XXXV. 𝑷𝒐𝒊𝒔𝒐𝒏
A AIA ARRUMOU a tiara de jade em seu cabelo, combinando perfeitamente com o penteado elaborado que havia sido feito. Outra passou o pó branco em seu rosto, escondendo os roxos que começavam a aparecer embaixo de seus olhos. O vestido bronze e preto foi ajustado em seu corpo. Nymeria deixou que a arrumassem no automático. Já pronta, Nymeria foi levada até o septo, onde o casamento aconteceria. O povo e a cidade ainda estavam se recuperando do ataque ao fosso. A corte estava em peso no lugar, assim como Rhaena, Aemond, Aegon e Lucerys.
O príncipe Velaryon estava na primeira fila, ao lado de dois guardas, Lucerys apertou as mãos em punhos, sendo segurado por um do guardas. Rhaena tinha lágrimas nos olhos, Aemond ao seu lado inclinou a cabeça. Aegon, já com as pernas recuperadas estava no topo dos degraus, o septão atrás dele. Otto Hightower apertou seu braço, em sinal de aviso, para que ela continuasse a caminhar.
Quando chegou ao altar, Aegon retirou o manto que foi colocado em seu ombros, nas cores dos royce, colocando o manto com as cores Targaryen em seus ombros. Aquilo era um sinal, de que o Vale, era de Aegon agora.
— Tudo que era seu, agora me pertence, inclusive você. – Aegon susurrou, suas mãos na bochecha de garota.
Nymeria arriscou olhar para Lucerys, que estava com uma feição de puro ódio, estampada no rosto. Os olhos da garota se encheram de lágrimas.
— Engole o choro. – Aegon apertou seu rosto. — Ou farei com que chore de verdade mais tarde.
— Eu o odeio.
— Será divertido ver o quanto de você irá restar no final, Nyn.
O septão pouco se importou com as palavras do casal, continuando a cerimônia de casamento. Nymeria daria tudo para ser Lucerys a sua frente. Com o final Aegon apertou novamente seu rosto, forçando seus lábios contra os da garota, Nymeria fechou os olhos, sentido a náusea tomar conta de si. A coroa ainda não havia recuperado todo o dinheiro perdido, mas Aegon mandou que o que havia sobrado no banco de ferro fosse levado até ele. O Targaryen organizou uma festa de casamento, com direto a bardos e trupes de artistas, para o deleite da corte.
Nymeria procurou Lucerys entre as pessoas no salão, achando o príncipe encostado na parede, um guarda ao seu lado. Aegon havia cumprido a promessa, Lucerys seria perdoado e nomeado herdeiro de Derivamarca. Aegon III seria prometido a Jaehaera, a filha de Aegon e Helaena. Rhaena, seria casada com Aemond.
Daemon, ainda estava foragido, os boatos diziam que o príncipe rebelde havia sido morto por partidários de Aegon, mas não havia provas disso e Nymeria sabia que o pai podia ser o que fosse, mas era um guerreiro e um montador de dragões formidável. O guarda ao notar sua aproximação se colocou a frente do príncipe.
— Saia! – ela ordenou.
O homem olhou ao redor, notando Aegon na grande mesa, uma taça de vinho em mãos, saiu de perto.
— Nymeria...
O príncipe foi surpreendido pelo corpo da garota se chocando com o seu, em um abraço apertado. Algumas pessoas ao redor apontavam e susurravam.
— Não se preocupe, vou tirar você desse casamento estúpido. – Lucerys susurrou, apertando mais a garota contra seu corpo.
— Não se meta em confusão.
— Essa guerra só vai acabar, quando eu tiver a cabeça de Aegon. – Lucerys disse.
Aegon se levantou de seu lugar, ainda com a taça de vinho na mão, o rei caminhou até ele, ignorando as pessoas da corte.
— Está na hora da noite de núpcias. – ele disse meio enrolado.
Nymeria arregalou levemente os olhos, Lucerys deu um passo a frente, as mãos apertadas em punhos.
— Não!
— Tem algo a dizer querido sobrinho? – Aegon levou as mãos a cintura de Nymeria, que se esquivou do toque.
O guarda voltou, puxando o pulso de Lucerys.
Aegon puxou Nymeria para dentro do castelo, as lágrimas salgadas molharam o rosto da garota, Lucerys foi puxado com brutalidade.
[...]
Nymeria sentiu as mãos de Aegon deslizarem por seu rosto, seu pescoço, até suas costas, onde os botões do vestido estavam, Aegon apertou seu rosto, fazendo a garota a abrir os olhos.
— Quero que olhe para mim. – ele forçou mais as unhas na pele de Nymeria. — Tão bonita, pena que tem uma alma tão quebrada.
Nymeria tentou tirar as mãos de Aegon de seu corpo, as lembranças do ataque do homem desconhecido na cidade veio a sua memória, ela sentiu o mesmo medo, o mesmo pavor e a mesma raiva. O Targaryen puxou seu vestido, o rasgando, ele empurrou a garota contra a cama, se colocando por cima de seu corpo, Nymeria tentou o chutar, ganhando um tapa, que cortou sua bochecha, Nymeria sentiu a ardência em seus olhos, com as lágrimas. Aegon forçou seus lábios contra os da garota, ganhando uma mordida, que cortou seu lábio inferior.
— Sua... Aegon levantou a mão, prestes a bater em Nymeria, o Targaryen arregalou levemente os olhos, abaixando a mão até o estômago, gemendo pela dor.
Nymeria sorriu entre as lágrimas.
— Vadia? Sim, eu sou. – ela empurrou o Targaryen, que caiu na cama, ao seu lado, ainda gemendo de dor. — Vai ser bom assitir seus órgãos derreterem.
Aegon arregalou os olhos violetas, cuspindo sangue.
— Qual a sensação de ter o sangue virando água dentro do corpo? de ser destruído de dentro para fora?
Aegon tentou a socar, Nymeria segurou o punho do Targaryen, rindo.
— Queria que Helaena estivesse aqui, vendo você se afogar em seu próprio sangue. Me pergunte como?
Aegon olhou para ela, com fúria brilhando nos olhos violetas.
— Eu envenenei o vinho, foi fácil, você vai morrer, assim como toda aquela sua corte, ou a maioria.
Aegon tentou novamente a socar,
caindo no chão. Nymeria assitiu Aegon se afogar em sangue cada vez mais, até que que por fim morresse na cama de seus aposentos.
Lucerys havia trazido o veneno com ele quando foram para pedra do dragão, na viagem de volta a capital, ele deu a Nymeria, com a promessa de que se tudo desse errado, ela saberia como fazer aquilo ser útil. Nymeria caminhou até a porta, vendo um dos guardas, sem dar tempo dele reagir, ela o socou com força o suficiente para o apagar, ela roubou a espada, correndo pelos corredores até seu aposentos.
Os gritos no salão foram escutados por ela, as pessoas que haviam tomado o mesmo vinho que Aegon agora estavam envenenadas, Nymeria só queria ter mais, para envenenar a corte inteira. Em seu quarto ela trocou o vestido rasgado por couro fervido. O sinal soou na cidade, Nymeria correu para a janela, vendo um dragão vermelho sobrevoar a colina de Visenya.
— Pai. – ela suspirou aliviada.
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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