42. Pronunciamento.
A televisão estava conectada ao computador daquela sala da Shield. O silêncio predominava entre os presentes. O único som que se podia ouvir, era o ar-condicionado, suas respirações e os dedos furiosos de Samanta batendo contra as teclas.
Faltavam cerca de quatro minutos para o início da transmissão do maior jornal popular de televisão aberta dos Estados Unidos e, com a ajudinha de Shuri e de Tony, Samanta conseguiu invadir o sistema da redação. Agora, ela lutava contra o tempo para alterar a fala do âncora do jornal.
A nuca de Steve chegava a estar coberta de suor de tanta tensão. Emma estava paralisada e Sam e Bucky nem mesmo ousavam respirar para não atrapalhar o momento.
Olhando por cima do ombro, para o relógio digital na parede, Steve constatou que agora, faltavam três minutos.
Parecia que tinha bem menos texto do que já tinha sido escrito e o vídeo estava no aguardo para passar no lugar do que teria sido a primeira reportagem.
A gota se suor desceu pelas costas de Steve e, devido a rigidez do corpo, o homem soltou um pequeno gemido quando esticou a mão para limpar.
-Será que podem fazer men…?!
-VAI LOGO, SAMANTA! - Todos os presentes gritaram em alto e bom som, fazendo Samanta pular de susto.
Ela fechou a expressão no rosto, mas obedeceu. O relógio indicava mais dois minutos.
Quando Steve estava prestes a desmaiar de ansiedade por conta do relógio indicar apenas mais trinta segundos, Samanta parou de digitar e sorriu.
-Acabei!
-Deu certo?! - Sam questionou, se jogando contra Samanta para tentar ver a tela do computador.
-Vamos ver em segundos!
Os últimos vinte segundos se arrastaram com uma lentidão agonizante e todos prendiam a respiração quando a mulher aumentou o volume do computador-televisão.
-Olá! Boa noite, cidadãos dos Estados Unidos! - O homem com um sorriso branco demais começou a falar, encarando a câmera diretamente. - Meu nome é Carter Hodgkin, âncora do jornal. Excepcionalmente hoje…
O homem franziu a testa e hesitou, olhando para além da câmera, mas mesmo assim, continuou falando.
Nesse momento, Steve soltou o ar e respirou aliviado, enquanto Bucky e Sam soltavam um grito vitorioso, ao mesmo tempo que Samanta e Emma pulavam, empolgadas, no sofá.
-Gente, vamos ouvir!
Steve chamou a atenção de todos quando o âncora ajeitou a gravata, enfiando o sorriso falso no rosto. Ele assentiu e voltou a falar.
-Excepcionalmente hoje, o jornal veio a público denunciar um esquema muito grande de corrupção envolvendo o governo federal.
Pausa. Os olhos do homem brilharam, conforme ele foi lendo as próximas linhas. Até mesmo se inclinar para frente o âncora fez, empolgado.
-Quem garante que eles não vão sair do ar? - Bucky questionou, de repente.
-Eles estão conectados nesse computador. - Samanta explicou. - Vão precisar desligar o computador para cair do ar e interromper a conexão. Portanto… PARA TRÁS!
Os quatro deram um passo para trás se afastando de qualquer coisa que pudesse encerrar a transmissão. Steve chegava a ter vontade de gritar.
-... Temos um vídeo com provas o suficientes para que cada cidadão que nos assiste nesse instante acredite que a Hydra nunca caiu de verdade e que o governo estava sendo controlado esse tempo todo por eles. Também há documentos oficiais que comprovam que os heróis não são os vilões que nos fizeram acreditar.
Pausa. Samanta e Emma sorriram.
-Agora, vem a melhor parte.
Steve franziu a testa sem entender que melhor parte era.
-Na verdade, antes de serem heróis, cada um deles é uma pessoa com um passado, uma história, um grande amor ou várias paixões. Eles são humanos. Eles erram e acertam. Mas acima de tudo, os heróis são pessoas que, mesmo tendo que viver escondidos em uma sociedade que os aclamam se acertarem e os detonam se errarem, ainda tentam fazer o certo. Pensar na população. Tornar o mundo um lugar melhor. O Tratado de Sockóvia não passou de uma armação covarde e infeliz para que os heróis se dividissem porque, de novo, vale ressaltar, eles erram. E se ainda não estão convencidos de que há uma segunda para esses mesmos heróis que salvaram o mundo tantas vezes antes, a seguir, temos o vídeo já citado anteriormente.
Samanta apertou o botão, liberando o vídeo da sala do General Ross. Steve tinha algumas lágrimas nos olhos, enquanto olhava para os dois amigos ao seu lado, em uma pergunta muda. Os dois negaram, também emocionados. Indicando um ponto ao lado dele, Sam viu Steve encarar Emma, surpreso e claramente orgulhoso.
Aos poucos, o vídeo ia avançando, e enquanto Steve ia pegando os documentos ao General, Samanta fazia os documentos irem aparecendo na tela.
-A audiência está lá em cima! - Samanta comemorou, empolgada. - Essa foi a melhor idéia que você já teve, Steve!
Steve levou alguns tapas na cabeça dos amigos em comemoração. Samanta verificou outro dispositivo.
-Meu Deus! Primeiro lugar no topping trending do Twitter! A internet tem mais de quatrocentas milhões de menções… - Ela fez uma pausa. - E a maior parte é positiva! Meu Deus…
Steve se permitiu sorrir de verdade. Por algum tempo, achou que a idéia daria muito, muito errado.
Quando a transmissão do vídeo acabou, o jornalista voltou a ler o discurso que Samanta escreveu e incentivou as pessoas a fazerem uma revolução contra o governo, acolher os heróis que trabalharam duro e em sigilo, mesmo correndo risco de vida e sendo apontados como monstros. E sem que aquilo estivesse na programação, o homem tirou a gravata e jogou longe com um sorriso enorme no rosto.
-Como jornalista, eu sou obrigado a notíciar muitas coisas que não concordo. Mas também sou obrigado a notíciar a verdade, a transmitir a você, caro telespectador, o que ocorre de verdade no mundo. Diante de tamanha denúncia e atrocidade, tqlvez amanhã ou depois eu apareça sem vida. Mas existe um momento em que a gente não pode mais seguir a maré, temos que nos levantar e agir. Fui informado que se continuasse lendo essa denúncia, eu seria demitido. E foi exatamente isso que me fez continuar: Afinal, se isso não fosse algo sério, não haveria o risco e o porquê esconder. Eu nunca acreditei que os Vingadores e demais heróis deveriam ser responsabilizados por tudo de ruim que acontece durante as batalhas, então… Foi um prazer ser âncora desse jornal e agradeço a qualquer um dos heróis que tenha conseguido esse feito! Boa sorte!
Dito isto, o homem saiu do estúdio e, finalmente, Samanta desligou o computador. Por vários instantes, absolutamente ninguém disse nada. Então, Sam quebrou o gelo.
-Sabe o que eu acho?
Todos encararam o homem que sorria amplamente.
-Isso merece uma comemoração!
-Eu tô dentro! - Samanta ergueu as mãos.
-Dessa vez eu vou dar razão ao insuportável! - Bucky pontuou.
-Eu nem preciso dizer que definitivamente, foi a melhor idéia que já teve, Sam! - Emma sorriu de orelha a orelha e encarou Steve. - E você?
-Eu vou dormir porque temos que acordar cedo amanhã e ficarmos de olho nas notícias, além de investigarmos aqueles endereços…
Silêncio. Todos encaravam Steve, que começou a rir.
-É sério que vocês acreditaram?! Vamos comemorar, Gente!
-Isso!
Emma pulou, empolgada, nas costas de Steve e ele a segurou pelos joelhos, saindo da sala de computadores da base, sendo seguido pelos outros.
***
Ao chegarem em uma sala mais ampla e fresca, o grupo se jogou no chão e Sam sugeriu de pedirem uma pizza e algumas bebidas. Obviamente, não era seguro para eles ainda, mas Samanta e Emma poderiam atender do outro lado da calçada ao motoqueiro numa boa.
Elas concordaram e eles ligaram, informando o endereço do outro lado da rua. Já estava de noite e estava bem frio ainda, de forma que, literalmente, não havia ninguém pelas ruas quando elas saíram do bunker e esperaram até que o motoqueiro aparecesse com todas as dez pizzas pedidas e os refrigerantes. De alguma forma, Sam conseguiu desenrolar o cara no telefone e por mais cinquenta pratas, ele conseguiu dois engradados de cerveja.
-A pergunta é: Como o Sam conseguiu descolar essa grana toda se estamos duros? - Bucky questionou, jogado no chão, com a cabeça no colo de Emma.
A mulher conseguiu o convencer a ficar deitado enquanto fazia mais algumas tranças no cabelo dele.
-Se você está duro, garanto que não tenho nada a ver com isso e o problema é seu! O banheiro está no final do corredor e lá você vai ter privacidade.
Bucky ergueu a cabeça das pernas de Emma e encarou Sam, e cenho franzido, ao mesmo tempo que Samanta engasgava com o refrigerante e Steve se afogava na cerveja.
-Do que você está falando, cara?
-Não pergunta! - Emma deu um tapa no próprio rosto. - Agora, fica quieto!
-Steve, a namorada é sua! - Bucky reclamou. - Por que diabos você não oferece seu cabelo?
-Porque não são tranças que o Steve quer que a Emma faça no cabelo dele! - Samanta debochou, o que fez Emma acertar uma lata vazia de cerveja nela, rindo.
Steve sorriu e não respondeu a pergunta, entupindo a boca de Pizza enquanto o grupo discutia.
Observando a interação entre eles, poderia ter ficado com bastante ciúme de Emma e Bucky pelo jeito que estavam confortáveis um com o outro e se encaravam. Mas isso tinha sido antes de perceber o jeitinho que Bucky ficava com Shuri.
O jeito que ele olhava para Emma era mesmo com um carinho fraternal. o jeito que ele olhava para Shuri era apaixonado e avassalador. Claro que Steve teria adorado que Shuri ficasse com eles, mas ela não podia levantar suspeitas e Bucky pareceu bem aliviado de ver ela indo embora, mesmo que tenha ficado emburrado por algumas horas.
Seu olhar parou em Sam e Sam. O homem estava sentado entre as pernas da mulher, sendo abraçado pela cintura com certa força. Era outro que olhava de forma diferente para a mulher atrás dele e ainda não tinha percebido.
Com certeza, Steve não estava bêbado, mas aquela agitação toda tinha deixado ele sentimental e Steve tinha se afastado do grupo para escrever para Natasha. Haviam combinado que mensagens apenas em casos de emergência e, definitivamente, Aquele era um caso de emergência.
Steve tinha mandado a mensagem escrito "Falta só você aqui!". Então, iniciou uma conversa com a mulher onde ficou sabendo que Laura havia ensinado Chloe a bater e assar um bolo e que Eva havia mandado dizer que estava com saudades e que não era para esquecer o dinheiro do aluguel.
Isso fez Steve soltar uma risada. Sua atenção foi desviada apenas quando Emma o puxou do sofá, o derrubando no chão e pulando por cima dele para pegar o tablet da mão de Steve.
-Hey!
-Quero falar com a minha irmã, só isso!
Steve revirou os olhos e levantou do chão, fazendo Emma cair de cima do corpo dele direto no piso. Caminhou até a mesa onde apoiaram as pizzas e pegou uma fatia, enfiando algumas mordidas na boca.
-Sabe, a próxima vez que a Emma quiser fazer trancinhas em mim… - Bucky parou ao lado do amigo, tirando as ditas cujas do cabelo. - Eu vou mandar ela enfiar as trancinhas…
-Calma, homem! - Steve riu, lutando contra a mussarela. - São só trancinhas!
-Isso porque ela não faz em você!
Steve ergueu uma sombrancelha e deu de ombros.
-Quem disse?
O queixo de Bucky caiu e ele riu, incrédulo.
-Você deixa ela fazer trancinhas em você?!
-Claro que sim! - Steve riu, ficando vermelho. - Eu só não deixo ninguém me ver com as trancinhas, né?
Bucky bufou e sorriu, socando o ombro do amigo.
-Mas é uma cadelinha mesmo, né?
-Falou o "Princesinho" de Wakanda!
Bucky perdeu o sorriso e ficou vermelho na hora.
-Para sua informação, eu não vou ser princeso caso eu case com a Shuri. E segundo, não é "Princeso"! É Príncipe!
Steve engasgou com o líquido cheio de álcool, rindo. Era fácil fazer Bucky cair na pilha dele.
Então, a música eletrônica que preenchia as caixas de som do ambiente foi substituída por uma música ainda com uma batida eletrônica, mas mais baixa, leve e sensual, até. A letra era levemente suja e Steve olhou ao redor, segurando a latinha de cerveja próxima a boca.
Emma estava sentada no sofá, ainda digitando no tablet. Mas Sam estava largado no chão, encostado no sofá. Claramente, ele e Samanta estavam bêbados.
-O que ela vai fazer?!
Bucky arregalou os olhos quando Samanta, que tinha mudado a música, caminhou até a frente de Sam e começou a dançar, balançando os quadris. Steve ergueu as sombrancelhas.
-Seja o que for, acho que vou sentir vergonha alheia!
-Acho que vamos ser dois! Meu Deus! - Bucky riu e abriu mais uma latinha de cerveja a virando de uma vez.
Samanta estava (tentando) imitar uma dança sensual para Sam, que parecia estar admirando a vista privilegiada. Emma estava rindo no sofá, provavelmente da amiga a qual observava por cima do tablet.
-Eu prefiro não ver essa vergonha! - Steve balançou a cabeça de lado e virou de costas, pegando outra lata de cerveja.
Já faziam duas horas desde o início da festinha e era óbvio que nenhum dos dois estava bêbado.
-Vão para um quarto! - Bucky gritou, rindo. - Tem crianças na sala!
-Que crianças? - Sam questionou, confuso.
-Eu! - Bucky apontou para si, recebendo apenas um dedo do meio como resposta.
Steve continuava de costas para a cena, conversando com Bucky, até o momento em que o amigo arregalou os olhos e sorriu de lado.
-Eita que hoje vai ter para todo mundo!
Steve franziu a testa e olhou para trás. Emma estava atrás dele, o encarando, sorrindo de lado.
-Oi, Nômade! - Emma sorriu, usando o nome que usaram para divulgar o Capitão América e espalmando as mãos nas costas dele. - Eu acho que eu estou com uma dúvida contigo. Não estou?
Steve passou a língua sobre os lábios e esperou até que Bucky tivesse saído de perto, depois de murmurar um "Vou deitar! Boa noite!" E segurou o quadril de Emma, mantendo ela perto de si.
-Está, é?
Emma continuou sorrindo, enquanto rebolava discretamente, no ritmo da música. O olhar de Steve passeou pelo corpo dela e Emma o puxou pela nuca para um beijo lento, molhado e sensual. O casal se beijou intensamente e sem a menor pressa, enquanto as mãos de Emma passeavam pelo corpo de Steve.
Então, quando Steve começou a ficar extremamente irrequieto e animado, Emma deu um sorriso safado e o empurrou para o lado, virando de costas e saindo da sala. Antes de desaparecer, ela deu uma piscadinha sobre o ombro junto com um sorriso diabólico.
Olhando ao redor, Steve percebeu que Samanta e Sam estavam aos beijos no chão de uma forma vergonhosa, então nem se deu ao trabalho de desejar uma boa noite.
Aparentemente, a noite seria boa para ambos.
Steve pegou outra lata de cerveja e a bebeu de uma vez antes de seguir Emma. Ou ao menos, a direção que Emma tinha tomado.
A música ainda ecoava pelo bunker quando Steve passou reto por uma porta, mas assim que o fez, sentiu alguém puxando sua blusa. Sorriu ao encontrar Emma e sorriu mais ainda quando ela o puxou para dentro da sala.
-Olha o que eu achei aqui! - Emma apontou, fechando a porta atrás dele, empolgada. - Eu nem sabia que na Shield vocês precisavam de tinta!
Steve franziu a testa e acompanhou o olhar dela. Haviam uns pincéis e umas latinhas de tinta guache. Olhando ao redor, Steve percebeu que o local se parecia com uma sala de aula, mas sem todas as cadeiras e o quadro.
-Ah… Eu também não sabia! - Steve deu de ombros. - Talvez… Seja algum lugar de recreação, sei lá…
-Tem isso na Shield? - Emma questionou, surpresa, o arrastando mais para dentro da sala e o obrigando a se sentar na mesa grande e comprida no meio dela.
-Eu acho que tinha, sim… Pelo menos, ouvi várias vezes a Natasha comentando que ia colocar o Tony na Área de Recreação para ele interagir com alguém "da idade dele".
Emma riu, indo até as latinhas de tinta e pegando os pincéis. Quando ela o encarou, não precisou dizer nada. Steve sabia o que ela queria e tirou a blusa na hora, jogando em cima dela, que riu e apoiou ao lado, em uma espécie de armário.
-Nossa, olha só… Ele é obediente!
Steve deu de ombros, vendo Emma se encaixar entre suas pernas e molhar o pincel com estampa do Bob Esponja na tinta azul. Para Steve, a cara de concentração de Emma era mais sensual do que qualquer tipo de dança ou strip tease que ela poderia fazer.
A tinta gelada entrou em contato com sua pele e Steve sentiu os pelos arrepiarem, trocando um olhar com Emma. A lembrança disso só tornava tudo mais interessante.
O formato de uma flor começou a ficar visível a cada pincelada no peito de Steve. Não era uma florzinha simples, dessas que qualquer pessoa pinta. Era uma florzinha trabalhada e bem real.
Quando aquela florzinha ficou pronta, Emma se afastou o suficiente para tirar a blusa e esticar o pincel para ele. Steve sorriu, dando uma olhada nas tintas. Não havia o amarelo, mas tinha o vermelho.
Virou Emma de costas para ele e, antes de depositar o pincel na pele dela, depositou os lábios, esmordicando de leve, percebendo que Emma se arrepiou.
Aos poucos, um Sol tomou forma entre os ombros de Emma.
Enquanto eles se alternavam para desenhar um no outro vários tipos de figuras, o silêncio na sala era preenchido apenas pela música que ainda ecoava, ao longe. Eles não precisavam de palavras naquele momento.
Cerca de quarenta minutos depois, já não havia mais espaço no peito e na barriga d Steve e ele observava todas as florzinhas, corações, passarinhos e borboletas desenhadas nele. Impressionantemente, nenhum desenho era igual.
-Eu gostei dessa aqui! - Steve apontou para uma borboleta em particular, próximo ao seu quadril.
-Eu adoro essa! - Emma sorriu. - Steve, posso te fazer uma pergunta séria?
Ele assentiu, puxando Emma para perto. As duas mãos dela passearam pela coxa forte do Herói e Emma suspirou, antes de perguntar:
-Você me acha tarada ou grudenta? Quer dizer… É que não tem nada que eu goste mais do que ficar com você, sabe? E sei lá… Às vezes, eu acho que tô te sufocando! Quer dizer, você podia estar lá com os seus amigos e eu com a Samanta, mas a gente já tá aqui há uma hora e eu ainda tô pensando em ficar mais tempo aqui, com você, e a gente fazendo amor.
Steve tinha a testa ligeiramente franzida quando Emma terminou de falar e ficou torcendo os dedos, nervosa.
-Pelo amor de Deus, Sunshine! Você não é tarada nem grudenta! E sobre a gente estar em outro lugar agora… Bem, eu garanto que o que a Samanta e o Sam menos querem agora é a nossa presença! E quanto ao Bucky… Ele deve estar trocando nudes com a Shuri!
Emma soltou uma risada alta e histérica, afinal, não estava esperando por aquilo. Stevr riu e a encarou.
-É nude que fala, não é?
-É, sim! - Emma continuou rindo e abraçou Steve pela cintura, apoiando a cabeça no peito dele. - Por falar em nudes… Você não acha que está muito vestido, Steve?
Steve soltou uma risada muda e ajeitou o corpo na mesa, encarando Emma, que se afastou dele e começou a puxar o cinto de Steve, com pressa.
Ele segurou as mãos dela, o que fez Emma o encarar nos olhos. Então, Steve a puxou pelo pescoço e a beijou, devagar. E só então, quando ela diminui o ritmo, Steve soltou as mãos dela e permitiu que Emma abrisse o botão e o zíper de sua calça, a puxando para baixo.
Claramente, era ela quem estava no comando naquele dia e Steve não faria nada para atrapalhar isso. Gostava de ser submisso, às vezes.
O beijando, Emma esperou que Steve tivesse balançado as duas pernas para tirar a calça completamente e desceu as mãos pelo peito do homem, roçando as unhas na pele cheia de músculos de seu abdomen. Um gemido escapou dos lábios dele e o segundo gemido saiu mais alto quando Emma enfiou a mão por dentro da cueca do homem.
Sua mão pequena, mas firme, segurou o membro de Steve, espalhando a lubrificação da ponta com o dedo enquanto fazia movimentos rápidos e precisos para cima e para baixo.
Steve a puxou pela cintura com uma mão, enquanto a outra se segurava na mesa atrás de si. Um sorriso safado surgiu no rosto da mulher e ela parou de masturbar o homem, descendo beijos e mordidas pelo corpo dele, contornando a tinta espalhada com os desenhos.
Steve aguardou, em expectativa, enquanto Emma puxava sua última peça de roupa para baixo, liberando seu membro. Ajoelhando na sua frente, Emma prendeu o cabelo em um "rabo de cavalo", esperando Steve o segurar para, apoiando as mãos nas coxas dele, começar a sugar seu membro, fazendo o homem ficar mole em segundos.
Ditando o ritmo, Steve percebeu que gozaria em pouco tempo se Emma continuasse com a boca alí. Então, apenas a tirou de si e arrancou o fecho de seu sutiã, jogando ele longe.
Em segundos, Emma estava pelada na sua frente. A puxando pela cintura, Steve a colocou sentada na mesa enquanto sua língua brincava com os mamilos sobressalentes e sensíveis, os dedos perdidos dentro da intimidade de Emma, entrando e saindo rapidamente.
Quando a umidade entre as pernas da garota começou a ficar mais abundante, Steve a empurrou na mesa, jogando as pernas dela por cima de seus ombros, enquanto se ajoelhava na sua frente.
Sua língua foi de encontro ao ponto sensível de sua namorada, friccionando, fazendo Emma se contorcer inteira, enquanto gemia, alto.
-Isso… - Emma apertou os fios loiros entre seus dedos, impedindo que Steve se afastasse de si. - Continua…
Steve obedeceu. Afinal, nem por um decreto deixaria de saborear o gosto de Emma ou sentir ela derreter direto em sua boca. Os gemidos de Emma estavam cada vez mais altos e agudos, as pernas tremiam contra seus ombros e a umidade dela se intensificou.
Steve aproveitou o momento em que ela começou a puxar mais seu cabelo e a penetrou com dois dedos, fazendo movimentos como se a chamasse.
Emma gritou de prazer, se desfazendo contra Steve, enquanto seu corpo tremia em espasmos fortes. Steve não esperou que Emma se recuperasse, ele simplesmente a puxou para a beirada da mesa e pincelou o membro em sua entrada, ansioso para ter a mulher contra si.
-Steve, a camisinha… - Emma sussurrou, mole e ainda tremendo.
Xingando a si mesmo, Steve se afastou, relutantemente, indo até a calça no chão e pegando o pacote de preservativo. Na pressa para colocar, acabou rasgando um, então teve que pôr outro e voltou correndo para entre as pernas da mulher.
A beijando, Steve estocou, com força, fazendo Emma gritar de prazer e se agarrar nele com o corpo todo. Segurando ela entre seus braços, Steve a tirou da mesa e a prensou contra a parede, investindo com o quadril com pressa.
Emma arranhava sua nuca, mordendo a boca dele e gemendo, alto, sem puder nenhum. As mãos de Steve corriam o corpo inteiro dela, sem nunca parar de estocar com força e pressa. Os seios de Emma se esfregavam em sua pele quente e suada, excitando ainda mais o homem.
-Eu to quase… - Emma avisou, se agarrando ainda mais nele.
Steve concordou, beijando o pescoço da mulher entre seus braços. Os gemidos dela o deixavam tonto de prazer, seus dedos pressionando a carne macia de sua bunda e a impulsionando para cima faziam Steve começar a ficar com as pernas fracas.
Mas o jeito que Emma puxava seu cabelo e arranhava suas costas indicava que ela não queria que ele parasse. E ele não ia parar. Não enquanto ela não derretesse em seus braços.
-Eu te amo! - Steve sussurrou, segurando o rosto de Emma com uma mão e a beijando, apesar dos gemidos incessantes. - Porra… Eu te amo para Caralho!
-Eu te…
Emma não completou a frase, chegando ao clímax naquele segundo. Sentir a intimidade de Emma pulsando contra si enquanto seu membro encontrava ainda mais facilidade para a penetrar fizeram Steve aumentar as estocadas em um nível tão selvagem, que Emma teve que segurar seu quadril, fechando os olhos e tentando se manter quieta.
Para sua sorte (ou não), Steve estremeceu e começou a estocar com menos força e intensidade, aproveitando a sensação orgasmica ao máximo.
Eles se beijaram, apesar da falta de ar. Soltando Emma no chão, Steve saiu de dentro dela, se livrando ds camisinha e observando o corpo nu dela.
-O que foi? - Emma questionou, sem fôlego.
-As pinturas borraram todas!
Emma deu de ombros e sorriu, se jogando contra o homem.
-Eu ainda quero borrar mais!
-Jura?! - Steve sorriu, malicioso. - Aguenta mais uma?
Emma o largou subitamente.
-Se você me achar… Eu aguento!
Steve sorriu, observando Emma correr para fora da sala. Tendo, ao menos, a decência de vestir uma cueca, Steve correu atrás de Emma, garantindo a segunda rodada da noite logo depois.
Ooie, Gente! 💕
Cheguei com mais um capítulo para vocês, como prometido!
Vocês não tem noção do quanto eu AMEI escrever esse pronunciamento, mas eu to com sono e não revisei. Portanto, perdoem qualquer erro!
E sobre o hot... hehehe
Sim, foi uma referência a ACOTAR! Uma leitora pediu (eu não lembro quem, desculpa!) e eu fiquei com esse hot na cabeça, então...
Espero que tenham curtido! Até quarta que vem!
Beijos! 💋
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