40. Washington
Uma vez que estavam no ar, a aeronave ficou silenciosa. Todos pareciam perdidos em pensamentos, nervosos e apreensivos. Steve chegava a estar com as mãos tremendo levemente. As escondeu nos bolsos da calça, mas Sam havia percebido o movimento e, sem som, o encarou e murmurou um "Está tudo bem?".
Steve assentiu. Não era bem verdade. Os sonhos que teve nos últimos dias com Emma e Samanta mortas rondavam sua cabeça. Mas tentou se concentrar no caminho e em auxiliar Sam.
Então, finalmente, percebeu que o painel do avião estava diferente. Franziu a testa, percebendo que Sam não o controlava pelo painel comum. Mas sim, pelo que parecia um painel externo depositado em cima daquele.
-Tecnologia Stark. - Sam se pronunciou pela primeira vez. - Ele e o Fury pediram para o Thor trazer algumas coisas e, enquanto todo mundo foi dormir, eles montaram isso aqui. Sistema anti-rastreamento, GPS, e ele disse até que tinha um sistema de invisibilidade, mas não tenho certeza quanto a isso.
Steve assentiu, sorrindo de leve. Era a cara de Tony se meter onde não foi chamado, mas estava grato pela ajuda. Então, encarou Samanta, ao virar para trás.
-Escuta… Onde vamos pousar? Você já sabe?
-Em um aeroporto particular. - Samanta deu de ombros. - Entrei em contato com um colega dos meus pais. Ele garantiu que vamos ter total privacidade!
Steve assentiu, ouvindo Emma murmurar um "Me lembra de dar um presente de Natal para eles!".
-Você tem certeza que está bem?
Steve estremeceu quando Bucky parou ao seu lado, fingindo examinar qualquer coisa no painel. Sentindo o peso Do olhar de Sam também, não conseguiu mais negar e deu de ombros, abaixando a cabeça e se concentrando em "tirar" uma linha inexistente da sua calça.
-Vai dar tudo certo, cara! - Bucky pousou a mão no ombro do amigo e apertou de leve. - Você tem que pensar positivo!
-Tá ai uma coisa que achei que nunca ia deixar de fazer…
-Se ficar deprê, vou te dar logo uns três tapões! - Sam exclamou. - É sério!
-E eu vou deixar. - Bucky complementou, apertando os ombros de Steve e fazendo ele se contorcer para tentar sair do aperto. - Ouviu, né?
-Ouvi! Agora me larga, caramba!
Bucky riu, o largando. Assim que ficou levemente silencioso novamente, os três homens puderam escutar Sam e Emma discutindo sobre quem ia perguntar alguma coisa. Se entreolhando, os três esperaram apenas alguns segundos antes de Emma se aborrecer com a amiga e perguntar por ela.
-Bucky, você está ocupado?
Steve mordeu a boca controlando a vontade de rir da careta do homem que respirou fundo uma mil vezes antes de negar.
-Não, Emmy… Por quê?
-Vem cá! Deixa a gente fazer trancinha em você?
Sam chegou a engasgar com o ar de tanto segurar a risada. Bucky negou e virou para o outro lado.
-Não.
-Por quê não? - Samanta questionou. - Vem logo, cara!
-Vai lá, Bucky! - Sam debochou. - Vai fazer logo umas trancinhas!
-Não, eu já disse!
Emma e Samanta ignoraram e arrastaram o homem para sentar de novo, fazendo ele ficar com uma careta emburrada, enquanto elas separavam o cabelo dele por partes.
-Sabe… Não sei se vocês duas sabem, mas eu já fui o Soldado Invernal…
-Cala a boca! - As duas exclamaram juntas.
Bucky fechou a cara e cruzou os braços, enquanto as duas começavam as primeiras trancinhas.
Steve e Sam chegavam a estar mordendo a boca, com força, para não rir. O loiro sentia o peso do olhar de Bucky em si. Mas Steve não tinha culpa de estar achando engraçado: Era mesmo uma cena divertida.
Quando faltava apenas meia hora para eles pousarem, Steve já estava divagando há pelo menos uma. Em sua cabeça, repassava mil vezes os planos para garantir que não haviam falhas graves e que poderiam comprometer a vida de alguém.
Bucky já tinha se desfeito das trancinhas há muito tempo quando pegou no sono. O ronco provocado por ele preenchia o avião há algum tempo e Steve achava que Sam e Emma também tinham dormido. Por isso, levou um grande susto quando dois braços abraçaram seu pescoço e Steve reconheceu o cheiro de Emma.
Fechou os olhos, com força, segurando os braços dela e desejando voltar para a época em que não eram procurados por meio mundo, onde os dias se resumiam a fazer qualquer coisa durante o dia e passar as madrugadas conversando, bebendo uma cerveja e trocando carinhos com ela.
Sentiu um beijo ser depositado em seu pescoço, logo abaixo da orelha. Sua pele arrepiou e Steve sorriu, sentindo o estômago dar um pulinho de felicidade. Era tão apaixonado quanto na primeira vez que se abraçaram, dentro da cozinha de Eva.
-Você está bem? - Emma sussurrou contra a orelha dele. - Você está tenso demais…
-Tô bem. - Steve não mentiu.
Ainda estava bem. Todos ainda estavam seguros. Não havia acontecido nada. Ainda.
-Uhum… Acredito…
Emma contornou a cadeira e sentou em cima das suas pernas, fazendo o homem a abraçar pela cintura, enquanto eles encaravam a paisagem de Washington na sua frente.
Sam tinha um sorriso mínimo no rosto, enquanto observava o amigo. Gostava de Emma e gostava ainda mais do fato de Steve gostar dela. Era autêntico e até inocente. A forma como Steve mudava a expressão do rosto sempre que Emma estava perto dele e como esquecia do resto do mundo e se concentrava apenas nela, oar alguns, podia ser até irritante.
Mas Sam sabia que Steve, mais do que ninguém, precisava de um porto seguro. Algum lugar para voltar quando tudo estivesse desmontando. Algum lugar que, como naquele momento, o incentivasse a ser novamente quem Steve foi um dia e ainda era, mesmo que diferente e fingindo que não. Que despertasse a vontade de lutar e de voltar a ser um herói.
-Vamos pousar. - Sam avisou, odiando ter que separar o casal que tinha acabado de começar a se beijar.
Ou melhor, sendo ignorado pelo casal. Pigarreou. Nada.
-Steve e Emma! Desgrudem essas Bocas agora e vai acordar o cabeludo e a espertinha, mulher!
Os dois começaram a rir, sem aguentar mais fingir que não tinham escutado Sam. Se separaram com selinhos e Emma levantou do colo de Steve, indo até os outros dois. Para implicar, Sam revirou os olhos.
-Trouxemos insulina naquelas bolsas? Porque eu acabei de virar diabético!
-Cala a boca, Sam! - Steve riu, ficando levemente corado.
Cerca de vinte minutos depois, o avião pousou na pista de pouso e ainda andou alguns metros antes de parar totalmente. Todos observaram o entorno deles, mas tudo parecia calmo. Por via das dúvidas, enquanto o trio dos homens se disfarçava, Emma e Samanta acharam melhor ir na frente.
-Mas o que é isso?!
Steve virou para trás e deu de cara com a peruca black de Sam. Mordeu a boca se concentrando em não rir. Bucky o olhava, espantado, apontando para o objeto na cabeça do homem.
-Uma peruca. - Sam deu de ombros. - Eu ia dizer para você usar. Mas já tem tanto cabelo nessa cabeça que não sei como ainda funciona.
-Para que isso?
-Disfarce, Homem!
-Meu Deus, Sam! - Samanta entrou no avião novamente. - Me diz que isso é algum animal feroz, não uma peruca!
-Isso é uma peruca. - Sam revirou os olhos. - Podemos ir?
Ela concordou, esperando apenas que os homens terminassem de vestir roupas mais descontraídas.
-Nossa carona deve estar chegando em alguns minutos. - Emma comentou, assim que eles chegaram perto uns dos outros.
Ela piscou para Steve e eles aguardaram em uma cabine particular do aeroporto por longos vinte minutos. Então, alguém bateu na porta e todos ficaram em alerta até Samanta abrir a porta e deixar a mulher entrar entrar.
-Oi! Soube que precisavam de uma carona! Vim à toa ou ainda precisam?
Ao ouvir a voz, Bucky parou de jogar no celular e ergueu os olhos, abrindo um sorriso enorme e levantando correndo do sofá.
Sam ergueu as sombrancelhas, surpreso de ver Shuri. E mais surpreso ainda de ver Shuri e Bucky se beijando como se não houvesse amanhã na frente de todos eles.
Steve suspirou e encarou Emma. Havia alguns dias, eles chegaram à conclusão de que, sozinhos, não iam conseguir chegar em Washington e nem mesmo ter recursos por lá. Então, enquanto Bucky dormia, Steve vasculhou o celular dele até achar o número de Shuri, que não pensou duas vezes antes de aceitar ajudar eles.
-Tá bom, gente… Acho que já chega, né? - Sam perguntou, coçando a nuca.
Então, como tivesse se dado conta do fato de que Shuri estava alí, Bucky parou abruptamente de a beijar e a encarou, sério.
-Espera… O que você está fazendo aqui?!
-Calma, Estressadinho! - Shuri revirou os olhos e o encarou, sorrindo. - Eu tô indo ter uma reunião de negócios com a representante da Wild's Company. Só isso!
Bucky estreitou os olhos e encarou Steve.
-Foi sua idéia, não foi?
-Foi minha! - Shuri puxou o namorado pelo rosto, assumindo a culpa. - Escuta, amor… É só uma carona! Eu prometo que não vou me meter em nada!
Bucky pareceu não acreditar, mas calou a boca, dando oportunidade para que Samanta, Shuri e Emma se conhecessem e as piadinhas sobre "O Capitão América ter uma namorada" aparecessem.
Em cerca de dez minutos, eles entraram dentro do carro blindado de Shuri e foram, quase em silêncio, até chegarem no local combinado.
-Vocês tem certeza de que é aqui?! - Shuri encarou o prédio caindo aos pedaços, no meio de um bairro mais pobre de Washington. - Isso não parece seguro o suficiente para abrigar Heróis procurados!
-Não é o que está em cima, Princesa! - Steve comentou. - É o que está embaixo.
-Você está chamando minha namorada de Princesa?! Tá querendo morrer, Capitão?
Todos encararam Bucky. Steve foi o primeiro a rir e revirar os olhos.
-Se concentra, Bucky! Isso não é hora para piada!
-Eu não podia deixar passar essa oportunidade! Desculpa!
-Bem, vamos! - Steve abriu a porta do carro, saindo dele com uma mala e duas mochilas, entrando no prédio, sem olhar para os lados.
Aos poucos, o resto do pessoal foi saindo do carro. Steve levou alguns minutos para achar naquele prédio abandonado, a porta nos fundos, vermelha, cuja chave que Fury o entregou, abria.
Assim que abriu, um painel eletrônico o aguardava e Steve tinha a opção de fazer o reconhecimento pela pupila ou pela senha. Trocando um olhar com Bucky, ele assentiu e puxou uma arma da cintura, o dando cobertura.
Steve bateu a senha. O painel eletrônico brilhou em verde, permitindo o acesso. Assim que a porta abriu, Steve encarou uma mulher com longos cabelos loiros e uma arma apontada para ele. Ela deixou a arma pender ao lado do corpo e abriu um sorriso quando o reconheceu.
-Steve! Meu Deus! O que está fazendo aqui? Entra, gente!
Sharon Carter saiu da frente e Steve fez sinal para que o grupo entrasse, enquanto eles se abraçavam.
-Oi, Sharon!
-Oi! - Sharon sorriu e olhou para o grupo. - Uau! Quanta gente! Aquela é a Princesa?
-É, sim! Você está escondida aqui?
Sharon negou, guardando a arma.
-Só vim ver se a Hill estava aqui. Vocês vão se esconder aqui?
Steve concordou. Levou algum tempo até eles se atualizarem, mas ao menos, Steve ficou um pouco mais aliviado de saber que Hill tinha conseguido ligar para Sharon e avisar que estava bem, só não podia falar onde estava. Era menos um ponto para se preocupar.
Como Sharon não podia demorar, afinal, estava em horário de serviço, Steve apresentou a mulher para o grupo rapidamente e eles começaram a vasculhar a antiga base da Shield abandonada. Haviam várias dessas pelos Estados Unidos, mas aquela era uma das mais seguras por conter vários dispositivos de segurança criados, especialmente, por Fury e Tony.
Shuri avisou que aquele dia ia precisar ficar com eles, mas que iria embora no dia seguinte, já que tinha mentido e tido que apenas ia para uma reunião. Ou seja, não precisaria de dois dias nos Estados Unidos. Mas deixou bastante claro para todo mundo (até mesmo para Bucky) que se precisassem de qualquer coisa, podiam ligar para ela, sem hesitar.
Depois que todos estavam instalados em quatro dormitórios (Emma e Steve chegaram à conclusão de que não ia adiantar dois separados, se dormiriam juntos), Samanta, Steve, Emma e Sam se reuniram em uma sala de reuniões para programar os próximos passos, enquanto Steve deixava Bucky ter o momento dele com Shuri em qualquer lugar por aquela base.
Depois de três horas de reunião, vários bate-bocas e algumas discussões desnecessárias, Steve, enfim, abriu mão e deixou Emma e Samanta participarem diretamente. O plano foi montado nos mínimos detalhes e explicado, posteriormente para Bucky, quando ele finalmente apareceu com um sorriso idiota.
Eles foram deitar cerca de oito horas da noite e duas da manhã já estavam de pé. os homens vestiam seus uniformes e ajudavam as garotas a vestirem coletes a prova de balas por baixo das blusas. Shuri decidiu que seria melhor que ficasse por lá, onde podia dar cobertura, caso precisassem.
-Estão todos prontos? - Bucky questionou, enfiando uma faca na cintura e esticando duas pistolas para as meninas.
Samanta recusou e correu até a mala dela, pegando o arco e flecha que Clint tinha dado. Isso fez Bucky revirar os olhos e encarar Steve, que mexia no escudo dele.
-Steve?
-Tô… - Steve concordou.
Para testar, apenas jogou o escudo aleatoriamente na direção do corredor e viu o brilho azul e vermelho voar para longe de si. Também observou o mesmo brilho fazer uma volta completa e vir na sua direção, parando exatamente em sua mão. Sorriu consigo mesmo, encaixando o escudo nas costas.
-Isso foi… - Samanta comentou, boquiaberta.
-Sexy para caralho! - Emma mordeu a boca, sorrindo para ele.
-Eu sou obrigada a concordar… - Shuri deu de ombros, fugindo do olhar de Bucky.
-Okay, meninas! Concentração! - Steve pediu parando ao lado de Emma, enquanto esperava Sam terminar de vestir as asas. - Emma!
-Que foi?! Eu tô concentrada, Capitão!
Emma sorriu, inocentemente, observando Steve ficar vermelho após o tapinha que ela deu na bunda dele, de forma discreta. Se inclinando para ele, Emma deu um beijo casto na sua bochecha e sussurrou:
-Se você conseguir o que está planejando, amor, eu juro que te recompenso depois, tá? E de um jeitinho bem gostoso… - A mão dela parou em sua barriga, descendo os dedos de leve, até o quadril.
Steve riu, nervoso, e concordou, roubando um selinho dela. Emma se afastou como se não tivesse acabado de o provocar e foi para perto de Shuri. Pigarreando, Steve chamou a atenção de todos.
-Bem, Pessoal… O que vamos fazer a partir de hoje é arriscado e eu preferia, mil vezes, que não estivéssemos fazendo isso. Também preferia que nossas namoradas não estivessem aqui e…
-Espera… Você por acaso está me incluindo no "namoradas"? - Samanta questionou, apontando para ela e Sam. - Porque eu e ele não temos nada, então, pode ir me tirando daí!
-Exatamente! - Samuel concordou. - Eu sou livre, leve, solteiro e desimpedido!
-Calem a boca! - Bucky reclamou.
Steve suspirou e voltou a falar, depois de respirar fundo e pedir paciência à Deus.
-Como eu estava dizendo: A primeira coisa que eu sou obrigado a pedir para vocês todos é: Segurança em primeiro lugar. Se verem que para se manter seguros, precisam me abandonar, vão! Eu vou encontrar uma maneira de escapar. - Steve encarou Emma, sério. - Quando eu pedir para vocês fazerem alguma coisa, confiem em mim e façam.
Emma revirou os olhos, bufando.
-E se mantenham unidos, está bem? Essa é só a primeira de muitas etapas e temos que focar em uma de cada vez. Não é hora para brincadeiras ou discussões desnecessárias. - Steve direcionou o olhar para Sam e Bucky. - Cada segundo é importante. Eu posso contar com vocês, certo?
Todos concordaram.
-Ótimo! Então… Vamos!
Shuri jogou a chave do carro para Steve e piscou.
-A carona ainda está de pé.
-Muito obrigado, Princesa!
-Imagina, Capitão! - Shuri bateu uma continência.
Steve, que caminhava até a porta, parou abruptamente e se voltou a ela.
-Nômade.
-Que?
-Eu não sou mais o Capitão América. Eu sou o Nômade.
O queixo de Emma caiu quando Steve soltou um sorriso de lado e piscou para ela. Em seguida, começou a caminhar na direção da porta.
-Acho que você vai ter mesmo que recompensar ele, Emmy. - Samanta passou por Emma, esbarrando no ombro dela para sussurrar.
-Vai catar coquinho!
Emma retrucou, irritada, seguindo a amiga, entre Sam e Bucky, que terminavam de dar instruções a ela, sobre o que fazer caso a arma travasse e o ponto perdesse o sinal.
O caminho até o condomínio foi extremamente silencioso. Quase não havia ninguém na rua quando, às três da manhã, em ponto, o carro parou na esquina e Bucky e Emma desceram do carro, caminhando abraçados para ela tampar o braço dele, enquanto esperavam Samanta e Shuri desligarem as câmeras. Sam aguardava o momento em que precisaria entrar em cena, próximo ao carro, com um capuz preto tampando a cabeça e as asas.
-Consegui! - Samanta exclamou. - É com você, Shuri!
Levantando o olhar para o poste, Steve percebeu que a câmera que era sinalizada por uma pequena luz vermelha, piscou rapidamente, até desaparecer por completo.
-Beleza! - Shuri respondeu. - Me deem cinco segundos…. Prontinho! Alarme desligado!
-Então, sai da frente que vou colocar a garota para dentro. - Sam pediu, erguendo vôo.
Emma se preparou, ouvindo Bucky desejar um "boa sorte". Sam a pegou no colo quando deu um vôo rasante e a ergueu do chão. Emma quase gritou, mas conseguiu se agarrar no homem e manter a boca fechada.
Sam contou os andares do prédio até pararem na cobertura, onde o Falcão colocou Emma no chão. Em cerca de dois minutos, Sam jogou Bucky no terraço do prédio e, juntos, os três arrombaram a porta que dava para o andar debaixo. Emma foi na frente, com os dois homens dando cobertura a ela.
-Está vendo alguma coisa? Ou alguém? - Steve questionou, preocupado.
Uma linha fina de suor se formava na sua testa. Samanta esticou a mão e segurou a mão dele, quando Emma negou. Os dois se encararam nos olhos.
-Relaxa, vai dar tudo certo!
Steve assentiu e apertou a mão dela de volta, agradecendo o apoio. Um barulho alto foi ouvido, o que fez todos ficarem atentos.
-Tá tudo bem! - Sam exclamou, depois de um instante de silêncio. - Eu escorreguei em… Uma boneca? Tem crianças na casa, Steve…
Steve mordeu a boca e esfregou o rosto.
-Só peguem ele e caiam fora! Rápido!
-Eu tô esperando o sinal da Emma! - Sam sussurrou de volta. - Cadê ela, Bucky?
-Tô aqui… Ele não está no quarto. - Emma respondeu. - Espera… Se esconde!
Uma movimentação foi ouvida na linha. Steve esfregou o rosto mais uma vez, tentando manter a calma.
Emma e Sam se espremeram atrás de um armário, ao mesmo tempo que Bucky se jogou atrás de um sofá. A luz da sala acendeu quando a porta abriu. Do ângulo onde Bucky estava, ele conseguia ver os pés descalços de um homem. Ergueu a mão, mostrando três dedos. Emma e Sam se entreolharam, entendendo e se preparando para atacar.
Quando o terceiro dedo abaixou, Emma se jogou para o lado, se abaixando e se jogando contra as pernas do homem, fazendo ele perder o equílibrio. Sam se jogou por cima dela, enfiando um soco na cara do homem, ao mesmo tempo que Bucky levantava de trás do sofá, apontando uma arma para a cabeça dele. Emma fez o mesmo movimento, vendo o homem alternar o olhar entre a duas armas.
-Cala a boca! - Sam avisou, baixo. - Ou eu vou deixar atirar!
Ainda apontando a arma, Emma observou o movimento do punho brilhante de Bucky: Formando um arco no ar, ele deu um único soco na cara do homem e o desmaiou.
Todos respiraram, aliviados. Sam vasculhou os bolsos do pijama do homem e achou uma mini-pistola.
-Deu certo?! - Steve questionou, impaciente.
-Deu, sim! Vamos cair fora daqui! - Sam avisou, segurando o homem no colo, com algum esforço. - Hey, Cabeludo! Onde você está indo?
Bucky ignorou o chamado e seguiuna direção de onde o homem veio, tão rápido e ágil que quando Sam piscou, ele já havia desaparecido.
-Para onde o Bucky foi? - Shuri indagou.
-Não faço idéia, mas vou levando o presentinho do Steve! Já volto para tirar vocês daqui! É meio pesado, Steve… Mas acho que você vai gostar!
Steve revirou os olhos, manobrando o carro até a entrada do prédio. Sam não demorou nada a largar o homem de qualquer dentro do carro, desmaiado e sangrando com o soco que Bucky havia dado.
Segundos depois, foi Emma quem entrou no carro, tremendo de leve por conta do voo, mas em ótimas condições.
-Você está bem?
-Tô. - Emma assentiu, encarando Samanta e depois, Steve. - Não foi exatamente como planejamos, mas…
-Foi rápido e eficiente. - Steve assentiu, tentando controlar o sorriso orgulhoso, já que não queria que Emma ficasse com confiança demais.
Confiança demais faziam as pessoas cometerem erros e um erro podia custar a vida dela.
Quando Bucky apareceu, carregando uma caixa cheia do que pareciam papéis e aparelhos eletrônicos, Steve se virou para trás e encarou o General Ross desacordado no banco traseiro.
-Ótimo. Vamos interrogar esse filho da puta!
Ooie, Pessoal! 💕
Cheguei com mais um capítulo para vocês e vamos entrar em um arco que eu gosto muito! Hehehe'
Maaas, embora a fanfic já esteja se encaminhando para o fim, eu ainda não tenho certeza de até que capítulo ela vai e como eu tô escrevendo muuuuito aos poucos, pode ser que demore, afinal, eu ainda tenho muuuita coisa para escrever e explicar
Aliás... Aproveitando que estamos indo para a reta final, eu tenho duas perguntas para vocês, em "comemoração" aos 9k de visualizações, porém, eu só vou revelar o motivo das perguntas quando atingirmos 10k 👀🤷🏻♀️🤭
1- Vocês também gostam de fanfic com o Chris Evans ou só com o Steve Rogers? 👀
2- E se eu tivesse um plot para "substituir" Human quando acabar?? Vocês leriam pelo menos a sinopse para decidir se gostam? 👀
Sério, gente... Responde aí as perguntinhas e deixa seu voto porque eu fico muito, muito motivada! 💕
Até sexta feira!
Beijos! 💋💋
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