Is it time?
Vários anos depois - na casa da Angelica
- Entrem, estejam à vontade, a Mi e eu acabámos de fazer chá e biscoitos. - Informou Angelica com o seu tom sempre bem humorado, desde o dia em que o seu filho e a sua nora souberam das capacidades da Hermione e mostraram-se mais que felizes com a notícia. Narcisa e Draco saíram da lareira e cumprimentaram as duas morenas e sentaram-se no sofá da ampla sala com paredes cor de marfim e o chão encoberto por uma carpete simples e beije.
- Feliz aniversário querida. - Felicitou a loira à morena mais nova. - O Draco e eu temos uma prenda para ti, mas achamos por bem esperar até ao convidado de honra.
E bem nesse momento ouviu-se a campainha da casa tocar. Angelica levantou-se e abriu a porta para que um homem alto, com uma barba enorme e óculos com a forma lunar entrasse e cumprimentasse todos os presentes.
- Boa tarde a todos. Sra Granger feliz e resplandecente como sempre, Sra Malfoy impecável e aristocrática como também sempre foi. - Dirigiu-se às mais velhas e voltou a sua atenção para os mais novos. - Muitos parabéns menina Granger e um enorme prazer menino Malfoy.
- Muito obrigada... O senhor é o Professor Dumbledore? - Questionou a pequena morena sem querer acreditar que realmente tinha chegado o momento.
- Sou sim Hermione, e acredito que não tenho de te dizer o porquê de aqui estar, apenas te entrego o que te pertence. - Respondeu o professor com um sorriso no rosto, entregando-lhe um envelope e sentando-se para comer um pequeno biscoito. - Deliciosos como sempre, minha querida Angelica, qualquer dia ainda me vai ceder a receita.
Hermione olhou para o envelope sem o abrir e direcionou um olhar duvidoso para o loiro a seu lado.
- Professor, eu não vou entrar no mesmo ano que o Draco?
- Oh, pois, vai sim, apenas recebes a carta agora por ser o teu décimo primeiro aniversário. - Começou Dumbledore, deliciando-se desta vez com o chá verde. - Como fazes anos depois do dia 1 de Setembro apenas começas o teu percurso escolar mágico no próximo ano. Vocês vão começar juntos.
- E é por essa mesma razão que o teu presente de anos é este. - Interveio Narcisa, tirando da sua costumeira bolsa um pequeno caderno aparentemente normal. - Pode parecer um caderno igual aos outros, mas não o é. O Draco tem um caderno igual e ambos estão enfeitiçados para vocês poderem comunicar-se em Hogwarts, caso fiquem em equipas diferentes.
- Existe essa hipótese? - Questionou a pequena. - Não há forma de ficarmos na mesma equipa?
- Infelizmente, ou talvez não tão infelizmente assim, não sou eu ou qualquer outro professor que escolhe a equipa de um aluno. Nós temos uma tradição presente no método de seleção que coloca o aluno na equipa que mais se enquadra na sua personalidade. - Respondeu o homem com um olhar que mostrava entender o temor da mais nova e talvez um pouco do temor do rapaz também já que o mais subtil movimento para se aproximar da morena foi detetado por ele. - Claro que uma pessoa pode até pertencer a mais do que uma equipa, daí que em alguns alunos o processo de seleção seja um pouco mais demorado, ainda assim, eu digo que até possa não ser mau não ser um professor escolher, pois a realidade é que no final o aluno mostra o porquê de ter sido colocado nessa equipa e que realmente lhe pertence.
Os mais novos beberam cada uma daquelas palavras e então a morena percebeu.
- Então, mesmo que nó não fiquemos na mesma equipa, não há razão para não mantermos a nossa amizade?
- Exatamente, aliás, o que todos os professores pedem sempre é que a única competição que exista dentro da escola seja no campo de quidditch. Não há razão para temer a seleção nem o que acontecer depois disso. Basta permanecermos fiéis a nós mesmos e nunca perderemos aqueles nos são mais importantes. - Aconselhou Dumbledore olhando para cada um dos presentes na divisão. - E agora tenho de me despedir, afinal de contas, ser o diretor da única escola de magia no país tem muitas responsabilidades e só pode alguns escassos momentos como este em tão maravilhosa e entendedora companhia. O resto de um bom aniversário minha querida e o resto de uma boa tarde a todos. - Levantou-se acenando a cabeça às duas mulheres. - A vocês dois vejo daqui a quase um ano naquela que espero que seja a vossa nova casa.
Quase um ano depois - na plataforma 9 e 3/4
- Diverte-te querida. - Pediu Rose Granger à sua filha, puxando-a para mais um abraço apertado. - Escreve todos os dias para nós e para a avó também. Vamos ter tantas saudades tuas.
- Aproveita para conhecer mais crianças como tu. - Aconselhou o pai. - E tenta criar amizades dentro da tua equipa, afinal, é entre eles que se calhar vais passar mais tempo.
Angelica guardou-se para o final, pois recebeu o sinal da Narcisa de que até o comboio fizesse a curva, a Hermione e o Draco não podiam ter contacto, o que indica que o seu marido. Lucius Malfoy não ficou muito alegre em voltar a ver os Grangers, afinal de contas ele pensa que a denúncia de ele ser um devorador da morte veio de si e não da sua esposa.
- Mi, chega aqui um segundo, quero dar-te alguns conselhos sobre o comboio. - Pediu a morena mais velha . - Primeiro, aqui tens um saco com algum dinheiro do mundo mágico, tu já sabes como funciona, assim podes comer alguns doces no comboio sem os teus pais saberem. Agora... Já sabes, tu entras no comboio e esperas que o Draco possa ter contigo, ele vai avisar-te. Outra coisa, eu vi o Harry Potter acompanhado pelos Weasleys. - Confidenciou tudo em sussuros para ninguém as ouvir. - Lembra-te ele foi afastado do mundo mágico pelo destino dos seus pais, não o forces a explicar-se sobre nada. O coitado já passou bastante... Tenta ser amiga dele e dos Weasleys também, são bons feiticeiros, também vi os Longbottom algures por aí, então vais acompanhar várias famílias de sangue-puros... Eles sabem que a magia se perdeu algures na família e é assim que vai continuar a ser, quem quer que te pergunte tu és nascida de muggles, o que é a mais pura das verdades. - Angelica depositou um beijo na testa da Hermione com um sorriso. - Sente orgulho disso mesmo e mostra que tens tantas hipóteses de sucesso como qualquer outro que entre naquele comboio.
A mais nova concordou com as indicações da avó e abraçou-a contendo as lágrimas de saudade que já sentia, ainda que não estivesse ainda sequer no comboio.
Hermione entrou no comboio confiante de duas coisas: a primeira, é que vai aproveitar para comer alguns doces sem a supervisão dos pais, e a segunda é que a partir daquele momento tudo vai mudar na sua vida.
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