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Nunca pensei que eu fosse ser tão cruel com alguém. Mas era isso que eu queria com Bellatrix desde o começo dos tempos. Desde que ela tirou tudo de mim, então por que eu me senti mal? Porque a matei? Não, nem fodendo. Me senti mal por ter sido assistida.

Mais por ele do que por qualquer outro ser naquele salão. Eu agi como louca? Ele está com medo de mim? Sequei o sangue de minhas mãos na camisa e não consigo me aproximar de George depois que Lino o soltara das minhas cordas. Ninguém gostou do que viu. Claro que não. Eu torturei e matei alguém na frente de todo mundo, todos me encaram quando eu saio de cima do corpo dela. E foi o fim da história de Lestrange. Eu. Eu fui o fim dela.

Não resisti e toquei fogo em seu corpo, isso é pessoal demais para mim, não consigo fingir que me importo com o mínimo de respeito com sua morte ou sua alma. Quero que ela arda no inferno, mas me preocupa o que ele pode estar pensando quando olha para mim numa máscara neutra e rígida. Afasto-me do corpo em chamas e tiro-o da frente da porta, não gosto que tenha tantos olhos em mim, eu só matei alguém como todos fizeram o mesmo hoje, por que eles me julgariam? Eles não tem o direito...

— Sophia— Angelina me chama quando eu só penso em me isolar em um canto do salão— Para onde está indo?

Eu fiz algo de errado? Minhas mãos estão tremendo e eu levo um segundo apenas para processar que ainda estou segurando a adaga de Bellatrix com força. Jogo a prata no chão e me abraço com medo de olhar para George. Eu o assustei? Interpretei errado seu olhar horrorizado? Matamos pessoas antes, porém nunca assim. Hesito em me aproximar, olho o rosto de meus amigos, cismada. Eu torturei e matei Bellatrix. Me igualei a ela. Uau. Sinto um arrepio de desgosto correr pelo meu corpo e o bem estar vai embora. Não sei porque... eu me sinto horrorizada. Enojada. Que porra eu fiz? Eu quero chorar. Quero o alívio de poucos minutos atrás de volta! Eu matei Bellatrix! Eu matei Bellatrix, por que o orgulho foi embora?

Acho que todos estão falando de mim quando lutam para conter o fogo que não se espalharia, George e Angelina se aproximam de mim, eu recuo um passo e baixo a cabeça. Angelina toca meu braço direito, George toca meu ombro esquerdo.

— Desculpa— eu estremeço e afundo o rosto nas mãos— Desculpa— murmuro com a voz abafada.

— Está tudo bem, Sophia— Angelina esfrega meu braço.

— Vem, amor— George aperta meu ombro e tenta me puxar para debaixo de sua asa. Eu resisto e os encaro.

— Vocês estão com medo de mim?— pergunto, franzindo a testa.

— Eu nunca teria medo de você, Sophia— George me fala em voz baixa. Seus olhos, tão lindos, parecem falar sério.

— Eu perdi a cabeça— eu o olho, desacreditada— Eu agi exatamente como ela. E-eu sou um monstro!

— Você não é um monstro, Sophia— Angelina fala, meus olhos ardem, eles não me odeiam pelo que eu fiz?— Estamos no meio de uma guerra e...

— Ela mereceu.— George fala, interrompendo a amiga e tentando me puxar para si novamente, eu não reluto dessa vez. George me abraça— Ela mereceu— ele sussurra no meu ouvido e beija minha têmpora. Eu engulo a força o nó que se forma na minha garganta— Você não fez nada de errado, moranguinho.

Não perde a cabeça... Eu não sou uma pessoa ruim. Eu surtei, gostei de ver ela gritar de dor com a boca sangrando e gostei de olhar nos seus olhos quando sua vida se esvaiu. Será mesmo que eu não sou um monstro? A vingança me subiu a cabeça, saiu de fundo do meu peito e eu fiquei cega. Agora sim que eu nunca vou esquecê-la, mas pelo menos posso dizer que a matei.

Isso é tão confuso... odeio sentimentos conflitantes, por que não pode ser mais simples? Ou eu fico satisfeita ou não. Não quero a oscilação, quero a firmeza. Ou eu odiei ou eu amei.

... eu realmente não sei. Só deixo que George me guie e finjo que me lembro como se anda. Eu estou exausta.

— Vou cuidar da entrada— Fred levanta, mas George o obriga a sentar de novo, o ruivo fica vermelho de raiva— Parem de me tratar como a porra de um inválido!— ele reclama— Sophia, me cura.— ele exige ainda pálido, aponta para a própria cabeça.

— Eu...

— Não.— Angelina fala, me cortando, encarando fixamente o namorado raivoso— Você vai ficar aqui, sei que se ela tirar sua dor, você vai correndo lá para fora! Não vou deixar que se suicide assim.

— Claro, porra, estamos numa guerra e eu não posso lutar porque você está com medo, que adorável, cadê a merda da minha varinha?— ele estende a mão para George que apenas o ignora.

— Não fala assim comigo— Angelina o censura entredentes.

— Ah, sim, minha rainha— a voz do ruivo pesa de sarcasmo, Angelina revira os olhos e Lino apenas levanta as sobrancelhas enquanto arregaça as mangas para que George faça um curativo no corte do seu antebraço— isso porque você está sendo muito romântica preferindo me deixar com dor do que me deixar fazer algo de útil! George, devolve a porra da minha varinha.

— Posso apagar ele?— pergunto.

— Se você fizer isso, eu nunca vou te perdoar— Fred aponta para minha cara, nunca o vi com tanta raiva— Nossa família está lá fora, George! A gente tem que ir proteger eles!

George para e olha em direção ao corpo de Percy no chão, metros ao lado, meu estômago se embrulha, o fedor dos mortos vai se espalhar rapidinho.

— Tem razão— George balança a cabeça e olha para o irmão— Porque com certeza dá para impedir que algo aconteça com eles, não é?— pergunta, retórico e inexpressivo. 

— Você prefere ficar parado?— Fred rebate, friamente.

— Gente, para.— Lino intervém, os gêmeos se encaram fixamente. Ambos impassíveis.

— A Ginny está lá fora— Fred continua e se levanta, George oscila, olha para Percy de novo— Vai me impedir de ir atrás dela também?— George volta a encarar Fred num misto de horror e descrença. Meu ruivo recua um passo pela ofensa, Fred pisca rapidamente— Não, espera. Desculpa— ele fala e olha para Percy— Desculpa, George— os olhos de Fred brilham de lágrimas— Eu não quis dizer isso.

Vai se foder— George fala entredentes e nos dá as costas avançando em passadas largas para a saída da enfermaria. Eu e Fred trocamos olhares breves e eu apenas baixo a cabeça pronta para correr atrás do meu ruivo. Ele atravessa a porta bufando de ódio e eu corro agoniada que ele faça alguma burrada.

— George, espera!— eu grito, o castelo treme mais uma vez o corredor parece absurdamente vazio, me surpreende— Ele não quis dizer aquilo!

— ELE QUIS SIM!— George grita com raiva e se volta para mim com os olhos vermelhos de segurar o choro— ERA PRA GENTE TER IDO COM PERCY MAS EU ENROLEI! MEU IRMÃO MORREU SOZINHO E É POR MINHA CULPA!

— Não é sua culpa, George!— eu falo em voz alta, ele chora e anda de um lado para o outro na minha frente, segura a cabeça e olha o chão— Você não fez nada de errado!

— A gente devia ter ido com ele— ele repete como se nem tivesse me escutado— Não era para o Percy ter ido sozinho...

— Ninguém te culpa, Georgie, você não podia fazer nada!

— É isso o que você pensa da sua família? Que você não podia ter feito nada?— ele me fulmina com o olhar. Minha boca parece ter se colado com super cola e eu não consigo responder. Ele está certo. Mais uma vez... George está certo.

— É, mas já aconteceu— murmuro com a voz embargada. George balança a cabeça e então se abraça, parece passar mal. Eu sei como é.

— Eu não consigo, Sophia!— ele me fala, agoniado— Eu não quero ir atrás deles porque eu não quero achar eles mortos também! Eu não quero ver eles, eu não consigo! Fred vai me odiar pra sempre...

— Não vai, George, foi da boca para fora e você sabe disso!— o choro dele se torna mais intenso do que antes.

— É culpa minha...— ele cai de joelhos e eu corro para o abraçar completamente alerta com o entorno. O puxo para mim enquanto ele afunda na merda de tortura que está se fazendo.

— Não é culpa sua, não tem nenhum culpado nisso, amor, não é culpa sua— afirmo repetidamente no seu ouvido.

— Eu não quero perder minha família... eu não consigo ir atrás deles, Sophia...— ele geme e me aperta com força— Eu estou com medo, estou com medo.

— Não está sozinho, meu amor— passo a mão na sua cabeça e o aninho esperando que ele se acalme novamente— Eu estou com você. Weasley, olha para mim— peço— Ei, olha pra mim.

— Tá doendo muito— ele chora— Eu quero morrer.

— Não, por favor, querido, não diga isso— seco seu rosto como posso. Lembro-me da nossa primeira noite juntos. Invertemos as posições. Seria icônico se não fosse trágico. Fito seus olhos âmbar e sei que ele está pensando o mesmo que eu— Me imita. Inspira pelo nariz.— ele me copia, trêmulo. Seus lábios mais vermelhos, seu rosto mais corado. Ele é tão lindo, não merece sofrer assim. Meu garoto— Solte pela boca. Devagar. De novo.

— Você se lembra— ele cerra os olhos.

— Nunca vou esquecer— balanço a cabeça franzindo a testa— E você também não.

A tristeza em seu semblante é tão evidente e intensa quanto todas as suas outras expressões. Nos perdemos no olhar um do outro e George balança a cabeça trincando o maxilar. Respiramos mais um tempo juntos. O mundo parece dar uma trégua. George pega minhas mãos e beija as costas das mesmas.

— Me desculpa— murmura— Por ter falado da sua família...

— Isso não importa, Georgie— falo, séria— Vamos reunir a sua agora, tá?

— Tá...

Eu vou cuidar dele, não importa o que aconteça.

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