004.
HOW TO LOSE A MAN IN 10 DAYS.
Como previsto, a tia de Ji-Young não estava nada feliz com a notícia que sua sobrinha havia rejeitado Kang Tae-Moo.
── Eu não estou nada feliz com isso ── Bo-Ra falou batendo a porta do escritório de Ji-Young.
── Você finalmente leu o relatório que a Ha-na escreveu ── Ji-Young ficou mexendo em alguns papéis em sua mesa para evitar olhar para sua tia ── Ela escolheu bem as palavras.
── Rejeitou Kang Tae-Moo? ── Bo-Ra repetiu ── Nem ao menos terminou o almoço com ele. Simplesmente foi embora.
── Não era necessário passar uma tarde inteira com ele ── Ji-Young finalmente a olhou ── Tenho certeza que Kang Tae-Moo tem a mesma opinião sobre mim.
── É sério? E qual seria? Ah! Deixe-me adivinhar ── Bo-Ra se conteve para não jogar o enfeite geométrico que estava em cima da mesa na cabeça da sobrinha ── Você já planejava isso. Nem ao mesmo tentou. Ji-Young, tínhamos um acordo.
── O acordo não mencionava o fato de que Kang Tae-Moo falaria sobre os meus pais e nem que diria que o avô dele, Kang Da-Goo, tinha um apreço a eles ── Ji-Young disse com calma ── Tia, nenhum homem que já passou pela minha vida ficou tempo o suficiente para saber a verdade e eu não quero que saibam. Nem Kang Tae-Moo e nem ninguém.
Bo-Ra ficou em silêncio por alguns segundos. Elas já haviam tido aquela conversa outras vezes e é claro que a frustração da verdade sobre a sua própria família deixava Ji-Young triste e incomodada. Talvez com raiva. Sim, com muita raiva.
── Ji-Young, eu faço tudo para protegê-la do que as pessoas vão achar sobre seus pais. É a minha irmã lá também e, se pudesse, faria qualquer coisa para mudar essa situação, mas não posso ── Bo-Ra falou ── Sei que exigi demais de você. Principalmente por ser algo que não quer, mas esse casamento ou pelo menos o fato de serem vistos juntos ajudaria vocês dois.
── Eu não quero me casar ── Ji-Young ainda mantinha sua voz calma.
Bo-Ra deu a volta na mesa e se inclinou na direção da sobrinha, beijando sua testa. Era um ato carinhoso e de conforto. Ji-Young se sentia como uma garotinha novamente recebendo um beijo de boa noite de sua tia amada.
── E se a senhora me arrumasse outro encontro? Talvez com alguém diferente. Ha-na deve ter uma lista com boas opções ── No fundo, Ji-Young não queria decepcionar a tia. E Bo-Ra não queria forçá-la mais a fazer algo que a deixasse infeliz.
── Vá à esse evento e depois iremos conversar ── Bo-Ra falou ── Talvez essa conversa inclua mandá-la para uma filial no exterior.
Ji-Young concordo em um suspiro triste. Bo-Ra saiu da sala logo em seguida, deixando-a sozinha.
Era uma montanha russa de sentimentos confusos. Ji-Young realmente passaria sua vida escondendo a si mesmo de relacionamentos por medo do que achariam se contasse a verdade. Ou correria o risco da retaliação pública e finalmente escolheria se abrir para outras pessoas?.
Ji-Young queria que mais alguém além de sua tia e Ha-na soubessem da verdade. Quem sabe alguém que realmente pudesse contar e confiar. Alguém em quem pudesse ligar quando se sentisse triste ou confusa. Mas ela tinha esse alguém, e era Ha-na, mas logo pensou: e se Ha-na começasse a ter um outro alguém e ela ficasse sozinha?.
Droga. Aqueles pensamentos estavam começando a deixá-la louca.
☾⋆。
Ji-Young já estava cansada de cumprimentar tantas pessoas, mas elas não paravam de aparecer e apertar sua mão. Por sorte, Ha-na estava bem ali ao seu lado a ajudando a suportar aquele desconforto.
── Olha. Aquele é o CEO da filial de Nova York ── Ha-na apontou sutilmente para um homem no canto do salão ── Soube que ele trocou a esposa por uma modelo.
Ha-na parecia se divertir com a informação, mas Ji-Young apenas forçou um sorriso e concordou silenciosamente.
── Ei. O quê aconteceu? Você adora quando conto essas coisas ── Ha-na a cutucou com o cotovelo.
── Não é nada. Eu só...estou cansada ── Não era mentira, mas Ha-na a conhecia o suficiente para saber que também não era totalmente verdade.
── Certo ── Ha-na fingiu acreditar ── Depois do discurso do presidente Kang Da-Goo podemos ir embora.
── Sério? ── Ji-Young ficou aliviada em saber disso.
── Sim. Bom, irei buscar algo para beber. Seja simpática e não mate ninguém até eu voltar ── Ha-na se virou e andou em direção há uma mesa um pouco longe de onde estavam.
Algumas pessoas passavam por Ji-Young e cumprimentavam brevemente. Havia tantas pessoas naquele evento e todas elas pareciam animadas por estar ali. No entanto, Ji-Young só não via a hora de ir embora.
Ela gostava de festas. Quando era ela a planejar. Nunca foi uma péssima anfitriã, mas também nunca foi uma das pessoas mais sociáveis do mundo e, por isso, tinha Ha-na ao seu lado o tempo todo.
── Está se divertindo? ── A voz de Kang Tae-Moo soou ao lado de Ji-Young e isso fez um arrepio percorrer por todo seu corpo.
── Presidente Kang ── Ji-Young cumprimentou ── Sim, é um ótimo evento. Espero que a CopLee e a GoFood façam uma ótima parceria juntos.
── Sua tia e meu avô devem estar fechando um acordo agora mesmo ── Tae-Moo falou ──, mas, ainda estou curioso para saber sobre o nosso acordo.
── Nosso...acordo? ── Ji-Young o encarou confusa ── Desculpa, presidente Kang, mas não entendo sobre o que está falando.
Tae-Moo deu alguns passos para frente e se aproximou de Ji-Young. A mulher, no entanto, se sentiu um pouco intimidada com a aproximação repentina dele.
── Quero saber o motivo de ter me rejeitado ── Ele disse.
Ji-Young quase riu, mas se conteve. Kang Tae-Moo estava incomodado com o fato de Ji-Young ter o rejeitado e, por isso, resolveu confrontar ali mesmo.
── Certo. Presidente Kang, não pensei que teríamos essa conversa de novo, mas vejo que precisa de uma resposta convincente ── Ji-Young suspirou fundo ── O senhor não faz o meu tipo.
── Eu...eu não faço o seu tipo? ── Tae-Moo perguntou atordoado.
── É. Você é muito certinho e tem essa cara de arqueopterix ── Ji-Young falou enquanto balançava a mão na frente do rosto de Tae-Moo ── Isso responde sua pergunta, senhor Kang?.
Tae-Moo ficou breves segundos em silêncio tentando assimilar tudo o que Ji-Young havia dito. Afinal, não era a resposta que esperava. Na verdade, Tae-Moo não sabia o que queria ouvir dela.
Ele foi tirado de seus pensamentos quando o telefone de Ji-Young tocou.
── Tenho que atender ── Ji-Young falou ao se virar e começar a se afastar dele.
Tae-Moo a seguiu com os olhos e observou enquanto entrava em uma sala.
── Então...conseguiu rejeitá-la? ── Sung-hoon falou ao se aproximar do amigo.
── Não. Ainda não ── Tae-Moo começou a seguir o mesmo caminho de Ji-Young.
── Espere. O quê... ── Sung-hoon não conseguiu acompanhar a rapidez que Tae-Moo andava.
Tae-Moo estava com raiva, furioso. Desde aquele dia na qual Ji-Young mostrou ser diferente do relatório que leu sobre a mulher, ela não saiu de sua cabeça. Seu avô, Da-Goo, precisava de uma resposta e, até onde sabia, Ji-Young não era a mulher que queria se casar. Mesmo assim, ela se tornou um pesadelo visual de seus sonhos lúcidos.
Ji-Young era teimosa e havia o deixado confuso. Ainda mais confuso do que da última vez que a encontrou. Dessa vez, ela não seria a última a dar uma resposta. Tae-Moo não a deixaria fazer isso novamente.
── Senhorita Lee, precisamos conversar ── Tae-Moo empurrou as portas do grande salão e avistou a mulher de longe. Ji-Young ainda estava com o telefone no ouvido, mas se virou assustado quando entrou.
── Senhor Kang? Ah... ── Ji-Young não esperava aquela atitude de um herdeiro tão inteligente e com um currículo extenso ── Estou no telefone.
── Desligue. O que tenho a dizer é mais importante ── Tae-Moo disse enquanto se aproximava.
── Senhor Lim, conversaremos mais tarde ── Ji-Young disse antes de desligar ── Então...
── Também estou rejeitando você ── Tae-Moo finalmente falou. Ji-Young o encarou sem entender.
── Está me rejeitando?.
── Sim!.
── Depois que eu rejeitei você? ── Ji-Young riu de forma irônica. Tae-Moo não gostou disso ── Tudo bem, senhor Kang. Obrigada por me rejeitar.
Não era essa a reação que Tae-Moo esperava. Por isso, a próxima ação de Tae-Moo foi totalmente impulsiva.
Sem pensar, ele agarrou o braço de Ji-Young no momento em que ela tentou se afastar dele.
── Senhor Kang...
── Desculpe... ── Tae-Moo a olhou atentamente ── É que eu...
── Me solte ── Ji-Young pediu calmamente.
Tae-Moo entrou em um transe por alguns segundos e isso, para Ji-Young, foi interpretado como um ato de um homem arrogante que não gostava de receber um não.
── Senhor Kang! ── Ji-Young gritou.
── O quê? ── Tae-Moo estava tão próximo de Ji-Young que conseguia sentir seu hálito quente contra seu rosto. Também conseguia sentir o cheiro de seu perfume, doce. E observar a cor de seus olhos por breves momentos. Eram lindos. Ele se sentiu sem fôlego. Seu coração também acelerou. Tudo parecia ainda mais confuso em sua mente agora.
De repente, uma dor aguda em sua perna. Ji-Young havia lhe dado um chute duro em sua canela.
── Aí! ── Ele gemeu de dor ao se ajoelhar no chão segurando a própria perna.
── Qual é o seu problema? ── Ji-Young estava prestes a sair, mas a mão de Tae-Moo segurou a sua.
── Por que fez isso? ── Sua feição de dor era um pouco engraçada para Ji-Young.
── Você é um idiota. Grosseiro e eu juro que vou chutar outra coisa na próxima vez e...
Ji-Young não conseguiu terminar a frase antes de uma enxurrada de suspiros e aplausos surgirem. Lentamente, Ji-Young e Tae-Moo olharam na direção da porta e notaram a presença de centenas de pessoas. Aquele era o salão onde o jantar aconteceria.
Não precisou de muito tempo para notarem o que estava acontecendo. Ajoelhado no chão segurando a mão de Ji-Young estava Tae-Moo. Aos olhos daqueles estranhos, parecia um pedido de casamento perfeito. Mas, para Tae-Moo e Ji-Young, era mais um pesadelo lúcido.
── Levante-se ── Ji-Young sussurrou.
── O quê? ── Ji-Young o agarrou pelo braço e o colocou de pé no minuto seguinte.
── Fala alguma coisa ── Ji-Young não sabia se olhava para a multidão ou para Tae-Moo confuso ao seu lado ── Diga que isso não é o que...parece.
── Então eu falo que você me bateu? ── Tae-Moo sussurrou de volta.
── Só diga alguma coisa ── Ji-Young repetiu.
No meio daquela multidão, Tae-Moo encontrou o olhar sorridente de seu avô. E, também, os olhos confusos de seu melhor amigo, Sung-hoon. E, no meio daquilo tudo, câmeras. Fotógrafos e a imprensa. Além deles, havia os convidados de seu avô que faziam parte da empresa e, claro, da empresa da tia de Ji-Young.
Tae-Moo não poderia fazer aquilo, não na frente daquelas pessoas. Era sufocante. Ele se sentiu nervoso, ansioso. Todos aqueles sentimentos correndo dentro dele e Ji-Young ao seu lado apreensiva por uma resposta.
── Eu e Lee Ji-Young... ── Tae-Moo suspirou fundo antes de continuar. Não havia outra saída para aquilo ── iremos nos casar.
☾⋆。AVISOS:
001.
Eu meio que sonhei com
esse capítulo terminando
desse jeitinho desesperador.
*hihi*
002.
Espero que estejam
gostando e não esqueçam
de votar e comentar.
Bjos!.
saky¡megvmisz
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