, depois de lavado e polido, o azul, branco e vermelho brilhavam na luz do quarto. 

A dúvida rondava a cabeça de Steve. Estava pronto para deixar de ser o Capitão América? Ou melhor… Conseguiria deixar de ser ele? 

Por anos, o Capitão América resumiu tudo que Steve Rogers era e ele mesmo chegou a achar que sem essa figura, ele não poderia existir. Ele seria apenas o garoto sonhador do Brooklin .

Mas sobreviveu por quase dois longos anos. Conheceu uma vida simples e normal. E teve certeza que nunca mais seguraria aquele escudo na vida, nem por todo o ouro e dinheiro do mundo. 

Enquanto caminhava pelo corredor, Steve admirava o escudo em sua mão. Ele não era apenas um escudo ou um soro por mais que a maior parte das pessoas enxergassem ele assim. Por mais que ele tivesse pensado por muito tempo assim. 

Ele era humano. Ele tinha sentimentos. Ele errava. Perdia a paciência. Ele era alguém por trás da máscara e dos acessórios. 

O corpo de Steve colidiu com o corpo de alguém sólido. Mantendo o equilíbrio, Steve reconheceu Jacob e abriu um sorriso para o homem, embora meio forçado. 

Nesses vinte e tantos dias, era fato que Jacob implicava cada vez menos, especialmente quando Steve autografou a coleção de figurinhas douradas do Capitão América que Emma salvou do escritório do pai. 

-Você não devia estar em reunião, Steve? 

-Sim, eu deveria… - Steve suspirou. - Na verdade, eu estou indo para lá agora. 

-Você está bem? Está com uma cara estranha… 

Steve e Jacob se encararam por alguns segundos e, por um pouquinho, o Capitão América quase contou seu empecilho. Mas achou melhor não apurrinhar o sogro com esse assunto, então apenas murmurou um "Estou bem! Obrigado!". 

-Bem, se você diz… - Jacob deu um tapinha no ombro do homem. - Mas saiba que se está passando por uma situação difícil, o melhor a se fazer, sempre, em qualquer situação… É ouvir seu coração. 

-Obrigado, Senhor Mayer! 

Jacob assentiu e sumiu pelo corredor, cantarolando alguma canção dos Beatles. Talvez, Hey Jude. 

Steve respirou fundo e continuou andando pelo corredor. Sua cabeça estava longe. Muito longe. Tanto que só percebeu que estava no corredor da sala de reunião quando ouviu um assobio. 

Encarou Emma e Bucky, que estavam parados na porta da sala, aparentemente, conversando. Eles fizeram um sinal para Steve se aproximar e o homem obedeceu, sendo arrastado pelos braços até o final do corredor, onde Agentes do Governo e da Shield não poderiam ouvir eles. 

-Hey, você já decidiu o que vai fazer, Stee? - Bucky apontou para o escudo em seu braço, enquanto Emma o abraçava, com força, pela cintura. 

Steve alternou o olhar entre o melhor amigo e a namorada, que encaravam ele com expectativa. Emma esfregou a cintura dele com carinho e depositou um beijo em seu peito, sorrindo para ele. 

-Tudo bem se não tiver decidido, Stee. Nem eu, nem o Bucky vamos pressionar você! 

-Mas o caras do governo… 

-Claro! Entendo… 

Mais silêncio. O burburinho que vinha da sala deixava Steve mais ansioso. Emma apoiou a cabeça no peito do namorado, suspirando pesadamente ao sentir o dedos dele em sua nuca, em um carinho leve. 

Naquele minuto, onde se encararam nos olhos e sorriram um para o outro, no momento em que os seus corpos se moldaram um no do outro… No segundo exato em que Steve e Emma ignoraram a presença de Bucky (e de todas as pessoas no corredor) e se beijaram lenta e ternamente… 

Steve sabia, exatamente o que teria que fazer. 

-Mas vocês não tem um quarto, não? - Bucky questionou, encostando na parede. Vendo que Steve e Emma não se moveram, ele bufou. - Oh, gente… Quer que eu cancele a reunião para terem mais privacidade? Gostariam de uma camisinha também?! 

-Ai, mas você é insuportável, hein! - Emma reclamou, ficando vermelha e se afastando da boca de Steve. 

-Você não me chamou de insuportável de noite, Boneca! 

Steve ergueu as sombrancelhas, alternando o olhar entre os dois antes de se lembrar que Emma pediu ajuda de Bucky para colocar Chloe na cama, já que o próprio Steve não estava lá quando elas foram dormir. 

-Eu vou socar a sua cara, James! 

-Se você alcançar… 

-Steve! 

Os dois pararam de discutir quando Natasha o chamou. Então, Emma depositou um beijo nos lábios de Steve e segurou o rosto dele próximo ao seu, sorrindo. A mão dela parou no coração agitado do homem, fazendo um leve carinho no peito dele enquanto se olhavam nos olhos. 

-Hey, me escuta, amor… Não importa agora quem está ao seu redor, se você tem que suprir expectativas ou pensar demais em quem pode decepcionar. Eu quero que você entre naquela reunião, ouça apenas o seu coração. Me ouviu? Não importa o que vai acontecer depois, a gente dá um jeito! Ouve apenas o seu coração e o que ele te diz sobre voltar a ser ou não o herói que você é, independentemente de continuar vestindo esse manto ou erguendo esse escudo. E lembre-Se: Eu amo você e só vou estar completamente feliz, se você estiver feliz! 

Steve fechou os olhos, grudando a testa na testa dela e pressionando os lábios e seu nariz. 

-Eu amo você demais, Emma! Que droga… 

Emma riu e se afastou, o empurrando. 

-Bucky! Sam! Isso pertence a vocês! 

Os dois caminharam, levemente emburrados, para perto de Steve e o arrastaram para a sala de reuniões. 

Haviam inúmeros rostos lá dentro, conhecidos e desconhecidos. Steve travou levemente assim que entrou, afinal, não estava mais acostumado a se mostrar tão abertamente. Então, se lembrou que era um homem livre e que ninguém ia o prender. Sam deu um leve empurrão em Steve e ele começou a andar para junto do Novo Presidente dos Estados Unidos, Bruno Obama. 

Ele era um homem na faixa entre os quarenta anos e os cinquenta, alto, nem muito forte, nem muito magro. Tinha a pele negra, cabelos curtos rente a sua cabeça e um sorriso simpático. Por algum motivo desconhecido, Steve simpatizou com o homem. 

Bruno levantou de sua cadeira e esticou a mão para Steve, em um cumprimento firme. 

-Excelentíssimo… - Steve sorriu de volta, de maneira comedida, enquanto apertava a mão dele. 

-Não há necessidade de sermos tão formais, 
no momento, Senhor Rogers. Pode me chamar de senhor Obama ou, se preferir, de Bruno mesmo! 

-Está bem, Senhor. 

-Eu sou seu fã! - Bruno confidenciou, sorrindo, enquanto ainda apertava a mão de Steve, empolgado. 

Ele sorriu, um pouco mais aberto. O entusiasmo do Presidente lembrava o de Scott Lang e Steve achou graça nisso. 

-Obrigado, Senhor! 

Alguém pigarreou na sala, atraindo a atenção de Obama. Ele largou a mão de Steve e ajeitou a roupa, sorrindo. 

-Sente-se. Quero conversar com os senhores e as senhoras. 

Steve assentiu e sentou na única cadeira vaga, entre Natasha e Nicky Fury. Todos os outros presentes também se sentaram. 

O coração de Steve Rogers parecia que sairia pela boca quando Bruno se dirigiu a Fury. 

-Então, Senhor Fury… É fato que temos um acordo juntamente com a Onu onde deixamos claro que vocês tem total autoria para trabalharem como quiserem, se arcarem com certas consequências, como indenizações, tratamento de feridos, suporte à família de vítimas… Isso, claro, se ficar comprovado que houve um erro heróico. Estamos de acordo quanto a isso? 

Todos os presentes concordaram. Steve se remexeu na cadeira. Bruno se voltou a ele. 

-Bem, em teoria todos os heróis já assinaram o termo se responsabilizando e o que os isenta de culpa no Tratado de Sokóvia. Com exceção do Senhor, Senhor Rogers. Se eu não me engano, ainda havia algum tipo de dúvida sobre voltar a vestir o manto de Capitão América. Ainda há? 

Steve trocou um olhar com Bucky, como se para perguntar se estava tudo bem para ele. Bucky assentiu, de leve, indicando para ele seguir em frente. Então, Steve encarou o presidente e concordou. 

-Sim, eu tenho uma decisão. 

-Está bem. Nos conte, então. - Bruno se inclinou para frente, na mesa. 

Steve percebeu ainda mais semelhanças com o fanatismo de Scott quando o homem se apoiou nos cotovelos e o encarou. 

-Eu volto a ser o Capitão América… - Um burburinho se instaurou na sala, o que fez Steve erguer a voz para ser ouvido. - Porém, eu tenho uma condição. E é definitiva! 

Silêncio. 

-Eu volto a ser o Capitão América apenas temporariamente, enquanto eu ainda estiver atrás de Sam Porter. 

Bruno piscou, franzindo a testa e deixando a cabeça pender de lado. Olhando mais uma vez para Bucky, Steve percebeu que ele murmurou um "Continua!". 

-E depois? 

-Eu vou passar o manto adiante para alguém que tem tanta capacidade quanto eu, ou mais até. Alguém que tem o coração bom e a cabeça no lugar, Senhor. Até porquê, o Capitão América é mais que um símbolo político. O Capitão América é uma representação de esperança e, como detentor desse título por mais de setenta anos, eu posso afirmar que o que faz o Capitão América ser tão especial, é que antes de ser um ótimo soldado, é preciso ser um homem bom. E eu tenho certeza que Sam Wilson é o homem mais qualificado para esse cargo, Senhor. Ele é leal, patriota, experiente… Eu quero que ele seja o Capitão América.  

Silêncio. Então, a ficha de Sam caiu. Ele levantou de uma vez, encarando Steve. 

-Você comeu merda?! 

-Samuel! - Bucky o puxou pela blusa e o fez sentar de novo. - Tá maluco?! 

-Ele comeu merda?! 

-Não, Sam. - Steve o encarou. - Já tem meses que eu e Bucky chegamos à conclusão que você era a melhor opção. 

Sam ficou pálido e encarou Bucky, mas antes que ele pudesse dizer algo, Natasha tampou a boca dele e sorriu, sem graça. 

-Notoriamente, senhores, o Senhor Wilson está em choque. Continuem! 

Bruno soltou uma pequena risada e concordou, encarando Steve. 

-E será que eu posso saber o que motivou essa decisão? 

Steve mordeu a boca e encarou o cordão em seu pescoço. Bruno percebeu o olhar dele e sorriu, como se entendesse tudo. Então, Steve se lembrou de todas as vezes que havia salvo uma vida. De todos os sorrisos gratos e percebeu que não ia conseguir ficar longe daquilo tudo. Emma tinha razão. Ser um herói estava em seu sangue. 

Ele daria um jeito de conseguir namorar Emma ao mesmo tempo. Mas para isso, Steve precisava assumir outro manto. Ele encarou o Presidente e suspirou. 

-Se não for muito inconveniente, Senhor, eu gostaria de assumir outro manto de herói. Eu não quero deixar totalmente de lado essa vida. Mas eu preciso ter um pouco de descanso e paz. É claro que se precisarem de mim, estarei à disposição até para ajudar com os feridos, mas… Uma vida relativamente normal como a de muitos aqui, seria interessante por diversos motivos. 

-Pensou em algo, Senhor Rogers? 

-Pensei em mais um herói. Na verdade, eu acho que combina mais comigo atualmente. 

-E qual seria o nome? - Bruno questionou, interessado. 

-Nômade. 

Steve passou os próximos quarenta minutos falando sobre o novo herói e tentando acalmar a crise de nervos que Sam teve quando todos concordaram com a mudança e fizeram Sam assinar um termo se responsabilizando. 

O homem teve uma crise de risos tão forte que Bucky precisou enfiar a mão na cara dele para que parasse. E é óbvio que isso gerou uma discussão que seria enorme, se Natasha não tivesse se virado para os dois e murmurado alguma coisa grosseira, que deixou Sam e Bucky com caras de bunda, emburrados, mas ao menos, calados. 

Ao sair da sala, Steve sentia que havia tirado uma tonelada de cima de suas costas, embora ainda tivesse que responder um milhão de perguntas de alguns repórteres, até o alvo deles se tornar o Homem de Ferro. 

Então, quando Steve estava pronto para ir ver Emma Onde quer que ela estivesse, Sam saiu da sala e foi direto até ele. Os dois se encararam por alguns segundos, enquanto Steve sorria. 

-O que foi, Sam? Gostou da surpresa? 

-Você nem perguntou se eu queria! - Sam argumentou, cruzando os braços e levantando as sombrancelhas. - E se eu não quiser? 

-Qual é, Wilson? Vai vir com esse papinho para cima de mim, é? - Steve socou o braço dele e sorriu. - Eu sei que é muita responsabilidade, mas… Você não é só o meu melhor amigo, Sam. Você é a pessoa mais competente que eu conheço e nesses últimos meses, é o mais digno de levantar esse escudo. 

Sam suspirou e encarou o lado de fora do Complexo, pela janela. 

-Achei que seria o Barnes. 

-Bem… Eu perguntei a ele se ele queria. - Steve deu de ombros. - Claro que minha opção sempre foi você, até porquê, eu não sabia que ele sairia de Wakanda. 

-Ele não quis? 

-Ele está cansado de lutar, Sam. O Bucky nunca teve instinto de herói, entende? Tudo bem, ele gostava de servir no exército, ele me defendia dos valentões, arrumava briga com caras que abusavam das mulheres, protegia alguns gatinhos, mas… Ele queria paz. Ele sempre foi pacífico e calmo. Ele só queria acabar com a Guerra, mais ou menos, como agora. Mas ele é diferente de mim ou de você. Olha alí… 

Sam virou para trás e encarou Bucky, que conversava com Natasha e Bruce, segurando Chloe no colo, enquanto deixava ela fazer trancinhas nele. 

-Esse é o Soldado Invernal, é? - Sam riu, se virando de volta para Steve. Ele sorriu também. 

-Não. Esse é o Bucky. - Sam e Steve se encararam. - Eu posso confiar em você para tomar conta do Escudo e do Capitão América? 

Steve esticou a mão. Sam hesitou. 

-Você tem certeza que quer abrir mão disso, Steve? 

-Absoluta. 

-E isso tem a ver com a sua namorada? 

Steve negou, sendo honesto. 

-O Nômade tem a ver com a Emma. A desistência do Capitão América, eu já tinha escolhido muitos meses antes de sequer chegar em Londres e conhecer a Eva. Você sempre foi minha primeira opção. Agora, aperta logo a porcaria da minha mão e vamos firmar esse acordo! 

Sam deixou uma risada escapar e apertou a mão de Steve, para em seguida, o abraçar, apertado. 

-Obrigado, Stee! 

-Não há de quê! 

Steve e Sam se encararam, sendo interrompidos apenas por Samanta, que parou ao lado deles, com uma expressão estranha no rosto. 

-O que aconteceu?! - Steve perguntou, sem rodeios. 

-Alguém sabe se a Emma ia sair? 

Steve franziu a testa, enquanto Sam dava de ombros. 

-Já perguntou para o cabeludo? Ele deve saber… 

-Ele disse que ela não ia sair. Ou ao menos, não avisou. - Samanta torceu os dedos. 

-Ela também não avisou para mim. - Steve sentiu o coração disparar no peito. - Samanta, o que aconteceu?! 

Sam hesitou, mas então, puxou algo do bolso. Era um envelope de carta. Steve reconheceu seu próprio nome no verso. 

-Eu abri. Desculpa! Mas é que achei estranha a entrega, então… 

Steve quase rasgou o envelope quando o pegou com pressa e abriu. Samanta continuou falando. 

-Foi a partir daí que eu comecei a procurar a Emma e não achei. À princípio, eu tentei manter a calma e me convencer que ela estava na reunião, mas… O Bucky disse que ela não participou. 

O coração de Steve quebrou em um milhão de pedaços e ele sentiu lágrimas ardidas se formando em seus olhos. O recado era simples, mas direto. 

-O que está escrito?! 

Steve não tinha forças para dizer, então, apenas entregou na mão de Sam e lutou para não chorar como uma criança naquele momento. 

"Você tirou tudo que eu tinha. 

Agora, eu vou tirar tudo que mais importa para você, Capitão.  

Seu Raio de Sol está comigo. Tenta me achar antes que ele apague para sempre. 

-S.P " 






O

oie, Pessoal! 💖

Cheguei com um dos meus capítulos favoritos da fanfic e um dos quais eu amei demais escrever...

Primeiro de tudo: Alguém fazia alguma idéia de que o Steve ia passar o escudo? Eu repeti um milhão de vezes que ele não queria mais ser o Capitão América, né? Eu só não disse nada sobre ele ser o Nômade 🤡🤷🏻‍♀️👀

Agora, esse final... 👀 Eu só preciso avisar que o próximo capítulo é, inteirinho, narrado pela Emma. Façam suas teorias! 🤨🤭

Enfim, pessoal... Preparados para os últimos dez capítulos?? Inclusive, eu to pensando em voltar a postar mais de um capítulo por semana de novo... Que tal?

Enfim, eu espero que tenham gostado!

Até o próximo! ❤

Bjs 💋💋


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