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1- Inglaterra.

Depois de dois dias de viagem, Steve Rogers, enfim, tinha chegado à Inglaterra e sem acidente nenhum.

Ainda era madrugada quando o homem caminhou, tranquilamente, pelas ruas de Liverpool, considerada a cidade mais linda da Inglaterra. Ela era a segunda maior em números de edifícios, perdendo apenas para Londres.

Observando os tais edifícios, Steve diminuiu a velocidade assim que avistou o prédio em que ele tinha alugado um apartamento.

Claro que, de início, Steve tinha fugido para a Inglaterra e tinha ficado quase quatro meses inteiros alternando os lugares em que dormia, como prédios abandonados ou garagens...

Mas ele deu sorte. A dona do Prédio de três andares e seis apartamentos, dos quais, três estavam vagos, era uma senhora de cerca de setenta e três anos, muito simpática.

Se conheceram quando, em uma manhã qualquer, Steve buscava se disfarçar entre as pessoas e acabou vendo uma senhora cair no meio da rua e deixar todas as compras se espalharem.

Steve não pensou duas vezes: Correu para o meio da rua, parou os carros e a ajudou catar as coisas e levantar do chão.

Como Steve a levou até a porta do apartamento, depois de se certificar que ela não tinha quebrado nenhum osso e o dano maior foi um arranhão no braço, Dona Eva Mayer o convidou para entrar, em agradecimento.

Mas mais do que isso, Dona Eva reconheceu o Capitão América e não concordava com o que o Governo Americano chamava de Tratado de Sockóvia.

Então, o convidou para morar no apartamento da frente.

À princípio, Steve ficou desconfiado, afinal, quando a esmola é muita, o Santo desconfia, mas...

No fim, por quê, não?

Há cerca de oito meses, morava naquele apartamento e passava o dia trabalhando em uma obra. Não havia muita segurança naquele emprego, mas ninguém fazia muitas perguntas e, se alguém o reconheceu, não havia dito nada.

Não ganhava muito, mas era o suficiente para pagar o aluguel e sobreviver com um pouco de aperto até o fim do mês.

Subiu as escadas, evitando fazer barulho para não acordar o vizinho do andar de cima. Mas assim que as chaves rodaram na fechadura, ouviu um barulho de porta.

-O carteiro trouxe uma carta.

Steve se virou e abriu um sorriso, encarando Eva e seus grandes olhos verdes.

-Suponho que você guardou.

-Eu seria uma boa vizinha se não tivesse guardado?

Steve sorriu de novo e encarou a porta aberta como um convite para acompanhar Eva até o apartamento dela. Entrou e sentou no sofá, tirando o casaco e apoiando em cima da mochila no chão.

-Chá ou café?

-Café, por favor. - Steve maneou a cabeça em agradecimento, ao ver Eva pegando uma garrafa térmica, ao invés do bule.

-Não entendo qual a obsessão dos americanos por café...

-Nem eu entendo a dos Ingleses pelo chá.

Os dois sorriram um para o outro.

-Você demorou para voltar dessa vez. Algum problema com o Governo?

Eva se sentou ao lado dele no sofá. Steve maneou a cabeça, negativamente.

-Graças a Deus, não. Eu só tive que esperar um conhecido liberar um avião para a minha volta.

-Ah... Por falar em volta, essa semana, eu vou ter bastante companhia. Eu te procurei ontem para avisar, mas você ainda não tinha voltado.

Steve observou o sorriso sincero e animado de Eva e sorriu de volta, largando a xícara, agora vazia, em cima da mesinha de centro.

-Jura? E por quê? Vai finalmente concordar com a minha idéia e comprar galinhas?

Steve levou um tapinha no peito e riu.

-Abusado! Mas não... Você lembra que eu disse que minhas sobrinhas netas perderam os pais ano passado?

Steve puxou pela memória e confirmou.

-Ah, Lembro, sim... Foi um acidente de avião, não é?

-Isso. - Eva suspirou e engoliu em seco. - A Emma tem se virado bem, até, em Londres. Mas o custo de vida lá é mais alto do que aqui, e ainda tem a Chloe que é pequena... Bem, depois de muito insistir, Emma aceitou vir morar aqui. Ela chegam em dois dias.

Steve acenou positivamente.

-E por acaso isso é uma forma de me expulsar do seu apartamento, Senhora Mayers?

Eva riu, alto e negou, segurando as mãos de Steve.

-Na verdade, querido, isso é um convite para que você venha com mais frequência.

-Ah, não... - Steve esfregou o rosto, apoiando o queixo nas mãos. - De novo esse assunto, Eva? Eu já expliquei que uma paixão não cabe no meu estilo de vida.

Eva sorriu, de lado, e o cutucou no peito.

-Mas quem foi que disse que você precisa se apaixonar pela minha sobrinha, Senhor Rogers? Até porque, o Senhor é uns bons setenta anos mais velho que ela e isso, se não me engano, é pedofilia...

Steve deu uma risada, se esticando no sofá e negando com a cabeça. Eva continuou.

-E eu não sou tão careta assim. Vocês dois podem ter um casinho inocente, sabe? Ela é adulta, você é idoso...

Steve deu mais uma risada.

-Olha, Eva... Eu já me apaixonei antes. Não acontece com muita frequência. Então, a chance de eu manter um casinho inocente com sua sobrinha é nula...

-Bem, a Emma talvez não, mas a Chloe vai fazer você se apaixonar. Garanto! Só acho que ela é um pouco nova demais...

Steve concordou com a cabeça, já que não adiantava discutir com Dona Eva Mayers. Steve sabia que quando a Senhora colocava alguma coisa na cabeça, era difícil de tirar.

-Ah, Steve! Sua carta! - Eva levantou de supetão e caminhou até a cozinha.

Steve ficou parado, encarando os próprios dedos em expectativa. Afinal, sabia que o carteiro deixava as cartas na casinha de passarinho destinada a cada apartamento.

Para que Eva tenha recolhido as cartas, alguém a entregou.

Eva voltou com um envelope super lacrado. Entregou nas mãos de Steve e saiu de perto, recolhendo a louça que tinha sujado.

Steve ficou grato pelo momento de privacidade. Abriu a carta e identificou a letra de Sam Wilson.

"Querido Loiro Sumido,

Não sei onde se enfiou já que estou há cerca de três dias na Inglaterra e não achei você. Essa senhorinha simpática aí da sua frente me disse que você saiu e ainda não voltou. E a pergunta é: Essa é uma das jovens que você pegou quando tinha minha idade?

Enfim, eu passei para te desejar um Feliz aniversário e avisar que eu e a Aranha Mortal estamos bem. Escondidos próximo à você, já que ela achou a pista de uma nova organização.

Ou talvez, seja só a falta de fazer qualquer coisa sem ser me transformar em um saco de pancadas.

Esperamos que você esteja bem, mas sabemos que a artrite, artrose e a falta de cálcio devido sua idade avançada podem transformar alguns dias em mais dificultosos do que outros.

Força, Guerreiro!

Com saudade (só da parte da Aranha),

Pássaro. "

Steve sorriu, relendo a carta mais uma vez. Também sentia saudade dos amigos. Maldição, consegui sentir saudades até do teimoso do Tony Stark.

Mas não ficou se lamentando, apenas dobrou a carta novamente, se levantou e a guardou no bolso, andando até a cozinha e achando Eva guardando a louça.

O dia já havia amanhecido e a claridade se infiltrava na pequena cozinha por entre as cortinas.

-Algum problema?

-Não... Só lembranças de um amigo.

-Ah, que bom!

-É... - Steve suspirou. - Eva, preciso ir descansar um pouco antes de trabalhar, tudo bem?

-Claro, querido! - Eva foi até Steve e deu um abraço carinhoso no homem. - Qualquer coisa, você sabe... Pode bater aqui e me chama, viu? Bom dia, Steve!

-Um ótimo dia para a Senhora também, Eva!

Steve deixou o apartamento de Eva e caminhou em direção ao ponto de ônibus. Passou alguns minutos por lá.

-Não me diz que você foi para a América. - Uma voz conhecida soou às suas costas.

Steve não se virou. Apenas abaixou a cabeça e dei um grande sorriso. Sam parou ao seu lado, casualmente, como se estivesse esperando um ônibus também.

-Depende de qual América vocês estão falando. - Steve suspirou. - Vocês não deviam estar aqui. Estavam seguros no Canadá.

-A Natasha cismou que está na pista para uma nova Organização Terrorista. - Sam deu de ombros. - Acho que agora o objetivo dela é salvar a Humanidade.

Steve mordeu a boca e enfiou as mãos nos bolsos.

-Ela está bem?

-Com saudade. Mas bem. - Sam olhou para o céu e soltou um longo suspiro. - Nunca achei que ia me sentir um Pássaro engaiolado...

-Eu sinto muito, Sam.

-Não sinta, cara. - Sam virou de frente para Steve e sorriu. - Eu faria tudo de novo. Você sabe.

Steve sorriu também.

-É, eu sei. Obrigado.

Os dois se abraçaram rapidamente.

-Ah, a propósito... Eu e a Nat estamos mais perto do que você imagina, okay?

-Bem, vocês sabem onde me achar se precisarem de algo. - Steve viu o ônibus dele vindo e fez sinal. - Me informem qualquer coisa, está bem?

-Entendido, Capitão! - Sam bateu continência com um pouco mais de força que o necessário, o que fez o boné dele cair da cabeça dele.

Steve engoliu o riso e reclamou.

-Sam...

-Certo, Rogers. Melhorou?

-Muito!

Steve subiu no ônibus e acenou, perdendo Sam de vista, enquanto ia para a obra no centro da cidade.


Ooie, Pessoal! ❤

Então... Vamos lá!

Alguns de vocês devem me conhecer como a doida das fanfics do Bucky e do Sebastian, mas dessa vez, eu decidi inovar e estou trazendo uma fanfic do Capitão América.

E é claro, eu tenho que fazer alguns agradecimentos antes: Obrigada à Sarah e a Iza por terem me ajudado com a sinopse, à Carol e a outra Sarah por ter lido e me dado apoio e, especialmente, a Letícia que me ajudou MUITO com esse plot! 💖💖💖 Vocês são meus amores!

Eu não vou ter dia para postar essa fanfic porquê minhas prioridades são Adore You e as que eu estou repostando, mas prometo não demorar muito, não!

Espero que deem uma chance e gostem! 🥺❤

Bjs!

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