➤ Destino
NARRADORA
Quando o tempo parece passar mais rápido ou mais devagar? Por que isso acontece quando menos sentimos ser necessário?
As coisas pareciam andar em câmera lenta e nada podia ser mais insuportável. George se tornou a sombra de Sophia que era a sombra de Harry e depois que todos se voltaram contra Severo Snape e a escola toda virou uma enorme bagunça, os três tiveram de dar as mãos para não se perderem uns dos outros.
As atividades tinham de ser divididas, defesa e ataque, Sophia ia atualizando o namorado/noivo por meio de falas rápidas e sem fôlego enquanto eles corriam para a torre da Corvinal, nadando contra a maré revolta e agitada de alunos de todas as idades.
— O filho da puta se dividiu?— George Weasley fica vermelho de raiva e seu semblante se contorce de desgosto. Voldemort já está a caminho de Hogwarts, com milhares de bandidos e aliados em sua retaguarda. Ninguém merece.
— Ele queria mesmo ser imortal, não é?— Sophia sorri para o ruivo por cima do ombro. Pode ser estranho, mas ela estava feliz de estar com George mesmo que presos nessa situação de merda. Tudo mundo vai morrer e ela não para de sorrir!— você sabe que eu te amo?
— Sei, mas não vamos falar disso agora, moranguinho, se mova, vamos— ele beija o topo da cabeça dela ao ver que Harry está se estressando pela distração da garota.
— Desculpe, desculpe!
— Harry Potter!— Luna Lovegood gritou de repente com todas as forças após ser ignorada consecutivamente em um longo caminho. O manto mágico de proteção da escola já está sendo posicionado, podem ver o céu brilhar do lado de fora, por todas as janelas que antes eram vistas com indiferença no dia a dia quando o mundo era só pelas aulas e a taça das casas... bons tempos. Sophia obrigou os rapazes a parar para que Luna os alcançasse.
— Agora não!— Harry solta a mão de Sophia e cacheada volta a agarrar seu pulso com força.
— Não acho que o que quer que Luna tenha a dizer será uma perda de tempo!— Sophia fala quando o Potter a fulmina com o olhar.
— E não será— Luna diz subindo as escadas ofegante. As coisas se aceleram mais ainda e de repente o próprio Fred está descendo as escadas agarrando o pulso de George e o puxando consigo.
— Espera, espera!— Sophia se solta de Potter quando Lovegood começa a falar para seguir os gêmeos— Fred, espera aí, o que há?
— Eu preciso dele, Soph— Fred avisa sem parar de andar, George o segue cambaleante— Ninguém conhece as passagens dessa escola melhor do que nós, não dá para eu me dividir o suficiente para guiar todo mundo!
— Então eu tenho que ir— George franze a testa sentindo-se muito desconfortável com o inevitável. Ele e Sophia se entreolham, Sophia o solta porque não pode se afastar muito de Potter já que já deu sua palavra de que o acompanharia até o fim— Eu te encontro!— George garante aumentando o tom de voz conforme a distância entre eles também aumenta. Sophia fica com raiva do universo por ter que se separar de seu namorado tão cedo, mas tem que olhar por Potter e quando se vira ele já não está mais onde deveria.
— Cacete!— ela resmunga e volta a subir as escadas correndo com muito mais afinco do que antes.
— Relaxa, ela vai ficar bem— Fred consola George que olha para trás com frequência por mais que não possa mais nem ter vislumbre de Sophia a tempo o suficiente para aceitar isso— Quando isso acabar, a gente vai sumir com nossas garotas, mano— Fred balança a cabeça— Por pelo menos um ano, eu não quero nem saber!
— Temos a loja para cuidar, Freddie— George levanta as sobrancelhas o lembrando de outras obrigações— e duvido que a mamãe...
— Não corta minha onda, senhor da razão— Fred esmurra o braço do gêmeo e eles param diante de uma parede que eles conheciam desde o seu segundo ano quando tiveram que se espremer pela passagem para fugir do Barão Sangrento, surpreendentemente tendo sucesso pelo fantasma pensar tê-los visto indo em outra direção— A gente vai acabar com isso e eu juro que vou apagar a memória para que o mundo para mim seja demente e com muitas borboletas e arco-íris!
— Você é incrivelmente sonhador!— George consegue rir apesar do nervosismo crescente e massivo em seu peito.
— Eu posso ver o futuro, meu irmão! Um futuro brilhante!
George esperava que fosse verdade, ah, como queria que fosse.
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Luna e Sophia tiveram de esperar o retorno de Potter até que ele terminasse sua conversa com a fantasma que assombra a torre da Corvinal, Helena Ravenclaw.
— Ela é tímida, acho melhor que só ele vá— Luna fala condescendente. Harry apenas assente e toma a frente e as duas devem esperar. A chuva de destruição vem em uma forte jorrada de cores iluminando o mundo como um show de horrores. Voldemort pedira quase que polidamente para entregarem Harry Potter e se unissem a ele, e por ter certeza que isso não iria acontecer, adorou começar a atacar minutos antes do que havia prometido. Uma ofensa direta à Dumbledore, que se remexa de desgosto em seu túmulo e o assista detonar seu reino!
A raiva dominou o Lorde das Trevas quando a maldita sangue ruim e sabe-tudo, Hermione Granger deu fim á sua preciosa taça na Câmara Secreta de Salazar e, se sobressaindo da magia dos demais comensais, num golpe só com a varinha das varinhas, Voldemort destruiu de vez o véu que protegia Hogwarts de seus inimigos. Ver o véu desmanchar foi um show que muitos não esqueceriam dali em diante. Ao menos, aqueles que vivessem para contar a história.
A ponte fora explodida por Neville Longbottom e outros estudantes, mas infelizmente não era a única fonte de acesso para aqueles trolls e todos os comensais sedentos para matar. A noite brilharia como nenhuma outra e, observando do terraço ou da janela da torre da Corvinal, George e Sophia se prepararam para lutar com todas as forças até que ao menos pudessem se ver de novo.
Seu destino havia chegado enfim e nada poderia pará-lo.
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